Esta semente apresenta um
valioso teor nutricional.
Tanto que era a principal fonte de alimentação de
algumas tribos indígenas do sul do Brasil. Sua polpa é formada basicamente de
amido, sendo muito rica em vitaminas do complexo B, cálcio, fósforo e proteínas.
E antes de falarmos desta semente e sua bela árvore, vale lembrar que a melhor
maneira de aproveitar todas as deliciosas potencialidades do pinhão é saber
prepará-lo.
Pelo menos um ingrediente é indispensável: a paciência.
Deixe-o
cozinhar lentamente, para que a casca se abra e libere todas as suas qualidades
de aroma e sabor.
Os pinhões podem ainda ser
transformados em farinhas, sendo matéria-prima de pães, broas e tortas, assim
como podem ser utilizados em saladas, molhos para carnes, suflês. Também são
condimentos de inúmeras sobremesas como pudins, rocamboles, bom-bons, entre
outros tantos alimentos especiais...
Os pinhões de A. araucana são
ricos em água, fibras, ferro, cálcio e em amido (85%); contudo, parte desse
último é o dito “amido resistente”, o qual possui rápida passagem pelo trato
digestivo, sendo indicado seu uso em dietas de emagrecimento (Piñon Gourmet,
2005). S
egundo Ambiente Brasil (fonte não oficial) citado por BRDE (2005), cada
100 g de pinhão de A. angustifolia macerado possui 195,5 calorias, 41,92 g de
glicídios, 1,34 g de lipídios, 3,94 g de proteínas, 35 mg de cálcio, 70 mg de
ferro, 136 mg de fósforo, 240 mg de vitamina B2, além das vitaminas B5, B1, C e
A.
Em
experimentos feitos com farinha de pinhão (A. angustifolia) servida em dietas de
ratos, os autores confirmaram que esse alimento substituiu em até 20 % a adição
de caseína na dieta dos animais sem haver diferenças no peso e desenvolvimento.
Logo, pode ser utilizado como suplemento alimentar na substituição da proteína
de formulação de alimentos (Leite et al., 2008).
Além do elevado valor
nutritivo, os pinhões de araucárias possuem algumas propriedades medicinais: o
pinhão de A. angustifolia é utilizado no tratamento da azia, da anemia e ajuda
na fortificação do sistema imunológico (BRDE; 2005).
As fibras da semente de A.
araucana auxiliam no bom funcionamento de todo trato digestivo, também ajudando
no combate a doenças cardíacas (Piñon Gourmet, 2005).
Os pinhões são ricos em cálcio
e magnésio, ingrediente importante no crescimento humano.
Por ter manganês,
ferro, zinco e fibras ameniza os riscos de contrair câncer, além de controlar a
diabetes e o colesterol.
Os pinhões são uma boa alternativa para substituir o
leite de vaca e é indicado para pessoas que sofrem de descalcificação e
osteoporose.
Estudos relataram que o consumo de pinhões reduz o risco de doenças
cardíacas.
Família:
Araucariáceas
Origem: América do Sul,
Brasil
Curiosidades: Os índios
paranaenses, coletores de alimentos, tinham o pinhão como um alimento por
excelência e acabavam atuando como propagadores das florestas de pinheiros.
Para
a colheita, os índios botucudos tinham flechas especialmente adaptadas para
derrubar as pinhas ainda presas.
A tal flecha chamava-se
"virola".
Presente no planeta desde a
última glaciação - que começou há mais de um milhão e quinhentos mil anos, a
araucária, segundo o engenheiro florestal Paulo Carvalho, da Embrapa de Colombo,
PR, já ocupou área equivalente a 200 mil quilômetros quadrados no Brasil,
predominando nos territórios do Paraná (80.000 km²), Santa Catarina (62.000 km²)
e Rio Grande do Sul (50.000 km²), com manchas esparsas em Minas Gerais, São
Paulo e Rio de Janeiro, que juntas, não ultrapassam 4% da área originalmente
ocupada pela Araucaria angustifolia no país.
Fontes
consultadas:
http://ritasousa.net/conheca-os-10-alimentos-mais-poderosos-para-nossa-saude
http://www.jardimdeflores.com.br/floresefolhas/A20pinhao.htm
http://www.celso-foelkel.com.br/pinus_16.html#dois
Nenhum comentário:
Postar um comentário