quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Soja: a Verdade por trás do Mito



Por Flávio Passos

A soja está na moda.

Estrela de capa de revista, onipresente nas prateleiras de lojas de produtos “naturais”,
recomendada com louvor por médicos e nutricionistas.

Muitos que se propõem a melhorar a qualidade do que comem começam por acrescentar seus derivados em sua dieta, de fato acreditando queestão fazendo escolhas mais saudáveis.

Atualmente, a percepção geral do público é a de que qualquer coisa que contenha soja é saudável.

Infelizmente isso não é bem verdade.

Toda esta propaganda que promove a soja como um “alimento milagroso” é apenas mais uma armadilha da indústria alimentícia.

Afinal, a indústria da soja é tão grande quanto à indústria do leite (que o promove como “fonte essencial de cálcio”)e a indústria da carne (que a promove como “fonte essencial de proteínas”), e dispõe de grande orçamento para patrocinar estudos e publicidade para colocar a leguminosa em alta.

Promovida como uma alternativa “mais do que saudável” para o leite e para a carne, a soja hoje é adicionada em quase tudo.

Biscoitos, macarrão, salgadinhos infantis, fórmulas nutricionais para bebês, bebidas prontas, suplementos para atletas...

Parece que adicionar soja entre os ingredientes é bom negócio.

O consumidor realmente acredita optar por algo melhor quando lê a palavra mágica “soja” entre os ingredientes.

Não é a primeira vez que a indústria se aproveita do pouco estudo do consumidor e pincela a realidade com toques de fantasia.

Neste caso, porém, a dimensão da “fábula” se tornou realmente enorme e se fala até mesmo em “milagre da soja”.

Já passa da hora da verdade ser dita.

E a verdade é que, a menos que seja preparada da maneira correta, a soja é um veneno para a delicada bioquímica do corpo humano.



Sabedoria Ignorada

A soja foi utilizado como alimento pela primeira vez durante a antiga dinastia Chou (1134-246 AC), somente após esta cultura ter aprendido a transformá-la em algo biodisponível através do processo de fermentação, o que fez surgir alimentos como o missô, o tempê, o nattô e o tamari.

A soja era então, utilizada apenas como condimento e em pequenas quantidades, como é até hoje nas culturas tradicionais.

Nunca foi utilizada como substituto para alimentos de origem animal e nem mesmo da maneira excessiva como tem sido propagada nos dias de hoje pela cultura ocidental.

A sabedoria dos antigos compreendia que a soja que não é preparada devidamente é altamente indigesta.

Algo que foi ignorado por aqueles que propagam o uso irrestrito da soja, na forma do grão integral cozido, na forma de “carne” ou “leite” de soja e nas inúmeras formas de soja não-fermentada, desnaturada pelo calor excessivo e/ou pressão, tratada com químicos, fracionada ou coagulada para se transformar em tofu ou até mesmo geneticamente modificada para ser
resistente a pragas e, portanto, fornecer maior lucratividade por metro quadrado.

O fato é que existe um elevado conteúdo de anti nutrientes na soja que não é devidamente preparada.

Anti nutrientes são substâncias que interferem com a absorção de nutrientes e seu consumo freqüente conduz a deficiências crônicas de minerais.

Na soja se concentram substâncias como o ácido fítico e alguns inibidores enzimáticos que bloqueiam a ação da tripsina (uma importante enzima vital), dentre outras enzimas essenciais.

Estes inibidores são proteínas resistentes que retém sua configuração mesmo quando cozidas por longos períodos.

Quando ingeridas, estas substâncias produzem desarranjo gástrico, redução na capacidade de digestão das proteínas e deficiências crônicas de aminoácidos.



Os chineses sabiam disto e, portanto, só consumiam a soja fermentada.

A fermentação, realizado por microorganismos benéficos (probióticos), pré digere a proteína em aminoácidos e inativa tanto os inibidores enzimáticos quanto os anti nutrientes.

Desta forma a soja se transforma em um alimento altamente biodisponível, apta ao consumo humano.

Se a soja não for preparada desta maneira bem específica, ou seja, por fermentação lenta, o melhor é evitá-la.

A soja contém naturalmente fito estrógenos, substâncias que mimetizam a ação do hormônio estrogênio dentro do corpo humano.

Quando você ingere uma pequena quantidade destas substâncias o corpo se adapta sem alterações, mas em excesso estes fito estrógenos causam desequilíbrio hormonal.

Acontece que, além do hábito ocidental de consumir a soja em quantidades excessivas, a absoluta maioria da soja disponível é geneticamente modificada.

A soja geneticamente modificada contém muito mais fito estrógenos do que a soja natural.

Seu consumo agride o equilíbrio hormonal e pode conduzir à puberdade prematura e a uma série de doenças relacionadas ao excesso de estrogênios no decorrer da vida.

Pesquisas ainda pouco divulgadas (afinal, não contribuem para a lucratividade da indústria) demonstraram que o uso de soja nas fórmulas de nutrição para bebês pode causar danos irreversíveis em seu sistema nervoso.

A sugestão é não consumir produtos geneticamente modificados de qualquer espécie, e no caso da soja isto é particularmente difícil.



Proteína Vegetal Texturizada: Resíduo Industrial

A proteína isolada da soja, presente em suplementos para atletas e em diversos alimentos industrializados, assim como a proteína vegetal texturizada, ou carne de soja, são, sem exagero, venenos tóxicos para o sistema biológico humano.

É importante lembrar que nem todos os venenos matam na primeira dose. Porém, assim como os refrigerantes, os refinados e as frituras, esses derivados industriais da soja são agressivos e anti naturais para o sistema e contribuem para o desequilíbrio da ecologia interior.

Ainda que o organismo seja equipado com uma exímia capacidade de expulsar toxidade, a cada vez que você escolhe ingerir algo inadequado está desnecessariamente desgastando o mesmo, poluindo sua bioquímica interior e ofendendo a Natureza que vive dentro de você.

Ainda que sua sensibilidade possa não estar vívida o suficiente para perceber esta realidade.

O que faz com que estas substâncias sejam tão nocivas é justamente a sua natureza altamente processada.

Para produzir a proteína isolada de soja, os grãos da leguminosa são primeiramente moídos e depois mergulhados em solvente químico de petróleo, com o objetivo de extrair os óleos naturais do grão.

O resíduo desta mistura, que é na verdade a sobra do processo industrial de extração do óleo é então misturado com açúcares e com uma solução alcalina (também química) para remover qualquer fibra.

A massa resultante é então precipitada e separada utilizando uma lavagem ácida, feita geralmente em enormes tanques de alumínio.

O ácido faz com que o alumínio se dissolva das paredes dos tanques e se concentre na soja.

De fato, a proteína isolada de soja pode ter até 100 vezes o conteúdo de alumínio que se encontraria nos grãos in natura.

Finalmente, o que sobra é neutralizado em uma solução alcalina e depois desidratado em altas temperaturas para produzir um pó protéico.

O resultado final é um pó que é tão artificialmente desnaturado que se transforma em veneno.

Mesmo assim, a maioria dos anti nutrientes presentes naturalmente na soja resistem e permanecem em seu conteúdo.

Seu corpo é incapaz de utilizar a proteína isolada da soja de qualquer forma; o que ele faz é simplesmente tentar eliminá-la do sistema o mais rápido possível.

Proteína vegetal texturizada, ou PVT, a famosa “carne de soja” não é nada mais do que proteína isolada de soja que foi compactada através de um processo industrial de elevada pressão e temperatura.

Tão venenosa quanto o isolado de proteína de soja, se não mais, porque esta é muitas vezes adicionada de corante caramelo, substância reconhecidamente cancerígena, e o famigerado realçador de sabor glutamato monossódico, um dos piores venenos que o ser humano pode colocar para dentro de seu templo biológico.

Assim sendo, uma maneira de medir os critérios de qualidade de um restaurante que se denomina natural é verificar se este oferece a tal “carne de soja”, ou proteína vegetal texturizada (PVT) em seu cardápio.

Pratos como “Strogonoff de carne de soja”, carne de soja refogada, kibe, coxinha ou pastel de carne de soja, molho bolognesa com carne de soja e outras opções semelhantes são uma clara demonstração de que os responsáveis pela elaboração do cardápio carecem de um tanto mais de estudo, uma vez que estão se propondo a oferecer opções de alimentos naturais que contribuem para a saúde das pessoas.

Naturalmente, os critérios das grandes indústrias alimentícias não são muito melhores e portanto é recomendável que você adquira o hábito de ler o rótulo daquilo que você está habituado a comprar e evite tudo aquilo que contenha proteína isolada de soja ou proteína
vegetal texturizada em sua composição.

Eles estão adicionando isto em tudo hoje em dia, especialmente naquilo que tem como meta
atingir o nicho de mercado“natural e saudável”.

Uma grande mentira, é claro, pois como foidemonstrado não pode haver coisa tão distante
do natural e do saudável.

A maior parte da soja cultivada hoje em dia é geneticamente modificada, o que amplia o uso de pesticidas e polui a biosfera.

Um apelo especial às mães: não dê aos seus bebês qualquer coisa que contenha proteína isolada de soja ou PVT, nem mesmo fórmulas feitas com extrato de soja ou leite de soja.

Leite de soja é altamente indigesto e carrega em sua composição todos os anti nutrientes e
toxinas advindas do processo de industrialização.

Consideremos o processo envolvido no feitio do leite de soja.

Primeiramente, com o objetivo de remover alguns dos anti nutrientes (mas não todos), os grãos da soja são mergulhados em uma solução alcalina.

Esta mistura é então cozida em panelas de pressão gigantescas, algo que desnatura a proteína da soja a tal ponto que a torna algo muito difícil para o corpo digerir.

A solução alcalina em que os grãos ficam de molho deixa neles um carcinogênico (cancerígeno) chamado lisinealina.

Portanto, se é absolutamente necessário beber leite de alguma espécie, que seja o leite de amêndoas, de gergelim, de coco, de castanhas, de nozes, de girassol, de linhaça, de quinua ou, em último caso, de arroz.



Tofu: Só em pequenas quantidades

Mesmo produtos fracionados da soja como o tofu trazem consigo alguns inconvenientes, pois herdam os anti nutrientes e inibidores enzimáticos, ainda intactos em sua maioria.

O processo de feitio do tofu de fato reduz parte do conteúdo de anti nutrientes, mas muito deste conteúdo permanece.
O ácido fítico permanece intacto.

Tofu é uma adição bem recente às culturas orientais, e mesmo lá ele é utilizado apenas como condimento, em quantidades moderadas.

A tragédia é que os produtos de soja estão sendo promovidos atualmente em escala sem precedentes, e as pessoas induzidas a pensar que são alternativas saudáveis para o dia-a-dia.

Médicos e nutricionistas que não se dedicam a se aprofundar neste estudo passam adiante as informações patrocinadas pela indústria multibilionária que financia estudos dúbios para incentivar as vendas.

O problema é especialmente significativo para aquelas pessoas que, sensibilizadas com o absurdo que é a indústria do sofrimento animal, optam por não mais ingerir carne, derivados de leite e ovos e recebem a informação de que precisam suplementar as necessidades de proteína através da soja, passando assim a consumir derivados da leguminosa com freqüência e em grande quantidade.

Em 2003 foi feita uma pesquisa, extensamente divulgada pelo Dr. John McDougall, MD, que demonstrou que os fatores de estimulação hormonal da soja podem acelerar em até 69% (30% a mais que os temíveis laticínios) o crescimento de células cancerosas e tumores através da estimulação exagerada de um fator corporal denominado IGF-1 (Insulin Growth Factor).

Somente este fator seria significativo o suficiente para despertar um alerta em relação ao desmedido consumo de soja que tem acontecido.

Como vimos, entretanto, este está longe de ser o único.

Os únicos produtos de soja recomendáveis são aqueles elaborados a partir da fermentação da mesma, tais como o missô, o tamari, o tempê e o nattô, os quais devem ser originados de grãos orgânicos, e não modificados geneticamente.

Tofu não deveria ser usado como substituto para a carne, mas, no máximo, ingerido em pequenas quantidades, como um condimento, assim como fazem as culturas asiáticas que deram origem a ele.

Outros Tipos de Feijão também são como a Soja:

Não é só a soja que tem os seus inconvenientes: todos os membros da família dos feijões apresentam fatores de dificuldade para a digestão, a menos que sejam devidamente preparados.

Qualquer tipo de feijão, a menos que ainda esteja verde dentro da vagem, também apresenta inibidores enzimáticos e anti nutrientes em sua composição.

A Mãe Natureza designou estes anti nutrientes nos feijões para impedir que brotassem e crescessem antes que estivessem no ambiente correto.

Além da questão dos inibidores e anti nutrientes, o tipo de proteína que se encontra em um feijão maduro é difícil de ser quebrado pelo sistema digestivo, fato que normalmente resulta em um processo digestivo incompleto, onde fermentações ocorrem no tubo digestivo.
Por isso é tão comum ter gases depois de comer feijão.

De fato, assim como é em relação à soja, para qualquer feijão se tornar idealmente leve e digestivo é necessário que antes este seja deixado de molho de um dia para o outro.

Na manhã seguinte, os grãos devem ser lavados e deixados em repouso sobre uma peneira.

Os grãozinhos inchados recebem da água a mensagem de que podem então despertar para a vida e iniciar seu processo de germinação.

No processo de germinação, a semente dormente inicia uma série de transformações que inativam os inibidores e anti nutrientes e pré digerem a proteína.

O ideal é manter os feijões sempre úmidos, enxaguando-os duas vezes por dia até que estejam completamente brotados, num processo que pode levar em média 72 horas, dependendo do tipo do feijão.

Os brotos são a forma mais leve de aproveitar os nutrientes deste tipo de alimento.
Alguns feijões podem ser apreciados na forma de brotos crus, como é o caso do azuki, do moyashi (imagem acima) e das lentilhas, desde que tenham sido brotados por pelo menos 72 horas.

Caso tenham sido apenas parcialmente brotados (ou seja, por menos do que 72 horas), o ideal é cozê-los lentamente para desativar o que resta de suas substâncias indesejáveis.

No caso dos outros tipos de feijões (incluindo a soja, o roxinho, o grão de bico e todos os demais) o processo para o aproveitamento ideal de sua nutrição é primeiro germiná-los por 48 horas, para depois cozinhar.

Os brotos podem então ser transformados em pasta e finalmente fermentados lentamente a partir de probióticos benéficos.

Desta forma obtém-se missô, um condimento pré digerido que é livre de qualquer tipo de inibidor enzimático ou anti nutriente e ainda um suplemento de bactérias benéficas ao organismo.

Sim, pode-se obter o missô de feijão azuki, lentilhas e outros feijões diversos.

Esta é a forma ideal de consumo de qualquer tipo de feijão.

Os feijões mencionados acima (moyashi, azuki e lentilhas) são os de digestão mais fácil e leve, portanto os mais recomendáveis para consumo freqüente (desde que preparados devidamente).

Feijões mais densos como o preto ou o roxinho deveriam ser deixados para ocasiões ao invés de fazer parte da dieta do dia-a-dia.

Grão de bico é um exemplo de um feijão bem denso, que a menos que seja preparado a contento (germinado e depois cozido) deveria ser evitado.

Outros feijões de difícil digestão são o feijão branco e o feijão fava, ambos ricos em toxina hemaglutinina, assim como o são o roxinho, o jalo e diversas outras variedades, algo que inviabiliza seu consumo em estado cru.



O Feijão Nosso de Cada Dia

Culturalmente os feijões são ingredientes consagrados da culinária do Brasil e de diversas partes do mundo.

O prato mais famoso da culinária brasileira é a Feijoada, e o arroz com feijão considerado como a estrutura nutritiva de toda uma nação.

A pergunta que fica é:
será que um ingrediente que requer tantos métodos de transformação para ser consumido sem problemas deveria ser considerado um alimento tão essencial assim?

Os melhores alimentos são aqueles que a Natureza fornece já prontos: folhas verdes, frutas silvestres.

Estes sim devem ser consumidos com freqüência abundante.

Tudo o que você pode encontrar nos feijões você também encontra em outros alimentos, sem as desvantagens e com muito mais facilidade de preparo.

Ferro, magnésio, proteínas, molibdênio... estes e outros nutrientes você encontra suficientemente nas folhas verde escuras, sem dúvida a fonte de alimento mais abundante, rica e medicinal deste planeta.

Um belo e consistente suco de folhas verdes, acompanhado de outros ricos e nobres elementos dietéticos, supre tudo o que você pode obter nos feijões, sem lhe deixar pesado e com o pensamento lento, muito pelo contrário.

É importante lembrar que quanto mais leve e de fácil digestão é uma refeição, melhor, mais dinâmico e capaz de realizar qualquer coisa você se sentirá nas próximas horas.

Os antigos membros da escola do sábio Pitágoras observavam a total abstenção de feijões em geral, assim como faziam com a carne, pois estes eram considerados “alimentos impuros” e de difícil digestão, responsáveis pelo embotamento do intelecto e das percepções sutis.

Para concluir, feijões, desde que preparados dentro dos critérios descritos, podem muito bem fazer parte de uma dieta leve e saudável, porém não são absolutamente necessários.

Existem fontes mais leves, mais digestivas e de preparo mais simples para se obter os importantes nutrientes.

Se ainda assim escolher os feijões como fonte de nutrientes, lembre-se de germiná-los por alguns dias antes de cozinhar.

Faz uma enorme diferença, e você certamente terá menos gases.

Finalmente, uma das mais agradáveis formas de se apreciar os feijões é através de suas vagens. Neste estado ainda se encontram livres de inibidores enzimáticos, anti nutrientes ou hemaglutininas.
Tudo o que requerem é um rápido cozimento no vapor.

As vagens, ou feijões imaturos, são normalmente muito menos apreciadas do que merecem. Riquíssimas em vitamina K, vitamina C, vitamina A, manganês, fibras, potássio, ácido fólico, ferro, triptofano, proteínas e até mesmo ômega 3 (algo que não se encontra no feijão maduro), as vagens não são apenas práticas, leves e nutritivas, mas também deliciosas se preparadas a contento.

Uma forma sensacional de saborear este vegetal é usá-lo como substituto para a massa de macarrão penne.

Selecione vagens novas, frescas e firmes, lavando-as bem e cortando a base com o cabo.

Em seguida, faça dois cortes em diagonal, cortando cada vagem num formato semelhante ao penne.

Cozinhe no vapor por dez minutos, ou até que fique ao dente.

Cubra com o molho de sua preferência (evite os enlatados industrializados e prefira os orgânicos, especialmente os caseiros) e saboreie esta delícia nutritiva, sem glúten e sem excesso de carboidratos!

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