terça-feira, 4 de junho de 2013

Confisco de saldos em contas e poupanças para “salvar os bancos”

 
O confisco de saldos em contas e de poupanças bancárias para “salvar os bancos”: Uma proposta DIABÓLICA de “salvamento” dos bancos.
A crise bancária de Chipre (e a europeia) foi engatilhada e orquestrada pelos poderosos atores financeiros (os grandes bancos controlados pela elite global), os quais também foram os arquitetos das devastadoras medidas de austeridade que estão sendo impostas na União Européia e na América do Norte. De acordo com o Instituto Internacional de Finanças (IIF) “os ataques aos depósitos bancários” da população poderia se tornar na “nova normalidade” desse diabólico projeto que serve aos interesses econômicos dos conglomerados financeiros globais (e da elite que os controla).
Edição e imagens: Thoth3126@gmail.com
www.globalresearch.ca/the-confiscation-of-bank-savings-to-save-the-banks/5329411
 
O confisco de saldos em contas e de poupanças bancárias para “salvar os bancos”: Uma proposta DIABÓLICA de “salvamento” dos bancos (que na realidade é para concentrar mais poder nas mãos da elite que controla o planeta)
 


Os “adoradores” do Bezerro de Ouro em Wall Street preparam mais um golpe no sistema financeiro internacional.
By Prof Michel Chossudovsky - Global Research, April 07, 2013
  • Será que o modelo de “fiança”* do Banco de Chipre é um ensaio geral do que estará para vir no sistema financeiro europeu?
  • Será a conceitualização que fazem do “Grande Roubo das Poupanças” na União Européia e na América do Norte capaz de resultar num direto e franco confisco dos depósitos bancários?
  • Em Chipre o sistema geral de pagamentos já foi perturbado conduzindo a economia real à sua ruína.
  • As aposentadorias e os salários não estão mais sendo pagos. O poder de compra da população está em colapso.
  • A população está empobrecida.
  • Pequenas e médias empresas estão sendo lançadas à falência.
  • Chipre é um país com uma população de apenas um milhão de habitantes.
  • O que aconteceria se procedimentos semelhantes fossem aplicadas aos Estados Unidos e a União Européia (e/ou ao resto do planeta)?



De acordo com o Institute of International Finance (IIF) que é baseado em Washington e que representa o consenso do estabelecimento (o establishment) financeiro global, “a abordagem de Chipre em atacar os depositantes credores quando os bancos “fracassaram”, irá provavelmente se TORNAR num modelo para outros países da Europa”. (Economic Times, 27 de março de 2013).
Deveria ficar entendido que antes mesmo das investidas em depósitos de poupança popular em Chipre (devido a “crise financeira”), o confisco/sequestro de depósitos bancários já estava sendo considerado em vários países.
Além disso, a crise bancária de Chipre foi engatilhada e orquestrada pelos poderosos atores financeiros (os grandes bancos controlados pela elite global), os quais também foram os arquitetos das devastadoras medidas de austeridade que estão sendo impostas na União Européia e na América do Norte.

Seria CHIPRE um “modelo” ou um cenário?
Há aqui “lições a serem aprendidas” pelos poderosos atores financeiros, lições essas a serem aplicadas numa ocasião futura no panorama bancário da zona do euro?

De acordo com o Instituto Internacional de Finanças (IIF) “os ataques aos depósitos bancários” da população poderia se tornar na “nova normalidade” desse diabólico projeto que serve aos interesses econômicos dos conglomerados financeiros globais (e da elite que os controla).

Essa nova normalidade é endossada pela FMI, Fundo Monetário Internacional, e pelo Banco Central Europeu-BCE. De acordo com o IIF, o qual é o porta-voz das elites bancárias, “Os Investidores deveriam ser bem aconselhados a verem os resultados de Chipre … como um reflexo de como futuras situações de tensão serão tratadas”. (citado em Economic Times, 27 de março de 2013).


A “Limpeza/saneamento financeiro”. As garantias dos depósitos nos Estados Unidos e Grã-Bretanha

O que está em jogo é um processo de “limpeza financeira” através da qual alguns bancos da Europa e da América do Norte ( “bancos muito grandes para falirem”-To big to fail) ou seja, Citibank, JP Morgan Chase, Goldman Sachs, e outros) deslocam e destroem instituições financeiras menores com o objetivo de apossar-se de todo o “campo financeiro” no final do processo.
A tendência implícita nas bases dos níveis nacionais e globais vai na direção da centralização e da concentração do poder bancário o que leva, ao mesmo tempo, a uma dramática depressão da economia real.

A idéia de fianças bancárias tem sido conjecturada como uma possibilidade em numerosos países. Na Nova Zelândia um “plano de encurtamento de rédeas” foi representado tão cedo como em 1997, o que coincidiu com a crise financeira da Ásia.

Há cláusulas e condições tanto no Reino Unido como nos Estados Unidos para um confisco/sequestro de depósitos bancários. Num documento conjunto intitulado “Resolvendo os Ativos Globais: Instituições Financeiras Sistemicamente Importantes” [1] da Sociedade Federal de Depósitos e Seguros (FDIC) e do Banco da Inglaterra, procedimentos explícitos foram apresentadas através das quais “os credores originais da companhia em falta” (isso é um eufemismo significando os depósitos dos clientes de um banco que vai falir) seriam convertidos em “equidade” (equity). (See Ellen Brown, It Can Happen Here: The Bank Confiscation Scheme for US and UK Depositors, Global Research, March 2013) [2]

O que isso significa é que o dinheiro confiscado das contas bancárias do povo em geral seria usado para cumprir as obrigações financeiras do banco que faliu.
Em retorno os titulares dos depósitos bancários confiscados iriam tornar-se em titulares de ações e valores nessa instituição financeira, o banco, a beira da falência.

Poupanças e demais recursos em contas bancárias seriam tranformadas da noite para o dia num conceito ilusório de propriedade de capital.
O confisco/sequestro das poupanças seria adotado abaixo do disfarce de uma falsa “compensação” em termos de uma equidade (equity).


O que se tem em mente é a aplicação de um processo seletivo de confiscação de depósitos bancários com vistas tanto em arrecadar dinheiro para cobrir as dívidas, como também para engatilhar a destruição de instituições financeiras mais fracas. N
os Estados Unidos, esse procedimento iria proceder por um caminho lateral desviando-se das cláusulas da Sociedade Federal de Depósitos e Seguros (FDIC), que asseguram o dinheiro depositado nos bancos dos depositantes contra malogros bancários:
Nenhuma exceção é indicada para qualquer “depósito assegurado” nos Estados Unidos, significando aqueles abaixo de $ 250.000, os depósitos que nós pensávamos que estivessem protegidos pelo seguro da FDIC. Isso não é resultado de uma inadvertência ou esquecimento, uma vez que é o próprio FDIC que estabelece as diretivas. O FDIC é uma companhia de seguros financiada por prêmios pagos pelos bancos particulares.

A diretiva é denominada como um “processo de resoluções”, definido em outra parte como um plano que “deveria ser engatilhado no evento de falha ou malogro de um segurado ….” A única menção a “depósitos assegurados” é feita em conexão com uma existente legislação do Reino Unido, sobre as quais as diretivas do FDIC-BOE dizem que esses seriam seguros inadequados, implicando que os mesmos precisavam ser modificados, ou supervisionados. (Ibid)
Uma vez que os depositantes foram providos com uma falsa compensação [ou seja, pela tal “equidade” (Equity) numa entidade bancária falindo] eles não seriam eligíveis para receber nenhum seguro sobre depósitos bancários através do FDIC.

Proposta de confisco/sequestro de depósitos bancários no Canadá
A mais franca declaração do confisco/sequestro de depósitos bancários como um meio de “salvar os bancos” foi formulada num documento recentemente apresentado pelo governo do Canadá intitulado “Trabalho, Crescimento e Prosperidade a Longo Prazo: Plano de Ação Econômica 2013”. [3]
Esse plano foi submetido a Câmara dos Comuns do Canadá pelo Ministro das Finanças Jim Flaherty, em 21 de março de 2013 como parte da chamada proposta “pre-orçamentária”.

Uma pequena secção do relatório de 400 páginas intitulado “Perspectiva para Gerenciamento de Riscos de Bancos Nacionais Sistemicamente Importantes” [4] identificava procedimentos de fianças para os bancos do Canadá.
A palavra CONFISCO não foi mencionada.
Jargões financeiros serviram para obscurecer o intento real que essencialmente consistia em roubar as poupanças das pessoas.
Abaixo do projeto de “Gerenciamento de Riscos” do Canadá:
O governo propõe a implementação do regime de fiança a bancos sistemicamente “importantes” [bancos ou instituições financeiras os quais em caso de falência poderiam levar a uma crise financeira]

O regime deverá ser projetado de maneira que assegure, no evento pouco provável de que um banco sistemicamente importante esgote seu capital, que esse banco possa ser recapitalizado e retornado a capacidade de crescimento através de uma rápida conversão de certas desvantagens a um capital regulatório.”
Isso irá reduzir riscos para os pagadores de impostos.
O governo irá consultar os titulares em como melhor poder implementar um regime de fianças no Canadá.

O que isso significa é que se um ou mais bancos (ou uniões de crédito) forem obrigados a “sistemicamente esgotar seu capital” para fazer frente as exigências dos seus credores, os bancos poderiam ser recapitalizados através “da conversão de certas desvantagens bancárias em capital regulatório.”


 
Essas “certas desvantagens bancárias” se relacionam (no jargão técnico) ao dinheiro que os bancos devem aos clientes, ou seja, o dinheiro dos depósitos dos clientes. O que está sendo estipulado é que as contas bancárias dos clientes sejam confiscadas em troca de ações, participações ou quotas, num banco “a caminho da falência”.
Que “isso pudesse reduzir riscos para os pagadores de impostos” é uma afirmação sem sentido lógico.
O que isso realmente significa é que o governo não irá prover fundos para compensar os depositantes vítimas de uma instituição bancária a caminho da falência, assim como não irão salvar a instituição a caminho da falência.

Os depositantes serão obrigados a abrir mão de suas poupanças.
O dinheiro confiscado será usado pelo banco para enfrentar suas obrigações contratadas com importantes instituições financeiras credoras. Em outras palavras, todo esse arranjo é uma “rede de segurança” para os bancos muito grandes para ir a falência (n.t. To big to fail, mas que servem como instrumentos para gerar o caos financeiro e ajudar a elite – que os controla – a implementar a sua agenda de controle e de uma Nova Ordem Mundial).
É um mecanismo que permite esses “muito grandes para falirem” a agirem por seu turno como credores e obscurecer instituições bancárias menores, incluindo uniões de crédito, o que precipita o colápso e a tomada direta de posse de instituições menores.

Panorama Financeiro do Canadá
O Gerenciamento de Riscos através de fianças, o qual encontra-se em estado inicial, é de uma importância crucial para os canadenses através de todo o país: uma vez adotada na Câmara dos Comuns como parte de um pacote orçamentário, os procedimentos de fianças através do confisco/sequestro dos depósitos nas contas bancárias poderão começar.

O governo conservador do Canadá tem a maioria no parlamento.
Há uma boa probabilidade de que o Plano de Ação Econômica de 2013 [5], o qual inclui a procedura das fianças, seja adotado.
O relatório de Gerenciamento de Riscos do Canadá dá a entender que alguns bancos “estariam em perigo”, especialmente aqueles que tivessem acumulado grandes dívidas (como resultado de perdas por causa de transações – especulativas e irresponsáveis – de derivativos), mas que uma generalizada aplicação da “Fiança” de seus depositantes não será contemplado.



O cenário mais provável dentro de um futuro próximo seria de que os “cinco maiores” bancos, ou seja, Royal Bank of Canadá, TD Canadá Trust, Scotiabank, Bank of Montreal and CIBC , todos tendo filiais operando no campo financeiro dos Estados Unidos, iriam consolidar suas posições a custo dos bancos e instituições financeiras menores atuando em um nível local ou regional.
O documento governamental afirmava que a fiança poderia ser usada seletivamente “no pouco provável evento de que algum (banco) se tornasse fraco demais.”
O que isso sugere é que pelo menos um dos “menores bancos” do Canadá poderia vir a estar sujeito de uma fiança.
Uma tal procedura iria inevitavelmente levar a uma concentração maior de capital bancário no Canadá, em benefício de maiores conglomerados financeiros.

Deslocamentos de uniões de crédito (companhias de poupança) e bancos cooperativos ao nível regional:
Há uma importante rede de mais de 300 uniões de crédito e bancos cooperativos ao nível local e regional incluindo a poderosa rede Desjardins no Quebec, o Vancouver City Savings Credit Union (Vancity) e o Coastal Capital Savings na British Columbia, Servus em Alberta, Meridian em Ontário, as caisses populaires –caixas populares em Ontário (afiliada ao Desjardins), entre muitos outras empresas, que poderiam ser alvos para as tais “operações de fianças” seletivas.

Nesse contexto, o mais provável é um significativo enfraquecimento das instituições financeiras cooperativas do nível local e regional que tenham uma relação mútua com os seus membros e cidadãos quanto a autoridade de gerenciamento (o que inclui conselhos representativos), os quais atualmente oferecem uma alternativa aos Big Five – os cinco maiores bancos do Canadá. De acordo com dados recentes, existem mais de 300 uniões de crédito e caixas populares no Canada os quais são membros da Central União de Crédito do Canadá – “Credit Union Central of Canada”.
Uma Nova “normalidade”: padrões internacionais dirigindo o confisco, sequestro de depósitos bancários


O Plano de Ação Econômica 2013 do Canadá reconhece que a proposta de fianças “seria consistente com reformas em outros países e padrões internacionais chave”. 
O proposto padrão de confisco de depósitos bancários, como descrito no documento do governo canadense, é consistente com o modelo contemplado nos Estados Unidos e na União Européia.
Esse modelo de confisco está correntemente sendo debatido, atrás de portas fechadas, em vários locais internacionais reagrupando gerenciamentos de bancos centrais e ministros de finanças.

A agência regulatória envolvida nessas consultas multilaterais é a Financial Stability Board (FSB)- (Conselho de Administração de Estabilidade Financeira)- baseado em Bazel, Suiça, acomodada pelo Bank for International Settlements (BIS) – (Banco para Convênios Internacionais).

O FSB é “oportuna e coincidentemente” presidido pelo gerente do Banco do Canadá, Mark Carney, que foi recentemente nomeado pelo governo britânico para dirigir o Banco da Inglaterra, a começar em junho de 2013.
Mark Carney como Gerente do Banco do Canadá foi instrumental quanto a dar forma as cláusulas e condições para fianças dos bancos canadenses.

Antes da sua carreira em bancos centrais ele foi um executivo superior da Goldman Sachs, e fez um papel de bastidores na implementação dos resgates [bailouts] dos bancos, e das medidas de austeridde da União Européia.

O mandato da FSB seria o de coordenar as proceduras de fianças, em contato com as “autoridade financeiras nacionais” e o “corpo internacional de definições de padrões” o que inclui o FMI e BIS [Fundo Monetário Internacional e Banco Internacional de Convênios].  
Já não deveria vir como uma surpresa: a procedura de confiscação de depósitos bancários no Reino Unido e no Canadá, examinados acima, são extraordinariamente similares.
Mark Carney
Fianças versus Resgates de bancos – Bank “Bail-Ins versus Bank “Bail-outs”


Os resgates chamados em inglês de bailouts são “pacotes de socorro” através dos quais o governo coloca uma porção significante das rendas do estado a favor de instituições financeiras a caminho da falência.
O dinheiro é canalizado dos cofres do estado para os conglomerados bancários.
Nos Estados Unidos em 2008-2009, um total de absurdos US$1.45 trilhões foram canalizados para as instituições financeiras da (dos especuladores de) Wall Street como parte dos pacotes de socorro de George Bush e de Barack Obama (em detrimento da utilização dessa enorme soma de recursos na aplicação em benefício do próprio povo norte americano).

Esses resgates [bailouts] foram considerados como, de fato, uma categoria de despesas governamentais. Isso requereu a implementação de medidas de austeridade. Conjuntamente com uma massiva entrada nos gastos militares, os resgates foram financiados através de cortes drásticos nos programs sociais incluindo os cortes na área da saúde, Medicare e Medicaid [Cuidado e Ajuda Médica], assim como na área da Segurança Social.

Em contraste a esses regates [Bail-outs] que foram financiados pelo bolso público, a fiança [Bail-in] requereu a confiscação dos depósitos bancários. As fianças então são implementadas sem o uso de fundos públicos.
O mecanismo regulatório é estabelecido pelo Banco Central.
No princípio do primeiro termo de Obama em janeiro de 2009 um resgate bancário no valor de US$ 750 bilhões foi anunciado por Obama o qual foi adicionado ao resgate de US$ 700 bilhões de dolares destinados pela administração Bush, em curso de saída, abaixo do Troubled Assets Relief Program (TARP) –(Programa de Ajuda para Ativos em Perigo).



A polícia de choque fica perto do símbolo do euro em frente ao Banco Central Europeu (ECB) em sua sede em Frankfurt – Alemanha, durante uma manifestação anti-capitalista “Blockupy” em Frankfurt em 31 de maio de 2013. (Reuters / Kai Pfaffenbach)

O total para os dois programas foi uma soma vertiginosa de “salvamento ” do sistema financeiro foi de US$ 1,45 trilhões de dólares financiados pelo Tesouro dos Estados Unidos.
Deveria entender-se então que a quantia da “ajuda” financeira, de dinheiro em espécie aos bancos foi muito maior do que os US$ 1,45 trilhões.
Além disso a quantia dirigido para a indústria do complexo-militar da defesa (outro segmento controlado pelas elites), para dar fundos a economia de guerra de Obama, foi de outros vertiginosos US$ 739 bilhões (FY 2010). 
Conjuntamente então os resgates dos bancos e os gastos com a “defesa” (US$ 2,189 trilhões ) engolem quase que a totalidade dos rendimentos federais, que de acordo com o ano fiscal de 2010 era de US$ 2,381 Trilhões.

Comentários em conclusão
O que está ocorrendo é que o resgate aos bancos já não é mais funcional (e mesmo raci0nal).
Já no começo do segundo governo de Obama os cofres do estado apresentavam-se vazios.
As medidas de austeridade chegaram a um ponto de impasse.
Agora contempla-se “a fiança”, em vez do “resgate aos bancos”.
Os grupos de renda baixa e média, que invariavelmente se apresentam endividados, não serão o alvo principal, dessa vez (os beneficiários de programas sociais).
A usurpação (o roubo) dos depósitos bancários irá essencialmente mirar a classe média alta, e os grupos de altas rendas que tenham depósitos bancários significantes. 
Os depósitos bancários de pequenas e médias empresas virão a ser um segundo alvo a ser contemplado.
Essa transição faz parte da “evolução da crise global”, e do impasse nas bases das medidas de austeridade.
Quem será o próximo pais a “quebrar” na Europa: Espanha ou Itália?
O objetivo dos atores financeiros globais é o de liquidar competidores, de consolidar e centralizar poder bancário, e de exercer um controle mais abrangente sobre a economia real, as instituições governamentais e os militares.
Mesmo se as fianças viessem a ser reguladas e aplicadas seletivamente a um limitado número de instituições financeiras, uniões de crédito e outras a falir, a comunicação oficial de um programa de confisco de depósitos poderia potencialmente levar a uma “corrida aos bancos”.
Nesse contexto nenhuma instituição bancária iria ser vista como segura.
A aplicação de procedimentos de fiança envolvendo uma confisco de depósitos (mesmo quando aplicadas local e seletivamente) iriam criar estragos, manifestações e saques.
Isso iria interromper os processos de pagamentos.
Os Salários não seriam mais pagos.
O poder de compra iria entrar em colapso.

Não haveria dinheiro para investimentos em novas fábricas e equipamentos.
Pequenas e médias empresas seriam precipitadas a falência (n.t. o consumo de bens e serviços se reduziria drasticamente com uma crise generalizada e o colapso e a desordem total seriam inevitáveis).
A aplicação de um sistema de fianças na União Européia ou na América do Norte irá iniciar uma nova fase da crise financeira global, um aprofundamento da depressão, uma maior centralização bancária e financeira e um aumento da concentração do poder (da elite global) das corporações na economia real em detrimento dos empreendimentos nos níveis locais e regionais.

Uma inteira rede bancária global, caracterizada por transações eletrônicas (que governa depósitos, retiradas, etc), -para nem se mencionar transações de dinheiro em mercados de ações e mercadorias – poderia potencialmente vir a ser o objeto de significantes interrupções de natureza sistêmica.
As consequências sociais seriam devastadoras.
A economia real iria entrar em alta durante um tempo e em uma queda direta vinda como resultado do colapso do sistema de pagamentos.

Uma potencial interrupção no funcionamento do sistema monetário globalmente integrado poderia resultar num recomeçar de uma dissolução da economia global, assim como numa paralisia do comércio internacional.
É importante e necessário que as pessoas através do país (os EUA), na União Européia e na América do Norte, nacional e internacionalmente, ajam decididamente contra os estratagemas diabólicos de seus (des)governos –agindo em nome de interesses financeiros dominantes- para implementar um processo seletivo de confisco de depósitos bancários.

Michel Chossudovsky - Global Research, 2 de abril de 2013
Tradução Anna Malm
Referências e Notas:
*[Bail-In no original, significando confiscação de depósitos bancários foi traduzido como fiança.Bail-outs, significando socorro aos bancos através de dinheiro vindo de impostos foi traduzido como resgate.]
[1] Resolving Globally Active, Systemically Important, Financial Institutions
[2] (See Ellen Brown, It Can Happen Here: The Bank Confiscation Scheme for US and UK Depositors,Global Research, March 2013)
[3] Jobs, Growth and Long Term Prosperity: Economic Action Plan 2013″.
[4] “Risk Management Framework for Domestic Systemically Important Banks”
[5] Economic Action Plan 2013

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