segunda-feira, 4 de julho de 2011

Transtornos alimentares



Autor: eroni
http://www.eronilupatini.com/?p=525



Transtornos alimentares são perturbações caracterizadas por graves alterações no comportamento alimentar.
Tais alterações podem levar ao emagrecimento excessivo, obesidade, problemas físicos ou mesmo incapacidades.

A ocorrência de transtornos alimentares em mulheres jovens é bem maior que em homens, chegando a uma taxa de quase 10 mulheres acometidas pelo problema para cada homem diagnosticado.
Marcados por extremos, os transtornos alimentares possuem origens muitas vezes em traumas ou obsessões desenvolvidos ao longo da vida, motivo pelo qual é tão comum a associação de transtornos alimentares a problemas psicológicos, como transtornos do humor ou da personalidade, ansiedade, depressão ou mesmo o abuso de substâncias.

Tais problemas acometem geralmente pessoas do sexo feminino, entre os 13 e 17 anos, mas nada impede que pessoas de outros perfis também sejam, como é o caso de atletas. Alguns relatos apontam o desenvolvimento de transtornos durante a fase da infância ou mesmo mais tarde, na vida adulta.

A maior incidência de transtornos alimentares acontece com: atletas, modelos, adolescentes, homossexuais e profissionais que dependem da imagem de seu corpo como parte de seu trabalho.

Os tipos mais comuns de transtornos alimentares são: a compulsão alimentar, a anorexia, a bulimia a vigorexia e a ortorexia

A compulsão alimentar: traduz-se por um desejo incontrolável de consumir alimentos, podendo se restringir a somente um grupo específico de alimentos (geralmente guloseimas) ou a qualquer tipo de alimentos, podendo ser responsável diretamente pelo aumento do risco de obesidade bem como de outros problemas de saúde, como doenças cardiovasculares.

A anorexia: caracteriza-se pela preocupação excessiva com a forma física, levando o indivíduo a uma obsessão, acreditando sempre estar acima do peso, mesmo apresentando um peso muito abaixo para a sua estatura ou idade.

Muitas jovens e pessoas do meio artístico (atores, cantores, modelos, etc.) sofrem de anorexia em algum nível de intensidade, por desenvolverem uma preocupação excessiva com a manutenção de seu peso.

A bulimia: apresenta certos sintomas indicadores de possível compulsão alimentar, acrescida do sentimento de culpa, que leva muitas pessoas a ignorarem uma das refeições principais ou mesmo a induzirem o vômito.
A bulimia é assim caracterizada por períodos em que a ingestão de alimentos é exagerada, seguidos por sentimentos de culpa que podem levar a pessoa a prejudicar-se na tentativa de expelir o excesso.

A vigorexia: obsessão pelo corpo perfeito similar à anorexia, com a diferença de que a preocupação excessiva é com a prática de exercícios físicos, motivo pelo qual é conhecida como overtraining em inglês, que significa excesso de atividade física.

Devido à intensa atividade física, o corpo começa a reagir com sintomas como insônia, falta de apetite, irritabilidade, desinteresse sexual, fraqueza, cansaço constante, dificuldade de concentração e outros.
Quando tais sintomas começam a despontar, está na hora de refletir sobre sua “jornada” de atividades físicas.

A ortorexia, que é a obsessão pela alimentação saudável

MEDIDAS PREVENTIVAS;

Transtornos alimentares devem ser observados como doenças, debilidades do organismo com causas biológicas e psicológicas complexas, exigindo portanto cuidados quanto à prevenção e ao tratamento médico.

No caso de atletas e outras pessoas que praticam atividades físicas intensamente, o aconselhamento nutricional especializado é indispensável no tratamento de transtornos alimentares.
Estudos têm demonstrado que tais tipos de transtornos apresentam importante associação com comportamento obsessivos e sintomas depressivos muitas vezes desenvolvidos no período escolar.

O diagnóstico precoce bem como a adoção de um tratamento terapêutico adequado contribuem profundamente para o tratamento do paciente, e a alimentação, com papel importantíssimo não somente em sua recuperação, mas também na resolução do problema.

Importante dizer sobre importância da participação de todos, do acompanhamento psicológico da pessoa ao desenvolvimento de atividades interessantes que lhe permitam não somente a promoção da reeducação alimentar e a prática de exercícios físicos saudáveis, mas também a compreensão de como se deve cuidar de seu próprio corpo.

O ser humano não é somente corpo ou mente, a muito, a ciência tem comprovado que ambos andam juntos, um dependente do outro e um influenciando o outro. Por isso, a importância de se manter mente e também corpo saudável através de boas práticas.
Todos os transtornos denunciam o desvio do que deveria ser a preocupação natural com a saúde, pois revelam uma condição limitadora e triste, em que os cuidados naturais com a saúde e a vaidade se exacerbam a ponto de se tornarem um cárcere emocional que tolhe a vida em suas manifestações mais diversas, e rouba das pessoas o prazer em nutrir-se com alimentos de qualidade, pois quem sofre com transtornos alimentares, perde a espontaneidade e a satisfação em alimentar-se.

O tratamento dos transtornos alimentares se converte em uma delicada situação pois
pessoas vitimas dessa problemática não reconhecem seu comportamento como algo inadequado. Quase sempre consideram seu relacionamento com a comida a forma mais natural de agir, quase um estilo de vida.
Considerando o reforço social no que tange a exigência de um corpo magro e conceitos de beleza uniformes que desrespeitam a individualidade das pessoas, torna-se difícil uma intervenção bem-sucedida.

Especialmente porque fatores econômicos também fazem parte da construção do problema.
Quanto mais insatisfação com o corpo e com a vida, mais estímulo ao consumo de produtos de beleza, roupas, propostas milagrosas de rejuvenescimento e dietas milagrosas que prometem emagrecimento rápido e sem sacrifício. Devido a fatores dessa natureza, o tratamento mais eficaz deve consistir em dar atenção às disfunções alimentares antes que essas se transformem em transtornos.

Disfunções alimentares são desvios que ocorrem no comportamento alimentar.
O organismo precisa de nutrição e cuidados para que possa funcionar adequadamente, exercendo suas funções de forma a promover saúde.
Quando ações são adotadas de forma a comprometer o funcionamento do organismo, promovendo déficit na qualidade da saúde, o corpo num todo sempre padece
As disfunções alimentares não chegam a comprometer tão drasticamente a rotina alimentar e a saúde global das pessoas, como ocorre com os transtornos alimentares. No entanto, a somatória de pequenos atos podem conduzir às disfunções mais graves e até a desembocar no mar destrutivo dos transtornos alimentares. É importante notar que os transtornos alimentares não ocorrem de uma hora para outra.

NUTRIÇÃO SAUDÁVEL PODE AUXILIAR….

As práticas de boa nutrição podem ajudar a prevenir transtornos alimentares. Os jovens vão buscar a sua imagem corporal e auto-estima ao mundo que os rodeia. Envolver as crianças na preparação da comida e ensinar-lhes a reconhecer imagens corporais realistas pode prepará-las para hábitos saudáveis que podem ser-lhes úteis ao longo da vida.

Ajudá-las a focarem-se na boa saúde e alimentos saudáveis em vez do seu peso e do que a balança diz. As crianças podem ser atarracadas mas saudáveis se comerem alimentos corretos e fizerem exercício.
Ensinar as crianças a comer quando têm fome e não por razões emocionais. Deixá-las saber que não há nenhuma boa razão para terem de passar fome. Não criticar o peso de uma criança nem se queixar do seu tamanho.
Desenvolver previamente planos de comida saudável e manter-se firme neles.

Procure sinais de aviso que possam indicar que uma pessoa jovem possa estar a caminho de um transtorno alimentar ex: contar obsessivamente as calorias de tudo o que come, só comer “dieta” ou alimentos baixos em gordura, dizer que está gorda quando de fato está muito magra, abusar de laxantes, pesar-se constantemente e fazer exercício em excesso.

O comportamento alimentar é um aspecto importante no estilo de vida possuindo grande influência na saúde ou doença. Prevenir doenças implica em aprender novos hábitos e mudar maus hábitos de vida. Certamente é mais fácil aprender e implantar o quanto antes, possíveis hábitos saudáveis do que mudar velhos hábitos já estabelecidos, aí a importância dos pais na educação dos filhos ainda na infância.

Os hábitos não saudáveis adquiridos na infância e juventude podem comprometer direta e irreversivelmente, tornando-se hábitos firmemente estabelecidos que difícil ou demasiadamente tarde sejam mudados.

como usar a nutrição para prevenir transtornos alimentares?

● Alimentos integrais concedem nutrientes que revitalizam o corpo. O pão de centeio integral, arroz integral, fruta e legumes frescos e carnes magras darão aos corpos desgastados um aumento de energia.
As comidas processadas oferecem açúcar, xarope de milho com alto teor de frutose, gordura, cereais refinados e muito pouco no que diz respeito a nutrientes;

● O cálcio presente em produtos lácteos magros e vegetais folhados ajudam a fortalecer os ossos e os dentes.
As dietas excessivas roubam cálcio aos ossos, tornando-os frágeis.
As jovens que sofrem devido a um transtorno alimentar mostraram ter uma massa óssea semelhante à de mulheres idosas.
Para além do mais, vomitar em excesso destrói o esmalte dos dentes;

● Carnes magras, legumes e peixe proporcionam as proteínas necessárias das quais um corpo mal nutrido precisa;

● Os ácidos gordos do Ómega 3 encontrado no peixe, ovos e nozes, estimulam o coração.
Quem sofre de anorexia corre o risco de ter problemas cardíacos e arritmia cardíaca pois o corpo não tem gordura suficiente para sustentar o funcionamento cardíaco;

● Os líquidos e sódio da água e bebidas desportivas são necessários para restabelecer o desequilíbrio de eletrólitos e restituir a perda de água devido à desidratação provocada por vomitar em excesso, ou pelo uso de laxantes e de diuréticos.

Fontes

http://www.alimentacaosaudavel.org/Transtornos-Alimentares.html

http://www.nutricaoemfoco.com/2009/11/19/os-transtornos-alimentares/

: http://www.webartigos.com/articles/64847/1/A-INFLUENCIA-DA-FAMILIA-NA-PREVENCAO-E-TRATAMENTO-DOS-TRANSTORNOS-ALIMENTARES/pagina1.html#ixzz1QsdfiTh4

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