Selva formada por ciprestes-calvo é descoberta por acaso e apresenta árvores em ótimo estado de conservação, que ainda exalam o cheiro característico da espécie quando cortadas.
Por Fernando Daquino
Fonte da imagem:Reprodução/LiveScience
Mergulhadores encontraram uma floresta primitiva submersa em uma região dentro do Golfo do México que fica a algumas milhas de distância de Mobile, cidade na costa do Alabama (EUA).
De acordo com o site LiveScience, o conglomerado de árvores da espécie popularmente conhecida como cipreste-calvo (a qual pode chegar a 40 metros de altura e ter um tronco de 3 metros de diâmetro) ficou protegida em um ambiente “livre” de oxigênio por dezenas de milhares de anos.
Segundo Ben Raines, um dos primeiros mergulhadores a explorar a área e diretor da organização sem fins lucrativos Weeks Bay Foundation, o estado de conservação das árvores impressiona.
Quando retiradas da água e cortadas, elas ainda exalam o cheiro forte e característico da sua espécie.
Encontrada por acaso
O fato primordial para o descobrimento dessa floresta foi na verdade uma catástrofe: o furacão Katrina, que atingiu os EUA em 2005.
Cerca de um ano depois da passagem dos fortes ventos, Raines conversava com um amigo que possuía uma loja de mergulho, o qual relatou a história de um pescador que havia encontrada uma região repleta de peixes e animais selvagens.
Assista o video
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O dono da loja então começou a suspeitar que existia algo muito grande escondido debaixo da água e resolveu averiguar.
O resultado dessa exploração foi a descoberta dessa floresta ancestral.
Contudo, o desbravador escondeu a exata localização do achado por vários anos, pois também era um mergulhador e comerciante que explorava naufrágios para coletar artefatos possivelmente históricos.
Até que em 2012, o proprietário da loja contou a Raines o seu segredo, que logo em seguida desceu para conhecer a floresta que acabou se tornando um recife artificial e a moradia de peixes, crustáceos e tantas outras formas de vida do mar.
Um achado ancestral
Com algumas amostras retiradas das árvores e a ajuda de dois cientistas, Grant Harley, da Universidade do Sul do Mississippi, e Kristine DeLong, da Universidade do Estado da Louisiana, Ben Raines conseguiu elaborar um mapa sonar da floresta submersa.
Assim, descobriu-se que a selva que está a 18 metros de profundidade abrange 1,3 quilômetros quadrados e possui 52 mil anos.
A equipe de pesquisadores e mergulhadores quer estudar a região mais a fundo antes de realizar qualquer publicação.
A expectativa é que com a análise dos ciprestes-calvo seja possível inclusive saber como era o clima na época em que eles ainda respiravam.
FonteLiveScience
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