quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Fumaça que sai de caverna assusta moradores no interior do Piauí

 

O fenômeno surgiu há cerca de dois meses e tem atraído muitos curiosos.
Além da fumaça, no local existe uma espécie de cera com cheiro forte.

Do G1 PI
Moradores do município de Assunção do Piauí, localizado na região Centro-Norte do estado, estão assustados com uma fumaça que sai de uma caverna próxima à cidade.

Segundo os populares, o fenômeno surgiu há cerca de dois meses e tem atraído muitos curiosos ao local.

"Há vários dias a população de Assunção está apreensiva e com medo, porque não sabe de onde vem a fumaça", conta Iderlon Lima, morador da região.

Além da fumaça, entre as pedras da caverna, os moradores da cidade também encontraram uma espécie de cera que tem cheiro forte.

"É como se fosse uma cera amarela, que tem cheiro de borracha queimada", acrescenta Lima.

De acordo com o geólogo José Sidney Barros, ainda não é possível afirmar com precisão as causas da fumaça que aparece no local.

"As probabilidades são várias dependendo do tipo de gás, localização da caverna e dos processos envolvidos.

Como a região tem uma formação rochosa chamada de 'Serra Grande', que é composta por arenito e conglomerados, há indícios de algum teor de óleo e gás, segundo pesquisas realizadas pela própria Petrobrás.

Por isso, a gente tem algumas possibilidades que podem justificar o aparecimento desse fenômeno", explica.

Ainda segundo Barros, a potencialidade petrolífera de uma região depende da existência, extensão e espessura da camada sedimentar.

"A Bacia do Parnaíba tem mais de três mil metros de espessura de sedimentos, portanto, é um ambiente adequado para a produção e acumulação desse material", diz o geólogo.

José Sidney Barros descarta a possibilidade de presença de vulcanismo, já que o Piauí está em uma plataforma estável.

Contudo, o geólogo explica que gases provenientes de profundidade sempre tem um conteúdo de metano, enxofre, ácido sufídrico, e que podem causar reações alérgicas ou alguma intoxicação.

"Na próxima semana iremos à região para coletar os gases, rochas, solo e tentar dar um diagnóstico mais seguro e concreto sobre o fenômeno.

Mas de já recomendamos que a população não permaneça muito tempo em contato com os gases", conclui Barros.


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