João na ilha de Patmos
(Saint John on Patmos)
O
livro do Apocalipse (chamado também Apocalipse de São João) é um livro da Bíblia
— o livro sagrado do cristianismo — e o último da seleção do Cânon
bíblico.
A palavra apocalipse, do grego αποκάλυψις, apokálypsis (termo
primeiramente usado por F. Lücke,em 1832), que significa "revelação".
Um
"apocalipse", na terminologia do judaísmo e do cristianismo, é a revelação
divina de coisas que até então permaneciam secretas a um profeta escolhido por
Deus.
Por extensão, passou-se a designar de "apocalipse" aos relatos escritos
dessas revelações.
Devido ao fato de, na maioria das bíblias em língua
portuguesa se usar o título Apocalipse e não Revelação, até o significado da
palavra ficou obscuro, sendo às vezes usado como sinônimo (errôneo) de "fim do
mundo".
Neste livro da Bíblia, conta-se que antes da batalha final, os
exércitos se reúnem na planície abaixo de "Har Meggido" (a colina de Meggido).
Entretanto, a tradução foi mal-feita e Har Meggido foi erroneamente traduzido
para Armagedom, fazendo os exércitos se reunirem na planície antes do Armagedom,
a batalha final.
Trecho extraído de:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Apocalipse
O apóstolo João exilado na ilha de
Patm
Mapa do mundo antigo, com a localização
das sete igrejas
APOCALIPSE DE SÃO JOÃO
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Homenagem aos amigos Portugueses
(voz Português de
Portugal)
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CAPÍTULO
1
Cristo no meio dos candeeiros (REV.
1:12-20)
1. Revelação de
Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que em
breve devem acontecer e que ele, enviando por intermédio do seu anjo, notificou
ao seu servo João,
2. O qual atestou a palavra de Deus e o testemunho de
Jesus Cristo, quanto a tudo o que viu.
3. Bem-aventurados aqueles que lêem e
aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas,
pois o tempo está próximo.
4. João, às sete igrejas que se encontram na Ásia,
graça e paz a vós outros, da parte daquele que é, que era e que há de vir, da
parte dos sete Espíritos que se acham diante do seu trono
5. E da parte de
Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis
da terra.
6. E nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele
a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!
7. Eis que vem com as
nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da
terra se lamentarão sobre ele. Certamente. Amém!
8. Eu sou o Alfa e Ômega,
diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.
9.
Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança,
em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do
testemunho de Jesus.
10. Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por
detrás de mim, grande voz, como de trombeta,
11. Dizendo: O que vês escreve
em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes,
Filadélfia e Laodicéia.
12. Voltei-me para ver quem falava comigo e,
voltado, vi sete candeeiros de ouro
13. E, no meio dos candeeiros, um
semelhante a filho de homem, com vestes talares e cingido, à altura do peito,
com uma cinta de ouro.
14. A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã,
como neve; os olhos, como chama de fogo;
15. Os pés, semelhantes ao bronze
polido, como que refinado numa fornalha; a voz, como voz de muitas águas.
16.
Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-lhe uma afiada espada de dois
gumes. O seu rosto brilhava como o sol na sua força.
17. Quando o vi, caí a
seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas;
eu sou o primeiro e o último
18. E aquele que vive; estive morto, mas eis que
estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do
inferno.
19. Escreve, pois, as coisas que viste, e as que são, e as que hão
de acontecer depois destas.
20. Quanto ao mistério das sete estrelas que
viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são
os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas.
CAPÍTULO
2
1. Ao anjo da igreja em Éfeso escreve:
2. Conheço as
tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar
homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e
não são, e os achaste mentirosos;
3. E tens perseverança, e suportaste provas
por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer.
4. Tenho, porém, contra
ti que abandonaste o teu primeiro amor.
5. Lembra-te, pois, de onde caíste,
arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e
moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.
6. Tens,
contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também
odeio.
7. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao
vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no
paraíso de Deus.
8. Ao anjo da igreja em Esmirna escreve:
9. Conheço a tua
tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si mesmos se
declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás.
10. Não temas
as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns
dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel
até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.
11. Quem tem ouvidos, ouça o que o
Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda
morte.
12. Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve:
13. Conheço o lugar em
que habitas, onde está o trono de Satanás, e que conservas o meu nome e não
negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha testemunha, meu fiel, o
qual foi morto entre vós, onde Satanás habita.
14. Tenho, todavia, contra ti
algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual
ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem
coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição.
15. Outrossim,
também tu tens os que da mesma forma sustentam a doutrina dos nicolaítas.
16.
Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei
com a espada da minha boca.
17. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz
às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma
pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém
conhece, exceto aquele que o recebe.
18. Ao anjo da igreja em Tiatira
escreve:
19. Conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fé, o teu serviço, a
tua perseverança e as tuas últimas obras, mais numerosas do que as
primeiras.
20. Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel,
que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os
meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos
ídolos.
21. Dei-lhe tempo para que se arrependesse; ela, todavia, não quer
arrepender-se da sua prostituição.
22. Eis que a prostro de cama, bem como em
grande tribulação os que com ela adulteram, caso não se arrependam das obras que
ela incita.
23. Matarei os seus filhos, e todas as igrejas conhecerão que eu
sou aquele que sonda mentes e corações, e vos darei a cada um segundo as vossas
obras.
24. Digo, todavia, a vós outros, os demais de Tiatira, a tantos
quantos não têm essa doutrina e que não conheceram, como eles dizem, as coisas
profundas de Satanás: Outra carga não jogarei sobre vós;
25. Tão-somente
conservai o que tendes, até que eu venha.
26. Ao vencedor, que guardar até ao
fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações,
27. E com cetro
de ferro as regerá e as reduzirá a pedaços como se fossem objetos de
barro;
28. assim como também eu recebi de meu Pai, dar-lhe-ei ainda a estrela
da manhã.
29. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
CAPÍTULO
3
1. Ao anjo da igreja em Sardes escreve:
2. Sê
vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado
íntegras as tuas obras na presença do meu Deus.
3. Lembra-te, pois, do que
tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares,
virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra
ti.
4. Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as
suas vestiduras e andarão de branco junto comigo, pois são dignas.
5. O
vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o
seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu
Pai e diante dos seus anjos.
6. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz
às igrejas.
7. Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve:
8. Conheço as tuas
obras -- eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode
fechar -- que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não
negaste o meu nome.
9. Eis farei que alguns dos que são da sinagoga de
Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem, eis
que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu te amei.
10.
Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora
da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que
habitam sobre a terra.
11. Venho sem demora. Conserva o que tens, para que
ninguém tome a tua coroa.
12. Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do
meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o
nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do
meu Deus, e o meu novo nome.
13. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz
às igrejas.
14. Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve:
15. Conheço as
tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente!
16.
Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da
minha boca;
17. pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa
alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.
18.
Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres,
vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha
da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas.
19. Eu
repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te.
20.
Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta,
entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.
21. Ao vencedor,
dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei
com meu Pai no seu trono.
22. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às
igrejas.
CAPÍTULO
4
A porta aberta no céu (Ap
4:1)
A cena trono de esmeralda no céu (Ap
4:2-11)
As Coroas diante do trono (REV.
4:9-11)
1. Depois destas coisas, olhei, e eis não somente uma
porta aberta no céu, como também a primeira voz que ouvi, como de trombeta ao
falar comigo, dizendo: Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer
depois destas coisas.
2. Imediatamente, eu me achei em espírito, e eis armado
no céu um trono, e, no trono, alguém sentado;
3. E esse que se acha assentado
é semelhante, no aspecto, a pedra de jaspe e de sardônio, e, ao redor do trono,
há um arco-íris semelhante, no aspecto, a esmeralda.
4. Ao redor do trono, há
também vinte e quatro tronos, e assentados neles, vinte e quatro anciãos
vestidos de branco, em cujas cabeças estão coroas de ouro.
5. Do trono saem
relâmpagos, vozes e trovões, e, diante do trono, ardem sete tochas de fogo, que
são os sete Espíritos de Deus.
6. Há diante do trono um como que mar de
vidro, semelhante ao cristal, e também, no meio do trono e à volta do trono,
quatro seres viventes cheios de olhos por diante e por detrás.
7. O primeiro
ser vivente é semelhante a leão, o segundo, semelhante a novilho, o terceiro tem
o rosto como de homem, e o quarto ser vivente é semelhante à águia quando está
voando.
8. E os quatro seres viventes, tendo cada um deles, respectivamente,
seis asas, estão cheios de olhos, ao redor e por dentro; não têm descanso, nem
de dia nem de noite, proclamando: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o
Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir.
9. Quando esses seres viventes derem glória, honra e ações de graças ao que
se encontra sentado no trono, ao que vive pelos séculos dos séculos,
10. Os
vinte e quatro anciãos prostrar-se-ão diante daquele que se encontra sentado no
trono, adorarão o que vive pelos séculos dos séculos e depositarão as suas
coroas diante do trono, proclamando:
11. Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de
receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por
causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas.
CAPÍTULO 5
A abertura do livro selado (REV.
5:5-14)
1. Vi, na mão direita daquele que estava sentado no
trono, um livro escrito por dentro e por fora, de todo selado com sete
selos.
2. Vi, também, um anjo forte, que proclamava em grande voz: Quem é
digno de abrir o livro e de lhe desatar os selos?
3. Ora, nem no céu, nem
sobre a terra, nem debaixo da terra, ninguém podia abrir o livro, nem mesmo
olhar para ele;
4. E eu chorava muito, porque ninguém foi achado digno de
abrir o livro, nem mesmo de olhar para ele.
5. Todavia, um dos anciãos me
disse: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para
abrir o livro e os seus sete selos.
6. Então, vi, no meio do trono e dos
quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um Cordeiro como tendo sido
morto. Ele tinha sete chifres, bem como sete olhos, que são os sete Espíritos de
Deus enviados por toda a terra.
7. Veio, pois, e tomou o livro da mão direita
daquele que estava sentado no trono;
8. E, quando tomou o livro, os quatro
seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro,
tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as
orações dos santos,
9. E entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o
livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste
para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação
10. E para o
nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra.
11.
Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos
anciãos, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares,
12.
proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder,
e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor.
13. Então, ouvi
que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre o mar,
e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono e ao
Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos
séculos.
14. E os quatro seres viventes respondiam: Amém! Também os anciãos
prostraram-se e adoraram.
CAPÍTULO
6
Os primeiros quatro selos, quatro
cavaleiros (REV. 6:1-8)
O quinto selo, as almas dos mártires (Rev.
6:9-11)
O sexto selo, a destruição da natureza
(REV. 6:12-17)
1. Vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos
e ouvi um dos quatro seres viventes dizendo, como se fosse voz de trovão:
Vem!
2. Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e
foi-lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer.
3. Quando abriu o
segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizendo: Vem!
4. E saiu outro
cavalo, vermelho; e ao seu cavaleiro, foi-lhe dado tirar a paz da terra para que
os homens se matassem uns aos outros; também lhe foi dada uma grande
espada.
5. Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizendo:
Vem! Então, vi, e eis um cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança na
mão.
6. E ouvi uma como que voz no meio dos quatro seres viventes dizendo:
Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário; e não
danifiques o azeite e o vinho.
7. Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi
a voz do quarto ser vivente dizendo: Vem!
8. E olhei, e eis um cavalo amarelo
e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o Inferno o estava seguindo, e
foi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da terra para matar à espada, pela
fome, com a mortandade e por meio das feras da terra.
9. Quando ele abriu o
quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por
causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam.
10.
Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e
verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a
terra?
11. Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes
disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o
número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles
foram.
12. Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio grande
terremoto. O sol se tornou negro como saco de crina, a lua toda, como
sangue,
13. As estrelas do céu caíram pela terra, como a figueira, quando
abalada por vento forte, deixa cair os seus figos verdes,
14. E o céu
recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas
foram movidos do seu lugar.
15. Os reis da terra, os grandes, os comandantes,
os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e
nos penhascos dos montes
16. E disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre
nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do
Cordeiro,
17. Porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode
suster-se?
CAPÍTULO
7
Receber o selo de Deus (REV.
7:2-8)
144.000 selados e da multidão de vestes
brancas (REV. 7:3-10)
1. Depois disto, vi quatro anjos em pé
nos quatro cantos da terra, conservando seguros os quatro ventos da terra, para
que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore
alguma.
2. Vi outro anjo que subia do nascente do sol, tendo o selo do Deus
vivo, e clamou em grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer
dano à terra e ao mar,
3. Dizendo: Não danifiqueis nem a terra, nem o mar,
nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus.
4. Então,
ouvi o número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de
todas as tribos dos filhos de Israel:
5. Da tribo de Judá foram selados doze
mil; da tribo de Rúben, doze mil; da tribo de Gade, doze mil;
6. Da tribo de
Aser, doze mil; da tribo de Naftali, doze mil; da tribo de Manassés, doze
mil;
7. Da tribo de Simeão, doze mil; da tribo de Levi, doze mil; da tribo de
Issacar, doze mil;
8. Da tribo de Zebulom, doze mil; da tribo de José, doze
mil; da tribo de Benjamim foram selados doze mil.
9. Depois destas coisas,
vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações,
tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de
vestiduras brancas, com palmas nas mãos;
10. E clamavam em grande voz,
dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a
salvação.
11. Todos os anjos estavam de pé rodeando o trono, os anciãos e os
quatro seres viventes, e ante o trono se prostraram sobre o seu rosto, e
adoraram a Deus,
12. Dizendo: Amém! O louvor, e a glória, e a sabedoria, e as
ações de graças, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, pelos
séculos dos séculos. Amém!
13. Um dos anciãos tomou a palavra, dizendo:
Estes, que se vestem de vestiduras brancas, quem são e donde vieram?
14.
Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm
da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do
Cordeiro,
15. Razão por que se acham diante do trono de Deus e o servem de
dia e de noite no seu santuário; e aquele que se assenta no trono estenderá
sobre eles o seu tabernáculo.
16. Jamais terão fome, nunca mais terão sede,
não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum,
17. Pois o Cordeiro que se
encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da
vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.
CAPÍTULO
8
O sétimo selo, sete anjos, sete trombetas
(REV. 8)
Trombeta seis primeiros julgamentos (REV.
8:6-13 e REV. 9)
1. Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo,
houve silêncio no céu cerca de meia hora.
2. Então, vi os sete anjos que se
acham em pé diante de Deus, e lhes foram dadas sete trombetas.
3. Veio outro
anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado
muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de
ouro que se acha diante do trono;
4. E da mão do anjo subiu à presença de
Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos.
5. E o anjo tomou o
incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à terra. E houve trovões,
vozes, relâmpagos e terremoto.
6. Então, os sete anjos que tinham as sete
trombetas prepararam-se para tocar.
7. O primeiro anjo tocou a trombeta, e
houve saraiva e fogo de mistura com sangue, e foram atirados à terra. Foi,
então, queimada a terça parte da terra, e das árvores, e também toda erva
verde.
8. O segundo anjo tocou a trombeta, e uma como que grande montanha
ardendo em chamas foi atirada ao mar, cuja terça parte se tornou em
sangue,
9. E morreu a terça parte da criação que tinha vida, existente no
mar, e foi destruída a terça parte das embarcações.
10. O terceiro anjo tocou
a trombeta, e caiu do céu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das
águas uma grande estrela, ardendo como tocha.
11. O nome da estrela é
Absinto; e a terça parte das águas se tornou em absinto, e muitos dos homens
morreram por causa dessas águas, porque se tornaram amargosas.
12. O quarto
anjo tocou a trombeta, e foi ferida a terça parte do sol, da lua e das estrelas,
para que a terça parte deles escurecesse e, na sua terça parte, não brilhasse,
tanto o dia como também a noite.
13. Então, vi e ouvi uma águia que, voando
pelo meio do céu, dizia em grande voz: Ai! Ai! Ai dos que moram na terra, por
causa das restantes vozes da trombeta dos três anjos que ainda têm de
tocar!
CAPÍTULO
9
1. O quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela
caída do céu na terra. E foi-lhe dada a chave do poço do abismo.
2. Ela abriu
o poço do abismo, e subiu fumaça do poço como fumaça de grande fornalha, e, com
a fumaceira saída do poço, escureceu-se o sol e o ar.
3. Também da fumaça
saíram gafanhotos para a terra; e foi-lhes dado poder como o que têm os
escorpiões da terra,
4. E foi-lhes dito que não causassem dano à erva da
terra, nem a qualquer coisa verde, nem a árvore alguma e tão-somente aos homens
que não têm o selo de Deus sobre a fronte.
5. Foi-lhes também dado, não que
os matassem, e sim que os atormentassem durante cinco meses. E o seu tormento
era como tormento de escorpião quando fere alguém.
6. Naqueles dias, os
homens buscarão a morte e não a acharão; também terão ardente desejo de morrer,
mas a morte fugirá deles.
7. O aspecto dos gafanhotos era semelhante a
cavalos preparados para a peleja; na sua cabeça havia como que coroas parecendo
de ouro; e o seu rosto era como rosto de homem;
8. Tinham também cabelos,
como cabelos de mulher; os seus dentes, como dentes de leão;
9. Tinham
couraças, como couraças de ferro; o barulho que as suas asas faziam era como o
barulho de carros de muitos cavalos, quando correm à peleja;
10. Tinham ainda
cauda, como escorpiões, e ferrão; na cauda tinham poder para causar dano aos
homens, por cinco meses;
11. E tinham sobre eles, como seu rei, o anjo do
abismo, cujo nome em hebraico é Abadom, e em grego, Apoliom.
12. O primeiro
ai passou. Eis que, depois destas coisas, vêm ainda dois ais.
13. O sexto
anjo tocou a trombeta, e ouvi uma voz procedente dos quatro ângulos do altar de
ouro que se encontra na presença de Deus,
14. Dizendo ao sexto anjo, o mesmo
que tem a trombeta: Solta os quatro anjos que se encontram atados junto ao
grande rio Eufrates.
15. Foram, então, soltos os quatro anjos que se achavam
preparados para a hora, o dia, o mês e o ano, para que matassem a terça parte
dos homens.
16. O número dos exércitos da cavalaria era de vinte mil vezes
dez milhares; eu ouvi o seu número.
17. Assim, nesta visão, contemplei que os
cavalos e os seus cavaleiros tinham couraças cor de fogo, de jacinto e de
enxofre. A cabeça dos cavalos era como cabeça de leão, e de sua boca saía fogo,
fumaça e enxofre.
18. Por meio destes três flagelos, a saber, pelo fogo, pela
fumaça e pelo enxofre que saíam da sua boca, foi morta a terça parte dos
homens;
19. Pois a força dos cavalos estava na sua boca e na sua cauda,
porquanto a sua cauda se parecia com serpentes, e tinha cabeça, e com ela
causavam dano.
20. Os outros homens, aqueles que não foram mortos por esses
flagelos, não se arrependeram das obras das suas mãos, deixando de adorar os
demônios e os ídolos de ouro, de prata, de cobre, de pedra e de pau, que nem
podem ver, nem ouvir, nem andar;
21. Nem ainda se arrependeram dos seus
assassínios, nem das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem dos seus
furtos.
CAPÍTULO
10
O Anjo e o livrinho (REV.
10)
1. Vi outro anjo forte descendo do céu, envolto em nuvem,
com o arco-íris por cima de sua cabeça; o rosto era como o sol, e as pernas,
como colunas de fogo;
2. E tinha na mão um livrinho aberto. Pôs o pé direito
sobre o mar e o esquerdo, sobre a terra,
3. E bradou em grande voz, como ruge
um leão, e, quando bradou, desferiram os sete trovões as suas próprias
vozes.
4. Logo que falaram os sete trovões, eu ia escrever, mas ouvi uma voz
do céu, dizendo: Guarda em segredo as coisas que os sete trovões falaram e não
as escrevas.
5. Então, o anjo que vi em pé sobre o mar e sobre a terra
levantou a mão direita para o céu
6. E jurou por aquele que vive pelos
séculos dos séculos, o mesmo que criou o céu, a terra, o mar e tudo quanto neles
existe: Já não haverá demora,
7. Mas, nos dias da voz do sétimo anjo, quando
ele estiver para tocar a trombeta, cumprir-se-á, então, o mistério de Deus,
segundo ele anunciou aos seus servos, os profetas.
8. A voz que ouvi, vinda
do céu, estava de novo falando comigo e dizendo: Vai e toma o livro que se acha
aberto na mão do anjo em pé sobre o mar e sobre a terra.
9. Fui, pois, ao
anjo, dizendo-lhe que me desse o livrinho. Ele, então, me falou: Toma-o e
devora-o; certamente, ele será amargo ao teu estômago, mas, na tua boca, doce
como mel.
10. Tomei o livrinho da mão do anjo e o devorei, e, na minha boca,
era doce como mel; quando, porém, o comi, o meu estômago ficou amargo.
11.
Então, me disseram: É necessário que ainda profetizes a respeito de muitos
povos, nações, línguas e reis.
CAPÍTULO
11
As duas testemunhas e o julgamento sétima
trombeta (Apocalipse 11)
1. Foi-me dado um caniço semelhante a
uma vara, e também me foi dito: Dispõe-te e mede o santuário de Deus, o seu
altar e os que naquele adoram;
2. mas deixa de parte o átrio exterior do
santuário e não o meças, porque foi ele dado aos gentios; estes, por quarenta e
dois meses, calcarão aos pés a cidade santa.
3. Darei às minhas duas
testemunhas que profetizem por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de
saco.
4. São estas as duas oliveiras e os dois candeeiros que se acham em pé
diante do Senhor da terra.
5. Se alguém pretende causar-lhes dano, sai fogo
da sua boca e devora os inimigos; sim, se alguém pretender causar-lhes dano,
certamente, deve morrer.
6. Elas têm autoridade para fechar o céu, para que
não chova durante os dias em que profetizarem. Têm autoridade também sobre as
águas, para convertê-las em sangue, bem como para ferir a terra com toda sorte
de flagelos, tantas vezes quantas quiserem.
7. Quando tiverem, então,
concluído o testemunho que devem dar, a besta que surge do abismo pelejará
contra elas, e as vencerá, e matará,
8. E o seu cadáver ficará estirado na
praça da grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde
também o seu Senhor foi crucificado.
9. Então, muitos dentre os povos,
tribos, línguas e nações contemplam os cadáveres das duas testemunhas, por três
dias e meio, e não permitem que esses cadáveres sejam sepultados.
10. Os que
habitam sobre a terra se alegram por causa deles, realizarão festas e enviarão
presentes uns aos outros, porquanto esses dois profetas atormentaram os que
moram sobre a terra.
11. Mas, depois dos três dias e meio, um espírito de
vida, vindo da parte de Deus, neles penetrou, e eles se ergueram sobre os pés, e
àqueles que os viram sobreveio grande medo;
12. E as duas testemunhas ouviram
grande voz vinda do céu, dizendo-lhes: Subi para aqui. E subiram ao céu numa
nuvem, e os seus inimigos as contemplaram.
13. Naquela hora, houve grande
terremoto, e ruiu a décima parte da cidade, e morreram, nesse terremoto, sete
mil pessoas, ao passo que as outras ficaram sobremodo aterrorizadas e deram
glória ao Deus do céu.
14. Passou o segundo ai. Eis que, sem demora, vem o
terceiro ai.
15. O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes
vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e
ele reinará pelos séculos dos séculos.
16. E os vinte e quatro anciãos que se
encontram sentados no seu trono, diante de Deus, prostraram-se sobre o seu rosto
e adoraram a Deus,
17. Dizendo: Graças te damos, Senhor Deus, Todo-Poderoso,
que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e passaste a
reinar.
18. Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e
o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos
teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, tanto aos
pequenos como aos grandes, e para destruíres os que destroem a terra.
19.
Abriu-se, então, o santuário de Deus, que se acha no céu, e foi vista a arca da
Aliança no seu santuário, e sobrevieram relâmpagos, vozes, trovões, terremoto e
grande saraivada.
CAPÍTULO
12
A mulher e o dragão (REV.
12:1-5)
Guerra no céu; Miguel derrota o dragão
(REV. 12:7-12)
Mulher com as asas de uma águia (REV.
12:14)
1. Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher
vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na
cabeça,
2. Que, achando-se grávida, grita com as dores de parto, sofrendo
tormentos para dar à luz.
3. Viu-se, também, outro sinal no céu, e eis um
dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete
diademas.
4. A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, as
quais lançou para a terra; e o dragão se deteve em frente da mulher que estava
para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse.
5. Nasceu-lhe,
pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro. E o
seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono.
6. A mulher, porém,
fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a
sustentem durante mil duzentos e sessenta dias.
7. Houve peleja no céu.
Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e
seus anjos;
8. Todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar
deles.
9. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama
diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e,
com ele, os seus anjos.
10. Então, ouvi grande voz do céu, proclamando:
Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu
Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de
dia e de noite, diante do nosso Deus.
11. Eles, pois, o venceram por causa do
sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em
face da morte, não amaram a própria vida.
12. Por isso, festejai, ó céus, e
vós, os que neles habitais. Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós,
cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta.
13. Quando, pois,
o dragão se viu atirado para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho
varão;
14. E foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que
voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo,
tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente.
15. Então, a serpente
arrojou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, a fim de fazer com que
ela fosse arrebatada pelo rio.
16. A terra, porém, socorreu a mulher; e a
terra abriu a boca e engoliu o rio que o dragão tinha arrojado de sua
boca.
17. Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da
sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de
Jesus; e se pôs em pé sobre a areia do mar.
CAPÍTULO
13
Os três animais e 666 (REV.
13)
1. Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete
cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, nomes de
blasfêmia.
2. A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso
e boca como de leão. E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande
autoridade.
3. Então, vi uma de suas cabeças como golpeada de morte, mas essa
ferida mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta;
4.
E adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram a
besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?
5.
Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para
agir quarenta e dois meses;
6. E abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para
lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no
céu.
7. Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse.
Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação;
8. E
adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram
escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do
mundo.
9. Se alguém tem ouvidos, ouça.
10. Se alguém leva para cativeiro,
para cativeiro vai. Se alguém matar à espada, necessário é que seja morto à
espada. Aqui está a perseverança e a fidelidade dos santos.
11. Vi ainda
outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas
falava como dragão.
12. Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua
presença. Faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja
ferida mortal fora curada.
13. Também opera grandes sinais, de maneira que
até fogo do céu faz descer à terra, diante dos homens.
14. Seduz os que
habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da
besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta,
àquela que, ferida à espada, sobreviveu;
15. E lhe foi dado comunicar fôlego
à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer
quantos não adorassem a imagem da besta.
16. A todos, os pequenos e os
grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada
certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte,
17. Para que ninguém possa
comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do
seu nome.
18. Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o
número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e
sessenta e seis.
CAPÍTULO
14
1. Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e
com ele cento e quarenta e quatro mil, tendo na fronte escrito o seu nome e o
nome de seu Pai.
2. Ouvi uma voz do céu como voz de muitas águas, como voz de
grande trovão; também a voz que ouvi era como de harpistas quando tangem a sua
harpa.
3. Entoavam novo cântico diante do trono, diante dos quatro seres
viventes e dos anciãos. E ninguém pôde aprender o cântico, senão os cento e
quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.
4. São estes os que não
se macularam com mulheres, porque são castos. São eles os seguidores do Cordeiro
por onde quer que vá. São os que foram redimidos dentre os homens, primícias
para Deus e para o Cordeiro;
5. E não se achou mentira na sua boca; não têm
mácula.
6. Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno
para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e
língua, e povo,
7. Dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória,
pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e
o mar, e as fontes das águas.
8. Seguiu-se outro anjo, o segundo, dizendo:
Caiu, caiu a grande Babilônia que tem dado a beber a todas as nações do vinho da
fúria da sua prostituição.
9. Seguiu-se a estes outro anjo, o terceiro,
dizendo, em grande voz: Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua
marca na fronte ou sobre a mão,
10. Também esse beberá do vinho da cólera de
Deus, preparado, sem mistura, do cálice da sua ira, e será atormentado com fogo
e enxofre, diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro.
11. A fumaça do
seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de
dia nem de noite, os adoradores da besta e da sua imagem e quem quer que receba
a marca do seu nome.
12. Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam
os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.
13. Então, ouvi uma voz do céu,
dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor.
Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os
acompanham.
14. Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado sobre a nuvem um
semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro e na mão uma
foice afiada.
15. Outro anjo saiu do santuário, gritando em grande voz para
aquele que se achava sentado sobre a nuvem: Toma a tua foice e ceifa, pois
chegou a hora de ceifar, visto que a seara da terra já amadureceu!
16. E
aquele que estava sentado sobre a nuvem passou a sua foice sobre a terra, e a
terra foi ceifada.
17. Então, saiu do santuário, que se encontra no céu,
outro anjo, tendo ele mesmo também uma foice afiada.
18. Saiu ainda do altar
outro anjo, aquele que tem autoridade sobre o fogo, e falou em grande voz ao que
tinha a foice afiada, dizendo: Toma a tua foice afiada e ajunta os cachos da
videira da terra, porquanto as suas uvas estão amadurecidas!
19. Então, o
anjo passou a sua foice na terra, e vindimou a videira da terra, e lançou-a no
grande lagar da cólera de Deus.
20. E o lagar foi pisado fora da cidade, e
correu sangue do lagar até aos freios dos cavalos, numa extensão de mil e
seiscentos estádios.
CAPÍTULO
15
1. Vi no céu outro sinal grande e admirável: sete
anjos tendo os sete últimos flagelos, pois com estes se consumou a cólera de
Deus.
2. Vi como que um mar de vidro, mesclado de fogo, e os vencedores da
besta, da sua imagem e do número do seu nome, que se achavam em pé no mar de
vidro, tendo harpas de Deus;
3. E entoavam o cântico de Moisés, servo de
Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e admiráveis são as tuas obras,
Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das
nações!
4. Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu
és santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os
teus atos de justiça se fizeram manifestos.
5. Depois destas coisas, olhei, e
abriu-se no céu o santuário do tabernáculo do Testemunho,
6. E os sete anjos
que tinham os sete flagelos saíram do santuário, vestidos de linho puro e
resplandecente e cingidos ao peito com cintas de ouro.
7. Então, um dos
quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da cólera de
Deus, que vive pelos séculos dos séculos.
8. O santuário se encheu de fumaça
procedente da glória de Deus e do seu poder, e ninguém podia penetrar no
santuário, enquanto não se cumprissem os sete flagelos dos sete anjos.
CAPÍTULO
16
A tigela sete julgamentos (REV.
16)
As pragas das sete taças (REV.
16)
1. Ouvi, vinda do santuário, uma
grande voz, dizendo aos sete anjos: Ide e derramai pela terra as sete taças da
cólera de Deus.
2. Saiu, pois, o primeiro anjo e derramou a sua taça pela
terra, e, aos homens portadores da marca da besta e adoradores da sua imagem,
sobrevieram úlceras malignas e perniciosas.
3. Derramou o segundo a sua taça
no mar, e este se tornou em sangue como de morto, e morreu todo ser vivente que
havia no mar.
4. Derramou o terceiro a sua taça nos rios e nas fontes das
águas, e se tornaram em sangue.
5. Então, ouvi o anjo das águas dizendo: Tu
és justo, tu que és e que eras, o Santo, pois julgaste estas coisas;
6.
porquanto derramaram sangue de santos e de profetas, também sangue lhes tens
dado a beber; são dignos disso.
7. Ouvi do altar que se dizia: Certamente, ó
Senhor Deus, Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos.
8. O
quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe dado queimar os homens
com fogo.
9. Com efeito, os homens se queimaram com o intenso calor, e
blasfemaram o nome de Deus, que tem autoridade sobre estes flagelos, e nem se
arrependeram para lhe darem glória.
10. Derramou o quinto a sua taça sobre o
trono da besta, cujo reino se tornou em trevas, e os homens remordiam a língua
por causa da dor que sentiam
11. E blasfemaram o Deus do céu por causa das
angústias e das úlceras que sofriam; e não se arrependeram de suas obras.
12.
Derramou o sexto a sua taça sobre o grande rio Eufrates, cujas águas secaram,
para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do lado do nascimento do
sol.
13. Então, vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do
falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs;
14. Porque eles são
espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo
inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus
Todo-Poderoso.
15. (Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele
que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua
vergonha.)
16. Então, os ajuntaram no lugar que em hebraico se chama
Armagedom.
17. Então, derramou o sétimo anjo a sua taça pelo ar, e saiu
grande voz do santuário, do lado do trono, dizendo: Feito está!
18. E
sobrevieram relâmpagos, vozes e trovões, e ocorreu grande terremoto, como nunca
houve igual desde que há gente sobre a terra; tal foi o terremoto, forte e
grande.
19. E a grande cidade se dividiu em três partes, e caíram as cidades
das nações. E lembrou-se Deus da grande Babilônia para dar-lhe o cálice do vinho
do furor da sua ira.
20. Todas as ilhas fugiram, e os montes não foram
achados;
21. Também desabou do céu sobre os homens grande saraivada, com
pedras que pesavam cerca de um talento; e, por causa do flagelo da chuva de
pedras, os homens blasfemaram de Deus, porquanto o seu flagelo era sobremodo
grande.
CAPÍTULO
17
A grande Babilônia montada na besta (REV.
17)
1. Veio um dos sete anjos que têm as sete taças e falou
comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que se acha
sentada sobre muitas águas,
2. Com quem se prostituíram os reis da terra; e,
com o vinho de sua devassidão, foi que se embebedaram os que habitam na
terra.
3. Transportou-me o anjo, em espírito, a um deserto e vi uma mulher
montada numa besta escarlate, besta repleta de nomes de blasfêmia, com sete
cabeças e dez chifres.
4. Achava-se a mulher vestida de púrpura e de
escarlata, adornada de ouro, de pedras preciosas e de pérolas, tendo na mão um
cálice de ouro transbordante de abominações e com as imundícias da sua
prostituição.
5. Na sua fronte, achava-se escrito um nome, um mistério:
BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA.
6.
Então, vi a mulher embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das
testemunhas de Jesus; e, quando a vi, admirei-me com grande espanto.
7. O
anjo, porém, me disse: Por que te admiraste? Dir-te-ei o mistério da mulher e da
besta que tem as sete cabeças e os dez chifres e que leva a mulher:
8. A
besta que viste, era e não é, está para emergir do abismo e caminha para a
destruição. E aqueles que habitam sobre a terra, cujos nomes não foram escritos
no Livro da Vida desde a fundação do mundo, se admirarão, vendo a besta que era
e não é, mas aparecerá.
9. Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete
cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete
reis,
10. Dos quais caíram cinco, um existe, e o outro ainda não chegou; e,
quando chegar, tem de durar pouco.
11. E a besta, que era e não é, também é
ele, o oitavo rei, e procede dos sete, e caminha para a destruição.
12. Os
dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam reino, mas
recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora.
13. Têm estes um
só pensamento e oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem.
14.
Pelejarão eles contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos
senhores e o Rei dos reis; vencerão também os chamados, eleitos e fiéis que se
acham com ele.
15. Falou-me ainda: As águas que viste, onde a meretriz está
assentada, são povos, multidões, nações e línguas.
16. Os dez chifres que
viste e a besta, esses odiarão a meretriz, e a farão devastada e despojada, e
lhe comerão as carnes, e a consumirão no fogo.
17. Porque em seu coração
incutiu Deus que realizem o seu pensamento, o executem à uma e dêem à besta o
reino que possuem, até que se cumpram as palavras de Deus.
18. A mulher que
viste é a grande cidade que domina sobre os reis da terra.
CAPÍTULO
18
1. Depois destas coisas, vi descer do céu outro anjo,
que tinha grande autoridade, e a terra se iluminou com a sua glória.
2.
Então, exclamou com potente voz, dizendo: Caiu! Caiu a grande Babilônia e se
tornou morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e
esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável,
3. Pois todas as
nações têm bebido do vinho do furor da sua prostituição. Com ela se prostituíram
os reis da terra. Também os mercadores da terra se enriqueceram à custa da sua
luxúria.
4. Ouvi outra voz do céu, dizendo: Retirai-vos dela, povo meu, para
não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus
flagelos;
5. Porque os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se
lembrou dos atos iníquos que ela praticou.
6. Dai-lhe em retribuição como
também ela retribuiu, pagai-lhe em dobro segundo as suas obras e, no cálice em
que ela misturou bebidas, misturai dobrado para ela.
7. O quanto a si mesma
se glorificou e viveu em luxúria, dai-lhe em igual medida tormento e pranto,
porque diz consigo mesma: Estou sentada como rainha. Viúva, não sou. Pranto,
nunca hei de ver!
8. Por isso, em um só dia, sobrevirão os seus flagelos:
morte, pranto e fome; e será consumida no fogo, porque poderoso é o Senhor Deus,
que a julgou.
9. Ora, chorarão e se lamentarão sobre ela os reis da terra,
que com ela se prostituíram e viveram em luxúria, quando virem a fumaceira do
seu incêndio,
10. E, conservando-se de longe, pelo medo do seu tormento,
dizem: Ai! Ai! Tu, grande cidade, Babilônia, tu, poderosa cidade! Pois, em uma
só hora, chegou o teu juízo.
11. E, sobre ela, choram e pranteiam os
mercadores da terra, porque já ninguém compra a sua mercadoria,
12.
Mercadoria de ouro, de prata, de pedras preciosas, de pérolas, de linho
finíssimo, de púrpura, de seda, de escarlata; e toda espécie de madeira
odorífera, todo gênero de objeto de marfim, toda qualidade de móvel de madeira
preciosíssima, de bronze, de ferro e de mármore;
13. E canela de cheiro,
especiarias, incenso, ungüento, bálsamo, vinho, azeite, flor de farinha, trigo,
gado e ovelhas; e de cavalos, de carros, de escravos e até almas humanas.
14.
O fruto sazonado, que a tua alma tanto apeteceu, se apartou de ti, e para ti se
extinguiu tudo o que é delicado e esplêndido, e nunca jamais serão
achados.
15. Os mercadores destas coisas, que, por meio dela, se
enriqueceram, conservar-se-ão de longe, pelo medo do seu tormento, chorando e
pranteando,
16. Dizendo: Ai! Ai da grande cidade, que estava vestida de linho
finíssimo, de púrpura, e de escarlata, adornada de ouro, e de pedras preciosas,
e de pérolas,
17. Porque, em uma só hora, ficou devastada tamanha riqueza! E
todo piloto, e todo aquele que navega livremente, e marinheiros, e quantos
labutam no mar conservaram-se de longe.
18. Então, vendo a fumaceira do seu
incêndio, gritavam: Que cidade se compara à grande cidade?
19. Lançaram pó
sobre a cabeça e, chorando e pranteando, gritavam: Ai! Ai da grande cidade, na
qual se enriqueceram todos os que possuíam navios no mar, à custa da sua
opulência, porque, em uma só hora, foi devastada!
20. Exultai sobre ela, ó
céus, e vós, santos, apóstolos e profetas, porque Deus contra ela julgou a vossa
causa.
21. Então, um anjo forte levantou uma pedra como grande pedra de
moinho e arrojou-a para dentro do mar, dizendo: Assim, com ímpeto, será arrojada
Babilônia, a grande cidade, e nunca jamais será achada.
22. E voz de
harpistas, de músicos, de tocadores de flautas e de clarins jamais em ti se
ouvirá, nem artífice algum de qualquer arte jamais em ti se achará, e nunca
jamais em ti se ouvirá o ruído de pedra de moinho.
23. Também jamais em ti
brilhará luz de candeia; nem voz de noivo ou de noiva jamais em ti se ouvirá,
pois os teus mercadores foram os grandes da terra, porque todas as nações foram
seduzidas pela tua feitiçaria.
24. E nela se achou sangue de profetas, de
santos e de todos os que foram mortos sobre a terra.
CAPÍTULO
19
Rei dos reis e Senhor dos Senhores (REV.
19:11-16)
Besta e elenco falso profeta no lago de
fogo - (Apocalipse 19:20)
1. Depois destas coisas, ouvi no céu
uma como grande voz de numerosa multidão, dizendo: Aleluia! A salvação, e a
glória, e o poder são do nosso Deus,
2. Porquanto verdadeiros e justos são os
seus juízos, pois julgou a grande meretriz que corrompia a terra com a sua
prostituição e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos.
3. Segunda vez
disseram: Aleluia! E a sua fumaça sobe pelos séculos dos séculos.
4. Os vinte
e quatro anciãos e os quatro seres viventes prostraram-se e adoraram a Deus, que
se acha sentado no trono, dizendo: Amém! Aleluia!
5. Saiu uma voz do trono,
exclamando: Dai louvores ao nosso Deus, todos os seus servos, os que o temeis,
os pequenos e os grandes.
6. Então, ouvi uma como voz de numerosa multidão,
como de muitas águas e como de fortes trovões, dizendo: Aleluia! Pois reina o
Senhor, nosso Deus, o Todo-Poderoso.
7. Alegremo-nos, exultemos e demos-lhe a
glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se
ataviou,
8. Pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e
puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos.
9. Então,
me falou o anjo: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das
bodas do Cordeiro. E acrescentou: São estas as verdadeiras palavras de
Deus.
10. Prostrei-me ante os seus pés para adorá-lo. Ele, porém, me disse:
Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que mantêm o testemunho
de Jesus; adora a Deus. Pois o testemunho de Jesus é o espírito da
profecia.
11. Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se
chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça.
12. Os seus olhos são
chama de fogo; na sua cabeça, há muitos diademas; tem um nome escrito que
ninguém conhece, senão ele mesmo.
13. Está vestido com um manto tinto de
sangue, e o seu nome se chama o Verbo de Deus;
14. E seguiam-no os exércitos
que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo,
branco e puro.
15. Sai da sua boca uma espada afiada, para com ela ferir as
nações; e ele mesmo as regerá com cetro de ferro e, pessoalmente, pisa o lagar
do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso.
16. Tem no seu manto e na sua
coxa um nome inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.
17. Então, vi um
anjo posto em pé no sol, e clamou com grande voz, falando a todas as aves que
voam pelo meio do céu: Vinde, reuni-vos para a grande ceia de Deus,
18. Para
que comais carnes de reis, carnes de comandantes, carnes de poderosos, carnes de
cavalos e seus cavaleiros, carnes de todos, quer livres, quer escravos, tanto
pequenos como grandes.
19. E vi a besta e os reis da terra, com os seus
exércitos, congregados para pelejarem contra aquele que estava montado no cavalo
e contra o seu exército.
20. Mas a besta foi aprisionada, e com ela o falso
profeta que, com os sinais feitos diante dela, seduziu aqueles que receberam a
marca da besta e eram os adoradores da sua imagem. Os dois foram lançados vivos
dentro do lago de fogo que arde com enxofre.
21. Os restantes foram
mortos com a espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo. E
todas as aves se fartaram das suas carnes.
CAPÍTULO
20
O anjo com a grande cadeia (REV.
20:1-2)
O dragão, acorrentado (Apocalipse
20:3)
O dragão, lançado para reunir as nações
para a batalha (REV. 20:7-8)
O dragão lançados no lago de
fogo
(Apocalipse 20:10)
O julgamento do grande trono
branco
(REV. 20:11-13)
Os livros são abertos e também o livro da
vida (Apocalipse 20:12-13)
O lago de fogo (Apocalipse
20:14-15)
1. Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a
chave do abismo e uma grande corrente.
2. Ele segurou o dragão, a antiga
serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos;
3. lançou-o no
abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até
se completarem os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco
tempo.
4. Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada
autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho
de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a
besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e
viveram e reinaram com Cristo durante mil anos.
5. Os restantes dos mortos
não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira
ressurreição.
6. Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira
ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário,
serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos.
7.
Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua
prisão
8. E sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra,
Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a peleja. O número dessas é como a
areia do mar.
9. Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram o
acampamento dos santos e a cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os
consumiu.
10. O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de
fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta;
e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos.
11. Vi um
grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a
terra e o céu, e não se achou lugar para eles.
12. Vi também os mortos, os
grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros.
Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados,
segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros.
13. Deu o
mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles
havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.
14. Então, a morte
e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte,
o lago de fogo.
15. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida,
esse foi lançado para dentro do lago de fogo.
CAPÍTULO
21
A cidade de quatro quadrados, a nova
Jerusalém - (REV. 21:1-21)
Os fundamentos da cidade
- (REV. 21:12-14 e REV. 21:19-20)
Através do portão da cidade eterna
- (REV. 21:21-27 e REV. 22:1-6)
O Arrebatamento - (1
Tessalonicenses 4, e Mateus 24)
1. Vi novo céu e nova terra,
pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
2. Vi
também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus,
ataviada como noiva adornada para o seu esposo.
3. Então, ouvi grande voz
vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará
com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles.
4. E lhes
enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto,
nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.
5. E aquele que
está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E
acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.
6.
Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim.
Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida.
7. O vencedor
herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho.
8. Quanto,
porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos
impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que
lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda
morte.
9. Então, veio um dos sete anjos que têm as sete taças cheias dos
últimos sete flagelos e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a noiva, a
esposa do Cordeiro;
10. E me transportou, em espírito, até a uma grande e
elevada montanha e me mostrou a santa cidade, Jerusalém, que descia do céu, da
parte de Deus,
11. A qual tem a glória de Deus. O seu fulgor era semelhante a
uma pedra preciosíssima, como pedra de jaspe cristalina.
12. Tinha grande e
alta muralha, doze portas, e, junto às portas, doze anjos, e, sobre elas, nomes
inscritos, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel.
13. Três
portas se achavam a leste, três, ao norte, três, ao sul, e três, a oeste.
14.
A muralha da cidade tinha doze fundamentos, e estavam sobre estes os doze nomes
dos doze apóstolos do Cordeiro.
15. Aquele que falava comigo tinha por medida
uma vara de ouro para medir a cidade, as suas portas e a sua muralha.
16. A
cidade é quadrangular, de comprimento e largura iguais. E mediu a cidade com a
vara até doze mil estádios. O seu comprimento, largura e altura são
iguais.
17. Mediu também a sua muralha, cento e quarenta e quatro côvados,
medida de homem, isto é, de anjo.
18. A estrutura da muralha é de jaspe;
também a cidade é de ouro puro, semelhante a vidro límpido.
19. Os
fundamentos da muralha da cidade estão adornados de toda espécie de pedras
preciosas. O primeiro fundamento é de jaspe; o segundo, de safira; o terceiro,
de calcedônia; o quarto, de esmeralda;
20. O quinto, de sardônio; o sexto, de
sárdio; o sétimo, de crisólito; o oitavo, de berilo; o nono, de topázio; o
décimo, de crisópraso; o undécimo, de jacinto; e o duodécimo, de
ametista.
21. As doze portas são doze pérolas, e cada uma dessas portas, de
uma só pérola. A praça da cidade é de ouro puro, como vidro transparente.
22.
Nela, não vi santuário, porque o seu santuário é o Senhor, o Deus Todo-Poderoso,
e o Cordeiro.
23. A cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe darem
claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é a sua
lâmpada.
24. As nações andarão mediante a sua luz, e os reis da terra lhe
trazem a sua glória.
25. As suas portas nunca jamais se fecharão de dia,
porque, nela, não haverá noite.
26. E lhe trarão a glória e a honra das
nações.
27. Nela, nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que
pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no Livro da Vida do
Cordeiro.
CAPÍTULO
22
A Coroação
1. Então, me
mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus
e do Cordeiro.
2. No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a
árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as
folhas da árvore são para a cura dos povos.
3. Nunca mais haverá qualquer
maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o
servirão,
4. contemplarão a sua face, e na sua fronte está o nome dele.
5.
Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do
sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos
séculos.
6. Disse-me ainda: Estas palavras são fiéis e verdadeiras. O Senhor,
o Deus dos espíritos dos profetas, enviou seu anjo para mostrar aos seus servos
as coisas que em breve devem acontecer.
7. Eis que venho sem demora.
Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro.
8. Eu,
João, sou quem ouviu e viu estas coisas. E, quando as ouvi e vi, prostrei-me
ante os pés do anjo que me mostrou essas coisas, para adorá-lo.
9. Então, ele
me disse: Vê, não faças isso; eu sou conservo teu, dos teus irmãos, os profetas,
e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus.
10. Disse-me ainda:
Não seles as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está
próximo.
11. Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda
sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a
santificar-se.
12. E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que
tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras.
13. Eu sou o Alfa e o
Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim.
14. Bem-aventurados
aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes
assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas.
15. Fora
ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo
aquele que ama e pratica a mentira.
16. Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos
testificar estas coisas às igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a
brilhante Estrela da manhã.
17. O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que
ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água
da vida.
18. Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro,
testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os
flagelos escritos neste livro;
19. E, se alguém tirar qualquer coisa das
palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da
cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro.
20. Aquele que
dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Senhor
Jesus!
21. A graça do Senhor Jesus seja com todos.
Veja também o Filme:
O Apocalipse de São
João
Imagens: http://ilusaoculta.blogspot.com