sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

A prática da oração: não há nada mais importante nos dias de hoje

 
O impulso religioso corta os céus e vem habitar o interior dos puros.
 
Ele é o caminho que ainda poderá levar os homens ao encontro de sua verdadeira morada, que é cósmica, interna e imaterial.
 
Quando autêntico, esse impulso é a via mais direta e segura para o contato com os níveis superiores.
 
Estando presente, inibe a atuação das forças dissuasivas, pois vem do interior do homem.
Mesmo com os grandes enganos produzidos pelo chamado campo religioso da Terra, é ainda a religião - como sentimento, busca e necessidade de união com o espírito, reconhecida em sua essência profunda e não como instituição formal - que oferece a possibilidade de uma aproximação mais direta com a fonte de vida.
A energia da devoção, da entrega ao supremo ser interior e à vida por ele norteada ilumina o caminho que aproxima a consciência à ideia arquetípica para o próprio ser e para o serviço universal que lhe cabe realizar.
Nesse contexto, é imprescindível que o indivíduo descubra e pratique a oração.
 
Conhecendo-a, perceberá que ela é a ponte entre o mais alto e o mais baixo.
 
A partir desse reconhecimento, deverá dedicar-se à oração com amor e empenho - ela é o caminho dos que seguem por regiões nunca antes percorridas.
A oração é como o fio de prumo que possibilita às paredes de um templo serem erguidas no correto alinhamento.
 
Ao desabrochar no calor de um coração necessitado de luz, verte-se sobre ele como um manancial.
 
A oração leva o indivíduo a descobrir o que realmente sustém a vida, dando-lhe a exata compreensão do significado das palavras "nem só de pão vive o homem".
A verdadeira oração é um mergulho no vazio e, ainda que aparentemente contraditório, é também o ingresso num estado de plenitude que dissolve da consciência os laços com situações humanas.
 
Essa plenitude esparge-se e promove a ascensão de energias e seres que tenham potencial interno para elevar-se além do ponto em que se encontram.
Restrito e limitado se tornaria o trabalho de oração se a consciência que dele participa se envolvesse com as reações dos corpos materiais.
 
Mais prejudicado ainda ficaria se, numa luta vã, o ser buscasse vencer tais reações.
Se a fé amainou o mar bravio para que sobre ele Jesus caminhasse, não poderia ela curar o homem?
A oração é um estado de coligação interior no qual existe apenas a busca da verdade.
 
Nada do que é do mundo consegue penetrar esse estado de conexão, no qual o ser se entrega à sua origem, à fonte, que acolhe o objeto de sua criação.
 
Tal estado produz, nos planos internos, um substrato sobre o qual as energias extraplanetárias podem ancorar e realizar assim o trabalho transformador sobre a consciência dos homens e da Terra.
 
Isso é feito no silêncio da entrega, da fé e da vigilância, estado que se projeta no mundo exterior como silêncio de desejos, de pensamentos e de toda ação supérflua.
Um ser orante, religado à sua essência, pode estimular transformações em outro que, imerso na obscuridade, esteja buscando a luz.
 
É um fogo vivo irradiando clareza e lucidez para o planeta.

Principalmente nas fases de intenso conflito, como acontece atualmente na Terra, pelo menos alguns indivíduos deveriam dispor-se a equilibrar uma parcela do caos reinante através da oração, que é uma das tarefas que cabem aos que se abrem para sua consciência interna e para auxiliar a humanidade.
Trigueirinho
Palestras do autor poderão ser ouvidas, gratuitamente, no site: www.irdin.org.br
 
http://horacosmica.blogspot.com.br/
 

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