quarta-feira, 2 de maio de 2012

Manuscritos do Mar Morto podem ser vistos na internet

Agência Estado

Por AE | Agência Estado
Google anuncia site que reúne os cinco Manuscritos do Mar Morto (Foto: AFP)
 
 
Dois mil anos depois de terem sido escritos e décadas após terem sido encontrados em cavernas no deserto, alguns dos famosos Manuscritos do Mar Morto estão disponíveis na internet, por meio de um projeto lançado pelo Museu Nacional de Israel e pelo Google.

A disponibilização de cinco dos mais importantes manuscritos na internet é parte de uma ação mais ampla dos guardiães dos textos - que já foram criticados por permitirem que eles fossem monopolizados por pequenos círculos de acadêmicos - de torná-los acessíveis a todos por meio da rede.
Os manuscritos incluem o livro de Isaías, o manuscrito conhecido como "rolo do Templo" e mais outros três.

Os internautas poderão pesquisar imagens em alta resolução, procurar passagens específicas, aproximar as imagens e traduzir versos para o inglês.
Os originais são mantidos num cofre no interior de um edifício em Jerusalém, construído especialmente para abrigar os manuscritos.

O acesso a eles exige pelo menos três chaves diferentes, um cartão magnético e um código secreto.
Os cinco manuscritos estão entre os escritos comprados por pesquisadores israelenses entre 1947 e 1967 de vendedores de antiguidades.

Os manuscritos foram encontrados por pastores beduínos no deserto da Judeia.
Acredita-se que os rolos com os escritos - considerados por muitos como a descoberta arqueológica mais significativa do século 20 - foram escritos ou coletados por uma seita judaica ascética que deixou Jerusalém e foi para o deserto 2 mil anos atrás e se estabeleceu em Qumran, mas margens do Mar Morto.

As centenas de manuscritos que sobreviveram, em pedaços ou inteiros, em cavernas, trouxe informações sobre o desenvolvimento da bíblia judaica e as origens do cristianismo.
O processo de fotografar os escritos teve início no começo deste mês e envolveu ex-cientistas da Nasa.

Uma câmera avançada de US$ 250 mil desenvolvida em Santa Barbara, na Califórnia, permitiu aos pesquisadores distinguir palavras e outros detalhes que não são vistos a olho nu.
O projeto deve estar concluído até 2016, quando quase todos os documentos estarão disponíveis na internet.

A pesquisa pode ser feita no endereço

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