Cartaz do filme: "Nada é impossível"
Um pouco sobre o filme: “Yentl” é, na sua origem, uma peça de teatro de 1975, escrita por Leah Napolin e o grande escritor judeu Isaac Bashevis Singer, sendo o filme gravado em 1983.
Na Polônia, Yentl Mendel é a única filha do viúvo Rebbe Mendel, que ensina o Talmude das leis judaicas para os garotos de sua vila e secretamente para Yentl.
O maior sonho de Yentl sempre fora estudar as escrituras sagradas, mas nessa época, as mulheres não tinham permissão de adquirir esse conhecimento.
Quando seu pai morre repentinamente, Yentl fica completamente só.
Ela então toma a decisão de sair da vila e disfarçada de um garoto e passa num curso Yeshiva para estudar os textos, tradições e complexidades do Talmude.
Yentl, como um homem, começa uma amizade com Avigdor, que é noivo de Hadass, porém os pais de Hadass terminam com o noivado e Yentl fica na estranha posição de 'noivo-substituto' para Hadass.
Yentl se transformando em Anshel
Naturalmente, não temos como contar o final do filme, somente que vale a pena assisti-lo.
Yentl foi a grande estreia de Barbra Streisand na direção de um filme, assumindo pela primeira vez também o papel de atriz, produtora e roteirista da adaptação.
Yentl recebeu quatro indicações ao Oscar e levou o de melhor roteiro adaptado e melhor canção original.
Barbra Streisand durante as gravações
O filme foi duramente criticado pelo escritor Isaac Singer, que teve seu roteiro rejeitado por Streisand para o filme.
Em um artigo para o The New York Times ele disse que quando leu o novo script e viu o filme entendeu que ela não poderia ter aceitado a sua versão, já que Yentl não ficava em cena do começo ao fim: “Devo dizer que a Srta. Streisand foi muito indulgente consigo mesma.
O resultado é que a Srta. Streisand esteve sempre presente, enquanto a pobre Yentl esteve ausente.” No filme, Streisand está presente em quase todas as cenas.
Outra crítica apontada por muitos especialistas foi a fraca caracterização de Yentl como homem. Eu, no entanto, acho o filme irretocável.
A obra também contou uma produção primorosa, recriando o leste Europeu do início do século XX e com uma imensa riqueza de detalhes.
Barbra contou em uma entrevista a Larry King que usou objetos originais de época para compor os cenários, emprestados pelos moradores.
Perfeccionista ao extremo, ela conseguiu criar uma obra que chama a atenção pela história, interpretação, música e visual.
Um filme emocionante.
A produção trata também sobre o amor, a amizade e o feminismo, movimento crescente na década de 80, tornando notório seu público alvo: mais um filme para inspirar as mulheres na busca por direitos iguais.
Além de tudo isso, temos as maravilhosas músicas de Michel Legrand, Alan Bergman e Marilyn Bergman e a voz de Barbra Streisand para interpretá-las.
“Papa Can You Hear Me?”, a inesquecível música de Yentl, é considerada a melhor interpretação na carreira de Streisand, quando ela conversa com o seu falecido pai.
É uma música linda e muito forte.
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