segunda-feira, 7 de junho de 2010

Ho’oponopono


A terapia de Ho’oponopono para resolver conflitos

A tradicional prática havaiana chamada Ho’oponopono quer dizer ‘pôr as coisas em ordem’ e se refere a um reunião familiar na qual os relacionamentos são ‘consertados’ através de debates, confissões, arrependimentos, restituição mútua, perdão e preces.

Esta valiosa ferramenta terapêutica, comum nas famílias tradicionais, após a chegada do Cristianismo (1820) continuou a ser praticada na cultura havaiana.
Em nossos dias está recebendo a maior atenção quando famílias e comunidades procuram meios de resolver problemas.
Segundo um psicanalista moderno “é um dos métodos mais sadios de restabelecer e manter bons relacionamentos familiares que uma sociedade já tenha instituído”.

Para os antigos havaianos, doenças e desgraças vinham de desequilíbrios entre as pessoas e entra pessoas e deuses.
Acreditavam que todas as coisas da vida estavam relacionadas e por isso os conflitos entre dois membros afetavam o grupo todo.
A palavra havaiana para família, ohana, se refere à família ampliada de relacionamentos, porém tem forte conotação espiritual.
Não apenas incluía os parentes sangüíneos, mas também amigos íntimos da família, crianças adotadas por familiares, os espíritos dos ancestrais mortos e os espíritos guardiães pessoais.

Com freqüência, uma sessão de ho’oponopono era convocada quando um familiar adoecia seriamente.
Para o método kahuna de cura, um padrão emocional negativo é capaz de bloquear o acesso aos deuses e tornar todo trabalho com o paciente sem efeito. A sessão esclarecia ao kahuna a origem do problema.
Às vezes, o ho’oponopono era usado em uma família com problemas antes de uma criança nascer – pensava-se que as desavenças familiares poderiam ser um obstáculo a um parto sadio.
Também podia ser convocado quando um membro estava apreensivo frente a um presságio ruim ou um sonho perturbador.

No início do processo convocava-se uma reunião familiar.
Era esperado que todos se esforçassem para participar, se preciso fosse, vindo de longe.
Tais encontros poderiam demorar algumas horas ou estender-se por dias e semanas.
Quem coordenava era a ‘cabeça de família’ ou, se adultos estavam por demais envolvidos para permanecer objetivos, por um amigo ou um kahuna conhecido pela família.
A prece inicial chamava os guardiães familiares pedindo sua presença e ajuda no processo.
Os passos seguinte acompanhavam um ritual pré-fixado: identificar o problema, determinar a transgressão, debater, detectar implicações emocionais negativas, compartilhar sentimentos, confissões, resolução do problema, reafirmação de laços e prece final.
Nesses passos havia certas regras a serem observadas.
Com emoções envolvidas, os membros podiam comunicar-se através do líder, sem raiva nem levantar a voz.
Esperava-se de todos um espírito de abertura na sincera procura da verdade, sem magoar ou insultar ninguém.
Quando os ânimos se exaltavam, o líder podia interromper para um esfriamento.

Os familiares tentavam chegar ao cerne da questão num processo similar a ‘descascar uma cebola’.
Ao debater o problema, chega-se cada vez mais a camadas mais profundas.
Uma vez identificado o problema e discutido em profusão, a família descobria os aspectos negativos a serem dissolvidos.
Isso pode levar tanto a confissões quanto a restituições.
Qualquer espécie de restituição era decidida e aprovada pelas partes envolvidas.
Então, o problema era ritualmente dissolvido e ‘encerrado’ por todos os participantes.
O líder resumia os fatos durante a sessão e verificava se todos os aspectos haviam sido focados.
Acontecia uma reafirmação dos laços familiares e uma prece de encerramento.
Via de regra, o Ho’oponopono finalizava-se com um banquete.
O segundo passo do processo – a identificação do problema – possui no havaiano o significado mais amplo de ‘juntar forças emocionais, psíquicas e espirituais para um propósito compartilhado’.
No fundo, é a chave do processo em si – um encontro mútuo em todos os níveis a fim de pôr as coisas em ordem.
Num parâmetro familiar, um remédio poderoso.

No contexto atual, o ho’oponopono pode ser usado não apenas por famílias, mas também por grupos empresariais, turmas de amigos, até casais e indivíduos isolados.
Imagine o sucesso no mundo corporativo de sessões abertas e honestas entre funcionários ao surgir um problema.
Observando certas regras, cabe empregar a terapia para dois, mesmo sem um líder.
Pessoas podem usar o ho’oponopono como parte da prática Huna de remover bloqueios e negatividade, a fim de tornar suas preces efetivas, de modo que a energia mana possa fluir ao Eu Superior.
Um autor, Allan P. Lewis, propõe uma prática geral para desanuviar a mente: ‘Infinito Criador Divino, se eu, meus familiares ou antepassados ofenderam a Ti ou Teus filhos por meio de pensamentos, palavras ou ações, desde o começo da Criação até o presente, peço sinceramente perdão a Ti e aos envolvidos.
Perdoa todos os erros e ofensas.
Perdoa todas as culpas e ressentimentos.
Perdoa todos os bloqueios e fixações criadas’.
Morrnah N. Simeona, uma professora havaiana que orienta workshops internacionais de ho’oponopono, usa um método escrito.

Solicita aos estudantes anotar todo o que desejam jogar fora em suas vidas – assim, tudo é ritualmente purificado e dissolvido.
A prática individual requer um alto grau de preparação mental para dar resultado. É preciso dedicar tempo e registrar em um diário seus pensamentos e sentimentos acerca do seu problema.
Em outras palavras, faça os próprios passos do ho’oponopono identificando, compreendendo e equacionando seu conflito.
Se não realiza esse importante trabalho de casa e apenas efetua o ritual, desaparecerá por um tempo para retornar novamente.

Ir ao âmago do conflito pode levar a procurar ajuda externa de um amigo, conselheiro ou profissional.
Faça o que for preciso fazer a fim de investigar a área de desarmonia de sua vida. Uma vez feito todo isso, procure um meio de agir no âmbito material para resolver o problema.
Estabeleça certas ações a realizar no futuro e registre-as.
Verifique que tanto seu eu básico (subconsciente) quanto seu Eu Superior (Superconsciente) estejam de acordo com suas ações.
Uma vez colocado isso por escrito, faça a limpeza, a qual ritualmente dissolve o problema.
O Ho’oponopono é um ritual muito útil que pode ser usado em situações conflitivas nas famílias, empresas e grupos.
Seus princípios subjacentes são:

1. lesões, mágoas, raiva, vergonha ou culpa não resolvidas podem causar doenças no corpo ou outras desarmonias;
2. um problema entre dois membros afeta o grupo inteiro;
3. conflitos superficiais com freqüência são gerados por mágoas ocultas;
4. poderes mais elevados assistem aqueles que trabalham para resolver conflitos;
5. há forças especiais nos propósitos compartilhados de uma família trabalhando junto para resolver problemas;
6. o perdão sincero pode remover obstáculos emocionais negativos;
7. preces são essenciais;
8. relacionamentos podem ser curados.

Condensado de Charlotte Berney, Hawaiian Mysticism
Texto revisado por: Cris
por Jens Federico Weskott


Iniciando no uso do Ho’oponopono
Ho’oponopono significa simplesmente “acertar o passo” ou “corrigir o erro”.
De acordo com os antigos havaianos, o erro provem de pensamentos contaminados por memórias dolorosas acontecidas no passado.
Ho’oponopono oferece uma forma de libertar a energia desses pensamentos dolorosos, ou erros, os quais causam desequilíbrio e doenças.

No desenvolvimento do processo Ho’oponopono, Morrnah foi orientada a incluir as três partes do eu, que são a chave para a Auto-Identidade.
Essas três partes, presentes em cada molécula da realidade, são chamadas Unihipili (menino / subconsciente), Uhane (mãe / consciente) e Aumakua (pai / supra-consciente).
Quando esta “família interna” se encontra alinhada, e a pessoa está em sintonia com a Divindade, chega o equilíbrio e a vida começa a fluir.
Assim, Ho’oponopono auxilia na restauração do equilíbrio, primeiro ao indivíduo e depois em toda a criação.

O aspecto principal é que estamos aprendendo a nos relacionar com nossa Mente Subconsciente, conhecida na tradição havaiana como o Unihipilli.
Ele é responsável pelas memórias, ele as recebe e armazena, repetindo-as conforme sua programação.
É a ele a que devemos aprender a amar, pedindo perdão pela falta de consideração e comunicação.

Entenderá por que o intelecto não dispõe dos recursos para resolver problemas, ele só pode conduzí-los.
E conduzir não soluciona os problemas.
Ao fazer o Ho’oponopono você pede a Deus, à Divindade, que limpe, e purifique a origem destes problemas, que são as lembranças, as memórias.
Assim você neutraliza a energia que você associa a determinada pessoa, lugar ou coisa.

No processo esta energia é liberada e transmutada em pura luz pela Divindade.
E dentro de você o espaço esvaziado é ocupado pela luz da Divindade.
Por isso, no Ho’oponopono não existe a culpa, não é necessário reviver nenhum sofrimento, não importa saber o porquê do problema, de quem é a culpa, nem sua origem.
Enquanto mantermos “sã” nosso interior, manteremos “sã” o mundo que nos rodeia!

www.suamente.com.br


Como praticar o Ho oponopono
O interesse por informação sobre o sistema Havaiano de cura Ho’oponopono tem aumentado muito aqui no Brasil estes últimos meses.
Existem muitas traduções para o português de artigos em inglês que constam na internet.
A respeito da prática em si, que é muito simples e objetiva, vou apresentá-la aqui:
Agora você vai entender porque o intelecto não dispõe dos recursos para resolver problemas, ele só pode manejá-los.
E manejar não resolve problemas.

Ao fazer o Ho’oponopono você pede a Deus, a Divindade, para limpar, purificar a origem destes problemas, que são as recordações, as memórias.
Você assim neutraliza a energia que você associa à determinada pessoa, lugar ou coisa.
No processo esta energia é libertada e transmutada em pura luz pela Divindade.
E dentro de você o espaço que foi liberado é preenchido pela luz da Divindade.
Então, no Ho’oponopono não há culpa, não é necessário reviver sofrimento, não importa saber o porquê do problema, de quem é a culpa, sua origem.

No momento que você nota dentro de si algum incômodo em relação a uma pessoa, ou lugar, acontecimento ou coisa, inicie o processo de limpeza, peça a Deus:
“Divindade, limpe em mim o que está contribuindo para este problema.”

Então use as frases desta seqüência:
“Sinto muito.
Me perdoe.
Te amo.
Sou grato.”
várias vezes, você pode destacar uma que lhe toca mais naquele momento e repeti-la.
Deixe sua intuição lhe guiar.

Quando você diz “Sinto muito” você reconhece que algo (não importa se saber o que) penetrou no seu sistema corpo/mente.
Você quer o perdão interior pelo o que lhe trouxe aquilo.

Ao dizer “Me perdoe” você não está pedindo a Deus para te perdoar, você está pedindo a Deus para te ajudar se perdoar.

“Te amo” transmuta a energia bloqueada (que é o problema) em energia fluindo, religa você ao Divino.

“Sou grato” é a sua expressão de gratidão, sua fé que tudo será resolvido para o bem maior de todos envolvidos.

A partir deste momento o que acontece a seguir é determinado pela Divindade, você pode ser inspirado a tomar alguma ação, qualquer que seja, ou não.
Se continuar uma dúvida, continue o processo de limpeza e logo terás a resposta quando completamente limpo.

Lembre-se sempre que o que você vê de errado no próximo também existe em você, somos todos Um, portanto toda cura é auto cura.
Na medida em que você melhora o mundo também melhora.
Assuma esta responsabilidade.
Ninguém mais precisa fazer este processo, só você.

A prece a seguir é da criadora do sistema Ho’oponopono da Identidade Própria, a Kahuna Morrnah Simeona.
Faça esta oração em relação a qualquer problema com qualquer pessoa; ao se fazer o apelo ao Divino Criador estamos nos dirigindo à divindade que existe dentro de todas as pessoas, que é a extensão do Divino Criador.
Só é necessário isso.

“Divino Criador, pai, mãe, filho em Um…

Se eu, minha família, meus parentes e ancestrais lhe ofendemos, à sua família, parentes e ancestrais em pensamentos, palavras, atos e ações do início da nossa criação até o presente, nós pedimos seu perdão…

Deixe isto limpar, purificar, libertar, cortar todas as recordações, bloqueios, energias e vibrações negativas e transmute estas energias indesejáveis em pura luz… Assim está feito.”

Do mesmo jeito que é muito efetivo é realmente simples de usar e de incorporar em nossa rotina diária.
No momento que você nota dentro de si algo incômodo em relação a uma pessoa, lugar, acontecimento ou coisa, inicie o processo de limpeza, peça a Deus: “Divindade limpa em mim o que está contribuindo para este problema.”

Antes de sair de casa, peça a Deus que:
“Limpe o que há em você ou que possa ser a causa de algum conflito ou problema no caminho do trabalho”, (por exemplo).

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