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sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Voltar a nascer
Você acredita em reencarnação?
Acredita que alguém que tenha morrido possa retornar a viver, em outro corpo?
Acha que isso tudo é somente uma grande fantasia, excelente para enredo de filmes, matéria literária para encher páginas e mais páginas de revistas?
Talvez algo sensacional para títulos de manchetes?
Pois aquela senhora de 86 anos cultivava as saudades do seu irmão há mais de seis décadas quando um casal entrou em contato com ela.
A princípio, de forma muito prudente, como a sondar seus sentimentos e depois, revelando enfim que, em sua casa, seu filho dizia ter sido irmão dela.
Anne Barron lembrava de que, no dia 3 de março de 1945, estava em sua sala de estar, fazendo a limpeza.
Estava ansiosa porque toda a família iria se reunir em sua casa para aguardar, em breves dias, o retorno do irmão.
Então, ela sentiu como se ele estivesse ali, ao lado dela.
E falaram e falaram.
Eram muito ligados.
A reunião nunca aconteceu porque James foi dado como desaparecido em uma missão, como piloto.
O dia em que desaparecera? 3 de março.
Agora, um menino de 5 anos estava ao telefone, para falar com ela.
Ele a chamou de Annie.
Ela estremeceu.
Somente seu irmão a chamava dessa forma.
A conversa foi muito interessante.
O garoto tinha conhecimento de muitas coisas da família.
Referia-se ao pai e à mãe de ambos como um irmão faria.
O menino se lembrava com riqueza de detalhes do alcoolismo do pai, de que uma outra irmã, de nome Ruth, tinha sido colunista social de um jornal da cidade.
A quantidade de minúcias da família sobre as quais conversavam Anne e o novo James era impressionante.
Com o tempo, quaisquer dúvidas foram eliminadas da mente de Anne.
Aquele era seu irmão, que voltara a viver, em outro corpo.
Então, ela resolveu mandar para a cidade onde ele morava, um presente.
Era um quadro que a mãe deles havia pintado do filho quando ele era criança.
Quando o recebeu, a primeira pergunta do pequeno a Anne foi:
Onde está o quadro que ela pintou de você?
Anne ficou sem fôlego.
Apenas ela sabia que sua mãe pintara dois retratos: seu e de seu irmão.
O retrato de Anne estava no sótão.
Ninguém no mundo sabia disso, só ela.
A cada vez que com ele falava ao telefone, ela tinha mais certeza: aquele garoto era um Espírito familiar.
Quando o ouvia, ela não podia deixar de reconhecer que era o Espírito do seu irmão, morto na guerra, que voltara.
Quando se encontraram, pela primeira vez, face a face, ele a olhou atentamente.
Quieto, ele a ficou examinando com o olhar, avaliando.
Algo como se estivesse tentando encontrar o rosto da irmã de 24 anos na mulher de agora 86 anos.
Ela envelhecera.
Ele renascera.
Não demorou muito e conversavam, de forma natural, com afetividade, identificando-se um com o outro.
* * *
A reencarnação é Lei natural e todos os Espíritos a ela se submetem, até alcançar a perfeição.
Foi isso que Jesus ensinou ao falar a Nicodemos:
Em verdade, em verdade te digo: ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo.
Redação do Momento Espírita, com base nos caps. 32 e 33 do livro A volta, de Bruce e Andréa Leininger com Ken Gross, ed. Bestseller.
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