quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Conquista da felicidade


 

Felicidade é algo que todos anseiam e, ao mesmo tempo, procuram.

A maioria de nós, ao falar sobre a felicidade, costuma comparar-se com alguém que acredita ser mais feliz: um parente, um colega, um amigo ou um simples conhecido.

Um escritor americano contou que, certa vez, um jovem lhe chamou a atenção por ser feliz e muito bem-sucedido.

Ele tinha mulher e filhas e podia-se observar a sua alegria no trabalho, que era conduzir um programa de entrevistas na rádio de sua cidade.

O escritor confessa que invejou aquele rapaz que tinha tudo sem muito esforço, um desses raros afortunados.

Mas, entretendo-se a conversar com ele, o assunto derivou para as questões da Internet.

Foi quando o rapaz lhe confessou que apreciava muito a Internet porque ela lhe possibilitava constantes pesquisas no campo da enfermidade chamada esclerose múltipla, doença terrível que afligia a sua mulher.

Como se percebe, o segredo da felicidade não está em possuir coisas, posições ou vantagens pessoais.
É uma questão de ser grato por aquilo que se tem.

De um modo geral, pensamos que as pessoas infelizes reclamam de tudo.
Mas é exatamente o contrário: as pessoas são infelizes porque de tudo reclamam.
Não sabem ser gratas e nem valorizam o que têm.

É como alguém que olhasse para um telhado e descobrisse a falta de uma telha.
Ora, o importante é que só falta uma telha e mais dia, menos dia, se conseguirá colocá-la.

O que não se pode esquecer é que o telhado todo está coberto, impedindo a ação dos ventos e das chuvas sobre a casa onde moramos.

O outro segredo da felicidade é dar um sentido à vida.
Ninguém é feliz vivendo simplesmente por viver.

É preciso escolher uma atividade que nos alegre a existência.
Pode ser qualquer ocupação útil.
Estudar, trabalhar em favor de alguém ou de uma instituição, devotar-se ao atendimento de um necessitado.

É indispensável uma fé espiritual.
A crença em Deus, Pai de amor que por todos vela, não importando o nome que se Lhe dê.

Crer que esta existência é passageira e que tem por objetivo nos proporcionar oportunidades de crescimento.

Que a verdadeira vida é a do Espírito imortal que sobrevive às catástrofes, às enfermidades, à morte.

A felicidade, em verdade, está sob nosso controle.
É uma batalha a ser travada e um sentimento a ser guardado.

A prova disto é que pessoas que têm uma vida relativamente fácil se mostram infelizes, por vezes.
Enquanto outras que sofreram muito, continuam, de modo geral, felizes.

* * *

A felicidade é um sentimento que deve ser levado a sério.
Cada um de nós deve ser tão feliz quanto possível, porque ninguém aprecia viver ao lado de alguém infeliz.

Imaginemos: como é para uma criança crescer em companhia de um pai infeliz?
Ou um pai ver seu filho crescendo infeliz?

Ou para uma esposa viver ao lado de um homem infeliz?

A verdadeira conquista está na luta para ser feliz, descobrindo e valorizando as pequenas coisas, de um desabrochar de flor a um dia de sol, a bênção da chuva num dia de verão intenso, a brisa do mar na manhã que promete ser escaldante.

Enfim, a bênção de viver no mundo e respirar este ar maravilhoso, na Terra que nos foi dada por Deus, para nosso crescimento interior.

Redação do Momento Espírita, com base no artigo Uma simples verdade a respeito da felicidade, publicado em Seleções Reader´s Digest, de janeiro de 1999.

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