Muitos acham para o
contato espiritual com seres que vivem em outros planos ou mundos dimensionais
somente pode ser feito através do processo mediúnico, isto dentro dos
ensinamentos da doutrina espírita, porém, existem outras formas para
contatá-los.
A ciência esotérica ensina que há muitas outras formas de
comunicação espiritual além dos processos da mediunidade
clássica.
Os cinco sentidos têm extensões que são classificados
pelo esoterismo, desentidos ocultos ou canais.
O contato espiritual está se
tornando cada vez mais comum e o esoterismo moderno o classifica de canalização
espiritual consciente, o que revela que está havendo uma nova expansão da
consciência no ser humano, por isso, os canais espirituais estão começando a se
abrir gradualmente na humanidade, independente da religião ou crença de cada
um.
O problema é que muitos estão confundindo canalização
com mediunidade; há médiuns que são canais e não sabem, e há pessoas que são
médiuns, mas se julgam canais.
Segundo o espiritismo, médium é o intermediário entre
os vivos e as pessoas que desencarnaram.
Ora, quando existe a morte do corpo
físico, a alma deixa o mundo físico e passa para o mundo astral para continuar
sua jornada e, mais tarde, deixa também este plano para passar ao mundo mental.
Quando completa sua jornada no mundo mental, vai para o primeiro plano da alma,
que em esoterismo tem o nome de búdico, para retornar a reencarnar.
Não podemos
esquecer que é a alma que encarna, por isso, nunca é demais repetir o que o
esoterismo oriental ensina que: “somos uma alma que tem um corpo e não um corpo
que tem uma alma”.
Assim, o médium é aquele que se coloca como
intermediário entre dois planos ou dois mundos, o físico e o astral.
Enquanto
cumpre esse objetivo, há uma contração da atividade mental, da vontade, do
sentimento e da consciência, o médium pode perder de forma parcial ou total sua
consciência, e pouco ou nada se recordar quando termina o trabalho espiritual.
Isto porque na mediunidade a entidade pode incorporar, utilizando-se dos corpos
físico e astral do médium.
Contudo, mesmo quando a entidade é de nível superior,
um verdadeiro Guia, por exemplo, pode não haver incorporação mas a utilização
dos canais psíquicos; neste caso, o médium pode sofrer perda parcial ou total da
consciência, mas na continuidade de sua espiritualização, e por orientação do
Guia, ele se desenvolve até que se torne consciente.
Aqui, ele estará
canalizando.
Deste modo, há uma evolução na própria mediunidade.
Os Guias e
outras entidades que trabalham para a Grande Luz Divina, as que estão
temporariamente servindo no Mundo Astral, atualmente não estão incorporando no
médium; geralmente ficam ao lado dele, do lado direito ou esquerdo, por detrás
ou por cima dele, mas não dentro de seu corpo.
Isto leva o médium a ter uma
consciência parcial ou total do que se passa durante seu trabalho
espiritual.
Já na autêntica canalização espiritual, que é sempre
consciente, existe uma expansão do sentimento, da mente, da consciência e da
vontade.
Neste caso, o canal é um intermediário temporário entre vários planos,
podendo canalizar qualquer ser que esteja num dos planos superiores ao físico,
sem perda de consciência.
Na mediunidade comum só se consegue atingir o plano ou
mundo imediatamente a seguir ao físico, o plano
astral.
Na mediunidade tradicional, a perda de consciência é
uma característica marcante, muito embora todo médium possa se tornar consciente
e, como já disse, existe uma evolução neste tipo de trabalho; assim, a tendência
dos médiuns é de se transformarem em verdadeiros canais conscientes, psíquicos e
mentais.
Quando o médium busca e aceita a ajuda de seus
verdadeiros Guias, segue suas instruções, ele se desenvolve espiritualmente e
mais rápido alcança um nível superior de consciência.
Um dos objetivos
principais dos verdadeiros Guias é levar o médium ao seu Mestre de Alma, e isto
depende de um correto desenvolvimento espiritual, da transformação da
mediunidade em faculdade psíquica ou mental, mas
consciente.
Na canalização espiritual não há a incorporação, como
pode ocorrer na mediunidade.
No momento da canalização há uma fusão ou união
energética de nível superior com um Ser de Luz quando se trata de um canal
espiritualmente desenvolvido, e nesse instante o canal é como uma parte desse
Ser e o Ser é como uma parte do canal.
Isto se dá nos níveis búdicos e átmicos
(alma), utilizando a mente superior e os chakras cardíaco e coronário como
pontes até à consciência física do canal; por isso, é uma união de almas e não
de corpos.
Há, sim, uma dinamização e expansão energética dos
corpos sutis do canal, da consciência, do sentimento e da mente que, muitas
vezes, atinge o próprio corpo físico provocando sensações de paz, amor
universal, serenidade, segurança, além de ocasionar, por vezes, mudanças na
fisionomia do canal, em virtude da tônica e das energias do Ser que está sendo
canalizado se-rem muito fortes.
Deste modo, a canalização é um processo de comunicação
energético-espiritual consciente com seres que vivem e evoluem em outros planos,
mundos, estrelas e universos multidimensionais, que acontece porque existiu uma
expansão da consciência, por menor que ela seja.
Paz e Luz
http://garighan.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário