quarta-feira, 9 de junho de 2010

Raças de Animais



O Vira Latas

Fala-se muito nos cães de raça pura, esquecendo-se dos cães sem raça como se estes não fossem tão bons ou tão bonitos, o que absolutamente não é verdade.
Durante o processo de evolução do cão a partir do ancestrais do cão doméstico, os primeiros exemplares “cães” que surgiram, seriam animais parecidos com os nossos vira-latas atuais.
A partir deles é que foram selecionadas as primeiras variedades que depois viraram as raças caninas.
Assim podemos dizer que todo cão de raça é um vira-lata especialista e que todo vira-lata é cão generalista.

Para entender o que é um “viralta” ou SRD (cão Sem Raça Definida), é preciso primeiramente entender o que é uma raça canina.
Atualmente as raças são definidas por padrões que dizem como elas devem ser fisica e psicologicamente.

Mas antes disso as ‘raças’ eram apenas tipos característicos de determinadas regiões e que eram empregados para determinadas funções.
Cães nativos de regiões desérticas utiliados para a caça sobre a areia acabaram se adaptando a ter pernas longas e visão apurada para localizar a presa em espaços abertos, para só depois serem considerados uma raça.

A medida que os homens foram vendo as aptidões de cada cachorro, pastoreio, caça, combate etc…, foram cruzando seus cães de maneira a não perder essas características.
Ou seja, um fazendeiro com um cão pastor muito bom e um farejador também muito bom, tentaria cruzar seus cães com outros bons pastores e outros bons farejadores, talvez pertencentes até mesmo a outro fazendeiro caso ele nao tivesse outros bons exemlares, mas não iria querer que eles cruzassem entre si para não correr o risco de ter um cão que não fosse nem bom pastor, nem bom farejador.

Dessa maneira as raças caninas surgiram primeiro selecionadas pelas suas funções e só depois ganharam uma aparência padronizada.
Toda raça, originalmente era composta simplesmente por cães nativos de uma região.
Com exceção talvez das raças mais modernas que foram criadas a partir de raças pré existentes.

Atualmente os vira-latas atuais são como estes cães nativos só que se reproduzem sem controle humano.
Em geral, são bons caçadores, bons guardas e bons farejadores mas dificilmente serão excepcionais em alguma dessas funções ao contrário de um cão de raça tipicamente farejadora, que será um rastreador excepcional mas dificilmente será um bom guarda.
Os tipos de viralatas são diferentes dependendo das partes do mundo onde são encontrados, uma vez que respondem ao ambiente onde vivem.

E costumam manter uma certa homogeneidade dentro de uma mesma região com algumas variações, sobretudo, devido à mistura com cães de raça.

Mesmo não sendo possível prever exatamente o quanto um filhote sem raça vai crescer quando é levado pra casa, dependendo da região é possivel, sim, ter uma base.
Em geral cães de regiões urbanas e de clima tropical costumam ter pêlo curto e porte mediano, temperamento sociável, não costumam ser desconfiados com estranhos e gostam de agradar seus donos.

Cães sem raça de regiões de clima temperado e pouco povoadas geralmente têm porte grande, pêlos variando do curto ao semi-longo, são mais desconfiados e têm temperamento mais independente.
Deste ponto de vista é incorreto considerar os viralatas ao redor do mundo todo como um único tipo de cão.

Essa descrição no entanto não é completamente confiável devido ao fato de que não existe nenhum controle sobre a reprodução destes cães.
São muitos os casos de cães de raça pura, cruzarem com cães sem raça passando características típicas da raça para os filhotes.

Em regiões como o nordeste brasileiro é possível encontrar cães sem raça com olhos azuis e pelagem semi longa morando nas ruas, o que não é o normal, mas que mostra que ele tem um possível ancestral da raça husky siberiano.
Assim como também é possível encontrar cães com orelhas pendentes ou eretas, quando o tipo original seria o de orelhas eretas.

Caso alguém queria passar a controlar a reprodução dos cães viralatas brasileiros, para que o tipo original não se perca devido a misturas com cães de raça, estaria criando uma nova raça.
Aqui nós vamos diferenciar o cão de raça mestiça do SRD (sem raça definida) ou vira-lata, embora alguns os tratem da mesma maneira eles apresesetam algumas diferenças fundamentais.

O cão mestiço é aquele que é resultante de um cruzamento entre dois cães de raças pura mas diferentes, enquanto que o cão vira-lata típico é filhote de outros cães vira-latas.
O cruzamento que origina cães mestiços ocorre, normalmente devido a algum acidente, enquanto que os acasalamentos dos cães viraltas ocorrem de acordo com a hierarquia social dos cães que habitam um determinado local, um bairro por exemplo.

O verdadeiro cão vira-lata possui um genoma bastante heterogêneo e portanto possui uma menor disposição para a maioria das doenças genéticas que afetam muitos cães de raça pura.
Muitos pensam, por isso, que os cães vira latas são mais resistentes a doenças em geral.
Isto é apenas parcialmente verdade.

Cães sem raça precisam ser vacinados, vermifugados e protegidos de doenças como qualquer outro cachorro.
Precisam de uma alimentação adequada e de exercícios.
Algumas pessoas acham que cães de raça têm “frescura” e que os cuidados são desnecessários.
Isso é um absurdo.



Cães de rua são realmente mais resistentes que cães criados em casas, mas isso não depende do fato de terem ou não raça.
Cães nascidos na rua não recebem cuidados, nem vacinas e nem têm quem cuide de seus ferimentos.
Mesmo que sejam de raça pura qualquer cachorro submetido a estas condições só sobrevive se for realmente forte.
Seguindo a lei da seleção natural de Darwin, em algumas gerações os cães de rua serão realemte mais resistentes que os cães criados em casa porque se não o fossem morreriam.
Criados em casa, precisam dos mesmos cuidados que qualquer animal doméstico.

Os cães de rua são um problema em diversas cidades do mundo.
Nas ruas os cães estão sujeitos a doenças, maltratos, atropelamentos, frio, fome e parasitas, além disso no mundo todo cães de rua produzem toneladas de fezes dentro das cidades, mordem pessoas e podem disseminar doenças como leishmaniose ou raiva para pessoas e para outros animais.

A principal preocupação das autoridades é com o controle da raiva.
Cães sem dono não são vacinados e podem iniciar focos da doença dentro de áreas urbanas.
Em algumas regiões do leste europeu existem gruposde cães sem dono vivendo como cães selvagens dentro de cidades, eles moram em construções abondonadas e existem casos de ataques fatais a pessoas.

A melhor medida para controlar o número de animais vivendo nas ruas é a castração dos mesmos.
A adoção de cães abandonados é outra maneira de ajudar um cão vira-lata ainda é uma excelente opção para quem quer um cãozinho bastante versátil.

Referências utilizadas:
Revista addestramento
animal planet
Revista cães e cia



Cães Selvagens




As muitas espécies de cães selvagens ainda são pouco conhecidas e temidas pela maioria das pessoas.
Muitos acreditam que eles sejam os ancestrais dos cães domésticos, mas isso não é inteiramente verdade.
Os cães domésticos e selvagens de hoje são descendentes de antigas espécies de cães selvagens.
O gênero Tomarctus, atualmente extinto é provavelmente o ancestral de todos os canídeos de hoje.
É esta espécie ancestral em comum que determina as semelhanças existentes entre nossos cães domésticos e as mais de 35 espécies atuais de cães selvagens.

Todos eles evoluiram até os dias de hoje e seria incorreto considerar os cães selvagens mais primitivos que os domésticos.
Tanto cães domésticos quanto cães selvagens são espécies bem adaptadas ao seu meio e resultado de um longo processo evolutivo
(Devemos Lembrar que aqui consideramos cães selvagens todos os outros membros da família dos canídeos e não apenas os representantes do gênero canis.)

A família dos canídeos é composta atualmente por 14 gêneros, são eles:

Gênero Atelocynus: short-eared dog
Gênero Canis: Cães, chacais, coiotes, dingos e lobos
Gênero Cerdocyon:crab-eating fox
Gênero Chrysocyon: Lobo guará
Gênero Cuon: Dhole
Gênero Dusicyon: Lobo das malvinas ou Raposa das Malvinas
Gênero Lycalopex: Raposas Sul-Americanas
Gênero Lycaon: Cão caçador africano
Gênero Nyctereutes: Cachorro guaxinim
Gênero Otocyon: Raposas de orelhas de morcego
Gênero Pseudalopex: Raposas Sul-Americanas
Gênero Speothos: Cachorro vinagre
Gênero Urocyon: Raposas cinzentas
Gênero Vulpes: Raposas

As diversas espécies e sub espécies vivem em todas as regiões do mundo com exceção da Antártida e de algumas ilhas oceânicas.
Grande parte delas vivem em matilhas ou alcatéias com muitos indivíduos, outros em grupos pequenos e algumas até mesmo aos pares como o lobo-guará.
Em geral os canídeos são animais sociais e é raro ver um animal solitário na natureza, contudo, exemplos de lobos sem alcatéia e de chacais listrados solitários já foram registrados.

O lobo é justamente o mais conhecido e mais temido destes cães, presente em grande parte do chamado ‘velho mundo’ sua história junto aos humanos cobriu de misticismo e superstição a sua imagem e levou a morte de muitos exemplares em épocas não muito distantes.
O lobo é o parente mais próximo dos cães domésticos, com exceção , talvez, do Dingo australiano que, segundo alguns, é uma espécie de cão doméstico que voltou a vida selvagem.

Enquanto no norte temos o lobo e todas as suas subespécies e na Austrália o dingo, na América do Sul o maior canídeo que existe é o lobo-guará.
Além deste muitas outras espécies menores como as raposas sul-americanas até os cachorros vinagre ainda habitam as matas e cerrados da América do Sul.
No sul da Ásia existe o dohle ou cão vermelho da China e na África os mabecos ou cães caçadores africanos são os mais representativos, dividindo seu espaço com os chacais (diversas espécies deles) e os lobos etíopes e as raposas orelhudas .

Além de todos estes existem diversas espécies de raposas e outros “cães do mato” que vivem nas matas, campos e arredores de cidades de todo o mundo.
Algumas espécies estão aprendendo até mesmo a viver dentro das cidades.
O coiote e a raposa vermelha devido a diminuição de seus habitats naturais ou mesmo a sua grande adatabilidade e natureza oportunista estão se adaptando a vida urbana e até mesmo, “prosperando”.

Algumas cidades da costa oeste dos EUA têm populações de coiotes urbanos de milhares de exemplares enquanto que as raposas aprenderam a cavar tocas em depósitos de lixo e na Inglaterra e estão aumentando suas populações.

A diversidade de formas e tamanhos entre os cães selvagens até que é expressiva, existem espécies pequenas, grandes, peludas, orelhudas, unicolores e de várias cores dependendo do ambiente onde vivem, mas nada se compara à diversidade encontrada dentro dos cães domésticos.

A maioria dos grandes cães selvagens está ameaçada de extinção e alguns esforços têm sido feito para preservá-los, mas muitas espécies ainda estão correndo perigo.
Alguns projetos ambientais recentes tem tentado salvar os lobos em algumas regiões do hemisfério norte, ou mesmo reintroduzí-los em regiões de onde eles foram expulsos como o parque nacional de yellowstone nos EUA, contudo, as poulações humanas têm sido o maior entrave para estes projetos já que em muitos lugares os lobos e outros cães selvagens não são mais bem vindos.

Muitas pessoas não gostam dos canídeos selvagens por considerá-los perigosos, mas são raros os casos de ataques com vítimas fatais a seres humanos.
Alguns não gostam porque acreditam que eles matam os animais de fazenda como o gado e as ovelhas, o que em algumas regiões de fato acontece, mas não em escala tão grande quanto a que afirmam os fazendeiros.
Algumas espécies já foram extintas no século XX, como o lobo das Malvinas e outras podem seguir o mesmo caminho em pouco tempo.

A maioria dos cães selvagens, contudo, é benéfica para as pessoas pois caçam ratos e outros pequenos roedores que comem grãos e podem se tornar pragas para a agricultura.
As raposas, por exemplo, não são perigosas para as pessoas (só se estiverem contaminadas com raiva) e a maioria das outras espécies de canídeos, mesmo as de grande porte, têm medo do ser humano, até mesmo os lobos preferem evitar contato com as pessoas.

A verdade é que cães selvagens e domésticos são muito mais parecidos do que se costuma pensar. Algumas raças reconhecidas pela FCI atualmente vivem como cães selvagens em algumas partes do mundo.
O basenji é um exemplo, alguns grupos selvagens foram registrados na África e o cão cantor da Nova Guiné (este último não é reconhecido oficialmente) também já foi visto formando grupos de cães selvagens.
Outros grupos, inclusive de cães sem raça se abandonados em regiões selvagens podem começar a se comportar da mesma maneira que uma alcatéia, inclusive com o mesmo sistema de hierarquia, eles têm um casal líder e caçam presas adequadas ao seu tamanho pra sobreviver.

O comportamento dos cães domésticos é derivado do comportamento dos cães selvagens e, se os canídeos nao fossem animais tão sociáveis, dificilmente teríamos cães de estimação hoje, pois a domesticação dos cães dificilmente teria sido bem sucedida se os canídeos não fossem pré adatados a aceitar sua posição hierárquica dentro das famílias humanas.

As únicas maneiras de um cão selvagem realmente apresentar perigo para as pessoas seria no caso de espécies de grande porte caçando (principalmente em bandos) como lobos ou dohles ou, como transmissores de doenças, especialmente do vírus da raiva.
O mito medieval do lobisomem teria surgido quando animais infectados mordiam pessoas de vilarejos e estas, ao contrair a doença começavam a ter seu comportamento alterado.
Os aldeões acreditavam que a pessoa estava “se transformando” no animal que a mordeu e daí a lenda surgiu.

Outro aspecto sobre os cães selvagens é que nem tudo que possui o “nome” lobo é de fato um lobo. Costuma-se confundir hienas e “lobos” da tasmânia com cães selvagens por causa de sua aparência e porte que lembram os de um cão.
Estes animais, contudo, não são parentes dos cães, sendo as hienas mais próximas dos gatos e mangustos e os “lobos” da tasmânia ou “tilacinos”, atualmente extintos, parentes do canguru e do gambá.
Existe ainda outro animal chamado procelo que alguns confundem com cães, na verdade o procelo se parece um pouco com uma hiena e por isso é confundido com uma que é confundida com os cães, quando não é nem uma coisa, nem outra, pertencendo a um grupo separado.
O fato de procelos e hienas viverem no continente africano também reforça a semelhança entre os dois para os leigos.

Cães selvagens, assim como todos as espécies de animais que compartilham uma história junto com o Homem são parte da nossa cultura e tradições, adorados em religiões antigas e símbolos culturais para diversos povos.

Referências utilizadas:
Enciclopédia dos cães Royal Canin
O reino animal v.3
Site: animaldiversity


Dachshund -Uma longa história



Bons farejadores, baixinhos, compridos e musculosos.
A anatomia curiosa desses bichinhos possui uma explicação: eles foram criados para caçar texugos e outros animais que se escondem em tocas e buracos.

Apesar de existir indícios da raça desde os egípcios (inclusive em ilustrações na tumba de um faraó), eles foram batizados e registrados oficialmente apenas no século XVII, na Alemanha.
Seu nome difícil de falar, Dachshund, vem do alemão Dachs: texugo e Hund: cão.
Mas atualmente eles também são chamados de Teckels.
Levados para a França e a Inglaterra no século XIX, eles se tornaram companhias freqüentes da Corte Inglesa, fato que ajudou a popularizar a raça na Europa.
Nos Estados Unidos eles foram levados por imigrantes alemães, e se espalharam numa velocidade impressionante.
No início do século XX, Dachshunds eram um dos cachorros mais numerosos da América.
Mas após a Primeira Guerra Mundial esses bichinhos sofreram.
Considerados um símbolo alemão, seu número diminuiu drasticamente na Inglaterra e nos Estados Unidos.
Dizem que eles eram até apedrejados pelas ruas e chamados de traidores.
Imagine só!

Várias raças em uma
Aqui no Brasil eles são raros, mas existem nove tipos de Dachshunds bem diferentes.
O tradicional, de pêlo curto e liso; o pêlo longo e liso (que se originou do cruzamento com Spaniels); e o pêlo arame (do cruzamento com Schnauzers e Terriers).
Todos eles podem ser no tamanho Miniatura, Standard ou Anão.

Baixinhos invocados
Carinhosos, companheiros e brincalhões com seus donos, eles costumam se transformar quando aparece alguém estranho por perto.
Para defender seu território, são destemidos e latem bastante.
Sua fama também é de serem anti-sociais e complicados com outros cachorros.
Já com seus donos eles são incríveis.
Geralmente há uma pessoa da casa que eles elegem e seguem por toda parte, o dia inteiro. Como seus antigos caçadores, até hoje guardam o hábito de se entocar.
Se você deixar um cobertor por perto, ele vai se embolar inteiro e ficar bem apertadinho lá dentro.
Também não são raros os Dachshunds que cavam buracos fundos nos jardins para dormirem.

Saúde delicada
Por causa da sua estrutura corporal, esses bichinhos sofrem demais com suas colunas.
Grande parte deles chega à meia idade já apresentando algum tipo de lesão, como bicos de papagaio e hérnias de disco.
Em alguns casos o animal precisa até usar uma cadeira de rodas, e outros, infelizmente, precisam ser sacrificados.
A prevenção é fundamental e pode retardar bastante o aparecimento do problema.
A primeira coisa a se fazer é cuidar para eles não engordarem, principalmente porque a raça possui tendência à obesidade.
Exercícios físicos devem ser praticados com freqüência, mas sem sobrecarregar o animal.
Caminhadas em terrenos planos, natação (sim, natação!) ou outras atividades sem impacto são as mais indicadas.
Subir escadas, pular em locais altos ou levantar o animal pelas patas dianteiras não é aconselhável.

Você sabia...
Que o primeiro mascote oficial de uma olimpíadas foi um Dachshund?
O bichinho de pelúcia foi lançado nos Jogos de 1972, em Munique, e recebeu o nome de Waldi.
Que existe uma Dachshund Parade?
Ela acontece duas vezes ao ano em Nova York e reúne centenas de donos e seus cãezinhos de todas as partes do país.
Que os Dachshunds de Napoleão Bonaparte também foram enterrados em seu sarcófago, Hôtel des Invalides, em Paris?
A ligação de Napoleão com a raça é conhecida historicamente.
Antes de morrer ele deixou ordens para que seus cachorros quando morressem se juntassem às suas cinzas.
As ordens foram obedecidas.
Que esses cãezinhos ficaram famosos por sua ligação com a arte?
Grandes artistas, atores e escritores tinham Dachshunds como bichos de estimação.
Diego Rivera e Frida Khalo, Picasso, Andy Warol, Henry James, Cole Porter, Rita Hayworth, John Wayne, Marlon Brando são alguns exemplos.


Cães - Boxer


Protetor e fiel, o Boxer adora crianças e, curiosamente, leva mais tempo para crescer que os outros cães.
É um cão afetuoso, ótimo para a família.
Na companhia de crianças, é sempre cuidadoso e delicado, como uma verdadeira babá.
Gosta muito de brincadeiras e, mesmo na idade adulta, demonstra o carisma de um filhote.
Esta raça é obediente e fiel ao dono, ideal para a guarda da casa.
Também é bastante inteligente e aprende com facilidade, sendo comumente utilizada pela polícia e como guia para cegos.
Sua cauda é curta e quando se sentem felizes costumam abanar todo o corpo.

Origem e História
A história do Boxer remonta aos períodos anteriores ao Império Romano, quando cães da família dos Mastiffs eram encontrados na Ásia, exercendo funções de guarda e caça.
Estes cães eram muito valorizados por sua coragem.
No decorrer do Império Romano cães ingleses do tipo Mastiff, chamados de English Bullenbeissers, foram cruzados com outros molossos, originando um grupo de cães denominado German Bullenbeisser.
Deste grupo se originou um cão de porte grande, chamado Danzinger Bullenbeisser, e uma versão menor deste, chamada Brabenter Bullenbeisser, raça a partir do qual se desenvolveu o Buldogue Inglês.
Esse ultimo é reconhecido como o ancestral direto do atual Boxer.
Como o Buldogue, o maxilar inferior do Boxer á mais saliente do que o maxilar superior.
Essa é uma característica comum dos animais que lutavam contra os touros.
O Brabant, , também contribuiu para a evolução do Boxer.
Existem correntes de pesquisadores que acreditam que o Bull Terrier e o Schnauzer Gigante participaram na formação do Boxer.
Com um porte médio e robusto, o Boxer precisa de uma boa área disponível no lar, devendo também ser exercitado diariamente.
O dono deve estar atento ao contato com outros cães, pois o Boxer não se intimida diante de seus colegas caninos.
O Boxer apresenta uma máscara preta no focinho e a pelagem dourada ou tigrada, com ocorrência de pequenas marcas brancas.
Sendo curta, macia e brilhante naturalmente, sua pelagem não requer cuidados especiais, basta escovar diariamente seus pêlos.
O padrão oficial da raça foi criado em 14 de julho de 1902.
Em 1920, ocorreram alterações no padrão, com a mudança de algumas características físicas.
Em 1925, foram excluídos do padrão oficial o Boxers negros e, em 1938, os Boxers malhados.
Hoje, a raça Boxer passa por uma série de estudos para evidenciar a causa de sua propensão ao aparecimento de vários tipos de tumores, além de diversas doenças de caráter genético.
O Boxer apresenta uma sensibilidade extrema a um dos medicamentos pré-anestésicos mais utilizados na medicina veterinária, a acepromazina.
Se usada na raça, esta substância causa uma alteração, chamada bloqueio vagal, que se caracteriza por uma arritmia cardíaca com severa depressão da pressão arterial.

Cães - Beagle


Esperto e brincalhão essas são as características que chamaram a atenção do cartunista Charles Schulz, em 1950, para criar o Snoopy, um dos personagens mais famosos da história em quadrinhos.
Totalmente irreverente, este pequeno cão de caça busca incessantemente dominar seu dono.
Apesar de todas as travessuras que faz, o Beagle tem um temperamento cativante.
Com certeza, esse é o pet ideal para a companhia de toda família.
De fácil domínio, ele necessita apenas dos comandos básicos para ser um cão obediente.
A educação de um Beagle começa no momento em que ele chega ao novo lar.
O ideal é dominá-lo logo na primeira semana.
É importante que ele tenha seu próprio espaço para as refeições e onde possa encontrar seus brinquedos.
O Beagle só deve ter acesso ao resto da casa depois de condicionado e adaptado a seu ambiente.

Origem e História
As origens do Beagle se perdem na História, havendo menção de animais assemelhados já no século III.
O fato é que a raça, usada principalmente na Inglaterra como caçador de lebres, sobreviveu graças a suas qualidades de farejador e a determinação de criadores dedicados.
Entre eles esta a Rainha Elisabeth I, que possuía numerosos exemplares, tendo até desenvolvido uma variante especial, extremamente pequena, chamada de Pocket Beagle, Glove Beagle ou ainda Beagle Elisabeth.
Este pequeno sabujo é um hound de constituição sólida e compacta, forte e veloz é um trilheiro excepcional, dificilmente perdendo a pista de uma caça.
Os admiradores destacam ainda seu temperamento forte, corajoso e independente, sua atividade constante e a grande resistência física.
Seu aspecto geral é de um cão forte, pequeno e de pernas curtas, extraordinariamente ativo e de aspecto sólido.
Há duas variedades de Beagle, que se diferem basicamente pela altura: a inglesa, padrão da FCI (Federação Cinológica Internacional), de 33 cm a 40 cm, e a americana, adotada pelo AKC (American Kennel Club), cuja altura varia entre 33 cm e 37,5 cm.
Com pelagem curta e impermeável, o Beagle não requer muitos cuidados, devendo apenas ser submetido à carga de exercícios correspondente ao seu porte.
É considerado um ótimo companheiro e está cotado entre os dez cães mais populares pelo AKC (American Kennel Club).
A raça Beagle apresenta uma tendência à obesidade.
Por isso, o controle alimentar deve ser extremamente rígido.
O sobrepeso pode causar uma série de problemas como alterações cardíacas, sobrecarga das articulações e da coluna vertebral.
Outro grande problema da raça são as reações de sensibilidade variada a picadas de insetos, alimentos e mesmo produtos de higiene.
O Beagle, por todas estas características, apesar de ser um cão pequeno precisa de espaço, pois tem uma incrível energia e vivacidade.



Cães - Airedale Terrier


O Airedale Terrier é o rei dos terriers e o animal de maiores dimensões desta família.
Trata-se de uma criatura com muita energia e que combina de forma ideal as funções de animal de estimação e de cão de guarda.
Como todo Terrier, tem um temperamento ativo.
É extremamente inteligente, pode até tornar-se um tanto teimoso, mas é um fiel companheiro.
Apesar de ser um animal grande, adapta-se com facilidade a espaços relativamente pequenos desde que possa dar pelo menos dois bons passeios de 20 minutos cada, todos os dias.
Precisa de estímulos para correr, brincar e se exercitar.
Sua alimentação deve ser de cerca de 376 gramas por dia de um produto de marca à base de carne fresca, misturado, em partes iguais, com biscoitos.
Estes cães também gostam de comer de vez em quando um biscoito grande para cães.
Mas tenha sempre atenção ao peso do Airedale Terrier, pois sua elegância depende do exercício que faz e do quanto ele come.

Origens e História
A raça foi desenvolvida no século passado na região do rio Aire, situado no condado de Yorkshire, Inglaterra para caça de ratos e outros pequenos animais como as nútrias (roedor típico da região) nos campos, tocas e pântanos.
O tipo foi criado a partir do cruzamento de Working Terrier (um cão comum na região) com o Otterhound, raça de excelentes nadadores e caçadores de roedores.
Desta forma surgiu um cão de movimentação rápida e grande agilidade, atento e tão corajoso que foi usado para caça de grandes animais como javalis e ursos.
O Airedale tem expressão inteligente e olfato muito agudo o que o auxilia no trabalho de caça.
Durante a I Grande Guerra serviu nos exercícios russo e britânico.
Também trabalhou para a Cruz Vermelha tendo como tarefas a localização dos feriados e transporte de mensagens.
Esse cão ganhou seu reconhecimento em 1878, com o nome Airedale Terrier.
No final do século XIX o Fox Terrier gozava de uma enorme popularidade.
Nesse período muitas pessoas se dedicaram à criação e desenvolvimento deste Terrier de grande porte.
Além disso, é um cão bonito e útil para o homem.
O Airedale Terrier foi rapidamente adaptado como um cão de companhia mas, sempre que lhe dão as oportunidades, demonstra as suas excelentes capacidades de caçador de ratos e de patos selvagens.
Também pode ser treinado como cão de caça.
Na aparência geral é bem proporcionado e simétrico, mostrando força e agilidade, particularmente nos membros posteriores, muito musculosos e com forte angulação o que confere potência nos arranques.
Sua pelagem é crespa, espessa e tem sub-pelo oleoso, o que facilita seu trabalho na água, sendo amarelo-castanho na cabeça, orelhas e membros, enquanto o corpo é preto ou cinza-escuro.
Esse cão deve ser escovado diariamente com uma escova rija e, caso pretenda inscrever o seu cão numa exposição é essencial que o pêlo do animal seja separado à mão com certa regularidade.
Caso contrário, o pêlo de seu amiguinho deve ser aparado na Primavera e no Verão para o animal ficar mais fresco e com um aspecto mais elegante.
É importante que os pêlos não sejam aparados no Inverno, pois ele precisa da pelagem para se proteger do frio.


Cães - Bull Terrier


O Bull Terrier é um grande amigo, companheiro e apegadíssimo ao dono.
Seu porte atlético faz dele um excelente cão para prática de esportes.
Acompanha seu dono em suas caminhadas, corridas, trilhas e natação.
Ele tem uma aparência divertida com a cabeça em formato de ovo desprovida de qualquer ângulo com o focinho.
É pequeno e atarracado com um olhar gentil capaz de transmitir sentimentos sem fazer alarde.
O Bull é determinado, inteligente e protetor do dono.
Em geral, se dá bem com todos na família.
Com crianças, costuma ser carinhoso e cuidadoso.
A sua pelagem é curta, rente, áspera ao toque e brilhante.
Quanto às cores, existem duas variedades da raça: o branco e o colorido.
A cor preferencial é a rajada.
Ele é um cão que entende e aprende os comandos com muita facilidade, porém necessita de voz enérgica para executá-los.
O seu tamanho varia entre 45 e 48 cm no macho e entre 43 e 45 cm na fêmea.
O Bull precisa ter contato com outros animais desde pequeno, pois é ciumento e exclusivista.
Além disso, é independente, forte e dominador.
É preciso paciência para educá-lo.
É raridade encontrar um Bull que aprenda a obedecer rapidamente.

Origem e história
Sa origem se deu na Inglaterra por volta do ano de 1835, surgido provavelmente de um cruzamento de um Bulldog com o hoje extinto Terrier Inglês Branco.
Mais tarde, para aumentar o tamanho, foi usado o Spanish Pointer.
Por volta de 1860 entusiastas consideraram que um exemplar totalmente branco seria muito atraente.
Então Mr. James Hinks conseguiu produzir essa variedade que logo virou moda, ficando conhecida como "O Cavaleiro Branco".
Naqueles duros tempos onde a luta entre cães era permitida, os Bull Terriers tinham de ser bons cães de briga e para isso a força, agilidade e coragem eram essenciais.
Eles eram criados por cavalheiros e para cavalheiros e o senso de lealdade no esporte entre os criadores era uma séria questão de honra.
Os cães eram ensinados a defender seu dono e a si próprio, mas não para procurar uma briga.

Cães - Huskie Siberiano


Muito sociáveis, limpos, independentes e extremamente leais ao dono, essas são as principais características desse cachorro com cara de lobo, que fascina aqueles que pretendem ter um pet.
Mas, se esse for o seu caso fique atento, pois ele tem muitas outras características, que podem ou não agradar ao dono de um Huskie Siberiano.
Entedia-se com facilidade e, quase sempre, se coloca como líder, até mesmo dentro de casa.
Assim, o dono deve rapidamente assumir a posição de líder aos olhos do cão.
Apesar da teimosia seu sentido de hierarquia é bastante definido.
Mas, caso esse cão note que seu dono vacila ou tem medo dele, com certeza, ele irá dominar a situação em pouquíssimo tempo, com conseqüências devastadoras para o convívio do cachorro com a família.
Para manter a harmonia é preciso iniciar o treinamento de obediência básica quando eles ainda são filhotes.
Esse treinamento deve ser de pelo menos 30 minutos diários de exercício intenso, como correr, ou "arrastar" o dono de patins pelas calçadas.
Mesmo com todas essas características o Huski Siberiano, adora a companhia humana ou de outros cães, mas só daqueles que fazem parte da "matilha".

Origem e História
Esse cão é nativo da Sibéria e sua história tem origem há quase 2.000 anos.
Foi desenvolvido e criado cuidadosamente por um povo chamado Chukchi, do nordeste da Ásia, que tinha como principal objetivo construir uma raça capaz de puxar trenós com pequenas cargas, mas por longas distâncias, que precisasse de pouca comida e permanecesse em boas condições apesar da temperatura bastante rigorosa.
Eles são rápidos e gastam pouca energia.
Sobrevivem à temperaturas baixíssimas, como aos facilmente -60º C que chegam na Sibéria.
Pesquisas indicam que os Chukchis mantiveram a pureza da raça durante todo o século XIV e estes cães são os únicos e puros ancestrais da raça hoje conhecida como Husky Siberiano.
As habilidades do Husky tornaram-se mundialmente conhecidas depois da Corrida do Ouro para o Alasca, no início do século XX.
Naquela época, os trenós puxados por cães eram os únicos meios de transporte existentes.
Era muito comum haver competições entre as equipes de cães puxadores, e o Husky tornou-se um cão famoso nas corridas de trenós.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a raça tornou-se célebre pelo trabalho de busca e resgate.
A partir de então, o Husky passou a ter grande popularidade em todo o mundo.
Sua habilidade natural é seguir trilhas e puxar, pelos seus peitoris, trenós com velocidade e entusiasmo.
Adoram correr e são verdadeiros mestres na arte de escapar.
Sem dúvida sua aparência meiga com o pelo denso e fofo, atrai a diversos tipos de compradores, que com certeza, não o utilizam de forma adequada.
Injustamente classificados como "burros", Huskies são na verdade são muito inteligentes.
Durante o período de aprendizado eles irão demonstrar sinais rudimentares de compreensão da maioria dos comandos após 15 a 20 repetições.
No entanto, para que eles obedeçam razoavelmente serão necessárias de 25 a 40 experiências bem sucedidas.
Se forem treinados adequadamente estes cães irão apresentar boa retenção e eles irão se beneficiar, definitivamente, de todo esforço extra que o dono dispensar durante o período inicial do aprendizado.
Na verdade, se este esforço concentrado não for aplicado no início do treinamento, o cão parece perder rapidamente o hábito de aprender.
Um outro detalhe é que estes cães costumam ser extremamente sensíveis à distância física entre eles e seus donos.
Ou seja, na medida em que a distância entre o cachorro e o dono aumenta, pior fica do cachorro obedecer prontamente, ou mesmo de obedecer.
Não é incomum que, a partir de determinadas distâncias (que com alguns cachorros não precisa ser muito grande), já sejam necessárias várias repetições do mesmo comando, ou que o tom de voz seja elevado, para que se consiga fazer com que o cão obedeça corretamente.
O Husky Siberiano é um animal de grande beleza, força e resistência.
Não é agressivo, pelo contrário, é amável e pode ser um bom animal de estimação para a família.
Tem um temperamento muito particular, podendo parecer extremamente dependente do dono algumas vezes e, em outras, ignorá-lo completamente.
A combinação das cores dos olhos do Husky (marrom ou azul, variando ao mel ou azul esverdeado) é uma das características que fazem com que ele seja tão exótico e atraente.
É comum encontrar exemplares com um olho de cada cor, ou ainda olhos particoloridos (duas cores no mesmo olho), o que não deve ser considerado falha genética.
A cor dos pêlos também pode variar muito, do preto ao branco puro, havendo uma máscara na cara da maioria dos exemplares.
O comprimento dos pêlos é médio, por isso é necessária uma escovação regular.
Os exercícios físicos devem ser intensos.
Sendo um cão de grande porte, o Husky Siberiano adapta-se melhor a casas espaçosas.

Cães - Fila Brasileiro


A Primeira raça brasileira a ser reconhecida internacionalmente pela FCI, foi o Fila Brasileiro.
Essa raça é um personagem da história do Brasil desde os tempos do descobrimento, quando ajudou os colonizadores na conquista de nosso território.
Hoje esta raça retorna ao seu posto de orgulho da criação nacional ao ganhar campeonatos mundiais representando o Brasil.
Seu porte e andar quase felino são suas características físicas mais marcantes além disso, essa raça se destaca pela fidelidade e devoção extremas ao dono.
É excepcionalmente corajoso, implacável e um inimigo formidável quando preciso.
Seu aspecto impõe respeito e apesar de dócil e devotado ao dono é arredio com estranhos, não admitindo maiores intimidades.

Origem e História
A origem deste cão brasileiro que tem admiradores em todo o mundo é bastante obscura.
Supõe-se que descenda do antigo Bulldog Inglês, do Bloodhound e do Mastiff Inglês.
Estes cães, ou cruzamentos deles teriam sido trazidos ao Brasil pelos portugueses e espanhóis.
Ao longo da história sempre teve função de guarda em casas e principalmente fazendas, que é seu habitat.
Mas além da natural aptidão para guarda funcionava também como cão de pista por seu faro excelente (provável herança dos Bloodhounds), colaborando na captura de escravos fugitivos.
Às vezes era usado como boiadeiro, embora não seja sua característica marcante.
O Fila Brasileiro teve seu apogeu nas décadas de 1970 e 1980, quando era a raça nacional com maior número de registros.
Nesta mesma época começaram a ocorrer as primeiras mudanças em seu padrão oficial (1984).
A mais marcante foi a decisão dos criadores da época de abrandar o temperamento agressivo que, de certa forma, era exaltado no padrão anterior.
Possuem grande vigor, uma agilidade impressionante, são hábeis nadadores e muito resistentes a mudanças climáticas.
Atualmente, essa raça é reconhecida como rara por vários clubes ao redor do mundo.
Filas são cães de uma grande determinação, bravura e coragem extraordinária.
São também dóceis e obedientes aos seus donos e familiares, e muito tolerantes com crianças.
Ele é muito leal e está sempre procurando pelo seu dono.
São naturalmente protetores de sua "matilha", por isso é importante que recebam o treinamento de obediência básica muito cedo.
Aos 7 meses de idade eles já irão mostrar o seu potencial de cães de guarda.
Como eles são muito grandes e fortes, nesta idade eles já devem obedecer sem hesitação aos comandos de seus donos.
A maioria dos Filas aprendem muito facilmente, por tanto durante o treinamento de um Fila deve-se ter o cuidado em não ser muito duro nas correções.
Como são muito sensíveis e possuem uma memória excelente, esta rispidez pode dificultar seu aprendizado.
Caso se deseje utilizar o Fila para guarda e proteção, não se deve socializá-lo em excesso quando filhote.
Caso isto seja feito, ele perderá a sua natural ojeriza a estranhos e ficará amigável a qualquer pessoa.
Muitos treinadores e criadores concordam que não é recomendável fazer treinamento de ataque e agitação com um Fila.
Na verdade ele não precisa deste treinamento para proteger seu território e sua família.

Cães - Kuvasz


O Kuvasz é um cão pastor que foi usado durante anos como guarda de rebanhos e também enfrentava predadores.
Sua principal vocação é a proteção que até hoje ainda é sua característica forte.
Os filhotes dessa raça são muito brincalhões e os adultos são animais calmos que dificilmente latem.
São carinhosos e inteligentes, mas estão sempre alerta, podendo se movimentar com muita rapidez e agilidade.
O Kuvasz é uma raça muito dedicada à família e é indicado para as crianças, pois tem uma grande paciência com os pequenos, apesar da personalidade forte.
Os animais dessa raça estão sempre prontos para trabalhar.
Se bem tratado e educado de forma correta, irá obedecer os seus donos e saberá os seus limites.
O macho tem cerca de 75cm na altura e a fêmea mede entre 66 cm e 70 cm, na altura.
O peso máximo da raça é de 50 kg(macho) e 42 kg(fêmea).
A criação científica teve início no final do século XIX e, em 1939, o Kuvasz tornou-se modismo entre os criadores de raças húngaras.
Entretanto, duramente a Segunda Guerra Mundial, os animais sofreram com a falta de comida, vitaminas e remédios e ao final da guerra, a raça estava quase extinta.

Origem e história
Alguns autores afirmam que a palavra KUVASZ é de origem suméria.
As letras (KU) provém de uma palavra utilizada para denominar o cão - kudda - que, por evolução, transformou-se em kutta, termo que ainda é empregado entre os povos que utilizam as línguas dravídicas.
Outros estudiosos do assunto dizem que a palavra KUVASZ vem da palavra turca KAVAS, que significa "custódia de segurança" referindo-se à sua fama de ser um cão altivo e audaz.
Outro significado deste nome, também dado pelos turcos é "Guarda Seguro".
Entretanto não foi possível descobrir ao certo a sua origem, mas de acordo com as características encontradas, a Federação Cinológica Internacional (FCI) afirma que essa é uma das raças mais antigas entre os cães pastores, comparável às primitivas raças denominadas "faraônicas".

Cães - Doberman


Os apreciadores da raça não economizam elogios.
Inteligente, leal, defensor, afetuoso e carinhoso com a família são apenas alguns dos muitos predicados atribuídos a este cão.
Infelizmente, uma gama igual de palavras negativas são usadas contra o Doberman.
Muitos amantes da raça costumam dizer que não existem maus Dobermans, existem maus donos.
Muitos criadores acreditam que cães instáveis existem em qualquer raça.
No caso do Doberman, o grande problema é seu instinto apurado de guarda e a rapidez na tomada de decisões para iniciar um ataque.
Tudo isso aliados a força e a velocidade, podem tornar esse cão uma grande ameaça para todos a sua volta.
Mas, bem educado, socializado e respeitando os comandos de obediência básica, que deve ser incinado quando eles ainda são filhotes, essa raça pode ser uma boa companhia para a família.
Mesmo assim deve-se sempre estar atento.

Origem e História
Esta é uma raça de desenvolvimento relativamente recente, montando à segunda metade do Século XIX.
Apesar dos franceses apontarem sua semelhança com o pastor de Beauce, os alemães sustentam a tese de origem em seu território.
O padrão oficial da raça Dobermann foi oficialmente reconhecido na Alemanha em 1900.
Foi um cobrador de impostos e também zelador de abrigo de cães da cidade de Apolda, Alemanha, chamado Herr Louis Dobermann o criador da raça que leva seu nome (a raça chamas-se Doberman com um único N).
Ele teria dado origem à raça através de cruzamentos entre diversas outras, entre elas o Pinscher, o Pastor Alemão e o Braco de Weimar.
Herr Dobermann procurava um cão que pudesse ajuda-lo nas suas viagens, muitas vezes por áreas perigosas, protegendo-o contra bandidos e sonegadores furiosos.
A raça foi desenvolvida e firmada em muito pouco tempo, cerca de 10 anos.
Criado para atacar estranhos e proteger seu dono a qualquer preço, os primeiros cães da raça eram extremamente agressivos.
O hábito de cortar o rabo do Doberman também vem dos primeiros cães gerados, já que muitos nasceram com o rabo cotô, e eram muito apreciados.
Depois da morte de Dobermann, a raça continuou a ser desenvolvida por Otto Goeller e a ele é creditado o grande aprimoramento do Doberman atual.
Foi através de Primeira Guerra Mundial que o Doberman ficou conhecido mundialmente.
Corajoso, inteligente e leal ao seu dono, esta raça foi largamente utilizado na guerra e em serviço policial.
Embora ainda seja um excelente cão de guarda, e ainda sofra com a má reputação de agressivo ao extremo do passado, o Doberman hoje tem um temperamento muito mais tolerante com estranhos, sendo que já não é raro encontrar espécimes que são verdadeiros doces.
Tem ótimo olfato, disposição para o trabalho e está sempre atento e disposto a se sacrificar pelos donos ou na defesa de seu lar.
Tem pêlo curto, sempre preto ou marrom, com marcas castanhas na face, dentro das orelhas, no antepeito, nas patas e abaixo da cauda.
Não requer muitos cuidados além da escovação básica.
Na aparência geral é um cão quadrado, bem proporcionado, de estrutura forte, musculoso, elegante e altivo, com expressão alerta e decidida.
Na década de 1980, o Dobermann chegou a ser o cão mais popular em número de registros pela Confederação Brasileira de Kenneis Clubes (CBKC).
Naturalmente elegante, esta raça demonstra muita agilidade.
Por ser de porte grande, requer uma área espaçosa em casa e precisa de exercícios regulares.

Cães - Chow Chow


Com um instinto felino e uma aparência parecida com o leão, esse cão é bastante reservado e não late com muita freqüência.
Além disso é muito limpo e fiel ao seu dono.
A maior peculiaridade desta raça é a famosa língua azul.
Seu nome deriva do cão de caça chinês Choco, e é um membro da família dos Spitz conhecidos há mais de 2.000 anos.
Esse pet sempre aceita e retribui as manifestações de afeto e carinho de todos os membros da família.
Deve ser tratado com brandura e disciplina.
Apesar de dócil, não aceita tão facilmente a presença de estranhos e, se for provocado, revela-se um lutador temível.
Ideal para exposições devido a sua pelagem e ao porte digno que, com certeza, atrai à todos.
Devido ao seu humor é comum que seus donos prefiram passear, regularmente, com o animal preso a coleiras a deixá-lo solto, mesmo nas áreas permitidas.
Mesmo assim, é injusto mantê-los confinados em pequenos espaços.

Origem e História
O Chow Chow tem sua origem entre os antigos cães molossos que habitavam a região ártica do território chinês há mais de dois mil anos.
Considerado como o Mastim original do Lama, o Chow Chow deve ser um dos membros mais antigos da família Spitz.
Na China Imperial, o Chow Chow apresentava várias funções: desde a guarda e proteção até satisfazer o refinado paladar da nobreza chinesa.
Nas grandes festas do Imperador chinês Yu Pie, a carne do Chow Chow era servida e o convidado de honra tinha o “privilégio” de comer sua língua, para provar que a carne era de Chow.
Sua criação se deve, principalmente, por sua carne e pela sua pelagem.
Nas primeiras citações deste animal, em textos chineses, foi tratado por Cão Tártaro ou Cão dos Bárbaros.
Seus exemplares foram importados pela Inglaterra em 1760 para serem exibidos no jardim zoológico.
Apesar da reputação de cão feroz, o Chow Chow é um animal afetuoso e dedicado.
Esta raça chegou ao Ocidente em 1780 por meio de um oficial da Companhia das Índias Orientais.
O registro oficial da raça tem data de 1895, quando foi fundado o clube do Chow Chow e hoje em dia são registrados em média cerca de 600 a 700 cães por ano no clube britânico de canicultura.
O interesse por esta raça tem aumentado constantemente.
No Brasil a raça está em grande ascensão.
Grandes criadores estão procurando aprimorar cada vez mais a raça, mantendo sempre suas características.
O Chow Chow é conhecido principalmente pela aparência leonina e a língua azul.
É um cão muito afetuoso com as pessoas da família, desconfiando de estranhos.
Esta raça é boa para guarda e ótima companhia.
Os cuidados necessários para um cão desta raça são caminhadas diárias e escovação cuidadosa dos pêlos.
O Chow Chow apresenta pelagem longa e densa, em cor sólida (preto, vermelho, azul, fulvo, creme ou branco).
Como um cão de grande porte, o Chow Chow está sujeito à displasia coxo-femural, uma alteração física de caráter hereditário na articulação entre o fêmur e a bacia do cão, que causa problemas de locomoção, dor e incômodo ao animal.
Na aparência geral é um cão de porte orgulhoso, compleição física equilibrada, harmonioso, ágil, embora com uma andadura peculiarmente curta, saltitante e vacilante com os membros em movimentação paralela, cauda dobrada sobre o dorso e um detalhe anatômico que o torna ainda mais singular: a língua preto-azulada.
Sua alimentação deve ser de cerca de 376 gramas de carne misturada com biscoito ou uma ração própria.
Mas eles também apreciam arroz, dobrada, galinha e carne de vaca sem gordura.

Cães - Collie


O Collie é um cão de guarda com porte médio, de aparência nobre, expressão inteligente, extremamente leal a seus donos e muito gentil com as crianças.
Sem dúvida, um verdadeiro sucesso.
Esta raça tornou-se mundialmente famosa por causa do longa-metragem “A volta de Lassie”, em 1943.
Este filme encantou crianças e adultos, ganhou um seriado na televisão e permanece emocionante ainda hoje.
O Collie é uma raça fácil de ser treinada, muito ágil e resistente.
Necessita de exercícios e de um espaço razoável dentro de casa.
O Collie é um cão de pêlos longos e densos, que devem ser escovados todos os dias.
As cores da pelagem do Collie são marta (marrom) e branco, tricolor e azul merle.
Existe uma variedade de Collie com pêlos curtos, nas mesmas cores, porém é muito rara no Brasil.
O Collie faz sucesso graças ao seu temperamento dócil e prestativo.
O peso pode variar entre 23 e 34 kg e sua altura entre 56 e 66 cm.
Este antigo pastor de rebanhos foi moldado para tornar-se um exímio trabalhador dos campos.
Com o seu espírito protetor, fundamental para cuidar das ovelhas, o Collie procura sinais de perigo e age de imediato ao identificá-los.
A extraordinária anatomia da sua cabeça lhe favorece a visão, audição e olfato.
Os seus olhos são laterais e percorrem 270 graus permitindo ver o dobro de área das raças que os têm na frente.
No Brasil, a maioria dos Collies é de linhagem americana e há um trabalho para adequar a altura ao padrão europeu.

Origem e História
Acredita-se que a raça tenha se originado de um antigo cão de pastoreio e de guarda utilizado pelos romanos em seus rebanhos.
O mais provável é que eles tenham se originado a partir de cruzamentos de Greyhounds, Gordon Setters e Setter Irlandeses.
A sua origem remonta às Ilhas Britânicas, onde atingiu seu apogeu a partir de 1800.
Naquela época, a criação da raça apresentou grande crescimento, inclusive com a venda de exemplares para outros países.
Foi nos EUA, a partir de 1860, que o Collie começou sua carreira nas pistas de exposição, tornando-se um dos mais populares até hoje.
Atualmente, a raça não é mais requisitada para o trabalho de pastoreio, apesar de manter como características a inteligência, a robustez e a visão.
Até a origem do nome é uma suposição.
O nome original "Coley" pode ser uma derivação da palavra anglo-saxônica, significando "preto", que era possivelmente a cor original da raça ou ainda uma apropriação do nome das ovelhas de cara preta, conhecidas como colleys, que eram pastoreadas pelos cães Collies.
O Collie pastoreava as ovelhas nas Terras Altas da Escócia, às vezes sem que o pastor o guiasse, sendo capaz de agir por conta própria, tomando decisões, e esse é um dos fatores que o difere de outras raças.
São muito afetivos com crianças e muito companheiros.

Cães - Golden Retriever


Esse simpático companheiro do homem possui uma beleza cativante e uma doçura que encanta logo no primeiro instante.
Essa atraente raça, que combina temperamento equilibrado com adoração à família, tem muitos predicados que agradam, em especial, lares com crianças.
Brincalhões e obedientes, eles demonstram total apego aos donos.
O Golden Retriever está entre as dez raças mais inteligentes do mundo.
Por esse motivo, é muito usado como cão-guia para cegos.
No Brasil, ainda não é comum vermos cães-guia, mas em países como os EUA, onde esse procedimento é freqüente, o Golden Retriever é tão utilizado quanto o Labrador.
Devido à sua inteligência, destaca-se em provas de agility e de obediência.
Além disso, é dócil ao extremo, o que explica nunca ter sido registrado nenhum ataque dessa raça. Também por esse motivo, esse agradável cachorro de companhia vem ganhando espaço em todo o mundo.
Nos Estados Unidos e no Canadá, está em segundo lugar entre os mais vendidos.
Já na Europa, está entre os cinco mais procurados.
O Golden Retriever é um cão tranqüilo, podendo ser criado, inclusive, em apartamentos.
Ele necessita de exercícios diários, mas isso não quer dizer que precise de horas de atividades, basta passear sempre pelo bairro.
Nos banhos, com shampoo ou sabonete neutro, devem ser bem enxaguados, para que não fiquem resíduos e, com isso, prejudiquem a sua pele.
O uso de um bom condicionador é indicado para amaciar o pêlo.
Aliás, sua escovação, também, tem que ser regular, mas não há necessidade de cuidados extremos.
Sua pelagem é densa, resistente à água e de comprimento moderadamente longo.

Origem e História
Pouco conhecido no Brasil, o Golden Retriever vem aumentando sua popularidade nos últimos cinco anos.
São verdadeiros cães de companhia.
Existe uma grande semelhança entre a raça Labrador e a Golden Retriever.
Ambas são retriever, que quer dizer "que recolhe", ou seja, são cães de trabalho.
O Golden Retriever, assim como diz o nome, é dourado, o qual pode variar do tom escuro ao claro.
Já o Labrador pode apresentar três cores: amarelo, preto e chocolate.
Até 1959 acreditava-se que os Goldens eram originários de cães de um circo russo, mas, na realidade, os primeiros exemplares, chamados de Yellow Retrievers, tiveram sua primeira criação fixada na propriedade de Lord Tweedmouth, em Guisachan, na Escócia.
Na segunda metade do século XX, o crescimento do sistema ferroviário e a paixão de novos milionários e aristocratas vitorianos pelo esporte de caçar com armas de fogo fizeram que grandes propriedades, ao norte da Escócia, fossem compradas.
Sir Dudley Marjoribanks, o 1º Lorde de Tweedmouth, era proprietário de uma dessas fazendas (Guisachan), amante do esporte e de cães, dos quais, na época, os mais utilizados em caçadas eram os de aponte, os Seters e os Spaniels.
Os Pointers e Seters participavam das caçadas de aves, como faisão e perdizes.
Já os Spaniels, apesar de hoje serem usados como retrievers, na ocasião, eram conhecidos como cães levantadores, cuja pelagem não ajudava quando as caçadas ocorriam em regiões pantanosas ou em águas geladas, por ser fina e sedosa.
Com o avanço das armas de fogo e a velocidade de recarga aumentada, cresceu o número de aves abatidas e tornou-se maior a necessidade de um cão que, além de farejar e localizar a presa atingida fosse buscá-la e a trouxesse na mão do caçador.
Dessa forma, foram feitos cruzamentos de Seters com St. John's Newfoundlands, um tipo de Terranova de uma variedade bem menor, aos quais, mais tarde, acrescentou-se o Spaniel D'Água Inglês e o Collie, surgindo, assim, o retriever de pêlo longo (Wavy-Coated Retriever ou Flat-Coated Retriever), que originou nosso atual Golden Retriever.
Por volta de 1860, o Lorde e seu filho encontraram, em Brighton, um sapateiro com um jovem Retriever Amarelo, provavelmente um produto desses cruzamentos.
Eles compraram o cão e passaram a chamá-lo de “Nous” (em gaélico, sabedoria).
Em 1868, Nous foi acasalado com “Belle”, uma fêmea Tweed Water Spaniel, quando, então, nasceram três filhotes amarelos.
Essa ninhada foi a raiz do Golden Retriever, como raça distinta.
Um filhote de nome “Crocus” foi dado a Edward Marjoribanks (IIª Lorde de Tweedmouth), enquanto os outros dois, “Cowslip” e “Primrose”, permaneceram na propriedade. Em 1872, o acasalamento repetiu-se e a ninhada nascida, incluindo “Ada” (que foi muito importante na criação da raça), foi presenteada ao sobrinho do Iº Lorde, o Vº Conde de Ilchester, que passou a ter sua linhagem própria de retrievers, conhecida mais tarde pelo prenome “Melbury”.
Através do Stud Book e de anotações particulares do Iº Lorde, foi possível descobrir como os acasalamentos foram cuidadosamente planejados de 1868 até a última ninhada, nascida em 1889-1890, antes da morte do Lorde em 1894.
A partir do início do século XX, os Goldens foram levados pelos imigrantes europeus para a América do Norte, onde hoje, graças às suas características de inteligência, docilidade e beleza, tornaram-se uma das três raças com maior número de registros.
No Brasil, os Goldens começaram a ser conhecidos há menos tempo (cerca de 10 anos), mas rapidamente passaram a ser um dos preferidos pelas famílias e, em especial, pelas crianças.

Cães - Labrador


Esse amistoso amigo do homem, o Labrador, tem em seu temperamento a necessidade de companhia, principalmente a de seu dono.
No contato com crianças ele é perfeito, pois não é agressivo e adora brincadeiras.
Ele é um retriever, que em inglês significa recuperador, numa alusão à sua função em caçadas. Provavelmente ele vai trazer até você objetos que encontrar no seu quintal ou dentro de sua casa.
Por fala nisso, adora brincadeiras de pegas os objetos atirados pelos donos.
O Labrador tem características de autêntico retriever (cão que busca aves abatidas).
Porém, devido ao seu grande porte físico, pode participar de caçadas a animais maiores.
Ele é um cão de temperamento fantástico, com faro apurado, grande nadador, extremamente inteligente e capacitado a desempenhar tarefas complexas como nos serviços de guia de cegos e nos trabalhos de busca e resgate, tornando-se ainda muito popular e querido como cão de companhia na família.

Origem e História
Apesar do que é sugerido pelo nome, as raízes da raça não se encontram em Labrador e sim na Terra Nova, uma região fria e inóspita e desabitada do Canadá, descoberta por John Cabot no século XV.
O potencial pesqueiro da Terra Nova ficou logo evidente e por volta de 1450-1458 frotas pesqueiras inglesas já estavam trabalhando na costa.
Os pescadores acabaram se fixando na região e surge a questão se teriam eles levado consigo os cães da Inglaterra, ou encontrado no novo país um cão que podia ser treinado como auxiliar.
Há registros de que os pescadores que usavam embarcações menores e movidas a remos mantinham sempre um cão a bordo, menor do que o terra-nova, de pelagem mais curta e densa, e capaz de mergulhar nas gélidas águas para recolher o peixe que escapara das redes.
Eles eram apreciados por sua vontade de nadar e por seu pêlo ser repelente a água e curto, o que dificultava a formação de gelo quando ele saia da água.
Esses animais eram na grande maioria pretos, algumas vezes amarelos e raramente chocolate.
No começo do século XIX o 2º Conde de Malmesbury viu um desses cães que teria sido levado para a Inglaterra por pescadores e imediatamente importou alguns.
Em torno de 1830, existia um considerável comércio entre Terranova e o porto de Poole.
Assim sendo, outras importações foram feitas pelo 3º Conde de Malmesbury em meados do século XIX.
Mais tarde, entre 1865 e 1889, o Lorde Malmesbury, Mr. C. J. Radclyffe, Mr. Montague Guest e o Lorde Winborne compraram muitos cães negros importados de Terranova por um vendedor ambulante dono de uma escuna que fazia o percurso entre Terranova e Poole.
Nessas importações está a origem do Labrador Retriever e não ficou claro quem primeiro atribuiu o nome pois antes os cães eram chamados de St. Jonh's.
Atualmente as cores aceitas são sólidas em preto, amarelo ou marrom-chocolate, sendo que os amarelos vão do creme claro ao vermelho (da raposa).
Pequena mancha branca no peito é permitida.
A pelagem é dupla, curta, densa, sem ondulações ou franjas e áspera ao toque.
Labradores podem latir como aviso, quando notarem algo que lhes pareça estranho, mas não agirão de modo agressivo.
Entretanto, a característica que os distinguem mais acentuadamente das outras raças é seu amor pela água.
Tendo a chance de nadar, o Labrador vence os obstáculos com destreza, e se dedica a esta atividade com muito prazer.
Uma de suas principais características físicas é a pelagem.
Os pêlos do Labrador estão dispostos em duas camadas: uma macia, por baixo, que o mantém quente e seco dentro da água, e uma outra, mais dura, que fica por fora e o ajuda a repelir a água.
A cor da pelagem do Labrador é sólida, podendo ser preta, amarela (creme claro ao vermelho da raposa) ou marrom (fígado/chocolate).
É comum encontrar cães com pequenas manchas brancas no peito.
Sendo um cão de grande porte, o Labrador pode apresentar displasia coxo-femural, uma alteração física na articulação entre o fêmur e a bacia do cão.
Esta doença causa problemas de locomoção, dor e incômodo ao animal.
Como forma de evitar reprodutores que possam transmitir esta condição clínica aos filhotes, todos os exemplares da raça devem ser radiografados.
Outros problemas relacionados às características físicas desta raça são os articulares.

Cães -Affenpinscher


Affenpinscherr significa em alemão “Pinscher–macaco”.
Recebeu este nome por causa da sua cabeça pequena como a de alguns macacos.
Pensa-se que esta raça seja descendente do Griffon de Bruxelas, ou seria ele próprio seu ascendente.
A raça é certamente antiga e a prova disto é que existem pinturas anteriores ao século XVII nas quais aparecem cães com aparência similar a ele.
Sua popularidade não deixou de aumentar desde o final dos anos 30, época em que passou a ser notado nas exposições de cães.
Cabeça redonda parecida com um macaco, focinho curto, stop pronunciado, mordida ligeiramente prognata;trufa e lábios pretos.
Orelhas pequenas com inserção alta;se cortadas ficam eretas e para frente, se íntegras, permaneceram em forma de V invertido ou em alguns exemplares naturalmente eretas.
Olhos grandes, redondos e escuros rodeados de uma coroa de pêlos duros.
Corpo quadrado, pescoço curto, peito chato, antepeito bem desenvolvido, dorso reto, curto e ligeiramente descendente.
Cauda amputada com aproximadamente três vértebras, de inserção alta e está constantemente levantada.
Pêlo áspero e grosso no corpo, na cabeça e na cara é arrepiado, reto e com mechas aparecendo em torno da face;sobrancelhas eriçadas e barba cheia.
Pelagem preferivelmente preta, marcas ou nuances de marrom ou cinza são permissíveis.
Tamanho de 25 a 30 cm.
Peso até 4 kg

Este cão é uma mistura de exuberância e de serenidade.
É vivo, companheiro, brincalhão, atento, leal, afetuoso, franco e um pouco teimoso.
O Affenpinscher é um bom vigia e guardião e também caçador de roedores.
Costuma latir somente para alertar seu proprietário da presença de pessoas estranhas.
Esta raça está perfeitamente adaptada à vida em apartamento.
Deve-se escová-lo e ou penteá-lo diariamente para mantê-lo sempre limpo.
Raça é recorrente da Alemanha.

Cães -Afghan Hound


O Afghan Hound é uma antiga raça afegã de cães de vigia.
Era usada antigamente para caçar lobos, raposas e gazelas.
Sua altura na cernelha vai de 68 a 74 cm, sendo as fêmeas um pouco menores que os machos.
Sua cabeça é longa, reta e fina, com stop moderado.
A trufa do nariz é negra ou fígado, olhos pequenos de formato quase triangular, que podem ser escuros ou amarelos.
O pêlo é fino e sedoso, mas deve ser curto ao longo da coluna e mais longo, formando uma franja na parte inferior do corpo.
Deve ser escovado frequentemente.
A cauda termina com um anel encaracolado.
Suas cores mais comuns são fulvo, negro, tricolor, preto com marrom, creme, mas todas as cores são admitidas.
A raça é considerada como "cão de luxo" na Europa.
Raça é recorrente do Afeganistão.

Cães -Akita Inu


Akita Inu é uma raça de origem japonesa, o nome foi dado em relação à província de Akita, e era originalmente usada para caça e posteriormente muito requisitado em rinhas.
A raça possuem uma aparência de lobo, sendo fêmeas mais baixas, e os machos maiores.
O peso varia entre 34 e 50 kg, e a altura na cernelha deve ser entre 64 e 70 cm para os machos, e 58 e 64 cm para as fêmeas.
Seu aspecto geral é imponente, robusto e nobre, devendo ser bem proporcionado.
O focinho é potente e afilado, mas jamais pontudo, com cana nasal reta e curta, dentes fortes, com mordedura em tesoura, nunca prognatas, os olhos são levemente pequenos e triangulares, as orelhas são portadas eretas, ligeiramente inclinadas para a frente.
A cauda é grossa e forte, com seu comprimento chegando até o jarrete, mas deve portar-se enrolada sobre o dorso.
A pelagem exterior é dura e reta, e ainda possui um sub-pêlo macio e abundante.
A garupa e o alto da cabeça são revestidos com um pêlo ligeiramente mais longo que o do resto do corpo, as cores são o vermelho alourado, o sésamo pêlos vermelhos com pontas pretas, o tigrado e o branco.
É um animal protetor, prudente, afetuoso e corajoso.
Excelente para crianças por ser muito paciente, late pouco, nunca late desnecessariamente, e é muito seguro de si, possessivo com seu território, o que faz desta raça excelente guardiã, tanto de propriedades quanto pessoal.
Na guarda, seu comportamento não é ostensivo, mas costuma manter-se em um local que ofereça boa visibilidade, deslocando-se apenas se achar necessário.
Cão muito apegado ao dono, sendo considerado "cão de um dono só", sofre muito quando abandonado e às vezes não consegue se adaptar aos novos donos.
Entretanto, uma vez conquistado será um excelente guardião e companheiro por toda a vida.
Precisa de ensinamento para corresponder ao controlo normal pelo chamamento do dono.
Por isso, recomenda-se que desde cedo o próprio dono invista algumas horas na educação de seu cão.
Raça é recorrente do Japão.

Gato-do-mato


O gato-do-mato ou gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus) é um felino também conhecido também pelos nomes de gato-do-mato-pintado, gato-selvagem e gato-tigre.

Gato-do-mato é o nome comum a diversas espécies do gênero Felis, todas com menos de 1 m de comprimento. Entre elas estão o gato-tigre (Felis tigrina) do tamanho de um gato doméstico, o menor dos gatos, o maracajá (Felis wiedii) e o Felis geoffroyi, pouco maior que os outros dois, mas apresentando manchas menores e em maior número.
A jaguatirica (Felis pardalis) é um gato-do-mato de maior porte.
Habitat: ocorre da Costa Rica ao norte da Argentina
Hábitos Alimentares: alimentam-se de pequenos animais tais como ratos, pássaros e insetos, e medem cerca de 50 centímetros.
Sua gestação dura 70 dias, a prole consistindo de um a dois filhotes.


Filhote de gato-maracajá
Embora semelhante à jaguatirica, com a qual é confundido, o gato-do-mato se distingue pelo pequeno tamanho; é o menor dos felinos silvestresbrasileiros, e pelas manchas em sua pelagem, rosetas parecidas com as da onça, porém sem o desenho completo, mantendo geralmente um lado aberto, enquanto a jaguatirica tem manchas alongadas, que dão à sua pele a impressão de ser listrada.

Existem ocorrências de gatos-do-mato inteiramente negros, melânicos, e o curioso é que uma gata de pelagem normal, pintada, pode ter filhotes negros, que por sua vez tem descendência de pelagem normal, num processo que os cientistas ainda não entendem bem, mas que acontece também com a onça-pintada e a pantera, que também podem nascer negras (pantera-negra).
Os gatos-do-mato têm hábitos noturnos e geralmente vivem nas matas.
Caçam no chão, onde são muito ágeis, ou nas árvores, e se alimentam de pequenos mamíferos, aves, répteis e anfíbios.
Durante a noite chegam a invadir galinheiros onde causam grandes estragos.
São inofensivos ao homem, mas defendem-se ferozmente quando atacados.
Geralmente a fêmea dá a luz em algum oco de árvore ou em uma moita de arbustos bastante densa, onde possa esconder os filhotes.


Devido à sua pele muito bonita, utilizada em roupas e acessórios, os gatos-do-mato são bastante perseguidos, estando ameaçados de extinção.


No Brasil, é proibido manter gatos-do-mato como domésticos, sob pena de multa e detenção.
Das três espécies, apenas o gato maracajá chega a atingir o sul dos Estados Unidos, as outras duas são comuns nas florestas das Américas Central e do Sul.

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