O Papa francisco cria comissão para fiscalizar o Banco do Vaticano
Objetivo é garantir que ele opere ‘em harmonia’ com a ‘missão da igreja’.
Comissão é formada por quatro prelados e um professor de Harvard.
Sua criação é o mais forte movimento do pontífice para controlar as atividades do banco, cujo envolvimento em escândalos causa constrangimentos à Igreja Católica há décadas.
Thoth3126@gmail.com
http://g1.globo.com
26/06/2013 08h04 - Atualizado em 26/06/2013 10h03
Objetivo é garantir que ele opere ‘em harmonia’ com a ‘missão da igreja’.
Comissão é formada por quatro prelados e um professor de Harvard.
Sua criação é o mais forte movimento do pontífice para controlar as atividades do banco, cujo envolvimento em escândalos causa constrangimentos à Igreja Católica há décadas.
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26/06/2013 08h04 - Atualizado em 26/06/2013 10h03
O Papa Francisco anunciou nesta quarta-feira (26) a criação de uma comissão especial para fiscalizar as atividades do Banco do Vaticano para garantir que ele opere “em harmonia” com a “missão da igreja”.
A comissão é formada por cinco membros: quatro prelados e um professor de Harvard.
Sua criação é o mais forte movimento do pontífice para controlar as atividades do banco, cujo envolvimento em escândalos causa constrangimentos à Igreja Católica há décadas.
A Pontifícia Comissão deve reportar as informações recolhidas diretamente ao Papa para permitir-lhe “entender melhor a posição jurídica e as atividades” do IOR (Instituto para as Obras Religiosas, nome oficial do banco), declarou a Santa Sé, ressaltando que este trabalho faz parte da “reforma das instituições do Vaticano”.
Sinal da importância dada ao trabalho desta comissão, o Papa a instituiu por meio de um Quirógrafo, um documento assinado de próprio punho, datado de 24 de junho.
Eleito em 13 de março, o Papa tem constantemente repreendido a riqueza e o mundanismo, inclusive dentro da Igreja Católica e do clero, defendendo a virtude da pobreza que, de acordo com a doutrina cristã, abre o coração das pessoas a Deus e aos outros. Uma virtude distinta da miséria, contra a qual o Papa Francisco luta.
No documento, o Papa explicou que criou a Comissão depois de ouvir a opinião de vários cardeais e bispos, e também com a intenção de “seguir o convite do (seu) predecessor Bento XVI, para que os princípios do Evangelho permeiem as atividades de natureza econômica e financeira”.
Ao longo dos anos, vários escândalos mancharam a reputação do IOR.
Organizações criminosas se beneficiaram do anonimato ou de empréstimos duvidosos para a lavagem de dinheiro, entre outros crimes.
O caso mais emblemático foi a falência do Banco Ambrosiano, que remonta a 1982 e que envolveu a CIA e a maçonaria.
A comissão “terá como objetivo reunir informações sobre a evolução do Instituto e apresentar suas conclusões ao Santo Padre”, disse o Vaticano, afirmando que o grupo começará a trabalhar inediatamente e desejando “uma colaboração produtiva entre a comissão e o instituto”.
Os membros da comissão são o cardeal italiano Raffaele Farina, ex-chefe do Arquivo Secreto do Vaticano e nomeado presidente, o cardeal francês Jean-Louis Tauran (membro), Dom Juan Ignacio Arrieta Ochoa de Chinchetru, um especialista espanhol na legislação do Vaticano designado coordenador da comissão, monsenhor Peter Bryan Wells, membro da Secretaria de Estado e nomeado secretário, e o americano Mary Ann Glendon especialista em direito, que é membro.
O IOR gere 19 mil contas pertencentes principalmente ao clero católico.
São cerca de 7 bilhões de euros pertencentes desde a freiras que estudam em Roma até a bispos e cardeais e ainda alguns diplomatas.
O novo presidente do IOR, o alemão Ernst von Freyberg, nomeado alguns dias antes da renúncia do Papa Bento XVI, começou a verificar cada conta do IOR através da Agência americana de consultores financeiros Promotory.
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