domingo, 7 de novembro de 2010

Auto-Estima: Você se valoriza?



A sua auto-estima está ligada ao valor pessoal, isto é, o quanto você se valoriza ou não.
Em outras palavras, é o quanto você se sente bem consigo mesmo.

Aprendemos a medir o nosso valor pessoal pelo tamanho da conta bancária, dos cargos, títulos, status, conhecimentos, inteligência e padrão de beleza física.

Através desses atributos, passamos a maior parte de nossas vidas nos comparando com os outros.
Desta forma, se você não possuir esses atributos, não se sentirá bem, não terá uma boa auto-estima.

No meu entender, valorizar-se verdadeiramente não tem nada a ver com os outros, mas somente consigo mesmo.

Veja o caso da cirurgia plástica.
Na verdade, a plástica não garante necessariamente uma boa auto-estima, pois quem não gosta de si continuará se vendo negativamente.

Neste aspecto, a plástica não foi feita para gerar auto-estima, mas, sim, para celebrar a auto-estima que já existe dentro de você.
Portanto, valorizar-se é algo interno, uma conquista, um trabalho interior, é esse trato amistoso consigo mesmo.

Ou seja, é ter um profundo respeito e apreço por si, sendo verdadeiro acima de tudo, amigo de si mesmo, ficando sempre de seu lado, principalmente diante das críticas alheias.

Também é não se criticar ou, condenar-se o tempo todo quando de erros; é se perdoar, não guardando mágoas, ressentimentos de si mesmo quando algo dá errado em sua vida.

Enfim, é ser verdadeiro, honesto com você, aprendendo a dizer não diante de um pedido que você não está a fim de aceitar ou que irá de alguma forma lhe prejudicar.

Ser honesto é ser íntegro, inteiro, é não ficar dividido odiando o seu trabalho, sua profissão, mas continuando a exercê-la; é deixar de conviver com um parceiro tóxico, desqualificador, que a destrata, humilha, agride-a física e/ou verbalmente.
São exemplos do quanto você não está sendo honesto, íntegro, consigo mesmo.

Eu me recordo de uma paciente que me procurou aos prantos, sentindo-se bastante insegura, assustada, pois no hospital onde trabalhava (ela era médica), o conselho administrativo a escolhera para ser a nova diretora do hospital.

Angustiada, disse-me que não podia aceitar o cargo porque não se sentia à altura, achava que não tinha competência para exercê-lo.
Achava, sim, que seus colegas é que tinham competência, menos ela.

Eu lhe disse que se os membros do conselho administrativo do hospital a escolheram, certamente a viam como a profissional mais indicada para ocupar esse cargo.
Ela me explicou que desde criança sempre fora insegura, e que tinha o hábito de colocar as outras pessoas no pedestal, sentindo-se inferior, vendo-as como superiores.

Nutria, portanto, um forte sentimento de inferioridade, não se vendo como uma pessoa capaz, com qualidades.
Sempre fora bastante submissa, obedecia rigorosamente às ordens dos pais, professores, chefes, com medo de sofrer represálias ou desagradá-los.
Necessitava muito da aprovação alheia.

Desta forma, ser diretora de um hospital de referência a apavorava sobremaneira, pois teria que dar ordens, gerenciar pessoas, conflitos, delegar funções, enfim, ter que -em muitos casos-, desagradar às pessoas, o que nunca fizera em sua vida.
E esse cargo a levaria a ficar em evidência, sujeita a elogios, bem como a críticas e julgamentos.

Nas sessões de regressão, seu mentor espiritual (ser desencarnado de elevada evolução espiritual, responsável diretamente pela nossa evolução espiritual) lhe mostrou várias de suas encarnações passadas, sempre em papéis sociais submissos, subservientes, como mendiga, prostituta, escrava, serva e camponesa.
Isso explicava a sua baixa auto-estima, os seus sentimentos de inferioridade e incapacidade que ainda trazia muito fortes na vida atual.

No entanto, seu mentor espiritual disse que, desta vez, na vida presente, foi-lhe lhe dada a oportunidade de vir numa família de classe média-alta, como médica, não só para cuidar das pessoas, mas para se valorizar, desenvolver o seu potencial, enfim, resgatar o amor-próprio.

Finalizou dizendo que a paciente tinha uma baixa auto-estima por ainda estar presa, apegada às experiências dolorosas, às humilhações que passou nas vidas passadas.
Mas que não se prendesse a rótulos e às condições sócio-econômicas desfavoráveis que experimentou no passado, pois o seu verdadeiro eu é o seu espírito, que é a nossa verdadeira natureza, o que somos de verdade, ou seja, a nossa verdadeira essência, pois somos únicos, singulares, um fenômeno individual, uma jóia rara.

Por isso, não somos nem superiores e nem inferiores, um milagre suficiente para não ter que se comparar com ninguém, a não ser consigo mesmos.

Caso Clínico:
Auto-estima baixa
Mulher de 30 anos, solteira.

A paciente veio ao meu consultório e me relatou o seguinte: "Não gosto de mim, me acho feia, não sinto que tenho capacidade para fazer nada, e também não costumo terminar o que começo.
Eu me considero uma pessoa fútil, vaidosa, não faço nada para os outros, vivo em salão de beleza, já fiz inúmeras plásticas, pois nunca estou satisfeita comigo.

O meu cirurgião plástico me aconselhou a procurar ajuda psicológica, dizendo-me o seguinte:
- "Apesar de ser uma mulher muito bonita, que chama a atenção de todos, você não se valoriza, sua auto-estima é baixa.
Procure a ajuda de um psicólogo".
Então, Dr. Osvaldo, preciso entender por que me sinto tão mal comigo, por que não gosto de mim e acabo mutilando o meu corpo fazendo tantas plásticas?".

Após ter passado por uma sessão de regressão, na segunda ela entrou em contato com sua mentora espiritual, que lhe esclareceu as suas indagações: "Vejo uma luz azul... Ela está na minha frente.
Vejo também dois pontos escuros indo de um lado para outro". (pausa).

- Pergunte a essa luz azul quem é ela, e quem são os dois pontos escuros...
Sinto que a luz azul é a minha mentora espiritual, mas ela não diz nada.
Os dois pontos escuros agora se transformaram em dois rostos...
Meu Deus, que feio!
São rostos desfigurados, em decomposição...
Que horror!

- Prossiga, peço à paciente.
A luz azul, a minha mentora espiritual, agora se mostra como uma moça, muito bonita, ela se aproxima de mim, pega a minha mão e me diz:
- Minha querida irmã e amiga, hoje estou aqui para lhe mostrar o que houve; porém, você também terá que aprender a se gostar, as respostas você as terá, mas o restante será com você.

Vou contar o que lhe aconteceu no passado: - Duas vidas atrás, você era uma menina muito bonita, ruiva, de olhos azuis, tinha pais maravilhosos; eles eram médicos e resolveram adotar duas crianças negras.

Você não gostou, pois temia que eles gostassem mais delas do que de você.
Você fazia de tudo para que aquelas duas crianças sofressem; por isso, elas tinham muito medo de você.
Sempre que podia, você fazia maldade com as bonecas delas, queimando os seus rostos, tirando os seus olhos, as pernas, e as ameaçava dizendo que um dia iria fazer o mesmo com elas.

O tempo passou, você cresceu e cresceu também sua raiva, seu repúdio por aquelas meninas; seus nomes eram Kimmy e Cadency.
O limite de sua ira chegou ao máximo quando um garoto da escola quis namorar com Cadency; você gostava desse rapaz, e por isso, ficou com tanta raiva que resolveu se vingar das suas irmãs adotivas e também de seus pais.
Foi até o porão, pegou querosene, e quando todos dormiam, ateou fogo na casa.

Seus pais conseguiram escapar, machucados e preocupados com você e com as meninas; ficaram desesperados quando não conseguiram retirar Kimmy e Cadency.
Naquela vida, ninguém soube que foi você que fez aquilo, mas isso vem te torturando até hoje; seus pais já a perdoaram, mas suas duas irmãs ainda não, estão aqui, são os pontinhos pretos que você viu".

- O que eu faço agora, Dr. Osvaldo?
Peça perdão, fale com elas.
- Kimmy, Cadency, estou aqui humildemente pedindo perdão com todo amor em meu coração.
Sei que vocês podem sentir a minha sinceridade.
Nessa vida passada, eu era uma pessoa má, imatura, arrogante; hoje, sofro por não gostar de mim, e agora estou entendendo que isso é uma autopunição de minha alma que está me cobrando por tê-las prejudicado, tirando suas vidas.

Minhas irmãs, vocês eram tão pequeninas e indefesas, me perdoem, por favor, peço do fundo de meu coração! (paciente fala chorando copiosamente). (pausa).
A minha mentora, diz que o seu nome é Branca.
Está me dizendo que irá levá-las, mas que eu tenho que orar por elas, e que na próxima sessão que eu vier, acredita que elas vão estar melhor, pois ainda nutrem por mim muito ódio.

A paciente ficou muito ansiosa, pois a terceira sessão só foi marcada após 21 dias, porque pedi que ela fizesse a limpeza espiritual dos 21 dias, junto com a oração do perdão.

Após esse período, a paciente voltou, e na terceira e última sessão me relatou:
- Estou vendo as minhas duas irmãs, elas estão envoltas por uma luz dourada, estão sorrindo para mim e querem me abraçar.
Dr. Osvaldo, elas me perdoaram e já não me aparecem com aquela aparência feia. Meu Deus, muito obrigado! (fala chorando).
A minha mentora espiritual me fala que graças à limpeza espiritual e à oração do perdão que fiz de coração e com toda a humildade, foi possível amainar o ódio que elas sentiam por mim.
Revela que elas estavam também colaborando para que me sentisse feia, não gostasse de mim, e que não concluísse o que começava.

Mas afirma que daqui para frente vou me sentir melhor, minha auto-estima vai melhorar.
Ela agradece ao senhor por ter nos ajudado, através dessa terapia.
Agora ela está se despedindo, indo para uma Luz maior, junto com as minhas irmãs.


Osvaldo Shimoda
terapeuta, criador da Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), a Terapia do Mentor Espiritual - Abordagem psicológica e espiritual breve canalizada por ele através dos Espíritos Superiores do Astral.

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