quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Texto Antidepressivo - Chico Xavier - André Luiz


Quando você se observar, à beira do desânimo, acelere o passo para frente, proibindo-se parar.

Ore, pedindo a Deus mais luz para vencer as sombras.

Faça algo de bom, além do cansaço em que se veja.

Leia uma página edificante, que lhe auxilie o raciocínio na mudança construtiva de idéias.

Tente contato de pessoas, cuja conversação lhe melhore o clima espiritual.
Procure um ambiente, no qual lhe seja possível ouvir palavras e instruções que lhe enobreçam os pensamentos.

Preste um favor, especialmente aquele favor que você esteja adiando.

Visite um enfermo, buscando reconforto naqueles que atravessam dificuldades maiores que as suas.

Atenda às tarefas imediatas que esperam por você e que lhe impeçam qualquer demora nas nuvens do desalento.

Guarde a convicção de que todos estamos caminhando para adiante, através de problemas e lutas, na aquisição de experiência, e de que a vida concorda com as pausas de refazimento das nossas forças, mas não se acomoda com a inércia em momento algum.

Chico Xavier - André Luiz

Se crês em Deus


Se crês em Deus, por mais te ameacem os anúncios do pessimismo, com relação a prováveis calamidades futuras, conservarás o coração tranqüilo, na convicção de que a Sabedoria Divina sustenta e sustentará o equilíbrio da vida, acima de toda perturbação.

Se crês em Deus, em lugar nenhum experimentarás solidão ou tristeza, porque te observarás em ligação constante com todo o Universo, reconhecendo que laços de amor e de esperança te identificam com todas as criaturas.

Se crês em Deus, nunca te perderás no labirinto da revolta ou da desesperação, ante os golpes e injurias que se te projetem na estrada, porquanto interpretarás ofensores e delinqüentes, na condição de infelizes,muito mais necessitados de bondade e proteção que de fel e censura.

Se crês em Deus, jornadearás na Terra sem adversários,de vez que,por mais se multipliquem na senda aqueles que te agridam ou menosprezem, aceitarás inimigos e opositores, à conta de irmãos nossos, situados em diferentes pontos de vista.

Se crês em Deus, jamais te faltarão confiança e trabalho, porque te erguerás, cada dia, na certeza de que dispões da bendita oportunidade de comunicação com os outros, desfrutando o privilégio incessante de auxiliar e abençoar, entender e servir.

Se crês em Deus, caminharás sem aflição e sem medo, nas trilhas do mundo, por maiores surjam perigos e riscos a te obscurecerem a estrada, porquanto, ainda mesmo à frente da morte, reconhecerás que permaneces com Deus, tanto quanto Deus está sempre contigo, além de provações e sombras, limitações e mudanças, em plenitude de vida eterna.

Emmanuel
por Francisco Cândido Xavier
Livro: Coragem.

PLANEJAMENTO REENCARNATÓRIO EM FAMÍLIA




O processo reencarnatório é fundamental para o crescimento do espírito. 
O planejamento pode ser elaborado pelo próprio Espírito, desde que ele tenha condições morais e intelectuais. 
No caso de Espíritos menos adiantados, seu planejamento pode ficar na responsabilidade de outros Espíritos mais esclarecidos.

O espírito não pode esquecer que, além de buscar o progresso, deve tornar o mundo material um local bom de vivência. 
E é óbvio que as escolhas feitas nem sempre obedecem aos compromissos firmados no plano espiritual antes de reencarnar. 
Dependendo dessas escolhas esta reencarnação pode ser compulsória, impondo ao espírito, determinado processo educativo, independente de seu arbítrio.

Há encarnações compulsórias para muitos espíritos que acumulam compromissos, principalmente quando envolvem terceiros. 
O seu passado espiritual tem influência decisiva nesse processo de escolha. 
As ligações com desafetos são geradoras de reencontros para que se desfaçam os laços de inimizade e ódio.

O núcleo familiar é o mais propício para nossas provas e expiações porque nele há a possibilidade de unir espíritos que precisam reparar suas faltas. 
Como a relação familiar entre pais e filhos tem como premissa o amor, possíveis espíritos que não são afins conseguem amenizar suas resistências e viver a encarnação juntos na tarefa da evolução.

Nos fala a Benfeitora Espiritual Joanna de Ângelis, na obra Constelação Familiar, o seguinte: 
“A família é a base fundamental sobre a qual se ergue o imenso edifício da sociedade.”

Mas agora nos voltando para a temática da família e a Lei da Reencarnação chamemos atenção especial para estas palavras da Amiga Espiritual: “Organizada, a família, antes da reencarnação, quando são eleitos os futuros membros que a constituirão, ou sendo resultado da precipitação e imprevidência sexual de muitos indivíduos, é sempre o santuário que não pode ser desconsiderado sem graves prejuízos para quem lhe perturbe a estrutura. 
É permanente oficina onde se caldeiam os sentimentos e as emoções, dando-lhes a direção correta e a orientação segura para os empreendimentos do futuro.”

No livro “Missionários da Luz”, temos um bom exemplo de planejamento reencarnatório na família através da história de Raquel, Adelino e Segismundo onde este último irá reencarnar numa família cujo pai foi assassinado por ele em encarnação pretérita.

Por fim nos esclarece a Autora Espiritual: “Por essa razão, é que não se vive na família ideal, aquela na qual se gostaria de conviver com espíritos nobres e ricos de sabedoria, mas no grupo onde melhormente são atendidas as necessidades da evolução.” 
Joanna de Ângelis deixa claro para nós que, renascemos na família que irá atender da melhor maneira possível nosso plano reencarnatório. 
Reencarnamos na família que irá nos auxiliar em nosso progresso espiritual e moral, através de burilamentos de nossas más tendências e resgates de nossos erros de existências anteriores.

Percebemos então que a família tem íntima ligação com a Lei da Reencarnação. A família a qual reencarnamos foi uma escolha nossa antes de reencarnarmos, e a escolhemos porque ela atende as nossas necessidades evolutivas. 
Através da reencarnação, nos reencontramos sob a égide da família, em felicidade com os espíritos que em outras reencarnações fomos simpáticos e agora nos auxiliaremos mutuamente na jornada progressista da evolução. 
E também nos reencontramos com aqueles espíritos que no passado fomos antipáticos, e agora sob o mesmo teto e ligados por laços sanguíneos, nos poliremos e progrediremos mutuamente, resgatando nossos erros pretéritos. 
A reencarnação e os laços familiares, em síntese, é Amor em ação...

Fontes:
Adolescência e Vida. Joanna de Ângelis/ Divaldo P. Franco.

Como foi a chegada de Chico Xavier na Espiritualidade relatado pelo espírito Joanna de Ângelis



(O Retorno do Apóstolo Chico Xavier)

Quando mergulhou no corpo físico, para o ministério que deveria desenvolver, tudo eram expectativas e promessas.
Aquinhoado com incomum patrimônio de bênçãos, especialmente na área da mediunidade, Mensageiros da Luz prometeram inspirá-lo e ampará-lo durante todo o tempo em que se encontrasse na trajetória física, advertindo-o dos perigos da travessia no mar encapelado das paixões bem como das lutas que deveria travar para alcançar o porto de segurança.

Orfandade, perseguições rudes na infância, solidão e amargura estabeleceram o cerco que lhe poderia ter dificultado o avanço, porém, as providências superiores auxiliaram-no a vencer esses desafios mais rudes e a crescer interiormente no rumo do objetivo de iluminação. 

Adversários do ontem que se haviam reencarnado também, crivaram-no de aflições e de crueldade durante toda a existência orgânica, mas ele conseguiu amá-los, jamais devolvendo as mesmas farpas, os espículos e o mal que lhe dirigiam.

Experimentou abandono e descrédito, necessidades de toda ordem, tentações incontáveis que lhe rondaram os passos ameaçando-lhe a integridade moral, mas não cedeu ao dinheiro, ao sexo, às projeções enganosas da sociedade, nem aos sentimentos vis. 

Sempre se manteve em clima de harmonia, sintonizado com as Fontes Geradoras da Vida, de onde hauria coragem e forças para não desfalecer.
Trabalhando infatigavelmente, alargou o campo da solidariedade, e acendendo o archote da fé racional que distendia através dos incomuns testemunhos mediúnicos, iluminou vidas que se tornaram faróis e amparo para outras tantas existências. 

Nunca se exaltou e jamais se entregou ao desânimo, nem mesmo quando sob o metralhar de perversas acusações, permanecendo fiel ao dever, sem apresentar defesas pessoais ou justificativas para os seus atos.

Lentamente, pelo exemplo, pela probidade e pelo esforço de herói cristão, sensibilizou o povo e os seu líderes, que passaram a amá-lo, tornou-se parâmetro do comportamento, transformando-se em pessoa de referência para as informações seguras sobre o Mundo Espiritual e os fenômenos da mediunidade. Sua palavra doce e ungida de bondade sempre soava ensinando, direcionando e encaminhando as pessoas que o buscavam para a senda do Bem.

Em contínuo contato com o seu Anjo tutelar, nunca o decepcionou, extraviando-se na estrada do dever, mantendo disciplina e fidelidade ao compromisso assumido. 
Abandonado por uns e por outros, afetos e amigos, conhecidos ou não, jamais deixou de realizar o seu compromisso para com a Vida, nunca desertando das suas tarefas. 

As enfermidades minaram-lhe as energias, mas ele as renovava através da oração e do exercício intérmino da caridade.
A claridade dos olhos diminuiu até quase apagar-se, no entanto a visão interior tornou-se mais poderosa para penetrar nos arcanos da Espiritualidade.
Nunca se escusou a ajudar, mas nunca deu trabalho a ninguém. 

Seus silêncios homéricos falaram mais alto do que as discussões perturbadoras e os debates insensatos que aconteciam a sua volta e longe dele, sobre a Doutrina que esposava e os seus sublimes ensinamentos.

Tornou-se a maior antena parapsíquica do seu tempo, conseguindo viajar fora do corpo, quando parcialmente desdobrado pelo sono natural, assim como penetrar em mentes e corações para melhor ajudá-los, tanto quanto tornando-se maleável aos Espíritos que o utilizaram por quase setenta e cinco anos de devotamento e de renúncia na mediunidade luminosa. 

Por isso mesmo, o seu foi mediumato incomparável...
E ao desencarnar, suave e docemente, permitindo que o corpo se aquietasse, ascendeu nos rumos do Infinito, sendo recebido por Jesus, que o acolheu com a Sua bondade, asseverando-lhe: 
– Descansa, por um pouco, meu filho, a fim de esqueceres as tristezas da Terra e desfrutares das inefáveis alegrias do reino dos Céus.


JOANNA DE ÂNGELIS (Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, no dia 2 de julho de 2002, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.) Texto extraido do Reformador - Agosto/2002 Especial - FEB

Autor
Joanna de Ângelis

Traços do Caráter Espírita


Humildade sem subserviência.
Dignidade sem orgulho.
Devotamento sem apego.
Alegria sem excesso.
Liberdade sem licença.
Firmeza sem petulância.
Fé sem exclusivismo.
Raciocínio sem aspereza.
Sentimento sem pieguice.
Caridade sem presunção.
Generosidade sem desperdício.
Conhecimento sem vaidade.
Cooperação sem exigência.
Respeito sem bajulice.
Valor sem ostentação.
Coragem sem temeridade.
Justiça sem intransigência.
Admiração sem inveja.
Otimismo sem ilusão.
Paz sem preguiça

“Não Devemos Sofrer Por Antecipação” – Augusto Cury


Augusto Cury estuda o cérebro humano há mais de 30 anos. 
Desde o final dos anos 1990, escreve livros relacionados a seus conhecimentos sobre memória e construção do pensamento – misturados com uma boa dose de análise de comportamento. 
Em entrevista a ÉPOCA, Cury dá dicas de como lidar com as ansiedades do ano novo. 
Confira aqui um trecho da entrevista:

Palavras de Augusto Cury:

“As pessoas estão sempre sofrendo por antecipação. 
O pensamento rápido demais e sem gerenciamento é responsável por esse tipo de sofrimento, que atinge qualquer um, de crianças a idosos, alunos e professores, profissionais liberais e empresários. 
Os melhores profissionais de uma empresa fazem velório antes do tempo. 
Esse tipo de profissional é ótimo para suas empresas, mas carrasco de si mesmo. Sofrem pelo futuro de maneira dramática”.

Treinar seu eu a dar um choque de lucidez em cada pensamento perturbador. Isso é um treino diário. 
Como já disse para magistrados, inclusive numa palestra no STF (Supremo Tribunal Federal): temos de impugnar cada ideia, cada sofrimento por antecipação, para não registrar a experiência ruim e não empulhar nossa memória com dados inúteis. 
Devemos pensar no futuro apenas para traçar metas. 
Não devemos sofrer por antecipação. 
Não podemos dispensar o presente, único momento que temos para ser estáveis e felizes”.

Síndrome do pensamento acelerado

“Essa síndrome diz respeito à construção do pensamento. 
Quando pensamos rápido demais ou em excesso, violamos o que deveria ser inviolável: o ritmo da formação de pensamentos. 
Isso gera consequências seriíssimas para a saúde emocional, como a ansiedade. 
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 20% sofrem com a depressão. 
A ansiedade provavelmente é sentida por 80%, de crianças a idosos. 
Pensar é bom, pensar com consciência crítica é ótimo, mas pensar excessivamente e sem gerenciamento é uma bomba para a saúde psíquica, para o desenvolvimento de uma mente livre e criativa. 
Toda vez que hiper aceleramos os pensamentos, a emoção perde em qualidade, estabilidade e profundidade. 
São necessários cada vez mais estímulos, aplausos, reconhecimento para sentirmos migalhas de prazer”.

Quais são os sintomas dessa doença?

“Os clássicos são acordar cansado, ter dores de cabeça e musculares, transtornos do sono e deficit de memória. 
Em casos mais agudos, as pessoas se aborrecem com a lentidão alheia. 
Ficam irritadas quando o computador demora a ligar. 
Ou não conseguem lidar com pessoas mais lentas do que elas. 
Não são capazes de parar e contemplar a paisagem, a natureza, uma flor. 
Não param, na varanda, para jogar conversa fora”.

Crianças também têm pensamento acelerado?

“Nós as submetemos a um trabalho intelectual escravo cada vez mais cedo. Estamos cometendo o assassinato coletivo da infância. 
Isso acontece em todas as sociedades modernas. 
Ficamos estarrecidos com armas químicas, destruição em massa, mas não nos chocamos com o assassinato da infância. 
Os ministérios da educação de todo o mundo estão errados ao avaliar os alunos pela assertividade de dados na prova. 
Se quisermos formar pensadores, devemos avaliar também a capacidade de cooperação, de debater ideias, o altruísmo, a capacidade de pensar antes de reagir, de se colocar no lugar dos outros. 
São esses elementos que determinarão a qualificação desses alunos e futuros profissionais. 
Mas a educação está pautada por bombardear a memória dos alunos com excesso de informações, em detrimento do pensamento crítico, de aprender a ser autor de sua própria história.
Os executivos do mundo inteiro são contratados por suas competências técnicas, mas 80% deles são demitidos por falta de habilidades comportamentais”.

Pensar rápido tem alguma vantagem?

“Não tem como não ser hiper pensante do jeito como vivemos hoje. 
Somos bombardeados com informações, e o registro na memória é involuntário. Nos computadores somos deuses, arquivamos o que queremos, quando queremos. 
Em nosso córtex cerebral não tem jeito, os registros acontecem sem nossa vontade. 
Uma criança de 7 anos hoje provavelmente tem mais informações que o imperador de Roma, no auge de Roma. 
O problema são os dados empulhados, que não são usados como conhecimento, o conhecimento que não é usado como experiência, e a experiência que não é usada como as funções complexas da inteligência: pensar antes de reagir, colocar-se no lugar do outro, ser resiliente, saber gerenciar o pensamento”.


Autor
Augusto Cury 

Nunca Tivemos Uma Geração Tão Triste - Augusto Cury


Excesso de estímulos

“Estamos assistindo ao assassinato coletivo da infância das crianças e da juventude dos adolescentes no mundo todo. 
Nós alteramos o ritmo de construção dos pensamentos por meio do excesso de estímulos, sejam presentes a todo momento, seja acesso ilimitado a smartphones, redes sociais, jogos de videogame ou excesso de TV. 
Eles estão perdendo as habilidades sócio-emocionais mais importantes: se colocar no lugar do outro, pensar antes de agir, expor e não impor as ideias, aprender a arte de agradecer. 
É preciso ensiná-los a proteger a emoção para que fiquem livres de transtornos psíquicos. 
Eles necessitam gerenciar os pensamentos para prevenir a ansiedade. Ter consciência crítica e desenvolver a concentração. 
Aprender a não agir pela reação, no esquema ‘bateu, levou’, e a desenvolver altruísmo e generosidade”.

Geração triste
“Nunca tivemos uma geração tão triste, tão depressiva. 
Precisamos ensinar nossas crianças a fazerem pausas e contemplar o belo. 
Essa geração precisa de muito para sentir prazer: viciamos nossos filhos e alunos a receber muitos estímulos para sentir migalhas de prazer. 
O resultado: são intolerantes e superficiais. 
O índice de suicídio tem aumentado. 
A família precisa se lembrar de que o consumo não faz ninguém feliz. 
Suplico aos pais: os adolescentes precisam ser estimulados a se aventurar, a ter contato com a natureza, se encantar com astronomia, com os estímulos lentos, estáveis e profundos da natureza que não são rápidos como as redes sociais”.

Dor compartilhada
“É fundamental que as crianças aprendam a elaborar as experiências. 
Por exemplo, diante de uma perda ou dificuldade, é necessário que tenham uma assimilação profunda do que houve e aprender com aquilo. 
Como ajudá-las nesse processo? 
Os pais precisam falar de suas lágrimas, suas dificuldades, seus fracassos. 
Em vez disso, pai e mãe deixam os filhos no tablet, no smartphone, e os colocam em escolas de tempo integral. 
Pais que só dão produtos para os seus filhos, mas são incapazes de transmitir sua história, transformam seres humanos em consumidores. 
É preciso sentar e conversar: 
‘Filho, eu também fracassei, também passei por dores, também fui rejeitado. Houve momentos em que chorei’. 
Quando os pais cruzam seu mundo com os dos filhos, formam-se arquivos saudáveis poderosos em sua mente, que eu chamo de janelas light: memórias capazes de levar crianças e adolescentes a trabalhar dores perdas e frustrações”.

Intimidade
“Pais que não cruzam seu mundo com o dos filhos e só atuam como manuais de regras estão aptos a lidar com máquinas. 
É preciso criar uma intimidade real com os pequenos, uma empatia verdadeira. 
A família não pode só criticar comportamentos, apontar falhas. 
A emoção deve ser transmitida na relação.
Os pais devem ser os melhores brinquedos dos seus filhos. 
A nutrição emocional é importante mesmo que não se tenha tempo, o tempo precisa ser qualitativo. 
Quinze minutos na semana podem valer por um ano. 
Pais têm que ser mestres da vida dos filhos. 
As escolas também precisam mudar. 
São muito cartesianas, ensinam raciocínio e pensamento lógico, mas se esquecem das habilidades sócio-emocionais”.

Mais brincadeira, menos informação
“Criança tem que ter infância. 
Precisa brincar, e não ficar com uma agenda pré-estabelecida o tempo todo, com aulas variadas. 
É importante que criem brincadeiras, desenvolvendo a criatividade. 
Hoje, uma criança de sete anos tem mais informação do que um imperador romano. 
São informações desacompanhadas de conhecimento. 
Os pais podem e devem impor limites ao tempo que os filhos passam em frente às telas.
Sugiro duas horas por dia. 
Se você não colocar limite, eles vão desenvolver uma emoção viciante, precisando de cada vez mais para sentir cada vez menos: vão deixar de refletir, se interiorizar, brincar e contemplar o belo”.

Parabéns!
“Em vez de apontar falhas, os pais devem promover os acertos. 
Todos os dias, filhos e alunos têm pequenos acertos e atitudes inteligentes. 
Pais que só criticam e educadores que só constrangem provocam timidez, insegurança, dificuldade em empreender. 
Os educadores precisam ser carismáticos, promover os seus educandos. 
Assim, o filho e o aluno vão ter o prazer de receber o elogio.
Isso não tem ocorrido. 
O ser humano tem apontado comportamentos errados e não promovido características saudáveis”.

Conselho final para os pais
“Vejo pais que reclamam de tudo e de todos, não sabem ouvir não, não sabem trabalhar as perdas. 
São adultos, mas com idade emocional não desenvolvida. 
Para atuar como verdadeiros mestres, pai e mãe precisam estar equilibrados emocionalmente. 
Devem desligar o celular no fim de semana e ser pais. 
Muitos são viciados em smartphones, não conseguem se desconectar. 
Como vão ensinar os seus filhos e fazer pausas e contemplar a vida? 
Se os adultos têm o que eu chamo de síndrome do pensamento acelerado, que é viver sem conseguir aquietar e mente, como vão ajudar seus filhos a diminuírem a ansiedade?”.


Autor
Augusto Cury 

A Vida Depois da Vida (Orientações aos familiares e amigos que ficam).


• Lágrimas de saudade não prejudica quem parte. 
O que prejudica, dificulta o desligamento, perturba o espírito que parte é a revolta, a blasfêmia contra Deus.

• Evitar roupas escuras, ambientes taciturnos, pois estes comportamentos somente geram medo e maior dor aos envolvidos. 
Não é a cor da roupa que revela sofrimento, respeito ou ajuda e sim, oração sincera.

• Velas e flores são exteriorizações de sentimentos, não fazem mal, mas não ajudam o desencarnado. 
O que ajuda são orações, o amor sincero, bons pensamentos, fé e certeza da continuidade da vida.

• Como cada Ser tem um período de adaptação e um nível de evolução e compreensão do novo estado, convém esperar um tempo após o desencarne, para doar e se desfazer dos pertences pessoais daquele que partiu. 
Em casos explícitos de pessoas desprendidas da matéria, espiritualizadas, este tempo não é necessário, sendo muitas vezes, a vontade expressa daquele que se foi.

• TODOS OS ESPÍRITOS SÃO AUXILIADOS. 
NENHUM FILHO DE DEUS FICA DESAMPARADO. 
Mesmo os que tiveram uma vida encarnada desregrada, desde que sinceramente busquem auxílio.

VISITA AO TÚMULO:

A visita apenas expressa que lembramos do amado ausente. 
MAS não é o lugar, objetos, flores e velas que realmente importam. 
O que importa é a intenção, a lembrança sincera, o amor e a oração. 
Túmulos suntuosos não importam e não fazem diferença para quem parte.

ORAÇÃO SINCERA AQUIETA A ALMA E ELEVA O PADRÃO VIBRATÓRIO. 
CRIA UM ESTADO INTIMO DE SERENIDADE FACILITANDO O DESPRENDIMENTO E A ENTRADA TRANQUILA NO MUNDO ESPIRITUAL.

A VIDA CONTINUA SEMPRE!
NOSSOS AMADOS NÃO ESTÃO MORTOS. 
APENAS AUSENTES TEMPORARIAMENTE.
O VERDADEIRO AMOR INDEPENDE DA PRESENÇA. 
POR ISTO É ETERNO E UNE TODAS AS PESSOAS QUE O PARTILHAM.

APRENDAMOS A VIVER. 
PARA APRENDER A MORRER. 
TEMOS UM CORPO FÍSICO PARA NOSSA CAMINHADA DE APRENDIZADO NA TERRA. 
MAS SOMOS MAIS QUE UM COMPACTO DE CARNE. 
SOMOS ESPÍRITOS ETERNOS, QUE VIVEM PARA SEMPRE!

“NA CASA DE MEU PAI TEM MUITAS MORADAS”

Jesus Cristo.

Perda dos Entes Queridos - Livro dos Espíritos


A perda dos entes que nos são caros não constitui para nós legítima causa de dor, tanto mais legítima quanto é irreparável e independente da nossa vontade?
“Essa causa de dor atinge assim o rico, como o pobre: representa uma prova, ou expiação, e comum é a lei. 
Tendes, porém, uma consolação em poderdes comunicar-vos com os vossos amigos pelos meios que vos estão ao alcance, enquanto não dispondes de outros mais diretos e mais acessíveis aos vossos sentidos.”

935. Que se deve pensar da opinião dos que consideram profanação as comunicações com o além-túmulo?

“Não pode haver nisso profanação, quando haja recolhimento e quando a evocação seja praticada respeitosa e convenientemente. 
A prova de que assim é tendes no fato de que os Espíritos que vos consagram afeição acodem com prazer ao vosso chamado. 
Sentem-se felizes por vos lembrardes deles e por se comunicarem convosco. Haveria profanação, se isso fosse feito levianamente.”

Comentário de Allan Kardec:

A possibilidade de nos pormos em comunicação com os Espíritos é uma dulcíssima consolação, pois que nos proporciona meio de conversarmos com os nossos parentes e amigos, que deixaram antes de nós a Terra. 
Pela evocação, aproximamo-los de nós, eles vêm colocar-se ao nosso lado, nos ouvem e respondem. 
Cessa assim, por bem dizer, toda separação entre eles e nós. 
Auxiliam-nos com seus conselhos, testemunham-nos o afeto que nos guardam e a alegria que experimentam por nos lembrarmos deles. 
Para nós, grande satisfação é sabê-los ditosos, informar-nos, por seu intermédio, dos pormenores da nova existência a que passaram e adquirir a certeza de que um dia nos iremos a eles juntar.

936. Como é que as dores inconsoláveis dos que sobrevivem se refletem nos Espíritos que as causam?

“O Espírito é sensível à lembrança e às saudades dos que lhe eram caros na Terra; mas, uma dor incessante e desarrazoada o toca penosamente, porque, nessa dor excessiva, ele vê falta de fé no futuro e de confiança em Deus e, por conseguinte, um obstáculo ao adiantamento dos que o choram e talvez à sua reunião com estes.”

Comentário de Allan Kardec:

Estando o Espírito mais feliz no Espaço que na Terra, lamentar que ele tenha deixado a vida corpórea é deplorar que seja feliz. 
Figuremos dois amigos que se achem metidos na mesma prisão. 
Ambos alcançarão um dia a liberdade, mas um a obtém antes do outro. 
Seria caridoso que o que continuou preso se entristecesse porque o seu amigo foi libertado primeiro? 
Não haveria, de sua parte, mais egoísmo do que afeição em querer que do seu cativeiro e do seu sofrer partilhasse o outro por igual tempo? 
O mesmo se dá com dois seres que se amam na Terra. 
O que parte primeiro é o que primeiro se liberta e só nos cabe felicitá-lo, aguardando com paciência o momento em que a nosso turno também o seremos.

Façamos ainda, a este propósito, outra comparação. 
Tendes um amigo que, junto de vós, se encontra em penosíssima situação. 
Sua saúde ou seus interesses exigem que vá para outro país, onde estará melhor a todos os respeitos. 
Deixará temporariamente de se achar ao vosso lado, mas com ele vos correspondereis sempre: a separação será apenas material. 
Desgostar-vos-ia o seu afastamento, embora para o bem dele?

Pelas provas patentes, que ministra, da vida futura, da presença, em torno de nós, daqueles a quem amamos, da continuidade da afeição e da solicitude que nos dispensavam; pelas relações que nos faculta manter com eles, a Doutrina Espírita nos oferece suprema consolação, por ocasião de uma das mais legítimas dores. Com o Espiritismo, não mais solidão, não mais abandono: o homem, por muito insulado que esteja, tem sempre perto de si amigos com quem pode comunicar-se.

Impacientemente suportamos as tribulações da vida. 
Tão intoleráveis nos parecem, que não compreendemos possamos sofrê-las. Entretanto, se as tivermos suportado corajosamente, se soubermos impor silêncio às nossas murmurações, felicitar-nos-emos, quando fora desta prisão terrena, como o doente que sofre se felicita, quando curado, por se haver submetido a um tratamento doloroso.


Autor
Allan Kardec 

Sinais de que o espírito de alguém querido está por perto.


É difícil perder alguém a quem nos sentíamos bastante chegados. 
Todos perdemos alguém em algum ponto de nossas vidas, é uma realidade da natureza e, infelizmente temos que encarar isso da melhor maneira possível.

No entanto, apesar de o corpo de alguma pessoa não estar mais entre nós, não significa que a pessoa tenha desaparecido para sempre de nossas vidas! 
Aqui estão alguns sinais que podem significar que os seus entes queridos que se foram não deixaram o seu lado definitivamente!

1. Você sente o seu cheiro

Quando o espírito de alguém querido está por perto, ele pode se manifestar de diversas maneiras. 
Uma das mais comuns é o olfato. 
O cheiro de uma pessoa é, frequentemente, uma das conexões mais fortes com ela. 
Pode ser o cheiro de tabaco do cigarro ou um perfume, ou até mesmo o aroma de sua comida preferida sendo preparada. 
Aprecie isso, é uma mensagem sendo enviada diretamente de seu amado falecido.

2. Eles aparecem nos seus sonhos

Essa é uma das maneiras mais comuns que os espíritos usam para interagir conosco. 
Nossas mentes subconscientes sempre são mais abertas ao mundo espiritual, frequentemente deixando ele entrar. 
Sonhos envolvendo espíritos são incrivelmente realísticos e nem um pouco como sonhos normais. 
Preste atenção ao que eles podem significar, pode ser uma mensagem.

3. Suas coisas somem

Você pode sentir como se tivesse se perdido quando percebe que itens do dia a dia somem dos locais usuais. 
Pode ser um parente ou amigo falecido brincando com você. 
Pode parecer bobo, mas não significa que eles perderam o desejo de brincar com você. 
Ria com eles!

4. Pensamentos incomuns

Você pode experienciar pensamentos que sente não serem seus, quase como se seu monólogo interno seja ocupado por outra pessoa. 
Pode ser um sinal de que as pessoas falecidas ainda estão com você. 
Se você se sente com pensamentos externos, preste atenção a eles, especialmente quando eles começarem a conversar com você.

5. Sinais no funeral

Segundo James Van Praagh, um renomado psíquico, os espíritos vão aos seus próprios funerais. 
Eles andam pela sala tentando confortar os seus amigos mais queridos e dar sinais de que está tudo bem. 
Frequentemente, por que as pessoas estão tão desconcertadas no luto, esses sinais passam desapercebidos. 
Quando for a um funeral fique aberto aos sinais que eles oferecem.

Autor: James Van Praagh

James Van Praagh é um medium, escritor e produtor de televisão. 
Ele já escreveu vários best-sellers e livros que tratam de espiritualidade, por intermédio da comunicação com espíritos, que foram traduzidos em mais de 50 línguas no mundo inteiro.

Os Benefícios pagos com a Ingratidão



Que pensar das pessoas que, sofrendo ingratidão por benefícios prestados, não querem mais fazer o bem, com medo de encontrar ingratos?

Essas pessoas têm mais egoísmo do que caridade, porque fazer o bem somente para receber provas de reconhecimento, é deixar de lado o desinteresse, e o único bem agradável a Deus é o desinteressado.
São ainda orgulhosas, porque se comprazem na humildade do beneficiado, que deve rojar-se aos seus pés para agradecer-lhes. 
Aquele que busca na Terra a recompensa do bem que faz, não a receberá no céu, mas Deus a reservará para o que assim não procede.

É necessário ajudar sempre aos fracos, mesmo sabendo-se de antemão que os beneficiados não agradecerão.
Sabeis que, se aquele a quem ajudais esquecer o benefício, Deus o considerará mais do que se fosseis recompensados pela sua gratidão. 
Deus permite que às vezes sejais pagos com a ingratidão, para provar a vossa perseverança em fazer o bem.

Como sabeis, aliás, se esse benefício, momentaneamente esquecido, não produzirá mais tarde os seus frutos? 

Ficai certos, pelo contrário de que é uma semente que germinará com o tempo. 
Infelizmente, não vedes nunca além do presente, trabalhais para vós, e não tendo em vista os semelhantes. 
A benemerência acaba por abrandar os corações mais endurecidos; pode ficar esquecida aqui na Terra, mas quando o Espírito se livrar do corpo, ele se lembrará, e essa lembrança será o seu próprio castigo. 
Então, ele lamentará a sua ingratidão, desejará reparar a sua falta, pagar a sua dívida noutra existência, aceitando mesmo, freqüentemente, uma vida de devotamento ao seu benfeitor. 
É assim que, sem o suspeitadores, tereis contribuído para o seu progresso moral, e reconhecereis então toda a verdade desta máxima: um benefício jamais se perde. 
Mas tereis também trabalho para vós, pois tereis o mérito de haver feito o bem com desinteresse, sem vos deixar bater pelas decepções.

Ah!, meus amigos, se conhecêsseis todos os laços que, na vida presente, vos ligam às existências anteriores! 

Se pudésseis abarcar a multiplicidade das relações que aproximam os seres uns dos outros, para o seu mútuo progresso, admiraríeis muito melhor a sabedoria e a bondade do Criador, que vos permite reviver para chegardes a ele!

Evangelho Segundo o Espiritismo


AutorAllan Kardec 

Os Espíritos se afeiçoam de preferência a certas pessoas?


484 - Os Espíritos se afeiçoam de preferência a certas pessoas?

"Os bons Espíritos simpatizam com os homens de bem, ou suscetíveis de se melhorarem. 
Os Espíritos inferiores com os homens viciosos, ou que podem tornar-se tais. 
Daí suas afeições, como consequência da conformidade dos sentimentos."

485 - É exclusivamente moral a afeição que os Espíritos votam a certas pessoas?

"A verdadeira afeição nada tem de carnal; mas, quando um Espírito se apega a uma pessoa, nem sempre o faz só por afeição. 
À estima que essa pessoa lhe inspira pode agregar-se uma reminiscência das paixões humanas."

486 - Interessam-se os Espíritos pelas nossas desgraças e pela nossa prosperidade? 
Afligem-se os que nos querem bem com os males que padecemos durante a vida?

"Os bons Espíritos fazem todo o bem que lhes é possível e se sentem ditosos com as vossas alegrias. 
Afligem-se com os vossos males, quando os não suportais com resignação, porque nenhum benefício então tirais deles, assemelhando-vos, em tais casos, ao doente que rejeita a beberagem amarga que o há de curar."

487 - Dentre os nossos males, de que natureza são os de que mais se afligem os Espíritos por nossa causa? Serão os males físicos ou os morais?

"O vosso egoísmo e a dureza dos vossos corações. 
Daí decorre tudo o mais. 
Riem-se de todos esses males imaginários que nascem do orgulho e da ambição. 
Rejubilam com os que redundam na abreviação do tempo das vossas provas."

Sabendo ser transitória a vida corporal e que as tribulações que lhe são inerentes constituem meios de alcançarmos melhor estado, os Espíritos mais se afligem pelos nossos males devidos a causas de ordem moral, do que pelos nossos sofrimentos físicos, todos passageiros.

Pouco se incomodam com as desgraças que apenas atingem as nossas ideias mundanas, tal qual fazemos com as mágoas pueris das crianças.

Vendo nas amarguras da vida um meio de nos adiantarmos, os Espíritos as consideram como a crise ocasional de que resultará a salvação do doente. Compadecem-se dos nossos sofrimentos, como nos compadecemos dos de um amigo. 
Porém, enxergando as coisas de um ponto de vista mais justo, os apreciam de modo diverso do nosso. 
Então, ao passo que os bons nos levantam o ânimo no interesse do nosso futuro, os outros nos impelem ao desespero, objetivando comprometer-nos.

488 - Os parentes e amigos, que nos precederam na outra vida, maior simpatia nos votam do que os Espíritos que nos são estranhos?

"Sem dúvida e quase sempre vos protegem como Espíritos, de acordo com o poder de que dispõem."

- São sensíveis à afeição que lhes conservamos?

"Muito sensíveis, mas esquecem-se dos que os olvidam."


Autor
Allan Kardec 
perguntas e respostas Livro dos Espíritos

Entenda os Pressentimentos


522. O pressentimento é sempre uma advertência do Espírito protetor?

— O pressentimento é o conselho íntimo e oculto de um Espírito que vos deseja o bem. 
E também a intuição da escolha anterior: é a voz do instinto. 
O Espírito, antes de se encarnar, tem conhecimento das fases principais da sua existência, ou seja, do gênero de provas a que irá ligar-se. 
Quando estas têm um caráter marcante, ele conserva uma espécie de impressão em seu foro íntimo, e essa impressão, que é a voz do instinto, desperta quando chega o momento, tornando-se pressentimento.

523. Os pressentimentos e a voz do instinto têm sempre qualquer coisa de vago; na incerteza, o que devemos fazer?

— Quando estás em duvida, invoca o teu bom Espírito, ou ora a Deus, nosso soberano Senhor, para que te envie um de seus mensageiros, um de nós.

524. As advertências de nossos Espíritos protetores têm por único objetivo a conduta moral ou também a conduta que devemos ter em relação às coisas da vida privada?

— Tudo; eles procuram fazer-vos viver da melhor maneira possível, mas freqüentemente fechais os ouvidos às boas advertências e vos tornais infelizes por vossa culpa.

Comentário de Kardec: 
Os Espíritos protetores nos ajudam com os seus conselhos através da voz da consciência que fazem falar em nosso intimo; mas como nem sempre lhes damos a necessária importância oferecem-nos outros mais diretos, servindo-se das pessoas que nos cercam. 
Que cada um examine as diversas circunstâncias, felizes ou infelizes, de sua vida, e verá que em muitas ocasiões recebeu conselhos que nem sempre aproveitou e que lhe teriam poupado muitos dissabores, se os houvesse escutado.



Autor
Allan Kardec 
Livro dos Espíritos pressentimentos 

Prece aos Anjos Guardiões

Prece pelos Enfermos



Senhor dos Mundos, Excelso Criador de todas as coisas.

Venho à Tua soberana presença neste momento, para suplicar ajuda aos que estão sofrendo por doenças do corpo ou da mente.

Sabemos que as enfermidades nos favorecem momentos de reflexão, e de uma aproximação maior de Ti, pelos caminhos da dor e do silêncio.

Mas apelamos para tua misericórdia e pedimos:

Estende Tua luminosa mão sobre os que se encontram doentes, sofrendo limitações, dores e incertezas.

Faz a fé e a confiança brotarem fortes em seus corações.

Alivia suas dores e dá-lhes calma e paz.

Cura suas almas para que os corpos também se restabeleçam.

Dá-lhes alívio, consolação e acende a luz da esperança em seus corações, para que, amparados pela fé e a esperança, possam desenvolver o amor universal, porque esse é o caminho da felicidade e do bem-estar... é o caminho que nos leva a Ti.

Que a Tua paz esteja com todos nós.
Que assim seja!!

Autor desconhecido

O Privilégio da Oração


Deus nos fala pela Natureza e pela Revelação, através de Sua providência e pela influência de Seu Espírito. 
Isto, porém, não basta; precisamos também abrir a Ele nosso coração.
Para ter vida e energia espirituais, necessitamos manter verdadeira comunhão com o Pai celestial.
Nossos pensamentos podem dirigir-se para Ele; podemos meditar sobre Suas obras, Suas misericórdias,
Suas bênçãos; mas isto não é, no sentido mais amplo, ter comunhão com Ele. Para isso é preciso que tenhamos alguma coisa que lhe dizer acerca de nossa vida.

A oração é o abrir do coração a Deus como a um amigo.
Não que seja necessário, para que Deus nos conheça, mas para nos habilitar a recebê-Lo.
A oração não faz Deus baixar a nós, mas eleva-nos a Ele.
Quando Jesus andou na Terra, ensinou a Seus discípulos como deviam orar. Instruiu-os a apresentar suas necessidades diárias a Deus, e lançar sobre Ele todos os seus cuidados.
A certeza que lhes deu, de que suas orações seriam ouvidas, nos é dada também.

Jesus mesmo, enquanto andava entre os homens, muitas vezes Se entregava à oração.
O Salvador identificou-Se com nossas necessidades e fraquezas, tornando-Se um suplicante, junto de Seu Pai, para buscar dele novos suprimentos de força, a fim de que pudesse sair revigorado para os deveres e provações.

Ele é nosso exemplo em todas as coisas.
É um irmão em nossas fraquezas, pois "como nós, em tudo foi tentado".
Mas, sem pecado como era, Sua natureza recuava do mal.
Suportou lutas e tristezas num mundo de pecado.
Sua humanidade tornou a oração uma necessidade e um privilégio para Ele.
Encontrava conforto e alegria na comunhão com o Pai.
E se o Salvador dos homens, o Filho de Deus, sentia a necessidade de orar, quanto mais devemos nós, débeis e pecadores mortais que somos, sentir a necessidade de fervorosa e constante oração!

O Pai celestial deseja derramar sobre nós a plenitude de Suas bênçãos.
É nosso privilégio beber livremente da fonte de Seu amor ilimitado.
É de admirar, pois, que oremos tão pouco!
Deus está pronto para ouvir a oração sincera do mais humilde de Seus filhos, e contudo há tanta relutância de nossa parte, para levar a Deus nossas necessidades!
Que pensarão os anjos do Céu, a respeito dos pobres e desamparados seres humanos, sujeitos à tentação, quando o coração de Deus, cheio de infinito amor,inclina-se para eles, pronto para lhes dar mais do que sabem pedir ou pensar.
Contudo oram tão pouco, tão pequena fé exercem!

Os anjos têm prazer em prostrar-se perante Deus, têm prazer em estar na Sua presença.
Consideram a comunhão com Deus sua maior alegria.
Os filhos da Terra, porém, que tanto precisam do auxílio que só Deus pode dar, parecem satisfeitos em andar sem a luz de Seu Espírito, sem a companhia de Sua presença.

As trevas do maligno envolvem os que negligenciam a oração.
As sutis tentações do inimigo os levam ao pecado.
E tudo isso acontece por não fazerem uso do privilégio da oração, que Deus lhes ofereceu.
Por que deveriam os filhos e filhas de Deus ser tão relutantes em orar, quando a oração é a chave nas mãos da fé para abrir os depósitos do Céu, onde estão armazenados os ilimitados recursos da Onipotência?

Sem oração e vigilância constante, estamos em perigo de nos tornar descuidados e nos desviar do caminho verdadeiro.
O adversário procura continuamente obstruir o caminho para o trono da graça, para que não obtenhamos, pela súplica fervorosa e fé, graça e poder para resistir à tentação.
Há certas condições sob as quais podemos esperar que Deus ouça nossas orações e a elas atenda.
Uma das primeiras é sentir nossa necessidade de Seu auxílio.
Ele prometeu: "Vou fazer com que caia chuva no deserto e que em terras secas corram rios."
Os que têm fome e sede de justiça, que anelam a Deus, podem estar certos de que serão satisfeitos.
O coração tem de estar aberto à influência do Espírito.
Ao contrário, não pode obter a bênção de Deus.

Nossa grande necessidade é por si mesma um argumento, e intercede em nosso favor de modo muito eloquente.
Temos, porém, de buscar ao Senhor a fim de que faça essas coisas por nós.
Ele diz: "Peçam e receberão."
"Ele não deixou de entregar nem o Seu próprio Filho, mas O ofereceu por todos nós!
Se Ele nos deu Seu Filho será que também não nos dará também de graça todas as coisas?"
Se guardamos ainda iniquidade em nosso coração, se nos apegamos a algum pecado consciente, o Senhor não nos ouvirá.
Mas a oração da pessoa arrependida e sincera será sempre aceita.
Depois de termos nos arrependido de todas as faltas que nos são conscientes, poderemos crer que Deus atenderá às nossas orações.
Nossos próprios méritos jamais nos recomendarão ao favor de Deus; é o mérito de Cristo que nos salvará, Seu sangue é que nos purificará.
Nós, porém, temos uma parte a fazer para cumprir as condições da aceitação.

Outro elemento da oração perseverante é a fé.
"Porque quem vai a Deus precisa crer que Ele existe, e que recompensa os que O procuram."
Jesus disse a Seus discípulos:
"Quando orarem e pedirem alguma coisa, creiam que já a receberam, e assim tudo será dado a vocês."
Cremos em Sua palavra?
A certeza que Ele nos dá é ampla, sem limites.
Aquele que prometeu é fiel.
Se não recebemos exatamente as coisas que pedimos e no tempo desejado, devemos, assim mesmo, crer que o Senhor nos ouve e que atenderá às nossas orações.
Somos tão cheios de faltas e possuímos uma visão tão estreita, que às vezes pedimos coisas que não seriam uma bênção para nós.
O Pai celestial amorosamente atende às orações dando-nos aquilo que é para nosso maior bem - aquilo que nós mesmos desejaríamos se, com a visão divinamente iluminada, pudéssemos ver todas as coisas como são na realidade.

Quando nossas orações ficam aparentemente sem resposta, devemos nos apegar à promessa, pois virá, por certo, a ocasião de serem atendidas, e receberemos a bênção de que mais necessitamos.
Pretender no entanto, que a oração seja sempre atendida exatamente do modo e no sentido particular que desejamos é presunção.
Deus é muito sábio para errar, e bom demais para deixar de conceder qualquer benefício aos que são sinceros.
Não tenha medo, pois, de confiar nele, ainda que não veja resposta imediata às suas orações.

Apóie-se na segura promessa: "Peçam e receberão."
Se tomarmos conselho com as nossas dúvidas e temores, ou procurarmos resolver tudo que não podemos compreender claramente, antes de ter fé, as dificuldades apenas aumentarão e se complicarão.
Mas se chegarmos a Deus convencidos de nosso desamparo e dependência, tais como somos, e com humilde e confiante fé levarmos nossas necessidades Àquele cujo conhecimento é infinito, e que tudo vê na criação, governando todas as coisas por Sua vontade e palavra, Ele pode atender e atenderá ao nosso clamor, e fará a luz brilhar em nosso coração.

Pela oração sincera somos ligados com a mente do Infinito.
Não podemos ver, no mesmo momento, evidências claras de que a face do nosso Redentor se inclina para nós em compaixão e amor, mas é realmente assim.
Podemos não sentir Seu contato visível, mas Sua mão está sobre nós em amor e compassiva ternura.

Quando pedimos misericórdia e bênçãos de Deus, devemos ter no coração um espírito de amor e perdão.
Como poderemos orar:

"Perdoa as nossas ofensas como também nós perdoamos os que nos ofenderam" e não obstante, alimentar um espírito de ódio?
Se esperamos que nossas orações sejam atendidas, devemos perdoar aos outros do mesmo modo e na mesma medida em que esperamos ser perdoados.
A perseverança na oração é também uma condição para que seja atendida.
Devemos orar sempre, se quisermos crescer na fé e experiência.
Devemos "perseverar em oração, agradecendo a Deus".

Pedro recomenda aos crentes: "Vocês devem ser prudentes e estar alerta para poderem orar."
A Paulo instrui: "Mas em todas as orações peçam a Deus o que vocês precisam e sempre orem com o coração agradecido."
"Porém vocês, meus amigos", diz Judas, "orem no poder do Espírito Santo.
E continuem no amor de Deus."
A oração constante é a união ininterrupta da alma com Deus, de maneira que a vida de Deus flui para nossa vida, e de nossa vida voltam para Deus pureza e santidade.

É necessário que a oração seja diligente.
Coisa alguma deve fazer com que você deixe de orar.
Faça tudo o que estiver ao seu alcance para conservar aberta a comunhão entre Jesus e você.
Procure toda oportunidade para ir aonde se costuma fazer oração.
Os que estão realmente buscando a comunhão com Deus, serão vistos nas reuniões de oração, fiéis ao seu dever, e atentos e ansiosos por receber todos os benefícios que possam obter.
Aproveitarão todas as oportunidades de colocar-se onde possam receber raios de luz do Céu.

Temos que orar em família, mas acima de tudo, não devemos negligenciar a oração secreta, pois ela é a vida da alma.
É impossível a uma pessoa prosperar se não ora o suficiente.
A oração familiar e a oração pública não bastam.
Sozinho, abra seu coração aos olhos de Deus.
A oração secreta só deve ser ouvida por Ele - o Deus que ouve as orações. Nenhum ouvido curioso deve partilhar essas petições em que a alma entrega a Deus suas dificuldades.
Na oração secreta a pessoa está livre das influências do ambiente, livre de excitamento.

Calmamente, mas com fervor, pode buscar a Deus.
A influência que vem daquele que conhece os segredos será suave e permanente. Seu ouvido está aberto para ouvir a prece que vem do coração.
Pela fé calma e singela o ser humano mantém comunhão com Deus e absorve raios de luz divina que irão fortalecê-lo e sustentá-lo no conflito contra Satanás. Deus é nossa fortaleza.
Ore no seu aposento particular.
E enquanto você executa seus afazeres diários, ore muitas vezes.
Era assim que Enoque andava com Deus.
Essas orações silenciosas sobem para o trono da graça como se fossem precioso incenso.
Satanás não pode vencer aquele que dessa maneira se firma em Deus.

Não há tempo nem lugares impróprios para fazer uma prece a Deus.
Nada nos pode impedir de elevar o coração no espírito de uma oração sincera. Entre as pessoas na rua, ou em meio a uma transação comercial, podemos elevar a Deus um pedido, solicitando a direção divina, como fez Neemias quando apresentou seu pedido perante o rei Artaxerxes.
Onde quer que nos encontremos podemos manter comunhão íntima com Deus.
A porta do coração deve estar constantemente aberta, sempre pedindo a Jesus que venha habitar em nós, como hóspede celestial.

Ainda que nos encontremos num ambiente maculado e corrupto, não somos forçados a respirar os odores poluídos deste mundo, mas temos condições de viver no puro ambiente do Céu.
Podemos fechar todas as portas a imaginações impuras e pensamentos profanos, conduzindo nossa alma à presença de Deus por meio de sincera oração.
Aquele que se acha aberto para receber o auxílio e a bênção de Deus poderá viver num ambiente mais santo que o da Terra, e ter constante comunhão com o Céu.

Precisamos ter uma visão mais clara acerca de Jesus, bem como uma compreensão mais ampla do valor das realidades eternas.
O coração dos filhos de Deus tem que se encher de beleza e santidade, e para que assim seja, devemos procurar a divina revelação das coisas celestiais.
Que o nosso interior se abra e se eleve, a fim de que Deus possa nos proporcionar um vislumbre maior da atmosfera celeste.
Podemos nos conservar tão ligados a Deus que, em cada provação inesperada, nossos pensamentos sejam direcionados para Ele de modo tão natural como a flor se volta para o Sol.

Conte sempre ao Senhor acerca de suas necessidades, alegrias, tristezas, cuidados e temores.
Você não conseguirá sobrecarregá-Lo; não O poderá cansar.
Aquele que conta os cabelos de nossa cabeça não é indiferente às necessidades de Seus filhos.
"Porque o Senhor é cheio de bondade e de misericórdia."
Seu coração amorável se comove com nossas tristezas, e quando falamos delas.
Entregue-Lhe tudo quanto causa insegurança em você.
Coisa alguma é muito grande para Ele, pois sustenta os mundos e dirige o Universo.

Nada do que, de algum modo, se relacione com a nossa paz é tão insignificante que Ele deixe de observar.
Não há em nossa vida nenhum capítulo demasiado obscuro para que Ele não o possa entender; dificuldade alguma por demais complicada para que a possa resolver.
Nenhuma calamidade poderá sobrevir ao mais humilde de Seus filhos, ansiedade alguma que lhe perturbe a paz de espírito, nenhuma alegria que possa ter, nenhuma oração sincera que lhe escape dos lábios, sem que seja observada pelo Pai celeste, ou sem que Lhe atraia o imediato interesse.

Ele "cura os que estão desanimados e trata de seus ferimentos".
As relações entre Deus e cada pessoa são tão particulares e íntimas, como se não existisse nenhuma outra por quem Ele houvesse dado Seu bem-amado Filho.
Jesus disse:
"Naquele dia vocês farão pedidos em Meu nome.
E Eu digo que não precisarei pedir ao Pai em favor de vocês." "Fui
Eu que os escolhi... assim o Pai Ihes dará tudo o que pedirem em Meu nome.
"Orar em nome de Jesus, porém, é mais do que simplesmente mencionar-Lhe o nome no começo e fim da oração.
E orar segundo o sentimento e o espírito de Jesus, ao mesmo tempo que cremos nas Suas promessas, descansamos em Sua graça, e fazemos Suas obras.

Deus não espera que nos tornemos eremitas ou monges, que nos afastemos do mundo, com o objetivo de nos consagrar a práticas de piedade.
Nossa vida deve ser tal como foi a de Cristo - dividir-se entre o monte da oração, e o convívio das multidões.
A pessoa que não faz outra coisa senão orar, ou em breve deixará essa prática, ou suas orações acabarão se tornando formais e rotineiras.
Quando os homens se retiram da vida social, param de cumprir seus deveres cristãos e levar sua cruz;quando deixam de trabalhar com zelo pelo Mestre, que com tanto amor por eles trabalhou, perdem o objetivo essencial da oração, não sendo mais estimulados às devoções.
Suas preces se tornam pessoais e egoístas.

Não podem orar a respeito das necessidades humanas, ou da edificação do reino de Cristo,rogando forças para o trabalho.
Ao nos privarmos da alegria de nos reunir uns com os outros para fortalecimento e ânimo no serviço do Senhor, nosso prejuízo será grande.
As verdades de Sua Palavra perdem o vigor e a importância para nós.
O coração deixa de ser iluminado e comovido por Sua santificadora influência.
A espiritualidade declina.
Perdemos muito, em nossas relações como cristãos, devido à falta de simpatia de uns para com os outros.

Aquele que se fecha em si mesmo não está preenchendo o lugar que lhe foi designado pelo Senhor.
O devido cultivo dos traços sociais de nossa natureza nos leva a ter simpatia pelos outros, sendo um meio de nos desenvolver e tornar mais fortes para o serviço de Deus.
Se os cristãos cultivassem maior convivência entre si, falando do amor de Deus e das preciosas verdades da redenção, seu próprio coração seria abrandado, ao mesmo tempo que levariam conforto uns aos outros.
Devemos aprender diariamente de nosso Pai celeste buscando nova experiência de Sua graça.

Assim,desejaremos falar acerca de Seu amor e nosso ânimo e fervor crescerão.
Se pensássemos e falássemos mais em Jesus e menos em nós mesmos, teríamos muito mais de Sua presença.
Se pensássemos em Deus ao menos tantas vezes quantas vemos Suas demonstrações de cuidado por nós, poderíamos tê-Lo sempre presente em nossa mente, alegrando-nos em falar a Seu respeito e em louvá-Lo.
Falamos sobre as coisas temporais, porque nos interessamos por elas.
Falamos em nossos amigos, porque os amamos; com eles partilhamos as dores e alegrias. Temos, no entanto, razões infinitamente maiores para amar mais a Deus do que aos nossos amigos terrestres.

Deveria ser a coisa mais natural do mundo dar-Lhe o primeiro lugar em nossos pensamentos, falar de Sua bondade e de Seu poder.
Ao conceder-nos tão preciosos dons, não era vontade de Deus que eles ocupassem de tal forma nossa mente e coração, que nada nos restasse para Lhe dar.
Os dons nos devem, ao contrário, fazer lembrar sempre dele, ligando-nos com laços de amor e gratidão ao celeste Benfeitor.
Vivemos muito apegados à Terra.

Ergamos o olhar para a porta aberta do santuário no Céu, onde a luz da glória de Deus resplandece na face de Cristo, o qual "pode, hoje e sempre, salvar os que vão a Deus por meio dele.
"Devemos louvar mais a Deus "pela Sua bondade e pelas Suas maravilhas para com os filhos dos homens".
Nossas orações não deviam se resumir só em pedir e receber.
Não pensemos sempre em nossas necessidades, sem nunca nos importar com os benefícios recebidos.
Não oramos muito, mas somos ainda mais pobres em nossas ações de graças. Continuamente recebemos as misericórdias de Deus e, no entanto, quão pouco Lhe expressamos nosso reconhecimento e O louvamos pelo que tem feito por nós!
O Senhor instruiu antigamente os israelitas, quando se reuniam para Seu culto: "Ali na presença do Eterno, o nosso Deus, vocês e as suas famílias comerão da carne dos sacrifícios e ficarão alegres porque Deus abençoou todo o trabalho de vocês."

Aquilo que fazemos para glória de Deus, deve ser feito com alegria, hinos de louvor e ações de graças, não com tristeza e aspecto sombrio.
Nosso Deus é Pai misericordioso e amorável.
Servi-Lo não deve ser considerado um exercício cansativo e triste.
Deve ser uma alegria adorar o Senhor e tomar parte em Sua obra.
Deus não quer que Seus filhos,para quem ofereceu tão grande salvação, ajam como se Ele fosse um patrão duro e exigente.
Ao contrário é o melhor amigo deles.
E espera que, quando O adorem, possa estar com eles, para os abençoar e confortar, enchendo-lhes o coração de alegria e amor.

O Senhor deseja que Seus filhos encontrem conforto em Seu serviço, achando mais prazer do que fadiga em Seu trabalho.
Deseja que aqueles que O buscam para Lhe prestar adoração, levem consigo pensamentos preciosos acerca de Seu cuidado e amor, podendo ser, desse modo, animados em todas as ocupações da vida diária, e receber graça para lidar sincera e fielmente em todas as coisas.
Precisamos nos reunir em torno da cruz.
O Cristo crucificado deve ser o tema de nossas meditações de nossas conversas, e de nossas mais gratas emoções.
Devemos conservar em mente todas as bênçãos que recebemos de Deus e, ao compreendermos o grande amor que Ele nos tem, iremos sentir-nos atraídos a confiar tudo às mãos que foram por nós cravadas na cruz.
A alma pode subir para mais perto do Céu nas asas do louvor.

Deus é adorado com hinos e música nas cortes celestes.
Ao exprimir-Lhe nossa gratidão, estamos nos aproximando do culto que Lhe é prestado pelas hostes celestes.
"Aquele que Me traz ofertas de gratidão, esse Me honra."
Cheguemos, pois, com reverente alegria a nosso Criador, "com ações de graças e voz de melodia"



Autor desconhecido

Oração para Fluidificação da Água - Prece Espírita



Peço a Deus, o Princípio Onipresente, Onisciente e Onipotente, e ao Cristo Planetário, forças para as Legiões Angélicas ou Mensageiras, para que possam lutar contra o Mal, em qualquer forma que se apresente, e vencê-lo.

Como não existe merecimento, fora do respeito à Verdade, ao Amor e à Virtude, prometo aplicar esforços no sentido de viver a Lei de Deus, compreender e imitar o Verbo Exemplar e cultivar nobremente os Dons do Espírito Santo, Carismas ou Mediunidades, sem os quais não pode haver a Consoladora Revelação.

Rogo a Deus, que enviou o Verbo Modelo, para entregar o Glorioso Pentecostes, ou Derrame de Dons Mediúnicos para toda a carne, para que a Humanidade tenha realmente dignos medianeiros, que dêem de graça o de graça recebido, nutrindo verdadeiro respeito à Doutrina do Caminho.

Como encarnado, sujeito a necessidades, doenças, dores, aflições, e também sujeito à morte física e responsabilidade perante a Justiça Divina, rogo o dom do bom discernimento espiritual, assim como rogo, para o corpo, as energias e os fluídos a serem depositados nesta água.

E como quem tanto necessita e roga, reconhecido agradeço a Deus, às Legiões Angélicas e Socorristas e ao meu Espírito Guia ou Anjo Guardião.

Como agir para obter água fluidificada ou energizada:

Ter um vasilhame branco, litro, garrafa ou copo.
Enchê-lo com água bem limpa.
Se o cobrir, será com pano branco, não rolha.
Ler a ORAÇÃO PARA A FLUIDIFICAÇÃO DA ÁGUA.
Convém ler a ORAÇÃO A BEZERRA DE MENEZES (texto abaixo).
Ao tomar a água, aos goles, pensar em Deus e nos Guias Médicos.
Quando o vasilhame estiver com água pela metade, não deixar esvaziar, tornar a enchê-lo.
Para pessoas doentes, a água deve ser feita para ela, não todos.
Saber que, como os Anjos ou Espíritos Mensageiros colocam na água os elementos necessários, não estranhar quando venha a ter gostos e colorações diferentes, ao tomar a água.


Oração a Bezerra de Menezes:

Nós Te rogamos, Pai de Infinita Bondade e Justiça, as graças de Jesus Cristo, através de Bezerra de Menezes e suas legiões de companheiros.

Que eles nos assistam, Senhor, consolando os aflitos, curando aqueles que se tornem merecedores, confortando aqueles que tiverem suas provas e expiações a passar, esclarecendo aos que desejarem conhecer a Verdade e assistindo a todos quantos apelam ao Teu Infinito Amor.

Jesus, Divino Portador da Graça e da Verdade, estende Tuas mãos dadivosas em socorro daqueles que Te reconhecem o Despenseiro Fiel e Prudente; faze-o, Divino Modelo, através de Tuas legiões consoladoras, de Teus Santos Espíritos, a fim de que a Fé se eleve, a Esperança aumente, a Bondade se expanda e o Amor triunfe sobre todas as coisas.

Bezerra de Menezes, Apóstolo do Bem e da Paz, amigo dos humildes e dos enfermos, movimenta as tuas falanges amigas em benefício daqueles que sofrem, sejam males físicos ou espirituais. 
Santos Espíritos, dignos obreiros do Senhor, derramai as graças e as curas sobre a humanidade sofredora, a fim de que as criaturas se tornem amigas da Paz e do Conhecimento, da Harmonia e do Perdão, semeando pelo mundo os Divinos Exemplos de Jesus Cristo


Autor desconhecido

BIOGRAFIA DE DR BEZERRA DE MENEZES


Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti (Riacho do Sangue, 29 de agosto de 1831 — Rio de Janeiro, 11 de abril de 1900) foi um médico, militar, escritor, jornalista, político e expoente da Doutrina Espírita no Brasil.
Infância e juventude

Descendente de antiga família de fazendeiros de criação, ligada à política e ao militarismo na Província do Ceará, era filho de Antônio Bezerra de Menezes (tenente-coronel da Guarda Nacional) e de Fabiana de Jesus Maria Bezerra.

Em 1838, aos sete anos de idade, ingressou na escola pública da Vila Frade (adjacente ao Riacho do Sangue), onde, em dez meses, aprendeu os princípios da educação elementar.

Em 1842, como consequência de perseguições políticas e dificuldades financeiras, a sua família mudou-se para a antiga vila de Maioridade (serra do Martins), no Rio Grande do Norte, onde o jovem, então com onze anos de idade, foi matriculado na aula pública de latim. 
Em dois anos já substituía o professor em classe, em seus impedimentos.

Em 1846, a família retornou à Província do Ceará, fixando residência na capital, Fortaleza. O jovem foi matriculado no Liceu do Ceará, onde concluiu os estudos preparatórios.
A carreira na Medicina

Em 1851, ano de falecimento de seu pai, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde, naquele mesmo ano, iniciou os estudos de Medicina na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

No ano seguinte (1852), ingressou como praticante interno ("residente") no hospital da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Para prover os seus estudos, dava aulas particulares de filosofia e matemática.

Obteve o doutoramento (graduação) em 1856, com a defesa da tese: "Diagnóstico do cancro". Por essa altura, abandonou o último patronímico e modificou o "s" de Meneses para "z", passando a assinar-se simplesmente como Adolfo Bezerra de Menezes. Nesse ano, o Governo Imperial decretou a reforma do Corpo de Saúde do Exército Brasileiro, e nomeou para chefiá-lo, como Cirurgião-mor, o Dr. Manuel Feliciano Pereira Carvalho, antigo professor de Bezerra de Menezes, que convidou Bezerra para trabalhar como seu assistente.
A 27 de Abril de 1857 candidatou-se ao quadro de membros titulares da Academia Imperial de Medicina com a memória "Algumas considerações sobre o cancro, encarado pelo lado do seu tratamento". 
O académico José Pereira Rego leu o parecer na sessão de 11 de maio, tendo a eleição transcorrido na de 18 de Maio e a posse na de 1 de junho do mesmo ano.

Em 1858 candidatou-se a uma vaga de lente substituto da Secção de Cirurgia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. 
Nesse ano saiu a sua nomeação oficial como assistente do Corpo de Saúde do Exército, no posto de Cirurgião-tenente e, a 6 de Novembro, desposou Maria Cândida de Lacerda, que viria a falecer de mal súbito em 24 de Março de 1863, deixando-lhe dois filhos, um de três e outro de um ano de idade.

No período de 1859 a 1861 exerceu a função de redactor dos Anais Brasilienses de Medicina, periódico da Academia Imperial de Medicina.

Em 1865 desposou, em segundas núpcias, Cândida Augusta de Lacerda Machado, irmã por parte de mãe de sua primeira esposa, e que cuidava de seus filhos até então, com quem teve mais sete filhos.

Trajetória política
Bezerra de Menezes, por André Koehne.

Nesse período a Câmara Municipal do Município Neutro tinha como presidente Roberto Jorge Haddock Lobo, do Partido Conservador. 
Ao mesmo tempo, Bezerra de Menezes já se notabilizara pela actuação profissional e pelo trabalho voltado à população carente. 
Desse modo, em 1860, em uma reunião política, alguns amigos levantaram a candidatura de Bezerra de Menezes, pelo Partido Liberal, como representante da paróquia de São Cristóvão, onde então residia, à Câmara. 
Ciente da indicação, Bezerra recusou-a inicialmente, mas, por insistência, acabou se comprometendo apenas em não fazer uma declaração pública de recusa dos votos que lhe fossem outorgados.

Abertas as urnas e apurados os votos, Bezerra fora eleito. 
Os seus adversários, liderados por Haddock Lobo, impugnaram a posse sob o argumento de que militares de Segunda Classe não podiam exercer o cargo de Vereador. 
Desse modo, para apoiar o Partido, que necessitava dele para obter a maioria na Câmara, decidiu requerer exoneração do Corpo de Saúde (26 de Março de 1861). Desfeito o impedimento, foi empossado no mesmo ano.

Foi reeleito vereador da Câmara Municipal do Município Neutro para o período de 1864 a 1868.

Foi eleito deputado Provincial pelo Rio de Janeiro em 1866, apesar da oposição do então primeiro-ministro Zacarias de Góis e dos chefes liberais - senador Bernardo de Sousa Franco (visconde de Sousa Franco) e deputado Francisco Otaviano de Almeida Rosa. 
Empossado em 1867, a Câmara dos Deputados foi dissolvida no ano seguinte (1868), devido à ascensão do Partido Conservador.

Retornou à política como vereador no período de 1873 a 1885, ocupando várias vezes as funções de presidente interino da Câmara Municipal, efectivando-se em Julho de 1878, cargo que corresponderia actualmente ao de Prefeito.

Foi eleito deputado geral pela Província do Rio de Janeiro no período de 1877 a 1885, ano em que encerrou a sua carreira política. 
Neste período acumulou o exercício da presidência da Câmara e do Poder Executivo Municipal. 
Em sua atuação como deputado, destacam-se algumas iniciativas pioneiras: buscou, através de projeto de lei, regulamentar o trabalho doméstico, visando conceder a essa categoria, inclusive, o aviso prévio de 30 dias; denunciou os perigos da poluição que já naquela época afetava a população do Rio de Janeiro, promovendo providências para combatê-la. 
Foi membro, a partir de 1882, das Comissões de Obras Públicas, Redação e Orçamento.
Vida empresarial

Foi sócio fundador da Companhia Estrada de Ferro Macaé e Campos (1870). Empenhou-se na construção da Estrada de Ferro Santo Antônio de Pádua, pretendendo estendê-la até ao rio Doce, projecto que não conseguiu concretizar (c. 1872). Foi um dos directores da Companhia Arquitetônica de Vila Isabel, fundada em Outubro de 1873 por João Batista Viana Drummond (depois barão de Drummond) para empreender a urbanização do bairro de Vila Isabel. 
Em 1875, foi presidente da Companhia Ferro-Carril de São Cristóvão, período em que os trilhos da empresa alcançavam os bairros do Caju e da Tijuca.
Militância intelectual
Capa do livreto "A escravidão no Brasil e as medidas que convém tomar para extingui-la sem dano para a Nação", de 1869. A obra foi distribuída gratuitamente à população.

Durante a campanha abolicionista publicou o ensaio "A escravidão no Brasil e as medidas que convém tomar para extingui-la sem dano para a Nação" (1869), onde não só defende a liberdade aos escravos, mas também a inserção e adaptação dos mesmos na sociedade por meio da educação. 
Nesta obra, Bezerra se auto-intitula um liberal, e propõe que se imitasse os ingleses, que na época já haviam abolido a escravidão de seus domínios.

Expôs os problemas de sua região natal em outro ensaio publicado, "Breves considerações sobre as secas do Norte" (1877). 
Alguns indicam que foi autor de biografias sobre o visconde do Uruguai e o visconde de Caravelas, personalidades ilustres do Império do Brasil. 
Foi redator d'A Reforma, órgão liberal no Município Neutro, e, de 1869 a 1870, redator do jornal Sentinela da Liberdade. 
Escreveu também outras obras, como "A Casa Assombrada", "A Loucura sob Novo Prisma", "A Doutrina Espírita como Filosofia Teogônica", "Casamento e Mortalha", "Pérola Negra", "Lázaro, o Leproso", "Os Carneiros de Panúrgio", "História de um Sonho" e "Evangelho do Futuro".

Sabe-se que Bezerra de Menezes era fluente em pelo menos três línguas além do português: latim, espanhol e francês.
Militância espírita

Conheceu a Doutrina Espírita quando do lançamento da tradução em língua portuguesa de O Livro dos Espíritos (sem data, em 1875), através de um exemplar que lhe foi oferecido com dedicatória pelo seu tradutor, Dr. Joaquim Carlos Travassos. 
Sobre o contacto com a obra, o próprio Bezerra registrou posteriormente:

"Deu-mo na cidade e eu morava na Tijuca, a uma hora de viagem de bonde. Embarquei com o livro e, como não tinha distração para a longa viagem, disse comigo: ora, Deus! 
Não hei de ir para o inferno por ler isto… 
Depois, é ridículo confessar-me ignorante desta filosofia, quando tenho estudado todas as escolas filosóficas. 
Pensando assim, abri o livro e prendi-me a ele, como acontecera com a Bíblia. 
Lia. 
Mas não encontrava nada que fosse novo para meu Espírito. 
Entretanto, tudo aquilo era novo para mim!… 
Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se achava no 'O Livro dos Espíritos'. Preocupei- me seriamente com este fato maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece que eu era espírita inconsciente, ou, mesmo como se diz vulgarmente, de nascença."

Com o lançamento do periódico Reformador, por Augusto Elias da Silva em 1883, passou a colaborar com a redação de artigos doutrinários.

Após estudar por alguns anos as obras de Allan Kardec, em 16 de Agosto de 1886, aos cinquenta e cinco anos de idade, perante grande público (estimado, conforme os seus biógrafos, entre mil e quinhentas e duas mil pessoas) no salão de conferências da Guarda Velha, no Rio de Janeiro, em longa alocução, justificou a sua opção em abraçar o Espiritismo. 
O evento chegou a ser referido em nota publicada pelo "O Paiz".

No ano seguinte, a pedido da Comissão de Propaganda do Centro da União Espírita do Brasil, inicia a publicação de uma série de artigos sobre a Doutrina em O Paiz, periódico de maior circulação da época. 
Com o nome de "Estudos Filosóficos - Espiritismo", os artigos saíram regularmente aos domingos, no período de 23 de Outubro de 1887 a Dezembro de 1893, assinados sob o pseudônimo "Max".

Na década de 1880 o incipiente movimento espírita na capital (e no país) estava marcado pela dispersão de seus adeptos e das entidades em que se reuniam. Havia, ainda, uma clara divisão entre os espíritas ditos "místicos" (defensores de uma visão religiosa da doutrina), e os chamados "científicos" (defensores de um olhar filosófico e científico).

Em 1889, Bezerra foi percebido como o único capaz de superar as divisões, vindo a ser eleito presidente da Federação Espírita Brasileira. 
Nesse período, iniciou o estudo sistemático de "O Livro dos Espíritos" nas reuniões públicas das sextas-feiras, passando a redigir o Reformador; exerceu ainda a tarefa de doutrinador de espíritos obsessores. 
Organizou e presidiu um Congresso Espírita Nacional (Rio de Janeiro, 14 de Abril), com a presença de 34 delegações de instituições de diversos estados. Assumiu a presidência do Centro da União Espírita do Brasil a 21 de Abril e, a 22 de Dezembro de 1890, oficiou ao então presidente da República, marechal Deodoro da Fonseca, em defesa dos direitos e da liberdade dos espíritas contra certos artigos do Código Penal Brasileiro de 1890.
De 1890 a 1891 foi vice-presidente da FEB na gestão de Francisco de Menezes Dias da Cruz, época em que traduziu o livro "Obras Póstumas" de Allan Kardec, publicado em 1892. 
Em fins de 1891, registravam-se importantes divergências internas entre os espíritas e fortes ataques ao exteriores ao movimento. Bezerra de Menezes afastou-se por algum tempo, continuando a frequentar as reuniões do Grupo Ismael e a redação dos artigos semanais em "O Paiz", que encerrou ao final de 1893. 
Aprofundando-se as discórdias na instituição, foi convidado em 1895 a reassumir a presidência da FEB (eleito em 3 de Agosto desse ano), função que exerceu até à data de seu falecimento. 
Nesta gestão iniciou o estudo semanal de "O Evangelho segundo o Espiritismo", fundou a primeira livraria espírita no país e ocorreu a vinculação da instituição ao Grupo Ismael e à Assistência aos Necessitados.

Foi em meio a grandes dificuldades financeiras que um acidente vascular cerebral o acometeu, na manhã de 11 de Abril de 1900. Não faltaram aqueles, pobres e ricos, que socorreram a família, liderados pelo Senador Quintino Bocaiuva. 
No dia seguinte, na primeira página de "O Paiz", foi lhe dedicado um longo necrológio, chamando-o de "eminente brasileiro".
Recebeu ainda homenagem da Câmara Municipal do então Distrito Federal pela conduta e pelos serviços dignos.
Ao longo da vida acumulou inúmeros títulos de cidadania.

Legado

Bezerra de Menezes deu o nome a uma das embarcações a vapor da Estrada de Ferro Macaé e Campos que, fretado à Companhia Terrestre e Marítima do Rio de Janeiro, naufragou em Angra dos Reis a 29 de Janeiro de 1891. Não houve vítimas fatais.

Com relação ao aspecto missionário da vida de Bezerra de Menezes, a obra "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", de Chico Xavier, atribuído ao espírito de Humberto de Campos, afirma:

"Descerás às lutas terrestres com o objetivo de concentrar as nossas energias no país do Cruzeiro, dirigindo-as para o alvo sagrado dos nossos esforços. Arregimentarás todos os elementos dispersos, com as dedicações do teu espírito, a fim de que possamos criar o nosso núcleo de atividades espirituais, dentro dos elevados propósitos de reforma e regeneração."

Bezerra foi também homenageado em Anápolis, Goiás, em 1982, com o nome de uma escola de ensino fundamental - Escola de 1º Grau Bezerra de Menezes -, que atende a 200 alunos conveniados com a rede estadual de Goiás. Em Fortaleza, capital do estado do Ceará, sua terra natal, há uma avenida com o seu nome, situada no então distrito que levava o nome de seu pai, Antônio Bezerra, atualmente desmembrado em vários bairros, sendo a mencionada avenida situada entre os bairros Parquelândia, São Gerardo e Otávio Bonfim.

Em São José do Rio Preto, SP, o maior Hospital Psiquiátrico, que atende a toda a região, também leva o nome de Bezerra de Menezes.
O "Kardec Brasileiro"

Pela atuação destacada no movimento espírita da capital brasileira no último quartel do século XIX, Bezerra de Menezes foi considerado um modelo para muitos adeptos da Doutrina. 
Destacam-lhe a índole caridosa, a perseverança, e a disposição amorosa para superar os desafios. 
Essas características, somadas à sua militância na divulgação e na reestruturação do movimento espírita no país, fizeram com que fosse considerado o "Kardec Brasileiro", numa homenagem devida ao papel de relevância que desempenhou. Muitos seguidores acreditam, ainda, que Bezerra de Menezes continua, em espírito, a orientar e influenciar o movimento espírita. É considerado patrono de centenas de instituições espíritas em todo o mundo.
Filme

A vida de Bezerra de Menezes foi transposta para o cinema, na película "Bezerra de Menezes - O Diário de Um Espírito", com direção de Glauber Santos Paiva Filho e Joel Pimentel. 
O elenco é integrado por Carlos Vereza no papel título, Caio Blat e Paulo Goulart Filho, e com a participação especial de Lúcio Mauro. 
A produção foi orçada aproximadamente em R$ 2,7 milhões, a cargo da Trio Filmes e Estação da Luz, com locações no Ceará, Pernambuco, Distrito Federal e Rio de Janeiro, tendo envolvido a mão-de-obra de uma equipe de cento e cinquenta pessoas. 
O lançamento do filme deu-se em 29 de agosto de 2008.
Instituições de que foi membro

* Efectivo da Academia Nacional de Medicina e honorário da Secção Cirúrgica.
* Instituto Farmacêutico
* Sociedade de Geografia de Lisboa
* Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional
* Sociedade Físico-Química
* Sociedade Propagadora das Belas-Artes
* Sociedade Beneficência Cearense (Presidente)
* Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro (Conselheiro)
* Companhia Ferro-Carril de São Cristóvão (Presidente)
* Companhia Estrada de Ferro Macaé e Campos (Fundador)
* Companhia Arquitetônica de Vila Isabel (Director)

Artigos e obras publicadas

* 1856 - "Diagnóstico do cancro"
* 1857 - "Algumas considerações sobre o cancro, encarado pelo lado do seu tratamento"
* 1869 - "A Escravidão no Brasil, e medidas que convém tomar para extingui-la sem dano para a Nação"
* 1877 - "Breves considerações sobre as secas do Norte"
* "Das operações reclamadas pelo estreitamento da uretra"
* Biografia de Manuel Alves Branco, visconde de Caravelas
* Biografia de Paulino José Soares de Sousa, visconde do Uruguai
* 1892 - publicação da sua tradução de Obras Póstumas, de Allan Kardec
* 1902 - "A Casa Assombrada" (romance originalmente publicado no Reformador e, postumamente, em livro, pela FEB)
* 1907 - "Espiritismo (Estudos Filosóficos)" (colectânea dos artigos publicados em O Paiz no período de 1877 a 1894, publicada pela FEB em três volumes)
* 1983 - "Os Carneiros de Panúrgio" (romance originalmente publicado no Reformador e, postumamente, em livro, pela FEESP)
* 1946 - "A Doutrina Espírita como Filosofia Teogônica" ou "Uma carta de Bezerra de Menezes" (réplica a seu irmão que lhe exprobrava a conversão ao Espiritismo, publicada postumamente, em livro, pela FEB)
* 1920 - "A Loucura sob novo prisma" (estudo etiológico sobre as perturbações mentais, publicado pela FEB)
* "Casamento e mortalha" (romance, incompleto)
* "Evangelho do Futuro"
* "História de um Sonho"
* "Lázaro, o Leproso"
* "O Bandido"
* "Os Mortos que Vivem"
* "Pérola Negra"
* "Segredos da Natura"
* "Viagem através dos Séculos"

Principais obras e mensagens mediúnicas atribuídas a Bezerra de Menezes

Através de Divaldo Pereira Franco, comunicações nas seguintes obras

* 1991 – "Compromissos Iluminativos" (coletânea de mensagens, ed. LEAL)

Através de Francisco Cândido Xavier, comunicações nas seguintes obras

* 1973 - "Bezerra, Chico e Você" (coletânea de mensagens, ed. GEEM)
* 1986 - "Apelos Cristãos" (coletânea de mensagens, ed. UEM)
* "Nosso Livro"
* "Cartas do Coração"
* "Instruções Psicofônicas"
* "O Espírito da Verdade"
* "Relicário de Luz"
* "Dicionário d'Alma"
* "Antologia Mediúnica do Natal"
* "Caminho Espírita"
* "Luz no Lar"

Através de Francisco de Assis Periotto, comunicações nas seguintes obras

* 2001 - "Fluidos de Luz: ensinamentos de Bezerra de Menezes" (Ed. Elevação)
* 2002 - "Fluidos de Paz: ensinamentos de Bezerra de Menezes" (Ed. Elevação)
* 2006 - "Conversando com seu Anjo da Guarda - ensinamentos de Bezerra de Menezes sobre a Agenda Espiritual " (Ed. Elevação)

Através de Maria Cecília Paiva, comunicações nas seguintes obras

* "Garimpos do Além" (coletânea de mensagens, ed. Instituto Maria).

Através de Waldo Vieira, comunicações nas seguintes obras

* "Entre Irmãos de Outras Terras"
* "Seareiros de Volta"

Através de Yvonne do Amaral Pereira, comunicações nas seguintes obras

* 1955 – "Nas Telas do Infinito" (1ª. Parte, romance, ed. FEB)
* 1957 – "A Tragédia de Santa Maria" (romance, ed. FEB)
* 1964 – "Dramas da Obsessão" (romance, ed. FEB)
* 1968 – "Recordações da Mediunidade" (relatos e orientações, ed. FEB)

Fonte: Wikipedia