Em primeiro lugar, devo assinalar que minha vida e pessoa foram brevemente referenciadas por Josefo na “História dos Judeus”, escrita para o Governador e apresentada ao Imperador Romano. Josefo anotou sucintamente que Jesus, que tentou derrubar a lei e ordem e o governo dos Romanos, foi castigado e crucificado.
Tem-se dito que Josefo pode ter se referido a algum outro Jesus.
Mas não é assim.
Eu, que mais tarde me tornei o CRISTO que realizou os chamados milagres de cura e materialização, fui o rebelde.
Mas eu não era nenhum “agitador”.
Não incitei deliberadamente as pessoas a desafiar os Romanos nem a desafiar a lei e a ordem.
Eu fui um rebelde contra as tradições judaicas existentes.
Quando emergi das seis semanas de jejum no deserto, vi uma forma melhor de - pensar - e - viver - e tentei transmitir o meu conhecimento aos meus companheiros Judeus, com pouco sucesso.
É importante que você entenda que a pressão da opinião pública pesava sobre meus seguidores.
Enquanto eles realmente acreditavam que eu trazia uma mensagem aos Judeus para “salvar a alma” e que eu era o Messias, o “Filho de Deus”, eles também eram do mundo, tentando relacionar-se com o mundo da melhor forma possível.
Portanto, ainda que conhecessem meus sentimentos contrários às crenças dos Judeus, eles não estavam felizes em dispensar o Velho Testamento por completo, uma vez que este tinha apoiado e unido os Judeus durante toda a sua história.
No interesse de preservar o que eles consideravam valioso nos velhos decretos, suprimiram qualquer descrição a respeito da “pessoa” que eu era.
Meus discípulos e Paulo construíram seu próprio edifício de “crenças sagradas” com aquilo que queriam preservar de minha vida e ensinamentos.
Eles ensinaram e consolidaram somente o que consideravam valioso para as pessoas - Judeus e gentios do mesmo modo - os daquele tempo e do futuro.
Consequentemente, filtraram o que podiam usar e “deixaram de fora” a maior parte do que eu chamava os “Segredos do Reino de Deus”, pois eles nunca os compreenderam.
Tampouco os acharam desejáveis na criação de uma nova percepção do “Divino” - o “Pai”.
Para preservar a crença judaica na “salvação do castigo pelos pecados” por meio dos sacrifícios no Templo - adotou-se a “pessoa de Jesus” como o “supremo” sacrifício, que pagou pelos pecados dos homens através de sua crucificação.
Esta crença servia a muitos propósitos naquele tempo.
Isso deu à minha morte na cruz uma razão válida e heróica.
Ela provava às pessoas que eu era o “Filho de Deus” e que havia realizado uma missão específica até o fim da minha vida.
Esta crença também provou ser de grande consolo para os Judeus quando seu Templo foi destruído pelos Romanos - e levou a muitas conversões.
Muitas seitas de Judeus - e gentios também - não acreditavam em vida após a morte, consequentemente, era altamente reconfortante escutar que “Jesus Cristo” havia superado a morte e mantido o seu corpo.
Para muitas ideologias humanas daquele tempo, a vida não era possível sem um corpo. Portanto, vida após a morte somente poderia significar ressurreição do corpo.
Isso também manteve o meu nome constantemente vivo na mente das pessoas.
Eu era a valente “figura histórica” que havia morrido para assegurar que os homens fossem libertados de todo o medo do inferno e da condenação.
Desde que eles acreditassem em “mim”, poderiam caminhar como “homens libertos”.
É somente porque meu “nome” se manteve vivo até hoje, que posso vir agora até você para oferecer-lhe a VERDADE que eu queria muito compartilhar com as pessoas há dois mil anos.
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