Já era muito tarde quando as pessoas deixaram seu trabalho.
Uns estavam cansados de carregar lenha para a
fogueira, outros famintos e prontos para chegarem a casa para abraçarem seus
filhos.
Fernando era filho de um casal com mais 9 irmãos e todos bem pequenos.
Ele queria estender uma tenda ao relento para dormir e estar sempre só.
Seus
pais não o deixavam fazer por ter apenas 14 anos de idade.
Ele não suportava
ficar à espera que todos se recolhessem para dormir num mesmo quarto apertado.
Sempre desejou viver livre e ficar pensando.
Adorava a sensação de permanecer no
escuro dos campos vendo apenas um holofote no céu.
Sua estrela preferida era a
de Órion.
Ali ficava meditando, falando com Deus.
Ali ficava meditando, falando com Deus.
Cada momento como esse ele
crescia muito desejando que o próprio SER Maior em sua Divina Presença EU SOU
estivesse sentado fisicamente ao seu lado só para poder dizer o quanto estava
agradecido em viver a beleza da vida junto à natureza.
Fernando não conhecia a cidade grande.
Fernando não conhecia a cidade grande.
Vivia no campo arando a terra.
O filme que assistia
era o movimento das nuvens, o entardecer colorido, aves voando muito baixo, e
sua estrela Magna que brilhava fortemente indicando-lhe um ponto para sua
concentração.
Os vizinhos mais próximos encontravam Fernando sempre cheio de vida, alegre, saltitante e com muita emoção.
Os vizinhos mais próximos encontravam Fernando sempre cheio de vida, alegre, saltitante e com muita emoção.
Queria passar as pessoas o
sentido da liberdade.
Liberdade era algo muito sério para ele.
Viver livre era a
plenitude do Ser e Estar.
O Ser, o movimento da ação. O Estar, o resultado da atração.
O Ser, o movimento da ação. O Estar, o resultado da atração.
Pensando, ele atraia para si materialização dos sons e
imagens.
A ação do movimento do Ser caracterizava um permanente estado de
vigilância que sempre conseguia lhe dar o sentido do torpor mais da ação em não
delinear um sentido que não o fizesse sentir-se Pleno.
Seus pequenos irmãos não compreendiam Fernando.
Seus pequenos irmãos não compreendiam Fernando.
Todos tão pequenos fugiam do irmão que dizia
coisas tão profundas, e por não o compreender, se afastavam jogando pedras como
se ele fosse um garoto demoníaco.
Não sendo aceito por todos resolveu construir um grande império na sua vida.
Não sendo aceito por todos resolveu construir um grande império na sua vida.
Abriu uma tenda, jogou um pano na terra
para dormir com suas folhas de bananeiras, aquietou-se, se afastando de todos.
Assim que deu início a uma reclusão, construiu instrumentos musicais de cordas.
Inventava um jeito de ter som perto de si.
Estendia cordas, cordões, anéis,
folhas, pedras.
Tudo o que podia ele tirava um som.
Entre os sentidos dos sons
ele desafiava cada vez mais o seu poder de falar com Deus.
Sua existência era voltada a ELE, o criador.
Sua existência era voltada a ELE, o criador.
Não tardou para Fernando, um adolescente ao estilo
pré-histórico, ou um homem da caverna no século 22, estar coroado de sabedoria.
Recheava o seu espírito com sons provenientes da própria natureza.
Ergueu-se uma
fonte de energia tão grande ao seu espírito que ele já conseguia flutuar.
Seu
espírito se elevava.
Construía em volta de si uma pirâmide de ferramentas na
largadura dos sons e pensamentos criativos materializados na extensão de um
único pensamento: o de viver.
Ele era a nota Dó.
Ele era a nota Dó.
O som que reverbera a
cor vermelha.
A cor da terra.
A chama crística de quem sabe fazer do tempo a sua
hora.
Hora do movimento em ação correndo pelas planícies mais altas ao encontro
do todo poderoso que se encontrava com ele numa única nota lhe dando a afinação
do seu estado de SER.
Um diapasão que tirava da nota Dó a força do chão, a
extensão da terra num círculo que se formava lhe dando a extensão de viver num
movimento muito afetivo, próximo ao seu próprio EU.
O Eu de uma Nova Era.
A ERA
da reforma interna em que cada um constrói para si o seu movimento.
Cada um faz
viver a sua plenitude numa força de expressão do Ser e Estar.
Ninguém deve dar
um tiro no escuro.
Mas todos devem olhar a sua volta com o SOL se expandindo lhe
dando os prismas de sua ascensão.
Cada prisma uma cor, um som.
Você deve
encontrar o seu som mesmo tecendo com a própria natureza o chão que lhe dá o
raio da reverberação do que precisa, ancorando forças para lhe dar uma
direção.
Não sendo sensível à natureza que é o seu chão, sua alma, jamais cantará.
Não sendo sensível à natureza que é o seu chão, sua alma, jamais cantará.
Não subindo nas planícies uma vez ou outra não encontrará a acústica da
reverberação entre o Eu e o Estar.
Faz-se necessário aprender a reverberar o seu
mantra, canto interno numa única nota musical.
Não aprendendo a fugir das pessoas que não compreendem, jamais será um sacerdote de sua própria existência.
Não aprendendo a fugir das pessoas que não compreendem, jamais será um sacerdote de sua própria existência.
Pois aquele que se conhece sabe estender e materializar o seu tom
comportamental.
Aquele que num único dia não se deparar para encontrar o seu ponto de luz num comando estelar, jamais poderá partilhar com os que amam a sua fonte de sabedoria.
Aquele que num único dia não se deparar para encontrar o seu ponto de luz num comando estelar, jamais poderá partilhar com os que amam a sua fonte de sabedoria.
Brilhar através do seu pensamento é poder encontrar-se
com a Divina Presença EU SOU no raio de sua extensão, diminuindo ou aumentando o
seu estado de SER através da energia do seu próprio vocábulo.
Lembrem-se: Todo o Fernando da vida.
Lembrem-se: Todo o Fernando da vida.
Aprenda a viver num único dia um momento de solidão.
O
ESTAR consigo mesmo faz crescer e aumentar o seu ponto de luz.
Criar pensamentos
novos é estender o seu cordão umbilical perante a majestade do maior de todos os
tempos: O Maestro que arquitetou o seu próprio plano de AÇÃO é o que inspira a
SER, o movimento da atração.
É o ESTAR na plenitude de quem o carrega no círculo
dos prismas em cores, sons e liberdade.
Seja sim um instrumento para reverberar o princípio da forma.
Seja sim um instrumento para reverberar o princípio da forma.
A forma é o resultado do que se cria no
pensamento, reverberando na mente o acústico da sua vibração.
Por um expectro de Luz - Augusto César - Galileu dos Sons
Canalização - Violeta Vitória
São Paulo, 10 de fevereiro de 2011.
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