segunda-feira, 3 de outubro de 2011

DOENÇAS TERMINAIS E O SENTIDO ESPIRITUAL DA VIDA




Quando alguém está sendo mantido vivo à custa de equipamentos - assim como um respirador artificial --, acredito, mais uma vez, que esteja em curso um plano divino.
Em cada doença ou crise de saúde há crescimento, evolução, algo do qual os indivíduos e a sociedade podem aprender uma lição.
As descobertas médicas e toda a inovação tecnológica são partes desse crescimento.
Cada invenção nos chega no momento certo.
Talvez houvesse mais avanços ainda se a mente humana não fosse tão subordinada à política e ao ganho material.

Assim mesmo, a humanidade progrediu na descoberta de recursos para dar uma melhor qualidade de vida às pessoas.
Incontáveis vidas já foram salvas graças à tecnologia médica moderna, incluindo aí medicamentos poderosos e vacinas desconhecidos um século atrás.
A ciência deve orgulhar-se dessas conquistas, especialmente de sua capacidade de manter a qualidade de vida das pessoas.
A palavra-chave é justamente essa: qualidade.
Os médicos não estão aqui para desempenhar o papel de Deus -- e sequer seriam capazes, mesmo que o desejassem.

Não vou entrar no mérito de decidir se é errado ou certo manter a vida de uma pessoa por meio de uma máquina como essa, mas quero dizer o seguinte: existe um tempo certo para uma vida iniciar-se e encerrar-se.
Acredito que, quando chega a hora de o espírito do corpo físico, é isso o que deve acontecer.

A ciência não é capaz de deter o relógio universal do tempo -- ao contrário do que --, mesmo que empregue todos os recursos de que dispõe.
Decididamente, acredito que uma alma deve passar por todas as experiências possíveis.
Ao ficar ligada a uma máquina de tentação de vida, uma alma pode estar ajudando a ciência, de algum modo, a avançar para outra descoberta ou para alguma grande invenção que sirva às gerações futuras.

E isso não apenas no sentido médico, mas também de outras maneiras.
Devemos sempre encarar uma situação como essa do ponto de vista espiritual.
Talvez aquela alma tenha se comprometido, antes da encarnação, a vivenciar tal situação.

Pode ser que esteja auxiliando sua família a desenvolver amor e compaixão, através de seu sofrimento.
Nunca devemos esquecer de que a alma tem uma lição a aprender no diz respeito a receber amor e a compreender o caráter divino vida.

Como em todo julgamento moral, cada alma deve tomar essa espécie de decisão por sua própria conta.
Mais uma vez, vou repetir que cada alma é única, cada qual tem diferentes necessidades espirituais e deve aproveitar sua experiência para obter o melhor no sentido de seu crescimento e evolução.

Não existem respostas certas ou erradas.
Não cabe a nós julgar as decisões alheias nessas questões, mas apenas valorizar a experiência e as lições correspondentes de um ponto de vista espiritual.


James Van Praagh
Trecho do livro "Conversando com os Espíritos"

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