quarta-feira, 9 de maio de 2012

Sobre a obsessão



Sabedoria Indígena

Um velho índio norte-americano certa vez descreveu seus conflitos internos da seguinte maneira: “Dentro de mim há dois cachorros.

Um deles é cruel e mau.
O outro é muito bom.
Os dois estão sempre brigando.
" Quando lhe perguntaram qual cachorro ganhava a briga, o ancião parou, refletiu e respondeu: "Aquele que eu alimento mais freqüentemente...”.

É sabido que a medicina reconhece a obsessão espiritual, como possessão por espíritos.
“O Código Internacional de Doenças(CID) n.10 (F44.3),já reconhece os estados de transe e possessão por espíritos; do mesmo modo que o Tratado de Psiquiatria de Kaplan e Sadock, da Universidade de Nova York, no capitulo sobre Teorias da Personalidade faz menção ao assunto ; e Carl Gustav Jung, em sua primeira obra, analisa o caso de uma médium,uma moca, “possuída” por um espírito,no estudo que fez dos fenômenos ocultos.

O termo possessão por espíritos é usado pela Associação Americana de Psiquiatria, no DSM 4 -casos clínicos".
Entretanto, ainda muitos buscam tratá-la de maneira “clássica”, com psicotrópicos.

Não quero dizer que a medicação não seja válida.

Muitas vezes o paciente precisa da medicação para ter um “fôlego” e, paralelamente, fazer um tratamento espiritual e emocional( consiste no amadurecimento emocional-compreensão de suas emoções).

Claro que o cliente deve buscar o tratamento espiritual,respeitando sempre suas crenças, a não ser que ele solicite uma indicação.

Existem graus de obsessão:

Influência espiritual - sugestões em nível espiritual (a influência, de certa forma, necessita da permissão da pessoa pela identificação vibratória dos pensamentos das duas partes).

A obsessão é a ação direta e persistente que um espírito malévolo exerce sobre a pessoa.

Sua maneira de atuação vai desde a simples influência moral, aparentemente silenciosa, até a perturbação completa do organismo e faculdades mentais: “Que na retaguarda dos desequilíbrios mentais, sejam da ideação ou da afetividade, da atenção e da memória, tanto por trás das enfermidades psíquicas clássicas como, por exemplo, as esquizofrenias e as parafrenias, as oligofrenias, paranóias, psicoses e neuroses que permanecem como perturbações da individualidade, transviadas do caminho que as leis Divinas lhe assinalam para evolução moral.

Enquanto lhe mantém a internação no instrumento físico transitório, até certo ponto, ela consegue ocultar no esconderijo da carne os resultados das paixões e abusos, extravagâncias e viciações a que se dedica”. espírito André Luiz - psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira - Mecanismos da Mediunidade cap.XXIV - Obsessão - sub-item: Problemas morais - p.170 - Ed. FEB - 1997;

Caracteriza-se por cobranças, vínculo com faltas cometidas no passado e a fascinação (encantamento); a pessoa fica incapaz de discernir, constrói em sua mente uma “fantasia” e vive através dela. Com base na pequena metáfora ”Sabedoria Indígena”, devemos refletir qual cachorro alimentamos mais e que tipo de alimentação oferecemos a ele.

O que comem os cachorros:

O cachorro bom tem o nome de Luz e está ligado aos nossos desejos e aspirações, nossa herança genética e energética (vivências passadas) – plano astral superior; Então, ele se alimenta de maneira balanceada – DHARMA – nutrição da consciência.

Partindo do princípio de que a mente gera pensamentos que, por sua vez, geram sentimentos e emoções que, conseqüentemente, criam um fluxo de energia – saúde/doença (estado de consciência), percebemos que é muito importante olharmos para nós mesmos e assumirmos nossos pensamentos e sentimentos para, conscientemente, modificá-los.
Negar é como se escondêssemos o lixo sob o tapete; não é visto mas está lá, cheio de bactérias, ácaros, fungos (parasitas energéticos), vibrando incessantemente.

O cachorro cruel tem o nome de sombra e está ligado ao que trouxemos de outras experiências (vivências passadas) – energia ancestral e espiritual - plano astral inferior, nossas dificuldades e nosso maior aprendizado de libertação.

Ele se alimenta de vitimização (mágoas, ressentimentos, submissão, inflexibilidade, ilusão, negação, culpa e tantos outros); o cachorro corre atrás do próprio rabo e não sai do lugar criando energias viciosas, contaminadas, ensimesmadas.

Nossa “ignorância”, ou melhor, aquilo que conscientemente desconhecemos em nós, assume o poder para que seja modificado, então, não somos vítimas do acaso.

Sabemos da existência dos chacras superiores (cardíaco, laríngeo, frontal e coronário), inferiores (umbilical e básico) e o intermediário (ponte – plexo solar).

No plexo solar, encontram-se nossos desejos e aspirações; é um intermediário entre os planos superior e inferior em nós. A maneira pela qual nos relacionamos com o mundo faz despertar um plano ou outro, nosso cachorro bom ou cruel.

Enquanto colocarmos as responsabilidades pessoais fora de nós, estaremos alimentando nosso cachorro cruel que judia de nós nos causando alienação, cegueira da alma, abrindo brechas para outras consciências se alimentarem dessas energias que produzimos.
Entretanto, se nos olharmos, nos reconhecermos como seres em evolução com a bendita oportunidade de refazer adequadamente o que ficou pendente de alguma forma, daremos um salto quântico e aí domesticaremos nosso cachorro cruel e lhe daremos afeto - “amor”.
Assim, tornamo-nos libertos de nós mesmos.

Toda obsessão tem início em nós mesmos, na nossa inflexibilidade.

Escolha ser feliz agora.




Marta de A. L. Moreira Mendes
Psicoterapeuta Reencarnacionista, educadora, pós-graduada em psicossomática
e psicobiofísica, escritora e pesquisadora.




Nenhum comentário:

Postar um comentário