quarta-feira, 16 de junho de 2010

Regente de uma Antiga Civilização



Há mais de cinquenta mil anos, uma civilização da era de ouro florescia num fértil país dotado de clima subtropical, onde hoje se encontra o deserto do Saara.
Abundavam ali grande paz, alegria e prosperidade, e era governado com suprema justiça e sabedoria por este mesmo Saint Germain.


A maioria dos seus súditos detinha ainda o pleno uso consciente da sabedoria e do poder de Deus.
Possuíam faculdades que hoje pareceriam sobre humanas ou milagrosas.
Eles sabiam ser extensões do Sol Central, correntes de Vida saídos do Grande Núcleo do Cosmos espiritual/ material.




Sim, porque o seu sábio governante representara para eles num grande mural situado no centro da capital chamada "a Cidade do Sol", a sua história cósmica, para que não esquecessem a Fonte da qual tinham vindo nem a sua razão de existir, que era tornarem-se centros solares nesta galáxia distante a qual chamavam agora seu lar, extensões da Lei do Um [Deus Único].
Sim, porque faziam parte de um universo em expansão.
E o seu sentido de comensuração relativamente ao Um, mantinha sempre presente o conhecimento do EU SOU O QUE EU SOU.




Saint Germain era um mestre da sabedoria antiga e do conhecimento das esferas materiais, Governava com Luz todos os setores da vida; o seu império atingiu um ápice de beleza, simetria e perfeição nunca excedido na oitava física.
Os padrões celestiais eram, de fato, manifestados no cálice de cristal da terra.

E a vida elemental prestava serviço para manter puros os quadrantes da Matéria.
O povo considerava o seu hierarca como a mais alta expressão de Deus a quem aspirava imitar, e grande era o amor que alimentava pela sua presença.
Ele era a encarnação do arquétipo da Cristicidade universal para aquela dispensação a quem o povo podia olhar como padrão para a sua própria divindade emergente.

Guy W. Ballard descreve, sob o pseudônimo literário de Godfre Ray King, em Mistérios Desvelados, uma viagem anímica na qual Saint Germain o conduz através dos registros akáshicos desta civilização e do seu declínio.
Saint Germain explicou-lhe que, "como em todas as eras passadas, uma parte das pessoas passou a interessar-se mais nos prazeres passageiros dos sentidos que no plano criativo mais vasto do Grande Eu Divino.




Isto fez com que pelo país afora deixassem de ter consciência do Poder Divino, até este só permanecer ativo na capital.
Os governantes compreenderam que deviam retirar-se e deixar o povo aprender, por dura experiência própria, que toda a sua alegria e bondade provinham da adoração do Deus interior, e que para serem felizes teriam que retornar à Luz".

Assim, o governante (o representante em encarnação da hierarquia espiritual da Terra, chefiada por Sanat Kumara) recebeu instruções de um conselho cósmico para que deixasse o império e o seu amado povo; daí por diante, o carma desse povo seria o seu Guru e Legislador, e o livre-arbítrio determinaria que porção do seu legado de Luz seria ou não conservada.

De acordo com o plano, o rei celebrou um grandioso banquete na Sala das Jóias do seu palácio, no qual participaram os seus conselheiros e os servidores públicos.
Depois do jantar, que foi inteiramente precipitado [do Universal], apareceu à direita de cada um dos 576 convidados um cálice de cristal cheio de "pura essência eletrônica".
Era o cálice eucarístico de Saint Germain, que, com o manto e o cetro dos antigos reis/sacerdotes, oferecia a sua própria essência de Luz aos que haviam servido fielmente o reino para a glória de Deus.




Ao beberem em honra da "Chama do Altíssimo Ser Vivente", compreenderam que nunca esqueceriam completamente a centelha Divina do Eu Divino interior.
Esta proteção anímica, concedida através do coração sempre reconhecido de Saint Germain, continuaria através dos séculos até o dia em que esses servidores fariam de novo parte de uma civilização em que, decorridos os ciclos cósmicos, eles receberiam todo o conhecimento necessário para buscarem a União Divina -- só que desta vez nunca mais deixariam a Cidade Dourada do Sol.

Falou então um Mestre Cósmico vindo do Grande Silêncio.
A sua mensagem foi radiodifundida do salão de banquetes para todo o reino.
O ser resplandecente, que se identificou somente pela palavra Vitória escrita na fronte, veio preveni-los de uma crise iminente, repreendendo o povo pela sua ingratidão e indiferença para com a sua Grande Fonte Divina, e fê-los recordar a ordem antiga para que obedecessem à Lei do Um -- do Amor.




Deu-lhes em seguida a seguinte profecia do seu carma: "Um príncipe aproxima-se das vossas fronteiras para visitar-vos.
Ele entrará nesta cidade procurando a filha do vosso rei.
Este príncipe subjugar-vos-á, mas de nada servirá reconhecer o vosso erro.
Nada haverá a fazer, pois a família real ficará sob a proteção e cuidado de seres cujo poder vem de Deus, e contra os quais nenhum desejo humano pode jamais prevalecer.

São os grandes Mestres Ascensos de Luz da cidade etérica situada por cima deste país.
O vosso governante e os seus amados filhos habitarão lá por algum tempo".
O rei e os seus filhos partiram passados sete dias.

O príncipe chegou no dia seguinte e tomou o poder sem oposição.
Ao estudarmos a história da vida de Saint Germain, vemos que através dos tempos o Mestre e a sua senda da Mestria Divina foram repetidamente rejeitados pelas próprias pessoas a quem pretendeu ajudar, e isto apesar de os seus dons de Luz, Vida e Amor -- frutos do seu mérito de adepto dados gratuitamente -- as suas proezas alquímicas, elixir da vida, invenções e prognósticos terem sido prontamente recebidos.




O objetivo das suas encarnações desde a civilização da era de ouro do Saara até à hora final da sua vida como Francis Bacon foi sempre de libertar os filhos da Luz, especialmente os que, pelo seu descuido na utilização de princípios ígneos da Lei, tinham ficado entregues aos seus próprios estratagemas cármicos -- a cujos vícios estavam freqüentemente amarrados.

A sua meta era o cumprimento da oração que ofereceu no banquete final do seu reinado: Se necessário for que tenham a experiência que consome e queima a escória e as nuvens do eu exterior, sustenta-os Tu e trá-los finalmente à Tua Perfeição Eterna.
Eu apelo para Ti, ó Criador do Universo -- Tu que és o Deus Supremo e Onipotente!



Chakra da Alma


Sumo Sacerdote na Atlântida
Como Sumo Sacerdote no Templo da Chama Violeta no continente da Atlântida há treze mil anos, Saint Germain sustentava, através das suas invocações e do seu corpo causal, um pilar de fogo, uma fonte de chama violeta cantante que atraía gente vinda de perto e de longe para se libertar de todo o tipo de circunstâncias escravizantes de corpo, da mente e da alma.

Conseguiram-no através de esforço pessoal, de invocações e da prática de rituais do Sétimo Raio ao fogo sagrado.
Uma grade circular de mármore intrincadamente trabalhado envolvia o santuário onde os suplicantes se ajoelhavam em adoração à chama Divina -- para alguns visível como uma chama violeta física, para outros como uma luz 'ultravioleta', e para outros ainda completamente invisível, embora fossem inegáveis as poderosas vibrações de cura.

O templo era construído em magnífico mármore de várias tonalidades, que iam do branco brilhante com veios violeta e púrpura até aos tons mais escuros do espectro do Sétimo Raio.

O núcleo central do templo era uma vasta sala circular revestida de mármore brilhante, violeta, e com um suntuoso chão de mármore púrpura.
Com três andares, ficava situado no meio de um complexo de salas adjacentes destinadas ao culto e às várias funções dos sacerdotes e sacerdotisas que cuidavam da Chama e comunicavam a sua voz de Luz e Profecia ao povo.

Os oficiantes desse altar eram preparados para a Ordem sacerdotal universal de Melquizedeque no retiro do Senhor Zadquiel, o Templo da Purificação, situado nas Índias Ocidentais.
Através dos altos e baixos das eras que se seguiram, Saint Germain usou engenhosamente o 'momento' do Sétimo Raio do seu corpo causal para garantir a liberdade a guardiães da chama que mantiveram vivas as 'brasas' do altar da chama violeta do seu templo atlanteano.
Glorificou e foi um exemplo da liberdade de mente e de espírito.
Dotando as quatro sagradas liberdades de uma identidade própria, defendeu a nossa liberdade face à interferência estatal, à arbitrariedade nos tribunais ou ao ridículo popular em assuntos que vão desde a investigação científica até às artes da cura e à busca espiritual.

Baseando-se numa plataforma de direitos humanos básicos para um público responsável e racional, educado segundo os princípios da liberdade e da igualdade de oportunidades para todos, ensinou-nos sempre a aderir ao nosso direito Divino inalienável de viver a vida de acordo com a nossa mais alta concepção de Deus.
Sim, pois o Mestre disse que nenhum direito, por mais simples e básico que seja, pode permanecer seguro por muito tempo se não se apoiar nas graças espirituais e na Lei Divina, que comunica uma justiça compassiva no seu exercício.




O Profeta Samuel e depois São José





Voltando ao cenário do carma do seu povo como Samuel, profeta do SENHOR e juiz das doze tribos de Israel (cerca de 1050 A.C.), Saint Germain foi o mensageiro da libertação Divina da semente de Abraão do estado de escravidão face aos sacerdotes corruptos, os filhos de Eli, e aos filisteus que os haviam derrotado.

Levando no seu coração o sinal especial da rosa azul de Sírio, Samuel deu aos desobedientes israelitas uma profecia paralela aos seus discursos do séc. XX -- ambos inextrincavelmente ligados às promessas de Deus sobre o carma, o livre arbítrio e a graça:

"Se quereis retornar ao SENHOR com todo o vosso coração, afastai os deuses estranhos e Ashtarote entre vós, preparai o vosso coração para o SENHOR e a Ele somente servi:


Ele vos libertará da mão dos filisteus".
Mais tarde quando o Rei Saul desobedeceu a Deus, Samuel libertou o povo da sua tirania ungindo David como rei.





Jesus e Saint Germain



Fiel ao cordão da profecia que percorre as suas encarnações, Saint Germain foi São José, da linhagem do rei David, filho de Jessé, instrumento escolhido do Espírito Santo, pai de Jesus de acordo com as palavras do SENHOR a Isaías -- "Brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes frutificará um Renovo..."
Vemos, assim, que em cada uma das encarnações de Saint Germain esteve sempre presente uma qualidade da alquimia -- uma transferência de poder Divino.

Assim ordenado como instrumento do SENHOR, Samuel transferiu o Seu fogo sagrado na unção de Davi e, por forma igualmente científica, tirou do Rei Saul quando o SENHOR rejeitou este último como rei de Israel.
Este sinal inconfundível do adepto do Sétimo Raio, com frequência trajando humildemente, estava também presente como poder do Espírito Santo para a conversão de almas e para o controle de forças naturais na vida em que foi Santo Albano, no século III, primeiro mártir das Ilhas Britânicas.




Albano
Soldado Romano Albano, que era um soldado romano, escondeu um sacerdote fugitivo, sendo por ele convertido; mais tarde, seria condenado à morte por se ter feito passar pelo sacerdote vestindo o seu hábito, e permitindo que este fugisse.



Grande multidão reuniu-se para assistir à sua execução -- demasiado numerosa para passar na estreita ponte que era necessário atravessar.
Albano orou e as águas do rio partiram-se -- tendo então o seu carrasco, convertido, pedido que o deixassem morrer em lugar de Albano.
O seu pedido não foi deferido, e decapitaram-no neste dia ao lado do santo.




Mestre Mentor dos Neoplatônicos
No entanto, Saint Germain nem sempre fez parte das fileiras da Igreja.
Combatia a tirania onde quer que a encontrasse, inclusive numa falsa doutrina cristã.
Como Mestre e Mentor por detrás dos neoplatônicos, Saint Germain foi a inspiração interior do filósofo grego Próclus (cerca de 410-485 D.C.).
Ele revelou que o seu discípulo fora, numa vida anterior, um filósofo pitagórico, mostrando também a Próclus a destruição operada pelo Cristianismo de Constantino e o valor da senda do individualismo (conducente à individualização da chama Divina), à qual os cristãos chamavam de "paganismo".






Como chefe altamente venerado da Academia Platônica de Atenas, Próclus baseou a sua filosofia no princípio de que existe somente uma realidade autêntica -- o "Um", que é Deus, ou a Divindade, a meta suprema de todos os esforços da vida.
Disse o filósofo: "Para além de todos os corpos está a essência da alma, e para além das almas a natureza intelectual, e mais além ainda de todas as existências intelectuais o Um". Ao longo de suas encarnações, Saint Germain demonstrou uma tremenda vastidão de conhecimento na Mente de Deus; não nos surpreende, assim, a vastidão da consciência dos seus discípulos.
Os seus escritos cobriam quase todas as áreas do ensino.
Próclus reconhecia que a sua iluminação e filosofia vinham do alto -- na realidade, ele considerava-se um instrumento através de quem a revelação Divina vinha até a humanidade.
"Não parecia destituído de inspiração Divina", escreveu o seu discípulo Marinus, "porque saíam da sua sábia boca palavras semelhantes à mais espessa neve que cai; assim, os seus olhos irradiavam um brilho luminoso, e o resto da sua expressão participava da iluminação Divina".

Assim, Saint Germain, vestido de branco, jóias incrustradas no calçado e cinto emitindo o fogo estrelar de mundos distantes, era o Mestre misterioso que sorria mesmo atrás do véu -- refletindo as imagens da sua mente na alma do último dos grandes filósofos neoplatônicos.





Merlin
Saint Germain foi Merlin.
A inesquecível, e de alguma forma insubstituível figura que paira nas brumas da Inglaterra, pronto a aparecer-nos a qualquer momento para oferecer-nos um cálice com elixir espumante.



Ele, o 'ancião' que conhece os segredos da juventude e da alquimia, que projetou as estrelas em Stonehenge, e que, segundo dizem, moveu uma ou outra pedra com seus poderes mágicos -- que não surpreenderia ninguém se aparecesse subitamente num palco da Broadway ou nas florestas de Yellowstone, ou a nosso lado numa estrada em qualquer lugar.
Sim, porque Saint Germain é Merlim.

Merlim, o amado Merlim, nunca nos abandonou -- o seu espírito encanta os séculos.
Faz-nos sentir tão raros e únicos como os seus adornos de diamantes e ametistas.
Merlim é a Presença insubstituível, um vórtice... em torno de cuja ciência, lendas e romance fatal a civilização ocidental se entrelaçou.

Foi no século V. No meio do caos deixado pela lenta agonia do Império Romano um rei subiu ao trono para unir um país estilhaçado por chefes guerreiros e dilacerado por invasores saxões.
A seu lado tinha o próprio ancião [Merlim] -- meio sacerdote druída, meio santo cristão -- vidente, mago, conselheiro, amigo, que orientou o rei ao longo de doze batalhas para unir o reino e estabelecer uma janela de paz.

Em certo ponto da sua vida, o espírito de Merlim passou por uma catarse.
Segundo reza a lenda, teria sido no meio de uma feroz batalha.
Ao ver a carnificina, desceu sobre ele uma loucura -- a visão simultânea do passado, presente e futuro -- tão peculiar na linguagem dos profetas.





Fugiu para a floresta para viver como um selvagem, e um dia em que se sentara debaixo de uma árvore começou a dizer profecias sobre o futuro do País de Gales.
"Fui separado do meu verdadeiro eu", disse ele.
"Era como um espírito, e conhecia a história das pessoas num passado longínquo, e podia prever o futuro.
Sabia então os segredos da natureza, do vôo das aves, do movimento das estrelas e da forma como os peixes nadam".

As suas afirmações proféticas e os seus poderes "mágicos" serviam para um fim: estabelecer um reino unido entre as tribos dos antigos bretões.
A sua presença em tudo é lembrada num antigo nome celta da Grã-Bretanha, "Clas Myrddin", que significa "o Recinto de Merlim".




Ao aconselhar e ajudar Artur a fundar o seu reino, Merlim procurou tornar a Grã-Bretanha uma fortaleza contra a ignorância e superstição, onde a realização crística pudesse prosperar na busca do Santo Graal.
Os seus esforços naquele solo dariam fruto no século XIX, em que as Ilhas Britânicas se tornaram o lugar onde a iniciativa individual e a indústria puderam prosperar como nunca o haviam feito em doze mil anos.

Ao mesmo tempo, porém, que Camelot, a rosa da Inglaterra, brotava e florescia, as sombras da noite iam-se entrelaçando nas suas raízes.
Feitiçaria, intriga e traição destruíram Camelot, mas não o amor de Lancelot e Guinevere, como faria crer o misógino retrato de Tom Malory.

Infelizmente, o mito por ele plantado permitiria ocultar os verdadeiros culpados durante estes longos séculos.
Foi o filho bastardo do rei, Modred, filho da sua meia-irmã Margawse que, com a ajuda de Morgana le Fay e um grupo de feiticeiras como ela e de cavaleiros negros, tentou roubar a coroa, aprisionar a rainha, e destruir por algum tempo os laços de um Amor que eles (os da senda da mão esquerda) nunca haviam conhecido nem podiam conhecer -- uma Realidade que todos os seus desejos, guerras e encantos não podiam tocar.

Assim, foi com o coração pesado e com o espírito de um profeta que teve visões de tragédia e desolação, alegrias passageiras e a dolorosa angústia da retribuição cármica continuamente manifestada, que Merlim entrou no cenário do seu próprio desfecho, para ser enredado com encantos que ele próprio ensinara pela tola e manhosa Vivem -- e adormecer.

Sim, errar é humano mas ansiar pela chama gêmea ausente é a sorte de muitos cavaleiros andantes, reis ou profetas solitários, que talvez devessem ter desaparecido nas brumas em vez de sofrerem triste ignomínia pelo seu povo.




Roger Bacon
Alguns dizem que ainda dorme, mas é porque subestimam muito o espírito prontamente recuperável do sábio que reapareceu, desta vez na Inglaterra, no séc. XIII, camuflado como Roger Bacon (cerca de 1214-1294).

Eis que torna a entrar em cena Merlim -- cientista, filósofo, monge, alquimista profeta -- para fazer avançar a sua missão de estabelecer as amarras científicas da era de Aquário, que a sua alma um dia patrocinaria.
A reparação desta vida estava destinada a ser a voz clamando no deserto intelectual e científico da Grã Bretanha medieval.

Numa era em que a tecnologia ou a lógica, ou ambas, ditavam os parâmetros da ciência, ele promoveu o método experimental, declarou acreditar que o mundo era redondo, e repreendeu os sábios e cientistas do seu tempo pela sua tacanhez de espírito.

Assim, é considerado como o precursor da ciência moderna.
Mas foi também um profeta da tecnologia moderna.
Embora seja improvável que tenha feito experiências para determinar a viabilidade das seguintes invenções, ele predisse a descoberta do balão de ar quente, das máquinas voadoras, dos óculos, do telescópio, do microscópio, do elevador, de navios e carros de propulsão mecânica -- escrevendo sobre eles como se os tivesse visto!

Bacon foi também o primeiro ocidental a anotar as instruções exatas para o fabrico da pólvora, mas manteve secreta a fórmula para que não fosse usada para fazer mal a alguém.

Não admira que o tomassem por mágico!
No entanto, tal como Saint Germain nos diz hoje nos seus Estudos sobre a Alquimia que os "milagres" são operados através da precisa aplicação das leis universais, também Roger Bacon pretendeu que as suas profecias demonstrassem que as máquinas voadoras e os engenhos mágicos eram produtos do emprego de leis naturais que os homens descobririam a seu tempo.

De onde pensava Bacon Ter derivado a sua espantosa compreensão?
"O verdadeiro conhecimento não tem origem na autoridade de outrem, nem numa obediência cega a dogmas antiquados", disse ele.
Dois dos seus biógrafos escrevem que acreditava ser o conhecimento "uma experiência altamente pessoal -- uma luz que só é comunicada ao mais íntimo do indivíduo através doa canais imparciais de todo o conhecimento e de todo o pensamento".

E assim, Bacon, depois de ter sido conferencista em Oxford e na Universidade de Paris, decidiu separar-se e aos seus pensamentos das poses e postulações dos residentes das academias.
Entrando para a Ordem Franciscana dos Frades Menores, ele disse: "Levarei a cabo as minhas experiências sobre as forças magnéticas do óxido de ferro no mesmo santuário onde o meu companheiro cientista São Francisco, fez as suas experiências sobre as forças magnéticas do amor".

Porém, a perspectiva do frade sobre o mundo científico e filosófico, os seus corajosos ataques contra os teólogos do seu tempo, bem como o seu estudo da alquimia, astrologia e magia fez com que o acusassem de "heresia e inovações", pelas quais foi lançado na prisão em 1278 pelos seus irmãos franciscanos!

Mantiveram-no em isolamento solitário durante quatorze anos, só o libertando pouco antes da morte.
Embora as horas da sua vida se tivessem esgotados e o seu corpo fosse uma ruína, ele sabia que os seus esforços não deixariam de ter impacto sobre o futuro.

A seguinte profecia que deu aos seus estudantes mostra os grandes ideais revolucionários do espírito invencível desta chama viva de liberdade -- o porta-voz imortal das nossas liberdades científicas, religiosas e políticas: Eu acredito que a humanidade aceitará como axioma para a sua conduta o princípio pelo qual dei a minha vida -- o direito de investigar.

É o credo dos homens livres -- esta oportunidade de experimentar, este direito de errar, esta coragem de experimentar de novo. Nós, os cientistas do espírito humano, experimentaremos, experimentaremos, experimentaremos sempre.
Atravessando séculos de tentativa e erro, e atravessando agonias de pesquisa... experimentaremos leis e costumes, sistemas monetários e governos, até traçarmos o único curso verdadeiro -- até encontrarmos a majestade da nossa própria órbita, tal como os planetas no alto encontram a sua...
E então seguiremos, finalmente, todos juntos na harmonia das nossas esferas sob o grande impulso de uma única criação -- uma unidade, um sistema, um desígnio.




Cristóvão Colombo
Para poder estabelecer esta liberdade na Terra, a corrente de vida de Saint Germain reencarnou outra vez --como Cristóvão Colombo (1451-1506).
Mais de dois séculos antes da viagem de Colombo, porém, Roger Bacon preparava o cenário para a viagem dos três navios e para a descoberta do Novo Mundo ao afirmar, na sua obra "Opus Majus" que "o mar entre o fim da Espanha, a Ocidente, e o princípio da Índia, a Oriente, pode ser cruzado em muitos poucos dias com vento favorável".
Embora a afirmação fosse incorreta na medida em que o território a ocidente da Espanha não era a Índia, ela foi útil para a descoberta de Colombo.

O Cardeal Pierre d'Ailly reproduziu-a na sua Imago Mundi sem referir ser da autoria de Bacon.
Colombo leu a obra do Cardeal e citou esta passagem numa carta de 1498 aos Reis Fernando e Isabela, dizendo que a sua viagem de 1492 havia sido inspirada em parte por esta declaração visionária.

Colombo acreditava que Deus o fizera "mensageiro do novo céu e da nova terra do qual Ele falara no Apocalipse de São João, depois de se lhe ter referido pela boca de Isaías".
A sua visão estendia-se até ao Israel da Antiguidade, ou talvez mais longe ainda.
Sim, porque ao descobris o Novo Mundo, Colombo acreditava ser o instrumento através de quem Deus, como anotou Isaías cerca de 732 A.C., "adquirirá, de novo, os resíduos do seu povo... e ajuntará os desterrados de Israel, e os dispersos de Judá congregará desde os quatro confins da terra".

Vinte e dois séculos passariam até algo de visível acontecer que parecesse ser o cumprimento desta profecia.
Mas, na parte final do séc. XV, Cristóvão Colombo preparava calmamente o cenário para o cumprimento desta profecia, certo de que fora escolhido por Deus para a sua missão.

Estudou os profetas bíblicos, e anotou as passagens relativas à sua missão num livro da sua autoria intitulado Las Profecias -- ou, na sua forma completa O Livro das Profecias sobre a Descoberta das Índias e o recobro de Jerusalém.
Embora este ponto raramente seja realçado, ele é um fato tão enraizado na História que até mesmo o Enciclopédia Britânica diz inequivocadamente que "Colombo descobriu a América mais através da profecia do que da astronomia".

"Para levar a cabo esta empresa das Índias", escreveu ele aos Reis Fernando e Isabela em 1502, "a razão, a matemática e os mapas de nada servirão: cumpriram-se inteiramente as palavras de Isaías". Referia-se a Isaías 11:10-12.
Vemos assim que, vida após vida, Saint Germain recriava -- não sabemos se com o contínuo conhecimento da sua mente exterior ou não -- a senda dourada conducente ao Sol -- um destino que se repetia de adorar a Presença Divina e restaurar uma era de ouro perdida.




Francis Bacon
Quando era Francis Bacon (1561-1626), a maior mente que o Ocidente jamais produziu, as suas múltiplas conquistas em todos os campos vieram lançar o mundo num cenário preparado para os filhos de Aquário.

Nesta vida teve a liberdade de concluir a obra que havia começado quando era Roger Bacon.


Os estudiosos têm notado as semelhanças entre os pensamentos dos dois filósofos, e até mesmo entre as obras Opus Majus de Roger, e De Augmentis de Francis.


Isto torna-se ainda mais surpreendente porque o Opus de Roger nunca foi publicado durante a sua vida, tendo caído no esquecimento, e só foi impresso 113 anos depois do Novum Organum de Francis, e 110 anos depois do seu De Augmentis!

O insuperado espírito desta alma imortal, deste rei/ filósofo, deste cientista/ sacerdote, poderia facilmente ter mantido o seu humor com o teimoso lema tomado a tiranos, torturas e tragédias:


Se te derrotarem numa vida, retorna e derrota-os na seguinte!

Francis Bacon é conhecido como o pai do raciocínio indutivo e do método científico, contribuições que, mais do que qualquer outra, são responsáveis pela era da tecnologia, na qual vivemos agora.
Ele sabia de antemão que somente a ciência aplicada poderia libertar as massas da miséria humana e da labuta da mera sobrevivência, para que pudessem procurar uma espiritualidde mais elevada que outrora haviam conhecido.

Assim, a ciência e a tecnologia eram essenciais para o plano de Saint Germain visando a libertação dos seus portadores de Luz e, por intermédio destes, de toda a humanidade.

O seu próximo passo seria algo de tão arrojado como promover a iluminação universal!
"A Grande Instauração" (restauração após uma fase de decadência, queda ou ruína) foi a sua fórmula para mudar "o mundo inteiro".
Inicialmente concebida quando Bacon era um rapazinho de doze ou treze anos e mais tarde cristalizada, em 1607, no seu livro com o mesmo nome, foi de fato esta obra que lançou o Renascimento Inglês, com a ajuda da personalidade terna e atenciosa de Francis.

Sim, porque ao longo dos anos reuniu à sua volta um grupo de iluminati responsáveis, entre outras coisas, por praticamente toda a literatura isabelina -- Ben Jonson, John Davies, George Herbert, John Selden, Edmund Spenser, Sir Walter Raleigh, Gabriel Harvey, Robert Greene, Sir Philip Sidney, Christopher Marlowe, John Lyly, George Peele e Lancelot Andrewes.

Alguns destes faziam parte de uma "sociedade secreta" que Francis formara com seu irmão, Anthony, quando ambos estudavam direito em Gray's Inn.
Este jovem e inexperiente grupo, chamado "The Knights of the Helmet" ("Os Cavaleiros do Elmo"), tinha por objetivo o progresso do saber através da expansão da língua inglesa e da criação de uma nova literatura escrita já não em latim, mas em palavras que os ingleses pudessem compreender.

Francis organizou igualmente a tradução da "King James Version" da Bíblia, convencido de que o homem comum devia ter o benefício de poder ler a palavra de Deus.
Além disso, como se viria a descobrir na década de 1890 em duas cifras distintas -- uma cifra de palavras e uma cifra bilateral encerrada nos caracteres tipográficos das primeiras edições dos Shakespearean Folios -- Francis Bacon foi de fato o autor das peças atribuídas ao autor da esquálita aldeia de Stratford-on-Avon.
Ele foi o maior gênio literário do mundo ocidental.

Bacon esteve também por detrás de muitas das idéias políticas nas quais a civilização ocidental se baseia.
Thomas Hobbes, John Locke e Jeremy Bentham usaram Bacon como o seu ponto de partida ideológico.
Os seus princípios revolucionários são o motor que conduziu os Estados Unidos da América. São a própria essência do espírito de realização que a norteia.

"Os homens não são animais eretos", asseverou Bacon, "mas sim Deuses imortais.
O Criador deu-nos almas iguais a todo o mundo, embora nem um mundo inteiro possa saciá-las".
Francis Bacon continuou também a tarefa que começara como Cristóvão Colombo, promovendo a colonização do Novo Mundo, pois sabia ser ali que as suas idéias mais haviam de se enraizar e de florescer completamente.

Convenceu James I a conceder privilégios à Terra Nova e foi oficial da Companhia da Virgínia, que patrocinou o povoamento de Jamestown, a primeira colônia permanente da Inglaterra na América.
Fundou também a Franco-Maçonaria, dedicada à liberdade e iluminação da humanidade, cujos membros desempenharam importante papel na fundação da nova nação.
No entanto, podia ter sido uma bênção ainda maior para a Inglaterra e para o mundo inteiro se lhe tivesse sido permitido cumprir o seu destino.

As mesmas cifras que percorrem as peças de Shakespeare percorrem também as obras do próprio Francis Bacon e de muitos outros membros do seu círculo de amigos.
Ambas estas cifras contêm a sua verdadeira história, as meditações da sua alma, e tudo o que ele quis legar às gerações futuras mas não podia publicar abertamente com receio da rainha..

Os seus segredos revelam que deveria ter sido Francisco I, Rei da Inglaterra.
Era filho da Rainha Isabel I e de Robert Dudley, Lorde Leicester, nascido quatro meses depois de uma cerimônia matrimonial secreta.
Mas ela, querendo manter a sua posição de "Rainha Virgem" e temerosa de, caso reconhecesse o seu casamento, ser forçada a dar o poder ao ambicioso Leicester, ou ainda com medo de que o povo preferisse o seu herdeiro masculino e exigisse que a rainha abdicasse do trono prematuramente, recusou-se a permitir, sob pena de morte, que Francisco assumisse a sua verdadeira identidade.

A rainha manteve-o na incerteza durante toda a vida, nunca lhe dando um cargo público, nunca o proclamando seu filho, nunca lhe permitindo levar a cabo os seus objetivos para a Inglaterra.
Não, ela não deixaria o seu filho iniciar a era de ouro da Britania, que estava prevista mas nunca aconteceu.
Que destino cruel -- uma rainha-mãe rígida, desdenhosa para com o seu príncipe da era de ouro!

Francis foi educado com o filho adotivo de Sir Nicholas e Lady Anne Bacon, e aos quinze anos ouviu a verdade sobre o seu nascimento dos lábios da sua própria mãe, que no mesmo instante o excluíu para sempre da sucessão.
Numa noite o seu mundo ficou em ruínas.

Como o jovem Hamlet, meditou e tornou a meditar sobre a questão, "Ser ou não ser?" Esta era a sua questão.
Acabou por decidir não se revoltar contra a mãe, nem mais tarde contra o seu pouco capaz sucessor, Jaime I, apesar de ciente do grande bem que poderia trazer à Inglaterra, apesar da visão que tinha de como o país "poderia ser, se sabiamente governado".
Sabia ter dentro de si o poder de tornar-se um monarca como o país nunca conhecera, um verdadeiro pai da nação.
Escreveu sobre os "impulsos da preocupação patriarcal com seu povo, semelhante à de Deus" que teria exercido -- sombras do imperador da era de ouro do Saara.

Felizmente para o mundo, Francis decidiu continuar a trabalhar para a sua meta da iluminação universal através da literatura e da ciência, como conselheiro do trono, apoiante da colonização e fundador de sociedades secretas, restabelecendo assim o fio de contato com as antigas escolas de mistérios.

A válvula de escape do seu espírito ferido foi a sua escrita cifrada, na qual derramou as suas aspirações para uma era futura.
Ao tempo de sua morte, 1626, perseguido e sem conseguir aceitação para os seus múltiplos talentos, Francis Bacon havia triunfado sobre circunstâncias que poderiam ter destruído homens menores, mas que para ele provaram, na verdade, ser o forjar de um Mestre Ascenso.




O Homem Prodigioso da Europa



Saint Germain e a Chama Violeta



O 1 de Maio de 1684 foi o Dia da Ascensão de Saint Germain.
Das alturas de um poder bem merecido e superior ao deste mundo, ele continua de pé para refutar todas as tentativas de impedir a sua 'Grande Instauração' aqui em baixo.


Desejando acima de tudo libertar o povo de Deus, quer este o quisesse ou não, Saint Germain procurou obter uma dispensação dos Senhores do Carma para retornar à Terra num corpo físico.

Estes concederam-na, e ele apareceu como o Conde de Saint Germain, um cavaleiro "milagroso" que causava espanto nas cortes européias dos sécs. XVIII e XIX como "O Taumaturgo".

O seu objetivo era de impedir a Revolução Francesa, efetuar uma transição suave da monarquia para uma forma de governo republicano, estabelecer os Estados Unidos da Europa, e instaurar a flor-de-lis como a chama trina de identidade divina em todos os corações.

Embora admirado em todas as cortes da Europa pelas suas qualidades de adepto -- corrigia defeitos em diamantes, desaparecia no ar, escrevia os mesmos versos de poesia simultaneamente com as duas mãos, era versado em muitas línguas e fluente em qualquer outro assunto, narrava qualquer acontecimento com o uma testemunha visual -- não conseguiu obter a resposta esperada.

Embora dispostos a deixar-se entreter, os reis não se deixavam facilmente incitar a renunciar ao seu poder nem a acompanhar os ventos da mudança democrática.
Tanto eles quanto os seus invejosos ministros ignoraram o seu conselho, e a Revolução Francesa aconteceu.

Numa tentativa final de unir a Europa, Saint Germain apoiou Napoleão, que abusou do poder do Mestre até à sua morte.
Passou, assim, a oportunidade de suspender a retribuição de carma devida a uma era, sendo Saint Germain forçado uma vez mais a retirar-se de uma situação cármica.
Neste episódio, embora fosse claramente visível como mediador, Saint Germain, com os seus milagres à mão e as suas profecia, continuou a ser ignorado!
Que seria necessário para converter os corações dos homens?
O Mestre Ascenso
Ele existe realmente?





http://www.sintoniasaintgermain.com.br/obras.htm







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