segunda-feira, 4 de julho de 2011

A VELA DA ESPERANÇA

Quatro velas estavam queimando calmamente.
O ambiente estava tão silencioso que podia-se ouvir o diálogo que travavam:

A primeira disse:
- Eu sou a Paz!
Apesar de minha luz as pessoas não conseguem manter-me, acho que vou apagar.
E diminuindo devagarinho, apagou totalmente.

A segunda disse:
- Eu me chamo Fé!
Infelizmente sou muito supérflua.
As pessoas não querem saber de Deus.
Não faz sentido continuar queimando.
Ao terminar sua fala, um vento levemente bateu sobre ela, e esta se apagou.

Baixinho e triste a terceira vela se manifestou:
- Eu sou o Amor!
Não tenho mais forças para queimar.
As pessoas me deixam de lado, só conseguem se enxergar, esquecem-se até daqueles à sua volta que lhes amam.
E sem esperar apagou-se.

De repente... entrou uma criança e viu as três velas apagadas.
- Que é isto?
Vocês deviam queimar e ficar acesas até o fim.
Dizendo isso começou a chorar.

Então a quarta vela falou:
- Não tenhas medo criança, enquanto eu queimar podemos acender as outras
velas, Eu sou a Esperança.
A criança com os olhos brilhantes pegou a vela que restava e acendeu todas
as outras.

***

Que a vela da esperança nunca se apague dentro de nós...


Meire Michelin

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