quarta-feira, 13 de novembro de 2013


Ogum e Iansã – A Lei Divina

Ogum – O Trono Masculino da Lei

Por Alexandre Cumino

Ogum, Ares, Indra, Vayu, Vishnu, Ganesha ou Ganapati, Kalki, Kartikeya ou Skanda, Twachtri, Odim, Lugh, Gushkin-bea, Panigara, Resheph, Zababa, Ninrud, Liu Pei, Kwan Kun, Maristin, Huitzilopochtli, Comentários.Ogum — Divindade de Umbanda, é o Trono Masculino da Lei, irradia a Lei o tempo todo de forma passiva não forçando ninguém a vivenciá-la, mas sustentando a todos que buscam a Lei. Fator ordenador, Ogum é a Lei de Deus em ação, na vida das pessoas, aquele que absorve a força de Ogum consegue enxergar tudo de um ponto de vista ordenador, assim é que os caminhos se abrem, pois o sujeito passa enxergar seus pontos falhos e essa postura transmite confiança ao próximo.

Elemento ar (que controla o fogo), presente nos caminhos. Sua cor é o azul-escuro ou vermelho. Ogum é quem abre os caminhos e vence as demandas. Vemos em seu simbolismo a espada e o elemento ferro. Ogum mexe muito com o emocional, é uma natureza impulsiva. Pedra: Quartzo azul, sodalita e hematita.

Ares — Divindade grega, Marte romano, filho de Zeus e de Hera, era a personificação do Deus da guerra, considerado o pai de diversos heróis; amante de Afrodite com a qual teve o filho Eros Hefaístos, marido de Afrodite, apanhou os amantes na cama com uma rede, tão forte que nem mesmo Ares pode romper. O temperamento de Ares chegava até a incomodar Zeus, por dedicar tanto de seu tempo à guerra.

Indra — Divindade hindu da guerra, “Chefe” ou “Senhor”, Rei dos Deuses, Senhor dos Céus, controlador do relâmpago, sua arma é o raio empunhado com a mão direita; governa o tempo e manda a chuva. É o patrono dos nobres militares.

Vayu — Divindade hindu do vento, do ar e do prana. Divide seu poder com Indra, “O Senhor do Céu” e “Rei dos Deuses”.

Vishnu — É a segunda pessoa da trindade hindu, responsável pela proteção, manutenção e preservação da criação. Da raiz “vis’ (“estar ativo”), a palavra Vishnu significa “aquele que tudo penetra” ou “aquele que tudo impregna”.

Sua consorte é a divindade Laksmi, Senhora da beleza, do amor e da prosperidade.

A partir de Vishnu surgem os avatares, encarnações divinas, com  a missão de restabelecer a ordem divina para a humanidade. É o grande mantenedor da Ordem no Universo.

Ganesha ou Ganapati — Divindade hindu, Senhor (“isa”) das hostes (“gana”) de seu pai Shiva ou “Senhor das multidões de Divindades inferiores a serviço de Shiva”. É o “Senhor dos Exércitos”. Ganesha é uma das Divindades mais populares na Índia. É o filho de Shiva e Parvati. Costuma aparecer na entrada de templos e casas, sendo reverenciado antes das cerimônias. Deus da Sabedoria e eliminador de obstáculos. Tem um dente quebrado, pois ele mesmo o quebrou para escrever os vedas (“conhecimento”, escrituras sagradas hindus). Aparece sempre ao seu lado um rato, como o desejo mantido sob controle. Seu auxílio é evocado ao começar novas empreitadas e no início dos livros.

Kalki — Divindade hindu, futura encarnação de Vishnu, guerreiro, vem montado em um cavalo branco e empunhando sua espada de fogo.Kartikeya ou Skanda — Divindade hindu da guerra, filho de Shiva e irmão de Ganesha. Persegue os demônios em defesa do homem. Cavalga em um pavão, tem seis cabeças e 12 braços. Uma flecha, um raio e uma maçã.

Twachtri — Divindade hindu com qualidades de ferreiro, fabrica o raio e as armas de Indra.

Odim — Divindade nórdica, é o senhor do panteão e pai de Thor. Aparece como o maior de todos os guerreiros. Muito parecido com o Zeus grego, embora sejam Tronos de qualidades diferentes, pois um é Justiça e o outro, a Lei. Recebia no Valhalla, com banquetes, todos os grandes guerreiros.

Lugh — Divindade celta, guerreiro que mais habilidades possuía. Sempre montado em seu cavalo com sua lança mágica à mão.

Gushkin-bea — Deus patrono da metalurgia.

Panigara (Pap-nigin-gara) — Deus guerreiro, assimilado por Ninurta.

Resheph — Deus sírio da guerra, com cabeça de gazela.Zababa — Divindade sumeriana, guerreiro. Aparece no Período Sumério Antigo e seu nome consta dos tempos pré-sargônidos. Foi um deus da cidade de Kish, um guerreiro posteriormente identificado com Ningirsu e Ninurta.

Ninrud — Deus guerreiro sumério, vencedor heróico de muitas vitórias, deus da agricultura e da fertilidade. Filho de Ellil. Assimilado com Ningirsu.

Liu Pei — Divindade chinesa que liderou um exército de voluntários para abafar uma rebelião e restaurar o império. Junto com Kuan Kung e Chang Fei, era adorado como Divindade da honra e do dever, os três são companheiros e guerreiros.

Kwan Kun — Divindade chinesa, é o guardião e protetor da divindade Kwan Yin, Senhor das artes marciais aparece com muitos atributos sempre muito bem armado.

Maristin — Divindade japonesa da guerra, em sua honra realiza-se anualmente um simulacro de combate.

Huitzilopochtli — Divindade asteca do Sol e da Guerra, era uma das Divindades favoritas.

Comentários: Trono Masculino da Lei, Ogum, apresenta-se como o senhor da guerra ancestralmente. São muitas as Divindades pagãs relacionadas ao fio da espada e à Lei Maior, o que nos fornece farto material para estudar essa natureza divina tão mal humanizada por nós. Na Umbanda, Ogum sincretiza com São Jorge Guerreiro. 

Iansã - Trono Feminino da Lei

Por Alexandre Cumino

Iansã, Themis, Atena, Astréia, Nike, Bellona, Justitia, Maat, Anat, Durga, Indrani, Valquírias, Maeve, Nehelenia, Irnini, Inanna, Andrasta, Mah, Daena, Anat, Rauni, Perkune Tete, Comentários.Iansã — Divindade de Umbanda, é o Trono Feminino da Lei, absorve o desequilíbrio na lei de forma ativa, reconduzindo o ser ao equilíbrio; cósmica, pune quem dá mau uso ou se aproveita dessa qualidade divina com más intenções.

Fator direcionador, ajuda a encaminhar as pessoas, mostrando-lhes o caminho certo a seguir. A mais guerreira de todos Orixás Femininos, atuando no sentido da Justiça junto de com Xangô, e na Lei com Ogum. Seu elemento é o ar que ­movimenta e sustenta o fogo, uma vez que Iansã é movimento o tempo todo.

Pedra: Citrino. Ponto de força: Pedreiras. Sua cor é o amarelo.

Themis — Segunda esposa de Zeus, era uma titânide da Justiça e da ética, guardiã da balança. Conhecida por seus sábios e justos conselhos, chegou a ajudar Zeus quando esse se casou com Hera.

Atena — Divindade grega, nasce já toda armada e crescida da cabeça de Zeus, carregava uma lança e um escudo. De todas as Divindades gregas, Atena é uma das mais guerreiras.

Astréia — Divindade grega da justiça, vive no céu afastada da Terra pela maldade dos homens.

Nike — Divindade grega das vitórias equivalente à romana Victória.

Bellona — Divindade romana da Guerra, da estratégia e da soberania territorial, evocada para decidir táticas, estratégias e negociações.

Justitia — Divindade romana, chamada em todos os juramentos e promessas.

Maat — Divindade egípcia, feminina, da justiça e da verdade, com sua pluma, que costuma carregar na cabeça, mede o peso dos corações dos homens na balança de Anúbis, caso o coração seja mais leve que a pluma se trata de um nobre de espírito merecedor da luz caso contrário...  Maat era filha de Rá e esposa de Thoth.

Anat — Divindade egípcia da guerra, veste-se com a pele de pantera, segurando nas mãos um cetro e a cruz alada ou o escudo e a lança.Durga — Divindade hindu, “Inacessível”, guerreira, costuma aparecer montada em um tigre empunhando sua espada com a qual venceu o “Demônio Vasuki”. Possui 12 ou 18 braços e em cada mão tem armas dadas pelos deuses. Ela é implacável contra os demônios, o que em nós representa principalmente nosso ego e ignorância.

Indrani — Divindade hindu, consorte de Indra, o deus da guerra, igualmente guerreira.

Valquírias — Divindades nórdicas guerreiras. Geurahod era a valquíria que decidia a vitória nos combates. Essas guerreiras eram conhecidas pela luminosidade de suas armaduras, assim também chamadas “luzes do norte”.

Maeve — Divindade celta, era uma das cinco filhas de Eochardh Feidhleach, rei de Connacht. Mulher de beleza “intoxicante” e “embriagante”, forte, guerreira e estrategista. O festival pagão de Mabon era comemorado em sua homenagem. Deusa da guerra muito similar a Morrigan, fez com que seu guerreiros experimentassem as dores do parto. É rainha de Connacht, traz o poder feminino e da terra. Famosa por sua beleza e possessão sexual, teve muitos ­amantes, em sua maioria oficiais de seu exército, o que assegurava a lealdade de suas tropas. Muitos homem lutavam com toda a sua garra nos campos de batalha por uma possibilidade de receber seus favores sexuais.

Sempre aparecia cavalgando cavalos selvagens e vivia cercada de animais. Cabelos ruivos, sempre andava com a espada e o ­escudo.

Nehelenia — Divindade celta guardiã dos caminhos. Protegia viajantes e abria os portais de mundos desconhecidos, para o buscador, através dos sonhos, conduzindo a uma viagem de iniciação interior.

Irnini — Divindade sumeriana da guerra assimilada por Ishtar.

Inanna — Divindade sumeriana, Ishtar babilônica. Como Inanna foi a deusa de Uruk, a portadora das leis divinas. Divindade do Amor, da fertilidade e da guerra. Adorada por seu poder e força. Desposou o mortal pastor Dumuzi e o transfomou em rei de Uruk, o que tornou a terra fértil e próspera.

Andrasta — Divindade celta da Guerra, chamada de “A Invencível”.

Mah — Divindade da Guerra na Capadócia.

Daena — Divindade persa, guardiã da Justiça, protetora das mulheres e condutora das almas.

Anat — Divindade mesopotâmica da Guerra, da vida e da morte. Guerreira, virgem e mãe. Tendo se relacionado com muitos deuses, seu aspecto de virgem serve para lembrar que Anat é dona de sua sexualidade.

Rauni — Divindade finlandesa, senhora do trovão e esposa do deus do relâmpago.

Perkune Tete — Divindade eslava do trovão e do relâmpago.

Comentários: Trono Feminino da Lei, Iansã, assim como Ogum é facilmente identificada entre os povos guerreiros em culturas menos patriarcais quanto à nossa atual. Na Umbanda, é sincretizada com Santa Bárbara, santa dos raios e trovões que aparece empunhando uma espada. Fonte: Fonte: Deus, Deuses, Divindades e Anjos. Alexandre Cumino. Ed. Madras. www.madras.com.br

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