Quando pergunto onde
está Jesus, é porque a minha insatisfação está maior que a fé.
A minha insatisfação é reflexo
direto das expectativas que eu criei, e a frustração de não ver as coisas se realizando, como eu gostaria, me levam a duvidar, a me revoltar.
Jesus está cada dia
mais ativo, nos braços dos que acolhem os caídos, na boca dos que levam uma palavra de conforto, nos olhos dos que olham para os mais necessitados, nos ouvidos de quem ouve quem precisa desabafar, nas mãos que seguram as mãos desesperadas, nos que visitam os presidiários, lavam feridas, cozinham para os famintos, receitam para os doentes, nos pés daqueles que andam léguas para atender o aflito.
E eu,
na minha insatisfação, no meu egoísmo, cego pela frustração de não ver meus desejos atendidos, me revolto contra Deus, que não vejo, e nem posso ver, estou com a venda nos olhos.
Venda da minha ignorância,
que procura e não acha, que olha e não vê, que sabe, mas não entende, que machuca a alma aflita, que chora, que anseia, que pede para ser este Jesus, que tudo confia, e ser, depoimento vivo de que Ele vive, vive em mim, em você e em todo aquele que entendeu, que ser cristão não é seguir normas e regulamentos, é ser Jesus em cada gesto, atitude e movimento, na simplicidade de ser bondade, justiça e amor, e de tudo isso, o amor é o que mais representa o Cristo, e amar é deitar na cama do doente que não entendemos, vestir o sapato do familiar que não compreendemos, estar na fome do pedinte que pede um pedaço de pão, encontrar e ser Jesus, aquele que não morreu, está vivo em cada um daqueles que o descobriram, e quem encontra Jesus, jamais o esquece.
Paulo Roberto Gaefke
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