PARTE 1 - A CÂMARA DE RECUPERAÇÃOPor Suzanne Lie PhD Em 26 de agosto de 2012 MYTRE FALA: Assim que cheguei à Nave Espacial Arcturiana, após "acidentalmente" navegar minha nave com minha mente, nossa sociedade nas Plêiades estava no mesmo estágio de ascensão que sua sociedade terrena está agora. Entretanto, quando cheguei, tudo que pude fazer foi dizer aos Arcturianos que nosso planeta estava sendo atacado. Logo depois, fui levado à Câmara de Recuperação. Eu gostaria de começar esta mensagem contando-lhes minha experiência na Câmara. Assim que estava na minha cadeira e a porta foi fechada, fui cercado de total escuridão.
Primeiro, fiquei um pouco desconcertado pela
escuridão, mas lentamente uma luz interior começou a despertar dentro de mim.
Eu
nunca tivera uma experiência de perceber a luz.
Ela parecia vir do topo da minha
cabeça.
A luz começou a se mover pelo meu cérebro, como se estivesse procurando por alguma coisa.
Após um período desconhecido de tempo a fonte da
luz parecia se estabelecer no próprio centro do meu cérebro.
Deste local ela
projetava um feixe de luz para a minha testa interior e nesse ponto eu
desmaiei.
Quando acordei, eu podia ver no escuro. Eu sabia que a sala ainda estava escura porque eu estava vendo através de uma frequência superior de visão.
Eu podia aproximar ou distanciar o que eu via sem mover minha cabeça de
qualquer modo.
Eu também percebi que podia olhar para qualquer lado, até atrás
de mim, sem mover minha cabeça.
O que percebo agora é que eu estava vendo
através do meu Terceiro Olho.
Assim que tive uma chance de "brincar" com a minha nova visão, eu comecei a sentir um imenso ardor logo acima do meu coração.
A sensação de ardor era tão intensa que fiquei paralisado pela dor. Se
eu movia meu corpo de qualquer maneira, a dor aumentava.
Por outro lado, se eu
estivesse totalmente relaxado com uma respiração lenta e calma, a dor diminuía.
Assim, eu permaneci totalmente imóvel por um tempo que desconheço.
Creio que eu dormi, pois não foi a mesma sensação de antes, quando desmaiei.
De
qualquer forma, quando retornei ao estado desperto, a dor sumira e eu me senti
inacreditavelmente cheio de amor.
Minha esposa e minha filha entraram em meus
pensamentos e eu imediatamente vi uma imagem delas em minha mente.
Depois, muito
depois, eu soube que eu realmente as havia visto.
Focalizei nossa vila com minha mente para ver se eu podia enxergar alguma coisa, mas tudo que consegui foi uma fadiga intensa e uma sensação de receio.
Depois eu soube que
procurar por amor era uma tarefa muito mais fácil do que ver medo e violência.
Também soube que a razão desta discrepância era aprender a seguir a sensação de
amor durante minhas viagens intradimensionais.
Claro, naquela hora, eu não fazia
ideia de que glória meu futuro guardava.
Minha reflexão foi interrompida pela abertura da porta da Câmara, que se abriu praticamente por conta própria.
Depois eu soube que quando o indivíduo na cadeira ressoasse a certa frequência,
a porta automaticamente abria.
Enquanto eu lentamente me levantava da cadeira,
senti uma sensação totalmente única percorrer meu corpo.
Eu não fazia ideia do que era aquela sensação, mas era deliciosa.
Depois eu soube que meu
corpo inteiro fora recalibrado à frequência pentadimensional de ressonância.
Mas, eu somente poderia manter a dádiva da ressonância superior que me foi dada
pelos Arcturianos aprendendo a ser o Mestre de TODOS os meus pensamentos e
emoções.
Esta mestria não era uma tarefa fácil, mas eu a alcancei porque a
recompensa era imensa demais.
Assim que descobri como equilibrar minhas novas pernas, eu morosamente passei pela porta, deixando a Câmara.
Então entrei
num corredor silencioso.
Eu sentia o piso mais como uma nuvem do que chão, mas
eu não estava certo se era o piso ou meu novo corpo.
Depois eu descobri que eram
ambos.
O corredor estava vazio, mas eu sentia os pensamentos dos membros
da tripulação como se eles estivessem ali comigo.
Os pensamentos de tantas pessoas passando em minha mente me deram uma dor de cabeça e uma sensação de náusea.
Pus a mão na parede para me estabilizar e fui instantaneamente
surpreendido por informação a respeito de TODAS as operações da Nave.
Felizmente, eu ouvi uma instrução silenciosa emanando de meu coração, que foi
outra experiência nova, que me instruiu a fechar os olhos e interiorizar-me
profundamente em meu próprio Núcleo.
Eu não estava certo do que significava "interiorizar no meu Núcleo", mas eu corretamente imaginei que significava encontrar meu próprio Centro.
Quando me focalizei no Centro do meu
ser, eu pude encontrar um espaço de paz e até quieto.
Nessa quietude eu percebi
que estava ouvindo essas vozes de dentro de mim mais do que através de meus
ouvidos físicos.
Reencontrei meu Centro para que eu pudesse equilibrar meu corpo o bastante para ficar em pé sozinho.
Então, gradualmente abri meus
olhos e vi a face sorridente de um arcturiano.
"Muito bom",
disse.
(Os arcturianos são andrógenos até quando estão usando uma forma.) ”Siga-me", disse, enquanto me mostrava o caminho. Poderia dizer que eu ainda estava desorientado e caminhei lentamente. No início, não vi muito da Nave, pois tinha que manter meus olhos focados no arcturiano para evitar mais tontura.
Mas, conforme continuei a
caminhar, fiquei mais estável em meus novos pés.
Eu tinha um milhão de perguntas
para fazer, mas eu sabia que tinha que respeitar os meios de eles me
ensinarem.
O arcturiano me levou a uma Sala de Reunião onde eu lhes contei tudo que estava acontecendo em meu planeta e também tudo que acontecera comigo na nave.
Após minha reunião, fui levado ao meu próprio alojamento, onde
me mostraram como operar o replicador para eu me preparar alguma comida e fui
encorajado a relaxar e dormir um pouco. Fiz tudo que me pediram para fazer,
exceto dormir.
PARTE 2 Eu tossia, me virava e não podia parar de pensar tempo suficiente para me entregar ao sono. Eu tinha tantas perguntas. Por que eles me deixaram sozinho aqui? O que iria acontecer em seguida? Como estavam Mytria e minha filhinha? Como estava meu planeta? Os Arcturianos os salvaram? E assim mais uma e outra e outra... Finalmente minha porta soou e eu convidei um Ser desconhecido para entrar. Eu digo "Ser" porque minhas comunicações espontâneas revelaram que havia Seres de toda a galáxia a bordo desta Nave. Felizmente, quando a porta abriu, foi o arcturiano quem entrou. Eu já tivera surpresas suficientes por um bom tempo. Com um pequeno sorriso, o arcturiano disse: "Como vai com a mestria de seus pensamentos?"
MESTRIA DO
PENSAMENTO E PERCEPÇÃO COM A
EMOÇÃO
Por Suzanne Lie PhD
Em 28 de agosto de 2012
MYTRE CONTINUA:
Quando o arcturiano educadamente mencionou meu pensamento,
eu tive que rir.
Eu percebi que meu pensamento descontrolado era
parcialmente porque eu fora recalibrado para uma frequência de ressonância que
nunca havia experimentado.
Também reconheci que estava assustado porque meus
pensamentos e emoções estavam fora de alinhamento com meu novo corpo.
Lembrei-me do Elohim que Mytria e eu havíamos conhecido no
Ventre da Mãe muito, muito tempo atrás.
Porém, eu nunca tinha conhecido um arcturiano, muito menos
experimentado uma faixa de frequência de estado de ser que me permitia perceber
e interagir com eles.
"Bom", disse o arcturiano em pé na porta de meu
alojamento.
"Você discerniu corretamente que nós o levamos para a
Sala de Recuperação para expandir sua ressonância. Você foi levado para lá
porque passou por uma grande iniciação de mestria de seus pensamentos e de
percepção com suas emoções."
Eu não fazia ideia do que significava percepção com
minhas emoções, mas estava bem claro sobre a minha dificuldade de mestria de
meus pensamentos.
Por outro lado, quando eu estava pilotando a Nave com minha mente, eu só tinha um pensamento e eu sentia esse pensamento com todas as células do meu corpo.
"Siga-me", o arcturiano disse, mas eu não vi
movimento em sua boca. Além do mais, eu ouvi sua mensagem dentro do meu coração
ao invés de meus ouvidos.
Mas o arcturiano não explicou o que eu estava
experimentando.
Com um sorriso de quem sabe, ele se virou e saiu
andando.
Eu estava muito atordoado pela falta de sono e pela intensa ansiedade, mas eu me levantei rapidamente em minha tentativa, em vão, de acompanhá-lo. Para iniciantes, o arcturiano não anda realmente.
Ele se move logo acima do solo.
Na verdade, eu senti que ele podia simplesmente piscar e
chegar à sua destinação, mas que apenas estava utilizando sua atual locomoção
arcaica para meu benefício.
Estava claro que eu tinha muito a aprender se fosse
permanecer naquela Nave.
O arcturiano me guiou para o que provavelmente era um
holoespaço, porque era uma área imensa com um belo lago, sol quente e uma brisa
suave que delicadamente movimentava as folhas de muitas árvores.
Na verdade, era exatamente a área onde eu conheci
Mytria.
Com esta constatação, um ataque de profunda solidão e
tristeza me percorreu.
"Você passou por uma grande mudança", disse o
arcturiano.
"Nós criamos um local familiar para você descansar e se
acostumar à sua nova frequência de forma. Você pode utilizar sua mente para
chamar qualquer um que você deseja visitar."
"Mas será a pessoa real?", eu perguntei.
”O que quer dizer com real?", o arcturiano
perguntou.
Eu nem sabia como responder essa pergunta, então dei uma
tropeçada e disse:
"Você sabe, real quanto a não ser somente minha
imaginação."
"Tudo é sua imaginação", disse o arcturiano
virando-se e deixando o lago, o holoespaço, ou era a realidade?
Infelizmente eu não pude fazer essas perguntas, porque o arcturiano de repente se foi.
Obviamente eu estava em aprendizado intensivo e eu tive de
parar de perguntar e começar a lembrar do que me ocorrera na nave.
Portanto, comecei a chamar a ilusão, holograma ou realidade
de minha tripulação para perguntar o que haviam visto.
Foi quando me lembrei de que eles também estariam na
nave.
Antes de eu ter chance de refletir sobre esta questão, todos os meus três companheiros, inclusive aquele que havia morrido, apareceram na minha frente.
Fiquei surpreso por ver alguém que eu vira morrer de pé na
minha frente.
Talvez ele fosse um holograma, mas se fosse, eu não queria ser aquele a revelar isto a ele.
"Nós lhe trouxemos comida", eles disseram.
Sentamo-nos numa rocha plana e comemos nossa singela
refeição, enquanto nós fazíamos de conta que esta experiência era normal, e eu
tentava imaginar se ela era real.
*******
MENSAGEM DA MEIA-NOITE
Uma nota de Sue
Ontem no meio da noite eu fui acordada por uma mensagem que
fluiu rapidamente por minha mente, mas era importante o suficiente para me
despertar.
O quarto estava escuro, então peguei papel e caneta e fui para o banheiro para ver com a luz noturna. Minha mensagem era:
A Terra
está chamando Seus formadores a partir de qualquer um que possa dever a
Ela.
Claro, essa sentença é um modo tridimensional de dizer que
Gaia está fazendo Seus preparativos finais para transmutação.
Portanto, qualquer um que está ocupado sendo distraído por
aquilo que parece ser tão importante, está sendo chamado para deixar suas
distrações e passar ao serviço a Gaia.
Parte da razão de eu receber esta mensagem pode ser por
causa de uma rápida meditação, ou talvez tenha sido uma visão, que tive quando
estava caindo no sono na noite anterior.
Eu acabara de chegar a Dana Point com minha amiga para sua Comemoração de Aniversário e estava pensando sobre os inúmeros terremotos na área de San Diego.
Dana Point é bem perto de San Diego e meu marido,
protetoramente, me "lembrara" dos terremotos antes de sairmos.
Eu não pensei nisto até cair no sono. Então eu percebi que estávamos lá para assistir Gaia.
Eu pude sentir que a terra naquela área estava tendo
problemas para transmutar e eu sabia que era por causa da potência nuclear do
planeta entre Dana Point e San Diego.
Em meu estado de sono parcial, eu comecei a transmutar o
solo e a assistir Gaia.
Tudo corria bem quando um ET negativo, baixinho, uma imagem
assustadora de minha infância, acordou em mim.
Eu comecei a sentir medo, mas me
detive e apelei para os Arcturianos.
Imediatamente senti-me transmutar para uma versão
arcturiana com 3 metros de altura.
Meu disfarce humano caiu e minha real identidade foi
revelada.
Eu gostaria de saber como descrever isso.
Eu estava tão calma, tão cheia de amor que eu nem podia
imaginar a sensação de medo.
Eu, em minha forma arcturiana, andei até o ET baixinho, inclinei-me e gentilmente o toquei no ombro.
Então, de um modo muito amoroso, eu disse:
"Você poderia ir embora agora, pois pode ficar muito
difícil para você aqui."
Foi uma meditação muito curta, mas a sensação de estar num
Corpo de Luz Arcturiano com 3 metros de altura permaneceu comigo por
horas.
Na verdade, se eu fechar meus olhos por uns poucos momentos
ainda posso invocar a sensação novamente.
Mais ainda, ainda posso sentir a total falta de julgamento
e a verdadeira preocupação com a dificuldade que aquele ser assustador, e com
medo, poderia experimentar.
Creio que a lição mais importante nessa curta experiência
foi transmutar minha forma com tanta facilidade.
Claro, ainda estou andando por aí com um corpo físico porque a forma arcturiana não era física.
Mas, minha percepção de vida, principalmente do medo, foi
totalmente diferente enquanto minha consciência esteve calibrada a essa
frequência do EU.
Escrevi esta nota curta para lembrar todos vocês que vocês
NÃO têm que aprender nada.
Tudo que vocês têm a "fazer" é se lembrar de quem vocês
realmente são e passar isto para sua vida diária.
Nós estamos Fluindo para um período de imensa
mudança.
Quando nosso mundo estiver esmagador, tudo que precisamos
lembrar é de invocar o nosso EU!
PARTE 3 - É REAL?
Por Suzanne Lie PhD
Em 29 de agosto de 2012
Após ter uma refeição familiar com meus colegas de
tripulação, nós nos despimos e nadamos no lago.
Então nos deitamos na rocha morna e não conversamos sobre
nada.
Contamos piadas, rimos e finalmente caímos no sono.
Quando acordei, o sol estava baixo no horizonte e meus
amigos tinham ido embora.
De repente, fui tomado pela profunda tristeza que não pudera sentir sobre deixar minha amada família.
Agora eu estava sozinho, então podia chorar como um bebê.
E
eu chorei.
Enquanto chorava, imagens de estar na terra da Mãe com
Mytria, rindo com ela e fazendo amor encheram meu coração.
Lentamente eu percebi que aquelas imagens eram mais fortes
do que o sentimento de tristeza e eu comecei a me focalizar no sentir as
imagens.
Conforme permiti que o sentimento de profunda amizade, amor
e alegria enchesse meu corpo, comecei a entender o que o arcturiano quis dizer
com "perceber com a emoção".
Quando minha emoção era tristeza, tudo que eu percebia era
que estava sozinho numa pedra que já estivera cheia de amor.
Com o sentimento de amor enchendo meu corpo, eu olhava para
o Sol se pondo e via meu EU.
Não sei explicar como eu me via, pois eu via com a emoção
de Felicidade.
Eu havia liberado minha solidão e profunda tristeza e
substituído pelo SENTIR amor por outro.
Então, assim que senti amor por outro, eu consegui amar o
meu EU.
Por Eu, quero dizer, o eu que é UM com o EU que é UM.
Naquela hora pareceu uma sentença pobre, mas gradualmente
eu comecei a entender o que ela significava.
Eu estava criando o holograma com
meus pensamentos, tal como o arcturiano disse que eu criaria.
Eu pensei em meus amigos e dei vida ao meu amigo que
morrera.
Reuni-me com eles num dia ensolarado porque eu precisava me
sentir um cara "normal" relaxando com seus amigos. Finalmente eu caí no sono,
pois não podia mais acreditar na fantasia que eu criara.
Com a perda da minha ilusão, eu tive de encarar minha
verdade.
O medo e a tristeza chegavam rápido, e o amor e a felicidade chegavam de uma maneira lenta, mas duradoura. Quando eu permitia que minhas emoções falassem comigo, eu podia ver a verdade ao meu redor.
E para
minha surpresa, essa verdade incluía o fato de minha tristeza não ser apenas
pela minha família.
Eu estava lamentando a perda de tudo que eu considerava ser
verdadeiro, honesto e real.
Agora que eu percebera que meu mundo real era uma ilusão,
tudo que eu podia perceber era a verdade.
Com esta conscientização final, o lago
desapareceu, a rocha desapareceu, as árvores desapareceram e o sol se pondo
revelou a porta de saída do holoespaço.
Eu sabia que passar por aquela porta era reconhecer que
tudo que eu já tinha conhecido, feito, possuído e experimentado era uma
ilusão.
Através da porta estava o meu verdadeiro EU. Sim, claro, este EU estava dentro de mim, mas através da porta eu aprenderia como me lembrar de quem eu realmente sou.
Olhei para aquela única porta na parede vazia por um tempo
muito longo.
Eu sabia que não tinha mais escolha.
Ao mover nossa pequena nave com minha mente, tudo mudou
porque eu mudei.
Então, quando eu deixei a Câmera de Recuperação, eu comecei
a SER minha verdade, o que me aterrorizou.
Levantei-me e atravessei a porta. Com a cabeça erguida,
passei pela porta e segui o arcturiano que me aguardava e que me saudou com o
coração aberto.
Não foi necessária nenhuma palavra, pois agora eu podia ler sua
mente.
Enquanto meu amigo arcturiano (eles não têm nomes da
maneira que eu estava acostumado) me conduzia pelo corredor, ele começou a
flutuar cada vez mais alto acima do piso.
Eu sei que ele estava me encorajando a fazer o mesmo, mas
minhas dúvidas falavam mais alto do que minha crença em meu EU.
Com esse pensamento, o arcturiano se virou e olhou em meu
rosto.
Gradualmente uma pequena luz dourada cresceu dentro de
mim.
Na verdade, parecia que ela delicadamente se erguia acima
do limiar da minha dúvida interior.
Eu sei que essa sentença não faz sentido, mas minha dúvida
não era infinita.
Ela era forte naquela parte de mim que ainda mantinha medo,
a parte de mim que mantinha a escuridão.
Porém, essa esfera dourada erguia-se acima desse medo e me
enchia de luz.
Sim, claro, este é o SOL que revelou a porta de saída do
holoespaço e de entrada para o meu EU.
O arcturiano leu minha mente imagética e falou comigo numa
imagem mais poderosa do que as palavras.
Eu pude sentir lágrimas rolando por meu rosto, mas elas
eram lágrimas de alegria.
Pus a cabeça para trás e abri meu coração para a crescente
alegria dentro de mim.
Levantei meus braços abertos para entregar meu coração a...
o quê?
Eu não sabia, mas a sensação de entrega era
maravilhosa.
Fechei meus olhos e a entrega transformou-se em felicidade
e a felicidade transformou-se em uma tranquilidade total, uma completa calma e
uma sensação de flutuar.
E então o arcturiano disse: "Abra seus
olhos".
Eu não queria abrir meus olhos.
Preocupava-me que, se eu visse o mundo exterior, eu
perderia estas sensações maravilhosas e curadoras.
"Abra seus olhos agora", eu ouvi com uma sensação de urgência.
Relutantemente eu abri meus olhos e vi o teto do corredor a
centímetros do meu nariz.
Fiquei tão surpreso que perdi minha concentração e comecei
a cair.
"PARE!"
Para minha surpresa, minha queda foi suspensa pelas firmes
palavras do arcturiano.
Mantive o sentimento de comando em minha mente enquanto repetia "PARE" até que pude pousar meus pés no chão.
Com uma sensação de orgulho misturada com acanhamento,
olhei para cima, nos olhos do arcturiano.
"Agora é hora de começar com suas aulas", disse o
arcturiano com sua mente.
Quando acordei na manhã seguinte, estava tão animado que não consegui me vestir rápido o suficiente.
(Manhã era um ciclo escolhido ao invés do nascer do sol,
já que estávamos numa nave espacial. Assim, sempre era "noite" fora da
nave.)
Eu estava tão apressado para me vestir que pus minha
jaqueta do avesso e levou ainda mais "tempo" tirá-la e vesti-la
corretamente.
(O tempo era outro evento escolhido, pois os Arcturianos
vivem no presente-eterno AGORA.)
Eu me contive de sair correndo pelos Corredores até a Área
de Refeição Coletiva, novamente desnecessária, porque arcturiano não ingere
alimento.
Quando entrei na sala cheia, fiquei surpreso ao ver meus
dois colegas de tripulação.
Não, meu outro amigo não tinha ressuscitado.
Encaminhei-me depressa até eles e abracei os dois.
Parece que eles estavam esperando por mim.
Todos nós fomos buscar nossa refeição, o que foi uma
experiência por si só.
Desde que havia membros na nave de toda a nossa galáxia e
de além dela, nos era apresentada uma grande variedade de comida.
Eu escolhi um café da manhã pleiadiano simples, como
escolheram também meus dois amigos.
Mas, a discussão animada sobre nossas muitas opções culinárias trazia um tom camarada e feliz de boas-vindas.
Meus amigos estavam muito felizes porque estavam para
embarcar numa nave e voltar para nosso Mundo Lar nas Plêiades.
Eles esperavam
que eu me juntasse a eles e ficaram muito desapontados ao ouvir que eu ficaria
com os Arcturianos.
Eu fui tomado, claro, por uma grande culpa quando eles me
perguntaram como eu podia ficar longe de Mytria e nosso bebê.
Eles também queriam saber se eu recebera autorização de
nosso Comandante para permanecer com os Arcturianos.
Quando eu lhes disse que recebera a autorização apropriada,
eu também tive de lhes dizer que eu não poderia contar por quê.
Eu odiei manter um segredo de meus amigos com quem eu
acabara de compartilhar uma experiência de quase morte, mas como eu poderia
dizer a eles o que eu estava aprendendo?
Nossa conversa rapidamente degradou de uma amistosa
camaradagem para uma discussão desconfortável sobre o retorno deles e a minha
permanência.
Finalmente, criei uma desculpa para sair, pois a culpa de estar afastado de minha família e de meu Mundo Lar era esmagadora. Ao invés dos abraços carinhosos de boas-vindas de nossa primeira saudação, nós acabamos com um mortiço aperto de mãos enquanto eu tentava lentamente deixar a sala. "Bem, demais para o meu primeiro glorioso dia de treinamento", eu pensei enquanto saía do salão.
Uma enorme nuvem negra pairava sobre minha cabeça enquanto
eu, cabisbaixo, caminhava pelo corredor.
Na verdade, eu estava tão absorvido em minha
autocomiseração que praticamente trombei com meu mentor arcturiano.
Trombar com um Ser de Luz é uma experiência muito única,
pois eu literalmente ENTREI nele.
Quando o fiz, fui envolvido em tal iluminação e amor
incondicional que caí no chão com se tivesse sido ferido. Na verdade, meu eu
ferido despencou no chão.
Ao mesmo tempo, eu pude sentir outra parte de mim, creio
que era o meu próprio Corpo de Luz, elevar-se acima de mim.
Eu me senti como duas polaridades extremas em uma só
pessoa.
A confusão de meu eu ferido e a iluminação de meu Corpo de
Luz foi uma experiência tão única que eu quase desmaiei com o esforço para
expandir minha consciência para esses extremos.
Felizmente o arcturiano veio me ajudar baixando-se e tocando delicadamente nas costas daquele com o coração ferido. Instantaneamente meu EU Luz entrou rapidamente no meu coração físico, e sem esforço, fiquei em pé.
Quando me levantei, percebi que o arcturiano estava
flutuando acima do solo e seu rosto estava fora da minha visão.
Na verdade, seu rosto era mais uma luz radiante com dois
pontos de foco que imaginei serem seus olhos.
Ele estava falando comigo telepaticamente, mas eu não podia
ouvir. Minha distância física de seu coração e olhos fez-me acreditar que eu não
podia ouvir sua mensagem telepática.
Claro, o pensamento não fazia sentido, mas foi o pensamento
que me veio.
Esse pensamento era realmente a mensagem?
Então eu percebi que o arcturiano estava me dizendo para me
levitar até o nível em que eu podia estar mais perto de sua cabeça e
coração.
"Sim, levitar", eu disse para mim.
Tentei me lembrar como eu fizera antes, mas não conseguia
me lembrar.
Após tentar e tentar, fiquei frustrado.
Não!
Fiquei furioso.
Como esse arcturiano podia esperar tanto de mim?
Eu só estava naquela nave infinitamente enorme há poucos
dias.
Acabara de receber um novo corpo e desertara de minha
família e de meu Mundo Lar para que eles me ensinassem a voar!!!!
Era a minha culpa apimentada com a raiva.
O que eu tinha feito?
Eu tinha tomado a decisão certa?
Eu era bom o bastante para realizar a enorme expectativa
deles com relação a mim?
E assim por diante...
Então eu ouvi MUITO ALTO: "Como vai indo com a mestria
de seu pensamento?"
Humor arcturiano!
Eles tinham a capacidade de ser divertidos!
A ideia de este Ser imenso de Luz pairar acima da minha
cabeça e fazer uma piada, me levou a uma gargalhada incontrolável.
O riso aliviou minha raiva, minha culpa e minha tristeza,
que era a base da culpa e da raiva.
O riso tornou-se mais controlável e lentamente se
transformou numa sensação de alegria.
Fechei meus olhos agradecendo a alegria que, então, se
expandiu de alegria para amor.
Neste momento o arcturiano tocou o topo de minha cabeça e
senti a felicidade mais extrema que já havia experimentado.
A felicidade continuou até que bati minha cabeça no teto do
Corredor.
Eu ouvi a risada do arcturiano?
Caí no chão da maneira mais indigna e levantei os olhos
para ver o arcturiano rindo.
Ele baixou para me tocar e nós piscamos para outra área da
nave.
Este meio de transporte era bem animador.
Não senti movimento.
Eu chamo de "piscar para outra área", porque me pareceu que
eu estava em um lugar, então meus olhos se fecharam para um piscar no "tempo" e
eles se abriram em um outro ambiente.
Neste caso, eu assumi que era outro holoespaço, pois
estávamos num rochedo olhando para as constelações e galáxias no espaço que eu
nunca vira.
"Onde estamos?", perguntei.
"Estamos em outro
holoespaço?"
Ele me instruiu a piscar novamente e abri meus olhos para a
visão familiar das constelações acima do meu Mundo Lar nas Plêiades.
Tentei ser educado quando eu disse: "É um holograma ou é
real?"
"Tem alguma diferença?", foi a resposta que ouvi.
Eu teria que pensar antes de fazer minha próxima
pergunta.
Ou, talvez, eu não deveria fazer uma pergunta.
Eu aprendera até então que uma pergunta respondida apenas
levava a outra pergunta.
Portanto, decidi esperar e permitir que o arcturiano
continuasse com o que ele pretendia.
Eu observava silenciosamente enquanto muitas vistas lindas
de constelações e galáxias enchiam minha visão.
Quando a beleza sobrepujou meus pensamentos, comecei a
perceber que cada visão criava uma sensação diferente em meu Coração.
Neste momento novamente vi a primeira constelação que fora
me mostrada.
Porém, desta vez eu me lembrei de SENTIR todas as sensações que enchiam meu corpo, todas as emoções que surgiam dessas sensações e de ouvir todos os pensamentos que vinham à minha mente.
Nós passamos pelo ciclo de constelações e galáxias muitas
vezes.
Todas as vezes eu consegui SENTIR as sensações, emoções e
pensamentos que eram iniciados por cada visão.
Foi então que ouvi o termo "Frequência de Assinatura".
Sim, eu entendi.
Cada mundo tem uma Frequência de
Assinatura.
Até então, eu havia reconhecido algumas estrelas, constelações e galáxias e me conscientizei de como a Frequência de Assinatura era imensamente mais informativa do que os nomes que nós lhes dávamos.
Voltei-me para o arcturiano para lhe dizer o que eu havia
entendido, mas ele tinha ido embora.
Mas ouvi uma mensagem clara em meu coração que eu devia
ficar ali até ter memorizado todas as Frequências de Assinatura.
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