terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Você e as sintonias do passado!




Muitos de nós, em algumas situações e sem entendermos os motivos, agimos de uma forma inesperada que não combina com a nossa personalidade ou modo de ser e agir. Passada a experiência, ficamos a refletir sobre o porquê de termos tomada aquela incomum atitude.

Em outras situações, de uma forma plasmada em nossa mente, fixamos uma imagem que é sempre a mesma, sem termos lembranças de sua origem, mas que permanece imutável como se fosse um quadro mental gravado de uma experiência pregressa.

Há momentos que não conseguimos explicar certas sensações térmicas:
Por que sentimos frio associado a um sentimento que momentaneamente experenciamos?
Qual a razão desta repentína sensação que nos invade a ponto de buscarmos o calor na proteção do agasalho ou cobertor?

Estas experiências, no entanto, diferem de uma pessoa para outra.
Em algumas tornam-se mais intensas, em outras, menos intensas ou até mesmo inexistentes.
E a razão desta diferença está no nível de mediunidade da pessoa, porque a mediunidade ostensiva (equilibrada ou em desequilíbrio), e alguns casos diagnosticados como esquizofrenia, representam situações em que a sensibilidade mediúnica do indivíduo encontra-se aflorada e em sintonia com experiências psíquicamente traumáticas ou sentimentos não resolvidos do passado que acabam comprometendo o equilíbrio emocional da pessoa.

É o relato de caso que veremos a seguir, ocorrido no presente mês, durante o primeiro atendimento da psicoterapia interdimensional na cidade do Rio de Janeiro.

Laura é uma típica carioca: descontraída, comunicativa, sociável, mas com um sentimento não resolvido com a energia do amor.
Fora criada pelo pai e uma madrasta desequilibrada emocionalmente, que a fez passar por experiências de maus tratos na infância.

Aos treze anos de idade, conheceu um rapaz pelo qual se apaixonou.
Porém, com o passar do tempo o caráter do namorado foi se revelando à luz da verdade.
Mesmo assim, aos quatorze anos, Laura engravidou e dessa relação que durou quinze anos, nasceu mais um filho homem.

Quando separou-se, aos trinta anos, Laura decidiu mudar-se com os seus dois filhos para uma cidade do interior paranaense onde vivera com seus pais durante alguns anos da infância, e onde permanece até hoje, embora, com alguma frequência, retorne ao Rio de Janeiro para visitar familiares.

Laura, que é médium espírita e terapeuta reikiana, procurou atendimento na P.I. porque desde a infância convive com experiências que para ela não existem explicações racionais.
Foram várias situações em que, repentínamente, teve que tomar atitudes de difícil explicação à luz da ciência, como a reação imediata que teve ao ser molestada em um ônibus no Rio de Janeiro, mobilizando motorista e passageiros e fazendo com que as duas pessoas envolvidas no ato, saíssem imediatamente do coletivo.
Experiência em que a firmeza de atitude, a frieza e a estratégia adotada no momento, não faziam parte de sua personalidade como ela mesmo registrou:
"Foi como se eu estivesse em transe, sentindo-me com a coragem de um homem valente".

Outras situações que a impressionaram e das quais não obtinha respostas, era o frio que sentia, principalmente quando associado ao sentimento de solidão ou alguns sintomas depressivos:
"Nestas ocasiões eu tenho que pegar um casaco, manta, touca e até um cobertor para me cobrir, tal é o frio que sinto", referindo-se à intensidade das experiências.

Laura trazia consigo desde a infância, uma imagem congelada em sua mente, que depois virou uma tela desenhada e pintada por ela:
era a imagem de uma freira nua, ajoelhada, e que, extremamente angustiada pelo sentimento de culpa, perdia perdão a Deus.

Após a primeira sessão de psicoterapia que também foi avaliativa de caso, passamos para a regressão de memória com forte indicativo de sentimentos não resolvidos que associavam-se às suas emoções, e indicativo de sensação térmica (frio) e de inexplicáveis experiências do cotidiano, quando tinha a sensação de agir como se tivesse outra personalidade.
E a experiência regressiva foi a fundo na busca das conexões interdimensionais apontadas pelos indicativos da psicoterapia.

A REGRESSÃO

Na primeira vivência, no útero materno de aluguel, conforme ficara sabendo mais tarde, Laura sente-se amada pelo pai biológico que deseja uma mulher como filha.
Uma forte emoção a envolve quando, após o nascimento, sente-se protegida nos braços do progenitor.
Nova emoção a invade quando, de mãos dadas passeia com aquele que fora a referência afetiva de sua vida.

Na segunda vivência, Laura sente muito frio.
Percebe-se vivendo na rua.
Era uma menina, que devido aos maus tratos, tinha fugido de casa e encontrava-se mendigando pelas ruas.
Fora uma vida de muito sofrimento que termina no seio de uma "família" de mendigos que se uniram por afinidades.

Na terceira vivência, ela percebe-se como uma religiosa que experimenta um intenso sentimento de culpa, pois apaixonara-se perdida e platonicamente por um rapaz.
Por isso, sente-se atormentada pela culpa do pecado, e num ato simbólico, completamente despida, ajoelha-se e pede perdão a Deus. No entanto, desencarna com o sentimento de amor não resolvido.

Na quarta vivência, Laura sente-se um homem em cima de uma colina fazendo uma avaliação de sua vida.
Era um guerreiro habilidoso na arte dos combates corpo a corpo.
Mas cansado de tantas mortes e combates sangrentos, não via mais sentido em servir a um senhor da guerra ou executar um plano em que era pago devido ao seu preparo e conhecimento para matar.
Era um velho guerreiro ninja que desertava da violência que caracterizara a sua vida.

COMENTÁRIO

Os efeitos de um sentimento mais intenso ou de uma sensação inexplicável, geralmente, encontram as suas origens a partir da situação intrauterina em direção a vidas passadas.

A experiência regressiva de Laura, prova, mais uma vez, que pessoas dotadas de uma sensibilidade especial (mediùnica) podem envolver-se em experiências vitais de difícil explicação sob o ponto de vista da psicologia clássica.

O caso abordado neste artigo, revela que sentimentos e sensações mais intensas encontram sintonias em fatos ou situações inimagináveis sob o prisma da visão linear da natureza humana.
Visão que não contempla as experiências de outras vidas que podem ser acessadas pelo arquivo da memória extracerebral.

Portanto, a experiência regressiva e interdimensional de Laura, que acessou informações de suas memórias cerebral e extracerebral, foi precisa e rica na qualidade das informações de que ela precisava para elaborar um melhor nível de autoconhecimento.

Na experiência regressiva, Laura, o seu mentor e o terapeuta interdimensional, superaram a "barreira do tempo" sem transgredir as leis da reencarnação, ou seja, o que foi permitido foi autorizado em benefício de Laura.
Indicativo de seu merecimento.
OBS: a verdadeira identidade da pessoa foi preservada.


Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico.
Outros cursos realizados: Terapia Regressiva Evolutiva, Psicoterapia Reencarnacionista, Terapia Floral, Eteriatria Quântica, Parapsicologia, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.

E-mail:flaviolgb@terra.com.br
http://www.stum.com.br/p.asp?i=4651&s=1

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