O complexo de inferioridade consiste em um conjunto de idéias
que foram recalcadas no inconsciente da criatura em tenra idade, associadas às
já existentes pelas experiências obtidas em vidas pretéritas.
Ele age sobre a conduta humana, provocando sentimentos gratuitos
de culpa, excessiva carga emotiva relacionada a pensamentos de baixa estima,
freqüente sensação de inadequação e constante frustração em decorrência da
desvalorização da capacidade e habilidade pessoal.
O sentimento de autopiedade pode nos tornar doentes
fisicamente.
Uma espécie de “invalidez psíquica” envolve-nos a existência e,
a partir daí, sentimo-nos inferiores e incapazes, levados a uma perda total da
confiança em nós mesmos.
A piedade aqui referenciada, é o sofrimento moral de pesar ou
aflição que sentimos por autopunição.
Ter pena ou dó, em muitas circunstâncias,
pode não ser um sentimento verdadeiro, mas sim uma obrigação social aprendida, a
ser demonstrada diante do infortúnio alheio.
No entanto, a sensação que experimentamos de amor, permeada de
respeito e afeição pelos outros, revela-nos os reais sentimentos denominados de
benevolência e compaixão.
A baixa estima ou autopiedade, pode nos levar a ser
vítimas de nós mesmos, pois estaremos somatizando essas emoções negativas em
forma de doenças.
Os sintomas da enfermidade podem ser considerados a forma física
de expressar uma atitude interna, ou mesmo um conflito.
Portanto, doentes não são somente as vítimas inocentes de algum
desarranjo da natureza, mas também os facilitadores de sua própria
moléstia.
O acontecimento em si mesmo, nunca tem muito sentido; precisamos
aprender a discernir o que há por trás do aspecto físico, ou seja, atingir o
conteúdo metafísico das coisas.
A importância e a mensagem de um fato ou de um
acontecimento somente aparecem clarificadas, quando interpretados em sua
significação; é isso que nos permite a compreensão completa de seu
sentido.
Quando deixamos de interpretar as ocorrências da vida e o
segmento natural que implicará seu destino, nossa existência mergulhará numa
total falta de sentido.
A doença sempre tem uma intencionalidade e um objetivo, surgindo
nas criaturas de baixa estima a fim de alertá-las de que existe uma
descompensação psíquica (seu sentimento de inferioridade) e da necessidade de
harmonizá-la.
O sentimento de inferioridade ou de baixa estima associa as
criaturas a uma resignação exagerada, a um autodesleixo ou descuido das coisas
pessoais.
A perda do senso de autovalorização é também conseqüência do
sentimento de inferioridade, que remete os indivíduos à vivência entre “hábitos
cronometrados” e a uma “mecanização dos costumes”.
Aqui estão algumas afirmações, que, se observadas com atenção,
poderão nos ajudar a reconquistar a autoconfiança perdida:
- somos potencialmente capazes de tomar decisões sem ter que
recorrer a intermináveis conselhos;
- possuímos uma individualidade divina completamente distinta da
dos outros;
- fazemos as coisas porque gostamos, não para agradar as
pessoas;
- encontraremos sempre novos relacionamentos; por isso não temos
medo de ser abandonados;
- usaremos, constantemente, de nosso bom senso; portanto, as
críticas e as desaprovações não nos atingirão com facilidade;
- tomaremos nossas próprias decisões, respeitando, porém, a dos
outros.
É essencial lembrar-nos de que sempre é possível alterar ou
transformar nosso “estilo de vida”.
Para tanto, não duvidemos de nossas aptidões e vocações
naturais, nem questionaremos, sistematicamente, nossas forças interiores.
Para obtermos autoconfiança, somente é preciso reivindicarmos,
valorosamente, o que já existe em nós por direito divino.
Autor: Francisco do Espírito Santo Neto – pelo Espírito Hammed –
extraído do livro “As dores da Alma”
Fonte: www.nenossolar.com.br
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