Cada um de
nós encontra em sua vida um ser especial.
Às vezes é um avô, um professor, um
amigo de família.
Uma pessoa
mais velha, paciente e sábia, que se interessou por nós e nos compreendeu quando
éramos jovens, inquietos e inseguros.
Uma pessoa
que nos fez olhar o mundo de um outro ângulo.
Uma pessoa que com seus conselhos
e seu afeto nos fez encontrar nosso caminho.
Assim
aconteceu ao jovem Mitch Albom que se tornaria o colunista esportivo numero um
da América.
Durante os
anos universitários, um professor lhe foi um grande amigo.
Esse amigo lhe
ensinou a amar os livros de forma autêntica.
Mesmo fora
dos horários das aulas, eles se encontravam para discutir assuntos sérios.
Assuntos como as relações humanas.
Nessas ocasiões, o professor lhe dava lições
extraordinárias de vida.
Certo dia,
porque o aluno se queixava do choque entre o que a sociedade esperava dele e o
que ele queria para si mesmo, o professor lhe falou:
A vida é uma
série de puxões para a frente e para trás. Queremos fazer uma coisa, mas somos
forçados a fazer outra.
Algumas coisas nos machucam, apesar de sabermos que não
deviam.
Aceitamos certas coisas mesmo sabendo que não devemos aceitar nada como
absoluto.
Mas o amor,
dizia ele, o amor vence sempre.
Quando saiu
da universidade, Mitch era um jovem idealista. Prometera a si mesmo que jamais
trabalharia por dinheiro, que se alistaria nos corpos da paz, que viveria em
lugares belos e inspiradores.
Mas os anos
passaram e ele acabou trocando montes de sonhos por cheques cada vez mais
gordos.
Então, um
dia, dezesseis depois, ele tornou a encontrar o seu professor.
Bem mais velho e
doente.
Eram os seus
últimos meses de vida.
Durante 14 semanas, até a sua morte, trataram de temas
fundamentais para a felicidade e a realização humana.
Era a última
grande lição: um ensinamento sobre o sentido da vida.
E o
jornalista reavaliou sua vida.
Refletiu sobre as verdades ensinadas pelo
professor, como a da necessidade de buscar também o crescimento espiritual.
De deixar de
se preocupar tanto com coisas materiais e observar o universo ao seu redor.
O
universo das afeições.
A natureza que nos cerca.
A mudança
que se opera nas árvores, a força do vento, as estações do ano.
E o velho
mestre, caminhando para o túmulo arrastado por enfermidade incurável, finalizou
a última grande lição ao seu antigo aluno com a frase:
"Meu filho,
quando se aprende a morrer, se aprende a viver."
***
A vida
física é uma breve etapa. Sabedoria é ser aberto para as coisas belas que ela
nos oferece.
Para isso é preciso ignorar o brilho dos valores que a propaganda
nos passa.
É preciso
prestar atenção quando os entes queridos falam, como se fosse a última vez que
os ouvisse.
É preciso
andar com alegria como se fosse a última vez que pudéssemos estar de pé e nos
servir das nossas pernas.
E, acima de
tudo, lembrar que sempre é tempo de mudar.
(A
última grande lição (Mith Albom) orelhas do livro e conclusão)
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