Senhor!
Enquanto o júbilo do Natal acende a flama da oração, renova-nos por dentro para o mundo melhor.
Há quem diga que a fé se perdeu nas engrenagens da civilização e que a ciência na terra apagou a luz espiritual.
Em verdade, Mestre, o homem que já controla as energias atômicas prepara-se à conquista das forças cósmicas, qual se fosse comandante da vida.
Entretanto, à frente dos olhos, não temos somente o egoísmo e a vaidade que lhe comprometem a grandeza, semelhante a magnificenle palácio sobre chão de explosivos...
Em toda parte, marginando a carruagem dos poderosos, arrastem-se os vencidos de todas as condições.
Muitos enlouqueceram, no excesso de conforto, e vagueiam nas furnas dos entorpecentes; outros, terrificados na visão dos crimes perfeitos, nas-cidos da pompa intelectual, jazem mutilados mentalmente nas trincheiras do hospício...
Milhões erguem os braços por antenas de dor, no imenso mar das provações humanas, quais náufragos, nos esga-res da morte, junto de multidões agitadas e infelizes, cansadas de incerteza e desilusão. . .
Por tudo isso, Senhor, nós, que tantas vezes Te negamos acesso às portas da alma, esperamos por Ti, nos campos atormentados do coração.
Dobra-nos a orgulhosa cerviz, diante da manjedoura, em que exemplificas a abnegação e a simplicidade e perdoando ainda as nossas fraquezas e as nossas mentiras, ensina-nos, de novo, a humildade e o serviço, a concórdia e o perdão, com a melodia sempre nova do Teu cântico de esperança:
— Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e boa vontade para com os homens!. . .
EMMÂNUEL
do livro À Luz da Oração de Chico Xavier
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