quarta-feira, 9 de junho de 2010

Saúde dos Animais


GERIATRIA VETERINÁRIA : o que se deve considerar...
A VELHICE DE CÃES E GATOS


Quando o organismo reduz progressivamente suas habilidades, afetando gradativamente diversos órgãos e sistemas orgânicos, é sinal de que os nossos amigos estão envelhecendo.
E quando isso acontece?
Existem diferenças individuais, familiares e raciais no processo de envelhecimento, mas geralmente podemos considerá-los pacientes geriátricos quando:
1- raças pequenas, com menos de 10 kg, atingem de 9 a 13 anos de idade
2- raças médias, que apresentam de 10 a 15 kg, atingem de 9 a 11 anos de idade
3- raças grandes, que apresentam de 25 a 45 kg, atingem de 7,5 a 10,5 anos de idade
4- raças gigantes, que apresentam mais de 45 kg, atingem de 8 a 10 anos de idade
Gatos vivem em média 12 anos e podemos considerá-los idosos à partir de 7-8 anos de idade.

No geral, além do pequeno porte, os mascotes que não saem a rua, que são castrados e de raças mestiças, têm maior longevidade ( vivem mais tempo).
Apenas 13% dos cães de raças grandes atingem 10 anos de idade, ao passo que 37% dos de raças pequenas chegam a esta idade.
Já os animais de raças gigantes, tem uma expectativa de vida de apenas 6,5 anos em média.

E como se dá o processo de envelhecimento?
De forma gradativa e silenciosa.
As alterações atingem vários sistemas ao mesmo tempo: o sistema imunológico vai ficando confuso e ineficiente, o metabolismo já não é mais o mesmo, o sistema músculo esquelético vai se modificando (como nos humanos há diminuição da massa e força muscular e aumento do depósito de gorduras), há um desgaste articular importante (mais evidente e comum em animais obesos e sedentários), os ossos estão mais frágeis, os dentes já sofreram desgastes e houve perdas importantes de dentes, as secreções de enzimas, hormônios e outras substâncias importantes para o bom funcionamento orgânico já não são tão eficazes como antes e assim há alterações em vários sistemas orgânicos.

Com o avanço dos anos tanto os rins quanto o coração e os pulmões diminuem sua eficiência natural e alguns sinais sutis como aumento ou diminuição na ingestão de água e da quantidade e freqüência urinária, cansaço e tosse após exercícios podem sinalizar alterações nesses sistemas.
Com relação a atividade e interesse, a maior parte do tempo que antes era utilizado para brincar e explorar o ambiente, agora é preenchido com o sono ou dormitação.
A diminuição da acuidade visual, da audição e do interesse no ambiente, também vai acontecendo gradativamente.

O que vem a ser Disfunção Cognitiva (DC)?
Quando o cão passa a ter dificuldades em reconhecer pessoas , lugares e objetos, apresenta diminuição da memória e capacidade de atenção, regressão no aprendizado adquirido (como defecar e urinar em locais impróprios), problemas de orientação espacial (tem sede e não encontra o local do seu bebedouro, p.ex.), alterações no ciclo de sono e vigília (dorme muito durante o dia e acorda muito ou fica agitado a noite, p.ex.), ele pode estar apresentando uma Disfunção Cognitiva, muito semelhante a Doença de Alzheimer dos humanos.

As lesões pós mortem, tanto em animais quanto em humanos, são muito semelhantes e as pesquisas apontam como causas prováveis, a deposição de uma proteína beta-amilóide no córtex cérebral e no hipocampo, inibindo a transmissão de sinais cognitivos entre os neurônios.
Também existem evidências de um aumento na atividade da enzima MAO, responsável pela degradação da dopamina, favorecendo o acúmulo de radicais livres e desta forma interferindo na transmissão do impulso nervoso e facilitando a formação das tais placas amilóides.
O aumento funcional do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal também vem sendo potencialmente responsabilizado pelo quadro.
As alterações comportamentais, neste caso, não estão associadas a doenças propriamente ditas, e sim a cognição (memória, aprendizado, percepção e entendimento).
Agressividade, comportamentos compulsivos( como andar em círculos, uivar ou chorar ou gemer em excesso) e diminuição na interação com a família, são achados comuns nos portadores desta disfunção.


Alguns sinais referentes ao DC:
1- O animal idoso apresenta uma desorientação espacial, com dificuldade em transpor obstáculos que antes fazia com desenvoltura, como por exemplo passar entre o sofá e a mesinha ou encontrar a saída para a rua.
Também podem manifestar que algo anda errado quando simplesmente apóiam a cabeça contra uma parede ou ficam olhando fixamente para o nada.

2- Podem esquecer que comeram e querem comer de novo e de novo....

3- Apresentam agitações noturnas, acordando seus donos para comer, passear ou mesmo somente para ter atenção, no meio da noite.
Também há animais que passam a chorar, gemer ou uivar mais durante a noite.

4- Passam a não cumprimentar ou mesmo não reconhecer seus velhos companheiros humanos ou não, e mesmo demonstrar agressividade onde antes eram só demonstrações de amor e admiração.

5- Dormem por muito mais tempo, não têm interesse em brincadeiras ou passeios que antes os encantavam.

6- Retrocessos no processo de aprendizagem, com deposições inadequadas (fezes e urina em locais inapropriados) e alterações no padrão de higiene (gatos que não se lambem mais, cães que se deitam em locais sujos).


Estes sinais podem ser confundidos, pelo cuidador, com o processo de envelhecimento normal, e desta forma ser considerado como inevitável, mas no caso do DC, após o surgimento dos primeiros sintomas, há uma perda progressiva de todas as funções orgânicas com uma sobrevida de 18 a 24 meses, sendo um motivo comum da escolha da eutanásia.

É importante ressaltar que a DC é considerada uma doença específica e já existem mecanismos terapêuticos estabelecidos para retardar e controlar a evolução do processo degenerativo causado pela doença e desta forma melhorar a qualidade de vida do animal afetado.
Cerca de 60% dos animais com mais de 11 anos de idade e 86% dos cães com 15-16 anos apresentam sinais de DC. Fêmeas parecem ser mais afetadas que os machos.

TRATAMENTOS DISPONÍVEIS
O Ldeprenil é o medicamento mais utilizado na medicina convencional.
Sua atuação se dá bloqueando a MAO (monoamino-oxidase) cuja função é degradar a dopamina (neurotransmissor) e desta forma aumentando a concentração de dopamina e diminuindo a produção de radicais livres.
Esta medicação não deve ser utilizada junto com antidepressivos ou com amitrazinas.
Há estudos que avaliam a melhora dos cães em 75%nos parâmetros avaliados.
A taxa de efeitos colaterais (diarréia, vômito e desorientação) fica entre 20-25%.
A droga deve ser utilizada por toda a vida do animal e o seu custo fica em torno de US$150 dólares mensais.

Já uma abordagem mais integralista, requer a utilização de substâncias anti-oxidantes naturais (ômega 3,vitamina E, poliferóis e selênio dentre outros), suplementação com colina (na prevenção e tratamento do distúrbio) e alimentação caseira balanceada, conforme os requerimentos da doença.

Os antioxidantes estão disponíveis em vários alimentos que podem ser oferecidos no dia a dia, como aveia, tomates cozidos, azeite de oliva, óleo de peixe, óleo de borragem, castanha do pará, chá verde em cápsulas, linhaça, girassol, repolho roxo, uva escura, morango, maçã, brócolis, espinafre, alecrim, orégano, açaí, abóbora, etc.

A utilização de um complexo vitamínico composto por colina, fosfatidilcolina, metionina e inositol associados a outras vitaminas do complexo B é defendida pelo Dr.Shawn Messonier, veterinário americano que avaliou os resultados desta terapêutica em 19 cães e 21 gatos com melhoria de sintomas em aproximadamente 75% dos animais avaliados.
Ele ainda relata que em sua experiência clínica, a utilização deste suplemento vitamínico além de reverter sinais e sintomas da doença já estabelecida, quando utilizado antes do aparecimento dos sinais clínicos da doença, demonstra segurança e efetividade significativas na prevenção da disfunção cognitiva.


Além da suplementação através de complexos vitamínicos contendo estes componentes, uma alimentação rica nestes é muito bem vinda.
São fontes de colina: gema de ovo, farinha de aveia, couve-flôr, couve, repolho fígado e lecitina de soja.
A fosfatidilcolina, também conhecida como lecitina, apresenta como principais fontes o fígado, gema de ovo, soja, amendoim, espinafre e trigo.
Já a metionina pode ser encontrada na quinoa, lecitina de soja, trigo integral, semente de girasol, ovos e carne suína.
O inositol também é encontrado na lecitina de soja, em nozes, alfafa germinada,leguminosas em geral, gérmen de trigo, fígado, coração e frutas como o melão.
Portanto, LECITINA DE SOJA neles.

A Dra. Gloria Dood, médica veterinária holística, relata a associação do acúmulo de placas amilóides com a intoxicação crônica por alumínio.
Ela baseia esta afirmação em trabalho desenvolvido por uma psiquiatra americana, Elizabeth Reese que afirma ter encontrado altos teores de alumínio em cabelos e saliva de pacientes humanos com Doença de Alzheimer e que após o tratamento de desintoxicação pela utilização de quelantes (pequenas moléculas que se ligam a substância tóxica para seqüestrá-la e eliminá-la), observou concomitantemente a queda dos níveis de alumínio, o desaparecimento de sintomas como perda de memória e confusão.
Dra. Glória Dood utiliza tratamentos alternativos para DC, dentre eles a desintoxicação do organismo do paciente com quelantes de alumínio e proíbe categoricamente a utilização de bebedouros e comedouros de alumínio, assim como utilização de panelas de alumínio para a confecção de comida caseira para os pets.
Pesquisei sobre quelantes naturais na forma de alimentos e encontrei alguns elementos importantes que agem sobre o alumínio: maçã e vinagre.


Além das terapêuticas medicamentosas, é importante orientar o proprietário quanto a reeducação do paciente geriátrico e medidas que facilitem o seu bem estar dentro de suas novas limitações melhorando desta forma a interação animal-cuidador-meio ambiente:

- Previna o stress ambiental mantendo a rotina do animal e evitando mudanças no ambiente para que ele possa se localizar no espaço sem obstáculos e mudanças que possam provocar acidentes ou desconfortos (mudança na localização dos móveis, da caminha dele, do bebedouro e comedouro,etc.).
Você também pode facilitar a vida dele utilizando rampas de acesso no lugar de escadas, rampas para sofás ou camas ou ao contrário, a diminuição da altura dos móveis que ele utiliza para deitar desta forma mantendo a autonomia do animal e diminuindo os riscos de acidentes.

- Ajude-o com os cuidados de higiene, escovando-o com escova macia, banhando-o quando necessário. Tosas higiênicas são indicadas para facilitar o trato e os cuidados com idoso.
Ele deve sentir-se mais confortável.

-Não utilize produtos com odores fortes nem nele, nem no ambiente para não desorientá-lo ainda mais e evite enviá-lo ao banho e tosa que é um ambiente mais estressante por natureza.

- Incentive-o a comer e beber regularmente, com horários pré-estabelecidos.
Pode ser necessário lembrá-los de executar estas tarefas tão comuns e esperadas em outros tempos.
Não exagere, pois eles podem pedir comida mais vezes simplesmente pelo fato de não lembrarem que já comeram.
A obesidade é sempre prejudicial, principalmente no indivíduo senil.

- O estímulo aos exercícios moderados como caminhadas e jogos também fazem parte do tratamento. Renovar os laços já existentes e muitas vezes adormecidos é importante.
Incentive-o, elogie-o, premiações motivacionais são importantes para reacender as relações e manter o cérebro ativo.

-Cuide para que ele não saia sozinho, mesmo que tenha feito isto por toda a sua vida.
As circunstâncias novas podem levá-lo a vaguear sem rumo e não encontrar o caminho de volta.

- Se ele vive mais tempo dentro de casa, não esqueça de chamá-lo regularmente para as necessidades no local adequado.
Os gatos devem ter mais bandejas de areia a disposição, em locais estratégicos da casa.

- Por último, não esqueça que esse é o momento de você retribuir todos os momentos de atenção, carinho, companhia e adoração que ele compartilhou com você.
Esses amigos incondicionais, agora necessitam da sua colaboração, paciência e um pouco mais de atenção e cuidados.

Revisão bibliográfica:
http://veterinario.com.pt/artigos/200903_alzeihmerCanino.pdf
http://www.petcarenaturally.com/articles/alzheimers-in-dogs-and-cats.php
http://www.ivis.org/proceedings/lavc/lavc2006/helio3.pdf


O que é a Castração?


A castração consiste em uma cirurgia feita em cães e gatos, fêmeas e machos, para impedir que se reproduzam sem controle.
Para cada bebê que nasce, 15 cães e 45 gatos também podem nascer.
Em seis anos, uma cadela e seus descendentes podem gerar 64 mil filhotes!!
No caso das gatas esse número é ainda maior.
Isso explica o grave problema da superpopulação desses animais, com a morte de milhares deles.
Isso pode ser evitado por meio da informação.

Como funciona?
Consiste na retirada do útero, trompas e ovários, no caso das fêmeas.
Nos machos, na retirada dos testículos.
A cirurgia, feita com anestesia geral, é simples mas deve ser executada apenas por veterinários devidamente habilitados.
Em torno de uma semana o animal estará totalmente recuperado.
A castração pode ser feita a partir dos 2 meses de idade.
Para as fêmeas é recomendado castrar antes do primeiro cio.

Vantagens da Castração:
1) Diminui drasticamente o risco de doenças nas vias uterinas, do câncer de mama, útero, próstata e testículos;

2) Elimina a Gravidez Psicológica, comum em algumas fêmeas após o término do cio, o que ocasiona aumento das mamas (muitas vezes com edema), a produção de leite e irritabilidade excessiva;

3) Elimina o risco do câncer dos órgão genitais;

4) Diminui o risco das fugas e brigas, que podem acarretar acidentes graves e até fatais;

5) Acaba com os latidos, uivos e miados excessivos que ocorrem por ocasião do cio;

6) Elimina os estados de excitação por falta de cruzamento (e o embaraço com as visitas!);

7) Elimina a inconveniente perda de sangue das cadelas no período de cio, assim como as desagradáveis reuniões de machos na porta de sua residência;

8) Diminuiu o hábito dos gatos de urinar em paredes e móveis para marcar território.
A urina também perde o odor forte e desagradável.

Mitos sobre a Castração:
- "Castração engorda?”
O animal não engorda devido à castração e sim pela diminuição de suas atividades físicas, necessitando, portanto, mais exercícios.
A quantidade de alimento também poderá ser diminuida.

- "Eu não posso pagar!”
O custo da operação será amplamente compensado por futuros gastos com alimentação, vacinas, etc. do animal gestante e das crias.
Ou de eventuais complicações no parto ou ainda despesas com cirurgias e medicamentos decorrentes de doenças em animais não castrados (ex. Piometra).
Hoje, várias clínicas realizam castrações a preços reduzidos ou facilitam o pagamento.
Consulte os Veterinários Solidários.

- “Eu sempre arrumo pra quem dar os filhotes”
Nem sempre isso é verdadeiro, sendo mais comum a atitude de querer se livrar de um problema.
É sempre bom lembrar que uma fêmea pode gerar dezenas de filhotes que, por sua vez, crescerão e terão outras crias, multiplicando o problema.
Para que deixar novos filhotes nascerem se não há lares suficientes para os que já existem?

- “Ele não tomará mais conta da casa.”
Os animais castrados não perdem o instinto de proteger seu território.
Por outro lado, perde o indesejável costume de urinar em diversos cantos.
Cabe ainda lembrar que animais castrados ficarão mais caseiros, deixando de se envolver em brigas na disputa de fêmeas.

- “Mas ela precisa ter pelo menos uma cria...”
Ter uma cria não acrescenta saúde ao animal e sim mais animais ao problema.
Pesquisas mostram que, quanto mais cedo for realizada a castração, menores as chances da fêmea desenvolver câncer de mama.
A castração também prevenirá o surgimento de Piometra, doença freqüente em fêmeas adultas.

- “Meu animal vai sofrer?”
A cirurgia, feita sob anestesia geral, é indolor.
Dentro de um ou dois dias, o animal estará brincando e retomará suas atividades normais.

- “Eu estarei interferindo na natureza do meu animal?”
Seu animal não tem escolha, segue apenas o instinto.
É dever do proprietário intervir e prevenir nascimentos indesejados.
O animal será beneficiado e não subtraído de algo.

Ajude a combater a superpopulação o abandono:
castre seu cão ou gato, machos e fêmeas!


Adotar um cão?
Saiba mais antes de adotar.


Caso seu cão tenha morrido de doeça contagiosa, espere antes de adquirir outro, pois você poderá estar condenando seu novo amigo à morte.

Algumas doenças ficam no ambiente onde o animal vivia, às vezes por muitos meses.
Portanto, se você teve algum animal morto ou doente por moléstia contagiosa, converse com seu veterinário, antes de adquirir um outro mascote, principalmente se este for um filhote ou ainda não vacinado.
Doenças contagiosas mais comuns e como desinfetar o ambiente.

Parvovirose
É um dos virus mais resistentes, podendo ficar no ambiente por meses e até por anos.
A desinfecção do local só é conseguida com o uso freqüente e continuado de água sanitária - 1 vez por semana, durante 1 mes

Coronavirus
é pouco resistente, podendo ser destruído por desinfetantes comuns; mas como às vezes não é realizado o diagnóstico diferencial entre ele e o parvovirus, aconselhamos a desinfecção do ambiente da mesma forma como a feita para o parvovirus

Cinomose
o virus não é resistente aos desinfetantes comuns.
Em locais de clima quente o virus não sobrevive nem por uma semana no ambiente, após o animal infectado ter sido retirado.
Nos climas mais frios ele pode permanecer por algumas semanas.

Hepatite infecciosa canina
pode sobreviver no ambiente desde por apenas alguns dias até meses, de acordo com o clima, ele é mais sensível ao calor.
devemos queimar o ambiente uma vez por semana , durante 1 mês para conseguirmos a morte do virus.

Parainfluenza
não sobrevive por muito tempo no ambiente, sendo destruído pelos desinfetantes comuns, com limpezas duas vezes por semana, por 2 semanas.

Raiva
não resiste ao calor e aos desinfetantes comuns.


Saiba quais as vacinas indispensáveis para cães e gatos
É importante vaciná-los ainda filhotes e repetir as doses pelo menos uma vez ao ano.
Vacinas anti-rábicas e múltiplas são essenciais.


Quem tem animais de estimação, sabe como é importante manter as vacinas em dia.
Não somente para preservar a saúde do bichinho, mas também para evitar problemas com a própria saúde, já que muitas doenças são transmissíveis às pessoas.
É importante vacinar os cães e gatos ainda filhotes e repetir as doses pelo menos uma vez ao ano.

“Animais idosos também precisam ser vacinados, porque eles ficam expostos da mesma forma.
E as doses precisam ser aplicadas uma vez por ano”, afirma a veterinária Mirela Tinucci Costa, professora em clínica de cães e gatos da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).


Para cães, Mirela explica que as vacinas anti-rábica e múltiplas são essenciais.
Ela recomenda a primeira dose da vacina múltipla aos 45 dias, outra aos 75 dias e a terceira aos 120 dias, mas a periodicidade das vacinas pode variar de acordo com os hábitos do animal.

“Um gato castrado e que vive preso em um apartamento é diferente daquele que vive solto em casa, sem ser castrado, e sai para a rua”, afirma a veterinária.
“Gatos recebem duas doses da múltipla, mas alguns veterinários podem aplicar inclusive uma terceira dose se ele tem muito contato com a rua”, diz.

No caso de gatos, o veterinário Mauro Anselmo Alves, árbitro da Confederação Brasileira de Cinofilia, explica que as vacinas essenciais são a anti-rábica e as múltiplas (tríplice, quádrupla ou quíntupla).
Mas elas não são infalíveis e o ideal é tentar manter os gatos em casa.
“A vacinação não é garantia de que o animal não vá pegar nenhuma doença.
Protege quase totalmente”, diz.
“Dependendo do organismo do animal, ele pode ter a doença de forma mais branda.
E existem doenças contra as quais não há vacinas”, afirma.

Restrições
Animais debilitados não devem tomar vacinas, precisam se recuperar antes.
Os veterinários lembram que, assim como pessoas, animais não podem tomar medicamentos sem orientação profissional.
“É importante que o proprietário tenha em mente que o veterinário é a pessoa mais indicada para fazer uma avaliação clínica, indicar tratamentos em caso de doença e aplicar as vacinas”, afirma Mirela.

Recomendações
- Nenhum filhote deve sair à rua ou ter contato com outros animais sem estar vacinado;
- Nunca deixe de aplicar as doses anuais e a vacina anti-rábica em cães e gatos;
- Mesmo animais que vivem presos precisam receber doses de vacina;
- Não aplique medicamentos no animal sem consultar antes um veterinário;
- Mesmo vacinado, não deixe o animal ficar em contato com bichos doentes;
- Animais criados com responsabilidade não transmitem doenças aos homens.


É sempre bom ter em mente, quando se adquire um cãozinho, que ele pode adoecer como qualquer pessoa, mas que não pode dizer o que está sentindo.


Por isso, e para evitar que problemas simples se tornem complicados, é que o dono tem a obrigação de estar sempre atento ao comportamento e o bem estar de seu animal.

Os gastos com veterinários sempre irão existir, mesmo em animais saudáveis, pois estes devem ser vacinados, vermifugados e, dependendo da raça em questão, outros cuidados podem vir a ser necessários.

As vacinas ainda são a melhor maneira de manter seu animal saudável e devem ser ministradas nas datas especificadas na carteirinha de vacinação de seu cão ou de acordo com a determinação do médico veterinário, alguns preferem a vacinação anual,outros acreditam que a maioria das vacinas devem ser ministradas apenas uma vez, converse com seu veterinário e esquise a respeite para saber o seu caso.


Além das vacinas um ambiente apropriado e uma alimentação saudável são importantes se você quiser que seu animal viva bem o máximo tempo possível.
Hábitos de higiene adequados como banhos, escovação e higiene dental (principmente para raças pequenas) também são importantes.

Assim como os humanos, os cães jovens são mais saudáveis e podem até passar bem com dietas inadequadas e sem vacinas, o que leva alguns donos a dizer que esses “cuidados são exagerados” mas, assim como os humanos os cães também envelhecem e é nesta fase que se vê o reflexo da qualidade de vida que ele teve na juventude.
Sempre é bom manter em mente que a medicina preventiva funciona melhor tanto para cães como para as pessoas e que não se deve “economizar” em questões de saúde.
Uma vacina a menos hoje pode significar muitos remédios a mais amanhã.


Ambientes inadequados e falta de exercício podem gerar problemas de desenvolvimento e/ou problemas de comportamento.
Uma dieta incorreta além dos problemas de desenvolvimento, especialmente no filhote, podem causar obesidade ou diabetes.
A não vacinação por sua vez é extremamente perigosa para o cão que fica sujeito a muitas doenças e para as pessoas, pois muitas doenças podem ser transmitidas para seres humanos.
Cuidados adequados como higiene e cuidado com quais ambientes o seu cachorro fica exposto, podem prevenir a maioria dos problemas de pele e ectoparasitas.

É claro que nem todos os problemas de saúde podem ser evitados, alguns são de origem genética e apresentam maior freqüência em algumas raças do que em outras.
Estas doenças podem ser controladas e, até certo ponto, evitadas com uma boa seleção de reprodutores e com o afastamento dos cães afetados da procriação, muitas delas não tem cura e por isso é importante a prevenção e a criação responsável.


Algumas pessoas ainda não se conscientizaram que pais com problemas genéticos podem passar esses problemas para seus filhotes e, mesmo quando sabem que seus cães sofrem de males como diabetes, ou epilepsia ainda insistem em cruzar seus cães e vender os filhotes sem avisar aos futuros compradores dos riscos do filhotinho desenvolver algum problema.
Donos que descobrem que seus cães têm problemas de origem genética não sabem como lidar com esse problema e acabam por não dar um tratamento adequado ao seu bichinho.

Alguns males também exigem um grande investimento financeiro no tratamento do cachorro e nem todos os donos têm condições de cuidar adequadamente do seu cão.
Alguns chegam a abandonar o cachorro ou o doam para outra pessoa sem contar sobre o problema ou ainda sacrificam o animal dizendo que assim ” vai ser melhor pra ele “.

Para evitar surpresas desagradáveis quando comprar um filhote esteja atento aos pais da ninhada e veja se o criador é confiável.

É válido ressaltar que nem sempre todos estes cuidados são suficientes, acidentes acontecem.
Algumas vezes por conseqüência de um atropelamento, por exemplo, o cão pode ficar paralítico e nestes casos, na maioria das vezes, o animal é sacrificado pois os proprietários (e algumas vezes os veterinários também) não conhecem nenhuma alternativa.

Dependendo do caso e da gravidade da lesão é possível se construir uma cadeira de rodas sob medida para o cão, que continuará precisando de cuidados especiais mas ainda poderá viver por muitos anos.
A Vetcar é uma empresa brasileira que constroi equipamentos especializados na reabilitação de animais de estimação.

Referências utilizadas:
Revista adestramento V.1


A Velhice do Cão


“Estava mais velho por causa dos dias que tinha vivido e dos anos que tinha respirado”
– Jack Lodon – O Chamado da Floresta


Normalmente as pessoas que adquirem um cão não pensam que ele vai ficar velho.
Sabem que estão comprando um filhote que vai crescer, em geral sabem quando acaba a infância e começa a vida adulta mas , normalmente não sabem quando começa a velhice e nem estão preparadas para ela.

A idade adulta e a velhice na cão diferem de raça para raça, em geral as raças de pequeno porte vivem mais que as de grande porte, mas a idade que o cão atingirá também depende da criação e dos cuidados que recebeu durante a vida.

A vida de um cão dura entre dez e quinze anos em média, porém, o volpino italiano (ou vulpino), raça ainda rara no Brasil, é conhecido por ter uma maior expectativa de vida, cerca de 18 anos em média, podendo alcançar mais se for bem cuidado desde a infância.

Uma outra raça que, pode facilmente alcançar uma idade avançada é o boiadeiro australiano que, dizem, pode chegar até os 25 anos, sendo então a mais longeva das raças caninas.

Raças de orte gigante como o dogue alemão possuem exectativas de vida um ouco menores mas menos estas raças podem apresentar excessões.

É nesta fase que o cachorro vai ficar mais calmo e precisar de mais atenção por parte do dono.
Muitas doenças podem aparecer e quanto antes forem tratadas melhor.
É preciso ficar atento aos sintomas para que quaisquer problema de saúde seja percebido no início.

Existem rações prórias para animais idosos que são mais aropriadas ao metabolismo do cão velho.

Quando atinge esta fase o seu cachorro recisará de certos cuidados especiais pois ficará mais sensível às variações de temperatura e não deve ser exposto ao calor ou ao frio.
Também se tornará mais sensível emocionalmente e fica estressado ou deprimido mais facilmente.

Como acontece com os humanos, o pêlo pode ficar esbranquiçado com a idade ( especialmente nos cães com máscara negra ), a pele também fica mais frágil motivo pelo qual o dono deve ter cuidado para evitar que o cão se corte, pois nesta idade a recuperação do organismo também é mais lenta e há uma diminuição no funcionamento do sistema imunológico o que pode tornar perigosa uma simples inflamação.

Nesta fase o cão também sente mais a necessidade de companhia da família, não para brincar, mas para ficar perto, exigindo mais atenção dos donos.

Existem alguns problemas de saúde típicos da idade avançada como a osteoporose, perda relativa da visão e do olfato.

Além destes existem outros problemas fisiológicos e principalmente de comportamento que, embora não sejam tão comuns odem ocorrer.

Entre as perturbações do comportamento pode-se citar:

A “hiper-agressividade do cão idoso” que consiste em um processo no qual o cão se torna cada vez mais agressivo e pode chegar a morder sem motivo aparente, em 75% dos casos o cão também se torna bulímico ( vomita tudo o que consome).
O tratamento deve ser feito com remédios prescritos por veterinários.

A “depressão de involução” na qual o cão parece perder seus comportamentos sociais, se torna sujo, engole corpos estranhos e não responde mais aos comandos, sofre perturbações durante o sono e uiva sem motivo.
O tratamento, novamente é feito com medicamentos.

E. Landseer – The Old Shepherd’s Chief Mourner A “distimia do cão idoso”, doença na qual o cão aparentemente perde a noção do prório tamanho, não avalia bem a sua largura e a dos locais por onde pretende passar, pode ficar forçando a passagem por um local muito estreito por horas e pode, inclusive, ficar preso e machucar-se.

Dentre os problemas fisiológicos estão principalmente os cardíacos.
Pode haver dilatação do coração ou problemas nas válvulas cardíacas.

Pode ocorrer também a insuficiência renal crônica que ocorre quando há a perda de 75% dos néfrons dos rins, este é um problema sério e deve ser tratado o quanto antes.

Ocorrem também doenças ligadas ao tubo digestivo para o que uma ração própria para a idade do cão é muito importante.

Pode ocorrer acúmulo de tártaro nos dentes o que pode levar a infecções nas gengivas, mau-hálito e perda de dentes se não for retirado.
O problema de tártaro deve ser tratado desde cedo para evitar seu acumulo na idade avançada.

A perda de dentes por causado tártaro pode levar a problemas de desnutrição devido a dificuldade do cão em se alimentar além de se tornar mais uma dificuldade para o dono que pode ser obrigado a preparar dietas especiais para seu cão se este não for mais capaz de mastigar a ração seca sozinho.

Alguns outros problemas apesar de aparecerem em todas as idades se tornam mais freqüentes no cão idoso, como dermatites, problemas de visão e aparecimento de tumores benignos e de câncer devido à baixa no funcionamento do sistema imunológico.


É de extrema importância que futuros donos de cães estejam cientes do envelhecimento de seus bichinhos para evitar que os mesmos sejam abandonados justamente quando mais precisam de seus donos.

Referências utilizadas:
Enciclopédia do Cão Royal Canin


Os animais sonham?
Você alguma vez já percebeu que seu cachorro ou gato se mexe enquanto dorme, ou emite sons durante o sono?
Pois saiba que o bichinho pode estar sonhando.
"O sonho de um gato ou cachorro pode ser influenciado pelo ambiente em que ele convive.

Se o animal vive em um ambiente barulhento e onde ele não recebe atenção, poderá dormir pouco, se tornando estressado e solitário", avisa a psicobióloga Silvia Helena Cardoso.

Por outro lado, os bichos que vivem em um ambiente tranqüilo e recebem carinho e atenção tendem a ter o sono mais tranqüilo.
De acordo com Silvia, as afirmações levam em conta registros de exames feitos em diversos animais.

Conforme a especialista, é importante ainda respeitar os animais durante o descanso e deixar que eles durmam tranqüilamente.
"O momento em que o sono é mais profundo, conhecido como REM, é necessário para o equilíbrio e bem-estar dos bichos", salienta.
Ela ressalta que estudos mostram que o sono REM só se apresenta em aves e mamíferos, ou seja, animais de sangue quente.
Entre eles estão ratos, gatos, cães, macacos e elefantes.
"Experimentos com animais como répteis, por exemplo, não apresentaram indícios de sono REM", destaca Silvia.

Já o Massachusetts Institute of Technology (MIT) publicou um estudo no qual se tentou investigar o conteúdo dos sonhos dos animais.
Analisando os padrões cerebrais de ratos em estado de alerta e depois quando os bichos estão dormindo, os cientistas do MIT conseguiram criar uma base de comparação de dados.

Conforme o experimento, realizado em 2001, foi possível identificar que os ratos sonham com atividades ligadas à rotina do dia-a-dia como, por exemplo, correr em um labirinto, ou então com comida.

Conforme a pesquisadora Silvia, a quantidade de sono nos animais é inversamente relacionada ao grau pelo qual as espécies devem lidar com o perigo predatório, ou seja, as espécies vulneráveis a predadores tendem a dormir menos.

"Alguns animais grandes como elefantes, vacas e cavalos também dormem pouco, pois gastam grande quantidade de tempo fazendo estocagem de alimentos", explica.

http://noticias.terra.com.br/


Teste de Temperamento


É um teste utilizado para avaliar o temperamento do filhote e garantir a melhor escolha por parte do novo dono ou do criador que quer indicar o melhor cachorro para cada tipo de dono.

Embora o teste Volhard seja teste de temperamento mais utilizado, podem existir variantes com as mesmas finalidades.
Esta é uma opção em 6 etapas, testada por adestradores que têm dado bons resultados:

Teste 1: Vir até nós
Coloque o filhote no chão em local desconhecido.
Afaste-se aos poucos e agache-se.
Chame-o com um tom de voz alegre e de forma afetuosa, batendo palmas (suavemente).
Marque a resposta apropriada.
O filhote:
Veio prontamente, pulou em você e, talvez, pôs a boca na sua mão ou mordeu-a.
Veio prontamente, cauda levantada e subiu no seu colo.
Veio prontamente, cauda nivelada ou ligeiramente caída.
Veio, mas hesitante, talvez rastejando.
Não veio.

Teste 2: Seguir pessoas
Fique em pé e afaste-se do filhote, sem encorajá-lo.
Observe sua reação.
O filhote:
Seguiu você bem de perto, cauda levantada, sacolejando e perseguindo seus pés.
Seguiu-o bem de perto, cauda levantada e parou bem perto.
Seguiu-o hesitante.
Seguiu-o devagar, talvez rastejando.
Não seguiu-o

Teste 3: Buscar objetos
Mostre um papel amassado ou bola de borracha ao filhote.
Quando perceber que ele o viu, arremesse-o na frente dele, a uma curta distância.
O filhote:
Perseguiu o papel rapidamente, trouxe-o de volta, mas ficou brincando sem devolvê-lo.
Perseguiu o papel, trouxe-o de volta e permitiu que você o pegasse.
Foi atrás hesitante, mas trouxe-o de volta até, pelo menos, parte do caminho.
Não foi atrás.
Foi atrás do papel, mas desistiu, mudando de direção.

Teste 4: Adestramento
Fique em pé, com o filhote olhando para você.
Com as mãos sobre a cabeça dele amasse um pedaço de papel produzindo um barulho bem perceptível.
Continue com o barulho e conduza as mãos devagar em direção à cauda, dizendo “senta”.
Quando ele obedecer, elogie-o e permita que brinque rapidamente com o papel.
Repita 4 ou 5 vezes.
O filhote:
Pula em você, tentando pegar o papel.
Pula em você na primeira vez, mas depois, na segunda ou terceira tentativa, senta rapidamente com a cauda balançando.
Senta na segunda ou terceira vez.
Senta e, depois, deita.
Vai embora.

Teste 5: Ser acariciado
Acaricie o filhote afagando a cabeça, pescoço, ombros e costas.
Passe a mão nas orelhas, focinho, patas e por todo o corpo.
O filhote:
Pula em você, rosna ou morde suas mãos.
Põe as patas nas suas mãos, fica excitado movendo o corpo e tenta subir em você.
Fica excitado, movendo o corpo e lambe sua mão.
Rola no chão e fica de barriga para cima.
Debate-se e afasta-se.

Teste 6: Dominância
Role o filhote no chão, de lado e de costas, e segure-o de forma que fique imóvel, até se acalmar.
O filhote:
Resiste com todas as suas forças, tenta morder, rosna e resmunga.
Resiste vigorosamente e talvez resmunga.
Resiste, mas depois se acalma.
Não resiste, lambe suas mãos.
Não resiste e, talvez, urina.
Interpretação dos resultados:

Três ou mais resultados “1″
O filhote é dominante e mostra tendência agressiva.
Pode morder.
Não é indicado como primeiro cão para uma família com crianças pequenas e nem para uma pessoa tranqüila e dócil.
Seu dono deverá ser adulto, experiente e educá-lo com firmeza, mas sem agressividade para não deixá-lo mais agressivo.
O cãozinho poderá tornar-se um bom companheiro e prestar bons serviços, mas há também a possibilidade de que venha a ser difícil de controlar.

Três ou mais “2″ ou uma combinação de “1″ com “2″.
O filhote tende a ser extrovertido e dominante.
Não é indicado como primeiro cão nem para uma família com crianças pequenas, embora sirva para crianças mais velhas.
Será um bom cão de trabalho para um dono experiente.

Três ou mais “3″.
Este cão serve para a maioria das pessoas.
É adequado para uma família com crianças, para pessoas idosas e para quem pretende ter um cão pela primeira vez.
Aceitará bem o treinamento.

Três ou mais “4″
É um cão submisso que precisa ser tratado com delicadeza, um companheiro adequado para pessoas idosas ou para adultos tranqüilos.
Seu dono não precisa ser experiente, mas um treinamento positivo e socialibização cuidadosa ajudarão o cão a se integrar melhor.
Não deve ser tratado com violência.

Três ou mais ‘5’ ou combinação de ‘4’ com ‘5’.
Este cão pode ser excessivamente tímido.
Se tiver um “1″ na pontuação pode morder em situação de estresse, não sendo indicado para crianças ou donos inexperientes.

Referências utilizadas:
Revista Cães & Cia
Agility News


Teste Volhard


É um teste utilizado para avaliar o temperamento do filhote e garantir a melhor escolha por parte do novo dono ou do criador que quer indicar o melhor cachorro para cada tipo de dono.

O teste é simples de ser aplicado e avalia 10 itens básicos de comportamento canino.
Este teste já foi analizado por adestradores brasileiros que o consideraram muito bom e completo, ele também é utilizado para ajudar a determinar quais filhotes de uma ninhada têm aptidão para serem treinados como cães-guia.

Para fazer o teste, você irá precisar de:

Papel e caneta para anotar o resultado do teste para cada filhote
Uma bola de papel ou uma bola de borracha, com o tamanho aproximado de uma bola de tênis
Uma panela e uma colher de metal
Uma toalha ou trapo de tamanho pequeno
Guarda-chuva
Para se aplicar o teste o filhotes devem ter 7 semanas de vida, mínimo de 49 dias.
O filhote não deve ter sido vacinado no dia do teste, nem na véspera e não deve ter acabado de comer ou isso pode interferir no resultado do teste.
O local de aplicação do teste deve ser desconhecido para o filhote, não deve ter chão escorregadio, além disso o teste deve ser aplicado em cada filhote separadamente, ou a presença dos irmãos pode influenciar nas reações do filhote.

Uma pessoa deve aplicar o teste enquanto outra anota os resultados, o observador não deve ser alguém que o filhote já conhece e não deve chamar o cão e nem interferir de maneira nenhuma durante o teste.

O observador deve marcar sempre a primeira reação do filhote.

Durante a aplicação do teste que é rápida, evite falar alto ou gesticular muito para não intimidar o filhote.

1º teste: Atender ao chamado (Atração por pessoas)
Avalia: sociabilidade, treinabilidade.


Coloque o filhote no chão em local desconhecido.
Afaste-se aos poucos (até uma distância de 1,20m) e agache-se.
Chame-o com um tom de voz alegre e de forma afetuosa, batendo palmas (suavemente).
Observe sua reação.

O cão vem logo, animado, e salta e morde a mão do examinador. (1 ponto)
O cão vem logo, animado, bate com a pata no examinador, lambe a mão. (2 pontos)
O cão vem logo, animado, mas não encosta no examinador. (3 pontos)
O cão vem logo, sem mostrar ânimo. (4 pontos)
O cão vem hesitante. (5 pontos)
O cão não vem. (6 pontos) – Se o cão apresentou essa reação, visando os próximos testes, deixe o cão cheirar sua mão, acaricie-o e converse com ele de forma encorajadora para despertar-lhe a confiança.

2º teste:Seguir pessoas (Seguir a liderança humana)
Avalia: independência, interação com humanos, treinabilidade


Aplique após o teste anterior sem interrupção.
Levante e se afaste devagar.
Fale com o cão, bata palmas e chame-o.
Obserse sua reação.

O cão segue logo, animado, e coloca-se entre os pés do examinador e o morde, atrapalhando a caminhada. (1 ponto)
O cão segue logo, animado, e coloca-se entre os pés do examinador. (2 pontos)
O cão segue logo, animado, e não se coloca entre os pés do examinador nem encosta nele. (3 pontos)
O cão segue logo, mostrando submissão. (4 pontos)
O cão segue hesitante. (5 pontos)
O cão não segue ou se afasta. (6 pontos)

3º Teste: Restrição (Facilidade de controle sob domínio físico)
Avalia: submissão, treinabilidade.


Agache-se, vire com muita delicadeza o filhote de costas e segure-o com uma mão no peito, sem muita pressão, por até 30 segundos, olhando-o com expressão gentil e tentando estabelecer contato visual, porém sem falar.
Observe a reação.

O cão se debate muito e morde. (1 ponto)
O cão debate-se muito. (2 pontos)
O cão debate-se e aceita, sem evitar contato visual com o examinador.(3 pontos)
O cão debate-se pouco e aceita. (4 pontos)
O cão não se debate. (5 pontos)
O cão não se debate e se esforça para evitar contato visual.(6 pontos)

4º Teste: Acariciar (Facilidade de controle pelo carinho)
Avalia: independência, dominância, aceitação de proximidade de pessoas, treinabilidade.


Aplique logo em seguida ao teste anterior, sem interrupção.
Deixe o filhote ficar em pé ou sentar, agache-se ao lado dele e acaricie-o da cabeça à cauda com uma mão.
Observe a reação.

O filhote pula, bate com as patas, morde, rosna. (1 ponto)
O filhote pula, bate com as patas. (2 pontos)
O filhote fica receptivo, roça no examinador e tenta lamber seu rosto. (3 pontos)
O filhote fica muito receptivo, lambe a mão do examinador. (4 pontos)
O filhote rola no chão e lambe a mão do examinador. (5 pontos)
O filhote afasta-se. (6 pontos)

5º Teste: Elevação (Facilidade de controle em situação de risco)
Indica: dominância, medo.


Mantenha a posição agachada, pegue o filhote com as mãos sob o peito e levante-o cerca de 30 cm, por até 30 segundos.

O cão se debate e morde. (1 ponto)
O cão se debate e não morde. (2 pontos)
O cão se debate e aceita, debate-se, aceita, seguidamente. (3 pontos)
O cão não se debate e fica relaxado. (4 pontos)
O cão não se debate e fica tenso. (5 pontos)
O cão não se debate e fica paralisado. (6 pontos)

6º teste: Buscar (Vontade de fazer algo pelo dono)
Avalia: treinabilidade, interação com humanos, obediência.


Ainda agachado, acene com um papel amassado (bolinha) e lance-o cerca de um metro à frente do cão, em local visível, encorajando-o a buscar.

O cão pega o papel e se afasta. (1 ponto)
O cão pega, não traz e não se afasta. (2 pontos)
O cão pega e traz. (3 pontos)
O cão vai até o papel e volta sem ele. (4 pontos)
O cão começa a ir ao papel mas perde o interesse.(5 pontos)
O cão não vai ao papel. (6 pontos)

7º Teste:Pressão na pata (Resistência à dor)
Indica: sensibilidade à dor.


Continue agachado e aperte de leve, com o polegar e o indicador, os dedos de uma pata dianteira do cão.
Aumente aos poucos a pressão e conte mentalmente de um até dez ou pare antes se o cão reagir.
Se ele não deixar tocar a pata, pressione a orelha.
Se antes dele reagir, você contou:

de 8 a 10 segundos. (1 ponto)
de 6 a 8 segundos. (2 pontos)
de 5 ou 6 segundos. (3 pontos)
de 3 a 5 segundos. (4 pontos)
de 2 a 3 segundos. (5 pontos)
1 ou 2 segundos. (6 pontos)

8ºTeste: Barulho forte (Reação a sons)
Avalia: sensibilidade a ruído, medo.


Coloque o filhote no centro da área e fique ao lado dele.
O observador, de frente para o filhote e não muito próximo, bate forte uma colher numa panela, ambas de metal, uma única vez.

O cão localiza o som e vai excitado até a origem. (1 ponto)
O cão localiza o som e vai até a origem, sem excitação. (2 pontos)
O cão localiza o som e não vai até a origem, mas mostra curiosidade. (3 pontos)
O cão localiza o som e não vai e nem mostra curiosidade. (4 pontos)
O cão localiza o som e encolhe-se, afasta-se e esconde-se. (5 pontos)
O cão ignora o som. (6 pontos)

9º Teste: Perseguir (Reação a algo que se move)
Avalia:Potencial para perseguir pessoas, animais e objetos em movimento, bem como sensibilidade visual.


Coloque o filhote no centro da área.
Amarre uma toalhinha na ponta de uma guia e, ficando ao lado dele, lance-a rente ao chão.
Puxe-a de volta aos poucos em três vezes e observe a reação que prevalece.

O cão ataca e morde. (1 ponto)
O cão pega a toalha sem atacar. (2 pontos)
O cão investiga com interesse. (3 pontos)
O cão olha curioso mas não investiga. (4 pontos)
O cão foge ou se esconde. (5 pontos)
O cão ignora a toalha. (6 pontos)

10ºTeste: Pegar de surpresa (Reação a situação inesperada)
Avalia: Estabilidade, equilíbrio.


Fique a um metro e meio do cão, abra um guarda-chuva e coloque-o no chão para ele investigar.

O cão avança e morde. (1 ponto)
O cão aproxima-se e abocanha sem morder.(2 pontos)
O cão aproxima-se, investiga e não abocanha.(3 pontos)
O cão fica parado e olha. (4 pontos)
O cão afasta-se e esconde-se. (5 pontos)
O cão ignora o guarda-chuva. (6 pontos)

Normalmente em um teste como esse, um mesmo filhote irá obter pontuações com uma pequena variçao e prevalecendo uma delas.
Por exemlo, um filhote que receba pontuação 2 no primeiro teste, tende a receber muitos 2 durante todo o teste, com alguns resultados 1 ou 3.
Se a variação for muito grande, um mesmo filhote recebendo resultados de 1 a 6 em diferentes etapas do teste, é possível que ele seja muito instável.

A prevalência de cada pontuação indica:

Prevalência de 1 ponto:
Cão muito dominante, de difícil controle.
Com forte desejo de liderança, não hesitará em lutar por ela, agredir e morder pessoas e outros cães.
Só deve ir a um lar muito experiente, e receber treino rotineiro.
Não deve conviver com crianças, idosos e outros animais.

Prevalência de 2 pontos:
Cão dominante, aspira a liderança.
De eventual difícil controle, pode morder.
Autoconfiante demais e com excesso de energia para crianças, idosos e outros animais.
Requer exercício e treino, além de horários rígidos.
Donos experientes podem obter ótimo convívio com ele.

Prevalência de 3 pontos:
Convive bem com pessoas e outros animais.
Pode ter muita energia e precisar de muito exercício.
Boa opção para um dono que já teve outro cão.
Precisa de treino e aprende depressa.

Prevalência de 4 pontos:
É o tipo de cão adequado para companhia e a melhor opção para donos de primeira viagem.
Não é o guarda ideal por ser submisso demais.
Raramente se esforçará para obter uma “promoção” na hierarquia familiar.
Fácil de treinar e bastante tranqüilo.
Bom para idosos e crianças pequenas, das quais pode até precisar ser protegido.

Prevalência de 5 pontos:
Muito submisso, medroso e tímido, requer manejo cuidadoso.
Tende a se assustar com pessoas, lugares e barulhos estranhos.
Até um piso diferente pode incomodá-lo.
Quando recebe carinho, na chegada do dono, pode urinar em sinal de submissão.
Se encurralado, tenta fugir, não conseguindo, pode morder.
Precisa de um lar especial, sem crianças e onde o ambiente não mude muito.
Melhor para um casal tranqüilo.

Prevalência de 6 pontos:
tão independente que não se apega ao dono.
Apesar de pessoas o utilizarem como guarda, não é recomendado pois pode provocar acidentes.

Pontuação muito irregular:
indica temperamento instável, não recomendável em um cão para uma família.

Outras interpretações:

O teste de “Restrição” é um dos mais importantes: Pois indica como o cão reage à liderança humana.

Para crianças:
o filhote com prevalência da pontuação 4, e, a seguir, da pontuação 3, será bom com as crianças e se dará bem nos treinos.
O filhote que fica relaxado e não se debate durante o teste Elevação será fácil de lidar quando adulto.

Treinabilidade:
Os mais facilmente treináveis são os com prevalência de pontuação 4 ou 3 ou de ambas, mesmo que tenham baixa sensibilidade ao toque, que pode ser compensada com equipamento adequado de treino.
No teste Buscar, o filhote que volta com ou sem o papel está propenso a trabalhar para as pessoas.
Pode ter ótimo desempenho em provas de obediência e ser, por exemplo, apto aos treinamentos mais sofisticados, como o de cão para guia de cegos.

Para experts:
o cão com pontos repetidos 1 ou 2 precisa de muita liderança e experiência para ser controlado.
É o dominante.
Especialmente se obteve 1 ponto nos testes Restrição e Elevação.

Guarda:
conforme a prevalência de pontuação nos dez testes, o cão demonstrará potencial para um determinado tipo de guarda.
Os cincos primeiros testes são os mais importantes, pois avaliam graus de dominância, porém os demais também devem ser levados em conta.a) casa com adultos inexperientes: prevalência de 4 pontos;b) casa com adultos experientes e com tempo disponível para dedicar ao cão: prevalência de 3 e 2 pontos;c) guarda restrita ao uso profissional: prevalência de 2 e 1 pontos.
Leigos que ficam com esses cães estão muito sujeitos a provocar acidentes.

Casos especiais:
a pontuação 5 no teste Barulho Forte está bastante relacionada a timidez e medo — o melhor para esse cão é um lar calmo e silencioso.
Não reagir de forma alguma ao som pode indicar surdez.
Um filhote com muitos 6 e 1, além de independente (ver Prevalecem 6 pontos), pode ser mordedor e, se tiver pontuações 5, pode ter pânico de pessoas.

Pontuação 5 nos testes Pressão na Pata e Barulho Forte indicam um cão que pode se apavorar facilmente e morder por medo em situações estressantes.

Referências utilizadas:
Revista Cães e Cia


FLORAIS DE SAINT GERMAIN PARA ANIMAIS


O uso das essências florais para animais está sendo cada vez mais divulgado.
Aqui você poderá consultar uma pequena lista de Florais de Saint Germain e maneiras de usa-los:

ESSÊNCIAS
Melissa – Floral utilizado em casos de rejeição. Indicado para animais que foram separados da mãe e outros filhotes ou abandonados. Revigora e reanima

Incensum – Indicado para a adaptação com o animal em casa, para sua educação e convivência mais sadia.

Saint Germain – Para depressão, desânimo e desvitalização.

Focum – Para cães chorões, carentes em excesso (devido a acidentes ou traumas).

Emergencial – para choques, acidentes, traumas.
Indicado também para uso tópico (vide instruções abaixo)

Sorgo – Floral de integração, para integrar o animal a família depois de trauma ou abandono, facilitar a adaptação e o convívio em locais onde haja conflito.
Pode ser usado também em spray.

Leucantha – Para a separação do filhote de sua mãe (usado no filhote e na mãe).
Pode ser com uso tópico, indicado em casos de sarna.
Extremamente útil na gravidez psicológica

Perpetua – Para animais que ficam muito tempo sozinhos, trabalha a saudade e a falta de pessoas queridas.

Grandiflora – para pessoas que judiam de animais, crianças que maltratam animais também para bichinhos que apanham (indicado para o animal e para a pessoa que o maltrata).

Unitatum – Para animais abandonados ou rejeitados

Capim Luz – Para envenenamento ou animais que sofreram brutalidades.

Mangífera – Tônico e fortificante para animais desnutridos e mal alimentados

Arnica Silvestre – Cicatrizante emocional e físico, machucados, atropelamentos (pode ser também como uso tópico).

Ipê Roxo – para animais doentes, antibiótico natural, energizante e fortificante. Para aqueles que estão tomando medicamentos fortes.

COMO USAR

* A essência pode ser diluída na água do animal ou administrada diretamente em sua língua, em gotas.

* Procure usar o frasco diluído, a solução estoque é indicada em casos extremos apenas (além de ter gosto muito forte de conhaque ou conservante).

* Não utilize conhaque como conservante peça para que a Farmácia faça o Floral apenas com água e mantenha-o refrigerado.

* Cuidado para não tocar a cânula na língua ou boca do animal – mantenha-a distante para não criar fungos.

USO TÓPICO
Caso queira usar o floral no ferimento ou na pele do animal, use um algodão embebido na essência e aplique diretamente no local desejado.
Não o use como colírio, procure aplicar apenas em ferimentos ou áreas afetadas (sarna, problemas de pele, alergias, ferimentos).

SPRAY

Peça na Farmácia de sua preferência a essência indicada e pingue 4 gotinhas num borrifador, com meio copo (americano) de água e 5% de álcool de cereais.
Borrife no ambiente, quantas vezes forem necessárias.
Se desejar, coloque óleo essencial no frasco (informe-se sobre Aromaterapia).

TRATAMENTO
Dê o Floral desejado e dê 4 gotas, 4 vezes ao dia ao seu animal.
Se não for possível, pelo menos administre 4 gotas pela manhã e a noite – não é necessário aumentar o número de gotas, o mais importante é a freqüência e não a quantidade.

DOSE ÚNICA
Caso não queira oferecer ao seu animal as doses diárias em gotas (diluídas na água ou diretamente em sua língua) procure oferecer a dose única – pingue 2 gotas da solução estoque (encontrada nas Importadoras) em 2 dedos de água e administre de uma só vez.

Este tipo de tratamento é indicado para as essências Emergencial ou Arnica Silvestre, em casos de urgência.
Caso contrário, procure oferecer as gotas frequentemente, usando todo o frasco para melhores resultados.

ATENÇÃO: O Emergencial não precisa ser dado completamente.
Use-o apenas no período que antecede ou posterior ao trauma/acidente
(ex: antes e depois de castrar, antes ou depois de cirurgias, depois de acidentes, etc)
Use no máximo por 1 semana.


Diabetes em animais de estimação


O diagnóstico do diabetes em cães e gatos vem se tornando cada vez mais comum e já não causa tanta estranheza.
Com sintomas semelhantes aos dos seres humanos, os animais com diabetes costumam apresentar a doença já idosos, entre 8 e 12 anos.
No entanto, acredita-se que a expectativa de vida desses animais – desde que ele não seja diagnosticado em estágio muito avançado do diabetes - seja a mesma de um animal normal.

Não há estatísticas brasileiras para cães e gatos com diabetes.
Normalmente, a referência está nos estudos americanos.
“A incidência do diabetes em cães e gatos é menor do que a dos seres humanos.
Segundo um estudo americano, é de 0,002%, mas tem aumentado nas últimas décadas.
Isso é explicado pela maior expectativa de vida dos animais e também pelo aumento da incidência de obesidade”, explica o médico veterinário Ricardo Duarte, Prof. de Clínica Médica de Pequenos Animais do Creupi-SP e Doutorando em Clínica Veterinária pela USP.
Entre as causas do diabetes em animais de estimação estão relacionadas: o fator hereditário, um organismo debilitado, pancreatite e fatores de resistência à insulina, entre eles a obesidade.

Diagnósticos em Cães e Gatos
As manifestações do diabetes são semelhantes em todas as espécies.
A diferença no diagnóstico de cães e gatos está na forma como cada animal expressa os sintomas.
Os sintomas mais comuns são:
o aumento do volume da urina, ingestão de água e emagrecimento.
No entanto, alguns animais podem ter o apetite aumentado, o que nem sempre é visto com maus olhos pelos proprietários.
“Curiosamente, boa parte dos cães diabéticos são diagnosticados quando procuram o veterinário por causa do surgimento de catarata, que não é um sintoma inicial do diabetes.
Gatos diabéticos geralmente não desenvolvem a catarata, mas a neuropatia diabética, que pode causar dor e dificuldade para andar”, explica o veterinário.

Previna o Diabetes em Seu Animal
Leve-o pelo menos uma vez ao veterinário;
Alimente-o com ração balanceada e de boa procedência;
Se der comida caseira, divida em partes iguais de carne, legumes e arroz (de preferência integral, por ter maior quantidade de fibras);
Não oferecer alimentos gordurosos ou ricos em carboidratos simples;
Não dê doces aos animais;
Dedique um período do dia para passear e brincar com o animal (isso é atividade física).

Tipo do Diabetes e Teste de Glicemia
“A etiologia do diabetes não está bem estabelecida em pequenos animais.
Por ocasião do diagnóstico, a maioria dos cães diabéticos têm pouca produção de insulina.
Acredita-se que entre 90 e 95% dos gatos diabéticos têm uma doença semelhante ao diabetes tipo 2 dos seres humanos”, esclarece o veterinário Ricardo.

Para a medição da glicemia em animais, normalmente usa-se monitores portáteis para seres humanos.
“Diferente dos seres humanos, na clínica utilizamos sangue venoso ao invés do sangue capilar.
Por isso é importante saber se o aparelho que será usado é válido para uso em animais.
Recentemente concluímos uma pesquisa para avaliar duas marcas comuns de glicosímetros para o uso em cães”, afirma Dr. Duarte.

Perfil de Cães com Diabetes
Entre os cães, as raças com mais predisposição ao diabetes são poodle e schnauzers. Vale ressaltar que o diabetes é mais comum em cadelas do que em machos e que, segundo o Dr. Duarte, em um dos últimos levantamentos a respeito a relação entre machos e fêmeas era de 5 para 1.
Os cães são tratados à base de insulina e, uma vez diagnosticados, dependem dela para o resto de suas vidas, ou seja, são insulino dependentes.
A insulina do cão é idêntica à dos suínos e difere apenas em um aminoácido da insulina humana.

Anna Maria Narcise, administradora de empresas e dona da poodle toy Minnie Scarlet, descobriu o diabetes em sua cadela aos 10 anos de idade, depois de uma cirurgia de catarata mal sucedida.
“Ela passou a tomar corticóides depois da cirurgia e após quarenta dias de medicação, sem comer ou beber, em pele e osso, ela foi diagnosticada com diabetes medicamentosa “, afirma Narcise.
Hoje, Minnie toma aplicações de insulina duas vezes ao dia, usa 60 injeções por mês, faz exercícios e tem alimentação balanceada, inclusive com ração especial.
“Ela come cenoura no vapor, pouco sal, nenhum açúcar e frutas em pouca quantidade.
O diabetes não tirou o apetite de Minnie, que faz uma festa quando eu chego em casa porque sabe que vai comer”, completa

Texto retirado do site da Sociedade Brasileira de Diabetes.
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