quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Ben-Hur




Cartaz Original de Ben-Hur


Ben-Hur é um drama épico bíblico dirigido por William Wyler.
O roteiro foi baseado no romance de mesmo nome do escritor Lew Wallace.
O contexto da história narrada no filme reporta-se ao sétimo ano do reinado de César Augusto e, nesta época, temos o aparecimento da vida do princípe hebreu Judah Ben-Hur, praticamente no mesmo período de Jesus Cristo.
A história é linda.


SINOPSE:

Em Jerusalém, no início do século I, vive Judah Ben-Hur, um rico mercador judeu.
Com o retorno de Messala, o amigo de sua juventude que agora é o chefe das legiões romanas na cidade, há um desentendimento entre os dois devido a visões políticas divergentes.
Messala, então, condena Ben-Hur a viver como escravo em uma galera (navio movido a remos) romana, mesmo sabendo da inocência do ex-amigo.




Todo o filme é desenvolvido a partir de um tolo incidente que teve a mãe e a irmã de Ben-Hur como protagonistas, sem nenhuma culpa.
Uma telha cai da casa de Ben-Hur na hora da passagem dos guardas de Cesar Augusto.

Agravado pela recusa de Ben-Hur em denunciar os patriotas hebreus em luta contra o ocupador romano, Messala destrói a casa e a família do antes amigo Ben-Hur.
A mãe e a irmã são jogadas numa masmorra e Ben-Hur é condenado às galés.

Cerca de três anos depois, escravizado, Ben-Hur, quem sabe também por uma providência divina, numa batalha no mar, salva Quintus Arrius de um naufrágio e, assim, o almirante romano liberta Ben-Hur, adotando-o como filho legítimo de sua fortuna.
Ben-Hur, então, é alçado a posição de um patrício romano, herdeiro de Quintus Arrius e herói das corridas de quadrigas.



Em busca de sua mãe e da irmã, ele decide partir para a Judeia e vai ajustar as contas com Messala, numa corrida emocionante de quadrigas, que por si só já justifica o filme.
As cenas da corrida são impressionantes!


Cena de Ben-Hur

Seguramente, Ben-Hur foi o grande acontecimento de 1959: uma das maiores experiências da história do cinema; recorde de premiação na época, levando onze oscares da Academia; consagrou Charlon Heston como o herói de todos os filmes épicos; foi um estrondoso sucesso de bilheteria e uma das grandes super produções do cinema americano.

Definitivamente, trata-se mesmo de um épico grandioso e espetacular sobre a vida agitada de um princípe hebreu, que se torna escravo, depois nobre romano, héroi popular nas corridas de quadrigas entre Jerusalém e Roma e que cruza o destino de Jesus Cristo.

Os encontros de Ben-Hur com Jesus Cristo são de uma delicadeza também muito marcante.
William Wyler assinou um filme admirável, pela sua dimensão de ser uma aventura romântica, mística e heróica.

Mais de cinquenta anos depois, o filme ainda impressiona pela sua grandiosidade, pela comovente narrativa humana e com cenas que são impossíveis de serem esquecidas.
Ben-Hur buscando sua mãe e irmã no Vale dos Leprosos e a corrida de bigas, são cenas que perseguem sempre a memória de quem ama o cinema de qualidade.

O filme ainda carrega algumas curiosidades:
A produção de Ben-Hur foi uma bem-sucedida tentativa da MGM de sair da ameaça de falência e o ator Burt Lancaster recusou o papel de Judah Ben-Hur porque, segundo o ator, a história continha conceitos violentos aos quais discordava.
Além deLancaster, os atores Marlon Brando e Rock Hudson também recusaram o papel-título.

Todo o visual deslumbrante de Ben-Hur é resultado de um trabalho técnico da mais alta qualidade, tudo muito esmerado.
A perfeccionista direção de arte da dupla Edward C.Carfagno e William A.Horning, trabalhou detalhadamente em cada uma das muitas locações que o longa utilizou.

Tudo sugere bastante realismo, ambientando perfeitamente o espectador à trama: os belíssimos figurinos de Elizabeth Haffenden; os cavalos brancos e escuros como uma sutil representação simbólica do lado bom e mau da disputa; a direção de fotografia de Robert Surtees que aproveita ao máximo a beleza da região para criar um esplendor visual repleto de cores vivas e intensas e a trilha sonora impecável de Miklos Rozca.

Os adjetivos são poucos para definir este filme: grandioso, magnífico, impecável...

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