Depoimento
Recebido por Ben
Kalil
Em 07 de junho de
2013
Eu vou pedir desculpa a
você, pois eu não sei quem sou e nem sei o que dizer.
E também não sei por que
estou aqui.
Eu sei que a sua alma é
igual à minha, e sei que a minha alma é igual à de todos vocês, pelo menos assim
espero.
Mas vou lhe contar quem
fui.
Eu tinha os pés feridos
por andar descalço e ser um andarilho.
Nunca tive metal
suficiente para adquirir uma sandália ou uma troca de
roupa.
Dormia nos lugares por
onde ia e era muito difícil eu saber o nome dos lugares a que eu
chegava.
Meus pés doíam, a fome
me atormentava, mas eu seguia sempre em frente à procura de alguém que eu nem
sabia quem era.
As minhas trilhas foram
tortuosas, mas eu nunca, nunca reclamei de meus
sofrimentos.
Eu nunca soube nada
sobre mim mesmo, não tinha ideia do que fazia e nem do que poderia
fazer.
As pessoas por quem eu
passava, ao me verem, saíam apressadas procurando em pouco tempo ficar longe de
mim.
Um dia, em certo
povoado, alguém se aproximou de mim, o que me causou uma surpresa tão grande,
que eu perdi até o poder de falar.
Eu queria dizer alguma
coisa, queria tocar nessa pessoa, queria abraçar e agradecer por ter chegado tão
perto de mim.
Mas talvez a emoção me
deixou paralisado diante de tanta beleza e de tanta
bondade.
Tocou-me com sua mão
direita o meu ombro e eu pude ouvir um som.
Alguém falava e eu
escutava, mas eu não via os lábios dessa criatura se
moverem.
Mas escutei:
Você está seguindo pelo caminho de Deuse tem dificuldade de andar
pelas feridas que possui em seus pés.
Pediu-me para que
olhasse dentro dos olhos dele.
Mas, infelizmente, eu
não consegui.
Por mais que eu
tentasse, eu não consegui olhar para seus olhos.
Então novamente ouvi a
voz, mas seus lábios não se movimentavam:
Vá, meu irmão, chegue aonde
você quer chegar.
Só que o caminho, apesar de penoso para você, com certeza,
vai ser menos árduo.
E com uma voz com eco,
eu escutei: Vá, pode ir, meu irmão.
E eu segui em frente e
não tive a coragem nem de agradecer nem de olhar para trás, para ver se ali
atrás ele ainda estava.
Mas os meus pés estavam
sãos.
Eu segui o meu caminho,
envelheci e nunca cheguei a saber quem era essa criatura e também nunca cheguei
a saber quem era eu.
Mas daí pra frente o
povo já não me evitava, eu andava junto das pessoas e elas sempre queriam tocar
na minha pessoa.
Era isso que eu queria
dizer, aliás, é só isso que tenho a dizer, porque sempre que chego a um lugar eu
nunca sei o que falar e sempre conto o que eu acabei de
narrar.
Agora sei que não tenho
mais corpo algum, continuo a não saber quem sou, mas sei que aquela pessoa era
Jesus Cristo.
E eu vim para lhe trazer
saúde.
E eu quero agradecer
muito a este que com tanto carinho me recebeu e permitiu que eu contasse mais
uma vez minha história.
Observação dos Grãos: Esta não foi a primeira
vez que ele se apresentou em nossas reuniões, mas foi desta vez que ele se
comunicou mais extensamente.
Ele é muito manso, humilde e carinhoso.
Em 02 de maio de 2005 ele rapidamente se apresentou como "Não
sei quem sou" e deixou esta mensagem:
No coração de quem doa está o
calor,
está o carinho,
está a bondade.
Quem doa pode ter certeza de
que seguirá o caminho de Deus.
Fica perto de Jesus Cristo e, com certeza, será re-concebido.
É
isso que tenho a dizer e que este estado de espírito voltado ao Criador, Seu
Filho e à Virgem Maria não fique limitado somente a esta hora
marcada.
Que ele se expanda do nascer
do sol ao morrer da lua.
Idioma original: português
http://blogsintese.blogspot.com
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