sábado, 4 de maio de 2013

O ESPÍRITO SANTO -A SAÚDE E O DOM DE CURA



 

A SAÚDE E O DOM DE CURA

INTRODUÇÃO

Muitos têm errado ao incluir o assunto de cura divina, como um todo, sob o título "dons de cura" (I Coríntios 12:9).

O dom de cura era temporário, e só compõe uma parte do assunto de cura divina.
Devido a confusão ao redor do "dom de cura" e "cura divina" nós cobriremos ambos assuntos nesta lição.

Existem pessoas que ensinam que o "dom de cura" ainda está em operação, acusando os pregadores não radicais dizendo a eles que crêem que Deus não ouve as suas orações.
Com certeza, isto é uma calunia proveniente daqueles que se recusam a estudar as Escrituras.
As pessoas que sofrem pela dor, medo, morte, ou pesar por um doente amado estão freqüentemente à mercê desses homens que dizem ter o dom de cura.
Não há dúvida nenhuma, de que todo crente precisa estar bem-fundamentado no ensino da Palavra de Deus relativamente a saúde e a cura.

I. A BÊNÇÃO DA SAÚDE.

Da mesma maneira que os cristãos desejam ver seus irmãos com boa saúde (III João 2), nosso Deus benevolente tem providenciado o bem-estar para o Seu povo.

A obediência para com a Palavra de Deus geralmente trará uma melhor saúde.
O crente deve evitar preocupação, tensão excessiva, temor, ódio, glutonaria e embriaguez.
Todos estes ultrajes são inimigos da boa saúde.
Veja a promessa de vida longa em um dos dez mandamentos (Êxodo 20:12).

Anos antes do descobrimento da ciência moderna a nação de Israel tinha um programa que objetivava dedicar uma melhor saúde para o seu povo.

Os mandamentos de Deus a eles incluíam higiene, quarentena do doente, lavagem em água corrente e o Sábado sagrado de descanso.
A proibição da imoralidade sexual era uma barreira às muitas doenças sociais que infestam nosso país hoje.
Tudo isto revela que enquanto a santidade é o principal desejo de Deus para os seus filhos, contudo Ele também determinou o bem-estar físico dessas pessoas dando Seus mandamentos.

II. A RAZÃO PARA A DOENÇA

Nosso entendimento sobre o assunto de cura é afetado grandiosamente por nossos entendimentos em relação ao propósito da enfermidade.

Os "curandeiros de fé" modernos diriam que nós temos que acreditar que toda doença é resultado de incredulidade e que nunca é preciso estar doente.
Em um mundo onde o bem e o mal freqüentemente sofrem, esse ponto de vista contradiz nossa experiência como também a Bíblia.
Olhando à Palavra de Deus compreendemos que a doença pode ter muitas razões.

A. A enfermidade pode ser um castigo de Deus.
Nós pensamos em algumas das pestes que caíram sobre Egito, ou o golpe da cegueira para o mágico pelo apóstolo Paulo.

É interessante que nestes casos, a doença era um sinal assim como a cura em outros.

B. Pode ser permitida a enfermidade para a glória de Deus - João 9:1-3.
Deus permitiu que este indivíduo nascesse cego, de forma que Cristo fosse glorificado por sua cura. Não há dúvidas que Deus permite certas enfermidades para que Seu nome seja glorificado no exercício da paciência cristã nas aflições.


Note aqui que os apóstolos mantiveram um erro judeu de que enfermidade era sempre resultado de pecado pessoal. Igualmente os curandeiros modernos fazem do doente o responsável caso não encontrem a cura.

C. A enfermidade pode ser dada para que o cristão se mantenha humilde - II Coríntios 12:7-10.

D. A enfermidade pode ser dada como castigo para os santos - I Coríntios 11:29-31.

E. A enfermidade às vezes não é explicada - I Timóteo 5:23.
Muitas vezes o filho de Deus tem que reivindicar a promessa de Romanos 8:28, enquanto ele não tem nenhum conhecimento das razões de sua enfermidade.


F. A enfermidade às vezes é produzida pelas circunstâncias.
Em Filipenses 2:30, nós conhecemos um homem que ficou doente por colocar a importância do trabalho de Deus sobre sua própria saúde.


G. A enfermidade pode ser de Satanás.
Em Lucas 13:16, nós achamos uma mulher que Satanás tinha prendido com enfermidade. Outras Escrituras falam de demônios que causam debilidades físicas e mentais.


III. O DOM DE CURA.

O dom de cura era a habilidade de curar à vontade pelo poder de Deus.

Este era um dom de sinal para aqueles que desacreditavam da pregação de Cristo e de seus discípulos (Mateus 11:2-5, Marcos 16:17-18, Atos 2:22, Atos 4:29-30, Hebreus 2:3-4).
Os primeiros apóstolos, pela manhã, pregaram o evangelho e curaram.
A cura trazia a atenção para que se verificasse a veracidade do evangelho (não é igual aos curandeiros modernos que enfatizam e pregam a própria cura como sendo uma finalidade da pregação).

O dom de cura cessou quando a Bíblia se completou e a mensagem foi completamente crida.

Assim como a entrega da lei no Monte Sinai, o evangelho não necessita ser reafirmado continuamente.
Nos livros mais recentes do Novo Testamento nós vemos uma diminuição de citações de curas e um aumento de enfermidades não cuidadas (I Tim 5:23; II Tim 4:20; Fil. 2:25-30).
É interessante notarmos nesta consideração que no Novo Testamento os cristãos sempre viam a cura como um sinal e nunca como uma mera benção pessoal.
Até mesmo a igreja em Corinto, tão proeminente por apresentar Sinais estava cheia de pessoas doentes sendo castigadas (I Coríntios 11:30).

Deus nunca prometeu ao Seu povo saúde perfeita aqui neste mundo (Apocalipse 21:4).

Aqueles que reivindicam possuir atualmente o dom de cura não só fazem uma falsa reivindicação, como também exibem uma séria ignorância sobre a natureza e o propósito deste dom.
Ensinar que Deus sempre cura é um tormento cruel e um engano para os que sentem dor e confunde o crente que está sofrendo de acordo com a vontade de Deus.

IV. OS ARGUMENTOS DE CURANDEIROS DE FÉ.

Aqueles que reivindicam ter o dom de cura, e os que ensinam que é sempre a vontade de Deus curar tem vários argumentos para apoiar suas doutrinas. Satanás sempre esteve apto a citar as Escrituras.
Deixe-nos examinar alguns destes argumentos.

A. A cura foi comprada pela expiação de Cristo.
É uma grande verdade dizer que Cristo morreu para redimir nossos corpos mortais, contudo também é verdade que nós ainda não temos recebido essa redenção do corpo (Romanos 8:23, I Coríntios 15:22-54).
Algumas das bênçãos da nossa salvação são futuras e nenhuma quantia de fé (ou de presunção) mudará isto.
Os cristãos continuarão adoecendo e morrendo até que Cristo volte.

Note também que aqueles versículos que ensinam que a expiação traz a cura no presente têm sido mal aplicados.

Compare Isaías 53:4 com Mateus 8:16-17 (Este trecho de Isaías cumpriu-se durante o ministério terrestre de Cristo).
Compare Isaías 53:5 com I Pedro 2:24-25 (Este trecho de Isaías refere-se à cura da alma em pecado).


B. Cristo nunca muda - Hebreus 13:8.
Hebreus 13:8, afirma que Cristo é sempre o mesmo na Sua natureza divina e no Seu maravilhoso amor.
De nenhuma maneira isto prova que o programa de Cristo é o mesmo para todas as épocas. Aqueles que citam estes versículos para provar que o dom de cura ainda existe se esquecem que durante os primeiros trinta anos da vida terrestre de Cristo Ele não curou ninguém.
Nós também notamos que o precursor de Cristo nunca curou ninguém (João 10:41).
V. DEUS AINDA CURA?

O crente que conhece a Palavra de Deus rejeita pelo desgosto as reivindicações de curandeiros modernos, contudo o autor nunca conheceu um crente que tenha negado que Deus ainda cura.

Os dias dos sinais e dos dons de sinais são passados, contudo Deus sempre permanecerá operando milagres.
Nós estamos alegres por afirmar que Deus pode e ainda cura todas as formas de enfermidades.
Nós nem sempre podemos saber se é ou não a vontade de Deus curar, porém nós nunca devemos duvidar de Sua capacidade.
Muitos podem testemunhar tendo experimentado o poder de cura de Deus.


VI. NOSSO DEVER EM RELAÇÃO A NOSSA SAÚDE.

A. Nós deveríamos fazer considerações devidas ao nosso bem-estar físico.
Danificando a nossa saúde estaremos tentando a Deus.


B. Nós deveríamos orar a Deus quando doentes - II Coríntios 12:7-9, II Crônicas 16:12.

C. Nós deveríamos examinar nosso coração pelo pecado quando estivéssemos doentes.
Às vezes a enfermidade é resultado de castigo pelo pecado. I Coríntios 11:30-31, Tiago 5:16,


D. Nós deveríamos chamar outras pessoas para orar por nós quando estivéssemos doentes (Tiago 5:14-16). (Note que foram chamados anciões e não curandeiros de fé. A enfermidade aqui em questão parece ser o resultado de um castigo.)

E. Nós deveríamos usar meios formais para curar - I Timóteo 5:23, Colossenses 4:14, Lucas 10:33-34.

F. Nós deveríamos submeter-nos à vontade de Deus.

Deus nem sempre cura Seu povo.

Às vezes é dado a eles a oportunidade de glorificar a Deus exibindo um verdadeiro comportamento cristão durante as aflições (I Tessalonicenses 5:18, II Coríntios 11:27 e 12:7-10).
Note que a verdadeira fé pode ser evidenciada em presença de enfermidades tão bem quanto em presença de curas (Compare Hebreus 11:33-35a com Hebreus 11:35b-39).


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