HUMBERTO
MENEGHIN
Celebrado
na Índia e em vários países do oriente e também em algumas partes do ocidente,
Diwali ou Dipavali, o Festival das Luzes, cujo significado literal é “fileira de
lâmpadas”, tem como fim específico festejar o triunfo do bem sobre o mal. Parece
tolo dizer que para afastar o mal e o bem triunfar basta acendê-las e quanto
mais melhor.
No entanto, essas pequenas luminárias feitas de barro, conhecidas
por diyas cujas chamas surgem do óleo nelas colocados são expostas pelos
devotos em suas casas, lugares públicos e em lojas comerciais, tudo para que a
Deusa Lakshmi se faça presente.
Diwali, o festival mais aguardado pelos hindus
se inicia exatamente às 19h08 do dia 13 de novembro deste ano de 2012, quando a
Lua se tornar Nova.
Para muitos hindus esse festival das Luzes, que se
estende por cinco dias, neste ano até o dia 17 de novembro, é uma das boas
oportunidades para se cultuar Lakshmi, a Deusa da prosperidade e da boa fortuna,
sendo altamente auspicioso iniciar um empreendimento comercial neste período.
Durante o Diwali, mesmo que as Luzes das lamparinas
brilhem em toda parte e atraiam a atenção de todos e dos insetos, também é hora
de limpar a casa para se livrar do que não é mais necessário e, ainda, vestir
roupas novas, compartilhar doces e frutas secas com os devotos e apreciar os
fogos de artifícios colorirem o céu da noite.
Curiosamente,
no norte da Índia, durante o Diwali também se comemora o retorno à
Ayodhya de Rama e Sita, que esteve no exílio por quatorze e que
após a derrota de Ravana foi coroado como rei.
No Nepal, o Diwali celebra a
vitória de Krishna sobre o rei Narakaasura, enquanto que em Bengala a
festividade está associada à Deusa Kali.
Ganesha não é esquecido e rangolis, ou seja, mandalas
feitas pelo chão com pasta de arroz, na sua grande maioria expressam o desenho
da flor de Lótus.
No
contexto espiritual festejar o Diwali para os hindus e para aqueles que
simpatizam com a sua cultura não se atém apenas à conquista do sucesso material
trazido por Lakshmi; mas, é sobretudo uma boa oportunidade para o devoto
refletir e reconhecer que a Luz da sua própria consciência se expande pelo
autoconhecimento que se adquire e que se experiência, Luz essa que quando se
cristaliza jamais poderá ser ofuscada pela ignorância que por vezes insiste em
permanecer no âmago do Ser.
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