Google anuncia site que reúne os cinco Manuscritos do Mar Morto
(Foto: AFP)
Dois mil anos depois de terem
sido escritos e décadas após terem sido encontrados em cavernas no deserto,
alguns dos famosos Manuscritos do Mar Morto estão disponíveis na internet, por
meio de um projeto lançado pelo Museu Nacional de Israel e pelo Google.
A disponibilização de cinco dos mais importantes manuscritos na
internet é parte de uma ação mais ampla dos guardiães dos textos - que já foram
criticados por permitirem que eles fossem monopolizados por pequenos círculos de
acadêmicos - de torná-los acessíveis a todos por meio da rede.
Os manuscritos incluem o livro de Isaías, o manuscrito conhecido
como "rolo do Templo" e mais outros três.
Os internautas poderão pesquisar
imagens em alta resolução, procurar passagens específicas, aproximar as imagens
e traduzir versos para o inglês.
Os originais são mantidos num cofre no interior de um edifício
em Jerusalém, construído especialmente para abrigar os manuscritos.
O acesso a
eles exige pelo menos três chaves diferentes, um cartão magnético e um código
secreto.
Os cinco manuscritos estão entre os escritos comprados por
pesquisadores israelenses entre 1947 e 1967 de vendedores de antiguidades.
Os
manuscritos foram encontrados por pastores beduínos no deserto da Judeia.
Acredita-se que os rolos com os escritos - considerados por
muitos como a descoberta arqueológica mais significativa do século 20 - foram
escritos ou coletados por uma seita judaica ascética que deixou Jerusalém e foi
para o deserto 2 mil anos atrás e se estabeleceu em Qumran, mas margens do Mar
Morto.
As centenas de manuscritos que sobreviveram, em pedaços ou inteiros, em
cavernas, trouxe informações sobre o desenvolvimento da bíblia judaica e as
origens do cristianismo.
O processo de fotografar os escritos teve início no começo deste
mês e envolveu ex-cientistas da Nasa.
Uma câmera avançada de US$ 250 mil
desenvolvida em Santa Barbara, na Califórnia, permitiu aos pesquisadores
distinguir palavras e outros detalhes que não são vistos a olho nu.
O projeto deve estar concluído até 2016, quando quase todos os
documentos estarão disponíveis na internet.
A pesquisa pode ser feita no
endereço
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