terça-feira, 28 de agosto de 2012

27/08 / Santa Monica

 
Sabemos pouco sobre a infância de Santa Mônica; muito do que nos chegou sobre sua vida foi através das "Confissões" de Santo Agostinho, seu filho.
Ela nasceu em Tagaste, Algéria, em 332.
 
Casou-se cedo com Patrício; ele era pagão e tinha um temperamento violento.
A vida de casada de Mônica era muito difícil, seu marido se aborrecia com suas orações.
Muitas mulheres de Tagaste tinham problemas em casa e Mônica, com sua doçura e paciência, era um exemplo para elas.
O casal teve três filhos: Agostinho, Navigius e Perpétua.
 
Nenhum deles foi batizado enquanto pequeno.
 
Agostinho lhe dava muitos problemas e foi mandado para Madaura para estudar.
 
Ela teve uma compensação: a conversão de seu marido, que morreu logo depois.
Santa Mônica decidiu não se casar novamente.
 
Nesse ínterim, Agostinho foi seguir seus estudos em Cartago, onde aderiu à seita dos maniqueus.

De volta em casa, Agostinho levanta proposições heréticas e sua mãe o expulsa, mas ela volta atrás.
 
Santa Mônica vai se aconselhar com um bispo, que a ajuda a perceber que o tempo da conversão de Agostinho ainda não tinha chegado.
Agostinho viaja escondido para Roma e sua mãe o segue.
 
Quando ela chega, ele já tinha partido para Milão e ela continua em seu percalço; chegando, ela conhece o bispo de Milão, Santo Ambrósio, que contribui para a conversão de Santo Agostinho em 386.
 
Agostinho é batizado no ano seguinte, na igreja de São João Batista, em Milão.
 
Ainda em 387 resolvem voltar à África e Santa Mônica morre na viagem, em Ostia, perto de Roma, onde é enterrrada.
Santa Mônica fica como esquecida durante anos até que, no século XIII, seu culto começa a se espalhar e, no calendário da Igreja, foi marcado o dia 4 de maio, véspera da conversão de seu filho, para se realizarem festas em sua homenagem.
Em 1430, o Papa Martinho V ordenou que suas relíquias fossem levadas para Roma e muitos milagres aconteceram no caminho, consolidando o culto da santa.
 
O arcebispo de Rouen, Cardeal d'Estouteville, construiu uma igreja em Roma em honra a Santo Agostinho e depositou as relíquias de sua mãe em uma capela à esquerda do altar principal.
 
O Ofício de Santa Mônica só entrou no Breviário Romano no século XVI.
Em 1850 foi criada na Notre Dame de Sion, em Paris, uma associação de mães cristãs com o patronato de Santa Mônica, com o objetivo de fazer orações mútuas por maridos e filhos.
 
Esta associação foi elevada a arquiconfraria em 1856 e se espalhou rapidamente pelo mundo católico, com filiais em Dublin, Londres, Liverpool, Sidney e Buenos Aires.
Oração(para pedir a conversão de um filho)
Ó Santa Mônica, que pela oração e pelas lágrimas, alcançastes de Deus a conversão de vosso filho transviado, depois santo, Santo Agostinho, olhai para o meu coração, amargurado pelo comportamento do meu filho desobediente, rebelde e inconformado, que tantos dissabores causou ao meu coração e a toda a família.
Que vossas orações se juntem com as minhas, para comover o bom Deus, a fim de que ele faça meu filho entrar em si e voltar ao bom caminho.
Santa Mônica, fazei que o Pai do Céu chame de volta à casa paterna o filho pródigo.
Dai-me esta alegria e eu serei sempre agradecido(a).
Santo Agostinho, rogai por nós.
Santa Mônica, atendei-me.
Amém.
 
 


A Igreja venera Santa Mônica, Santa esposa e viúva, não só por dar vida corporal a um dos mais importantes doutores da Igreja, Santo Agostinho, mas também também porque foi o principal instrumento do qual Deus se valeu para dar a este o dom da Fé.

Agostinho tinha 17 anos e estudava retórica.
 
Dois anos mais tarde, Mônica teve a pena de saber que seu filho levava uma vida dissoluta e tinha abraçado a heresia maniqueísta.
 
Por esta razão e como maneira de motivá-lo ao arrependimento, Mônica lhe fechou as portas de sua casa durante algum tempo.
 
Uma visão fez a Santa tratar menos severamente o filho.
 
Sonhou que se achava no bosque, chorando a queda de Agostinho, quando lhe aproximou um personagem resplandecente que lhe perguntou a causa de sua pena.
 
Este, depois de escutá-la e lhe secar as lágrimas, disse-lhe: "Seu filho está contigo".
 
 Quando Mônica contou a Agostinho o sonho, o jovem respondeu que Mônica não tinha mais que renunciar ao cristianismo para estar com ele; mas a Santa respondeu: "Não me disse que eu estava contigo, mas sim você estava comigo".

O grande bispo Santo Ambrósio, que tinha se tornado muito amigo de Agostinho e sua mãe, teve também um papel muito importante na conversão do futuro santo.
 
Finalmente, em agosto do ano 386, Agostinho anunciou sua completa conversão ao catolicismo.
 
O santo deixou em suas "Confissões" algumas das conversações espirituais e filosóficas em que passou o tempo de preparação para o batismo.
 
Santo Ambrósio batizou Agostinho na Páscoa do ano 387.

Os fiéis se encomendam, há muitos séculos, às orações de Santa Mônica, já que esta é padroeira das mulheres casadas e modelo das mães cristãs.
 
 
 

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