1. Dias terríveis não são aqueles de tempestade, mas aqueles em que alguém perde o brilho nos olhos e é explorado, por dentro, pelas emoções estranhas, tornando-se, por inércia, prisioneiro de maya .
2. Perder alguém, seja por circunstâncias de vida ou de morte, faz parte do jogo sensorial da vida e das provas e aprendizado de cada um.
Porém, perder a paz de espírito e a dignidade em si mesmo não é questão de prova, mas de se permitir ser envolvido pelo cipoal emocional que enreda a lucidez e o coração, aprisionando a consciência.
3. Ninguém perde nada, pois tudo pertence ao ABSOLUTO!
É só a ilusão de ter que se perde, jamais o Ser!
Se é para achar que perdeu, então, que se perca a ilusão da dor da perda.
Que se perca o ego, com suas lamúrias e dores descabidas.
E que se compreenda a eternidade do espírito!
Que se medite na grandeza universal e no brilho das estrelas.
Que se admire o poder Criador que engendrou infindáveis sóis no firmamento.
No infinito da existência, infinitas possibilidades... No potencial do próprio espírito, infinitas capacidades...
No centro do coração espiritual, infinitos amores...
4. Em tempo algum, jamais um espírito nasceu ou morreu!
Ele apenas entra e sai dos invólucros carnais.
Como poderia o Eterno nascer ou morrer?
Como poderia o infinito ter início ou fim?
5. Quem medita nessa grandeza do próprio espírito, jamais será iludido pelo ego da perda. Dentro de si mesmo, na casa do coração, perceberá miríades de estrelas brilhando na tapeçaria sideral do infinito de dentro, tão vasto quanto o infinito de fora...
6. Quem se julgará poderoso o suficiente para prender o ABSOLUTO dentro da gaiola de seus pequenos credos?
Que templo finito, criado pelos homens da Terra, poderá conter o Supremo em suas paredes?
7. Que língua, que não a do amor incondicional, será sagrada?
Que povo será o escolhido divino, se todos os seres são divinos?
Quem é branco, negro, amarelo ou vermelho, em espírito?
Qual é a raça do Criador de todas as raças?
8. No oceano da existência, na consciência cósmica de Brahman , navegam todos os seres. Ao sabor de suas ondas evolutivas, a vida acontece, em todos os planos e dimensões.
9. Sabendo que é infinito e eterno, por que o espírito chora a partida de um espírito?
Não, essa não é perda, é só o movimento natural de entrar e sair.
É só viagem do espírito!
10. O Deus dos homens é pequeno, como a idéia dos homens sobre Deus.
O Deus glorificado em espírito pelos sábios, só é sentido, jamais explicado.
Não é grande ou pequeno, e só Ele é que sabe o que é!
Os sábios não teorizam sobre Deus, só sentem o ABSOLUTO que nome algum pode definir.
11. O que O SUPREMO AMOR acender no céu, assim será no coração do homem...
O amor não tem fronteiras nem se limita...
É um oceano pulsante...
12. Que sangue derramado em sacrifício poderá diluir o ego da ignorância de alguém?
É só a imolação do ego que liberta!
P.S.: Esses escritos me foram passados por um mestre extrafísico ligado às vibrações da sabedoria dos Upanishads.
- Notas do sânscrito:
Rishis: sábios, mestres espirituais, mentores da sabedoria contida nos Upanishads (a parte final dos Vedas, contendo a essência espiritual da sabedoria antiga).
Maya: ilusão.
Brahman: O Todo, O Absoluto, O Supremo, O Grande Arquiteto Do Universo, O Amor Maior Que Gera a Vida.
Recebido espiritualmente por Wagner Borges
ELES... QUE ABRAÇAM O MUNDO, POR AMOR
Eles descem dos planos superiores...
E ninguém os vê.
Eles espargem celestes lumes...
E nada julgam.
Eles amam em silêncio...
Enquanto os homens gritam.
Eles são serenos e anônimos...
E só falam ao coração.
Eles não fazem milagres...
Contudo, amam; e isso cura.
Eles não doutrinam ninguém...
Porque compreendem a todos.
Eles jamais dizem o que fazer...
Porque respeitam as escolhas de cada Ser.
Eles absorvem as dores do mundo...
E só devolvem compaixão e paz.
Eles não querem devoção alguma...
Porque sabem que o verdadeiro poder vem do Todo.
Eles não veem diferenças entre os homens...
Porque sabem que todos nós SOMOS UM!
Eles parecem anjos...
Porque o fogo das estrelas está em seus olhos.
Eles voam espiritualmente, por entre os planos...
Mas não têm asas. É o amor que os deixa leves.
Eles são consciências espirituais que viveram na Terra...
Mas venceram a si mesmos.
Eles também sofreram reveses em suas romagens terrenas...
Contudo, aprenderam as lições disso, e foram em frente.
Eles compreendem a todos...
Porque conhecem cada coração.
Eles conhecem os recônditos do Ser...
Porque viajam na consciência cósmica.
Eles olham e só veem o Divino em cada coisa...
Porque olham como o amor olha a vida.
Eles abraçam o mundo...
E o amor acontece.
Eles são chamados de Rishis**...
Mas não ligam para nome algum.
Eles só agem por amor...
E jamais se submetem às chantagens dos homens.
Eles esclarecem e amparam, em silêncio...
Ah, Eles são faróis espirituais na noite dos homens tristes.
Eles olham e auxiliam quietinhos, por entre os planos...
Sim, Eles olham, enquanto o amor acontece.
Eles operam nos bastidores da vida...
Em nome do Eterno, o Todo que está em tudo!
Eles não falam de salvação alguma...
Mas de evolução, sempre...
Eles não se consideram mestres de nada...
Porque sabem que o Todo é o Grande Hierofante.
Eles são avatares da Luz Maior...
E ensinam que todo Ser também é!
Eles não sabem tudo...
Porque só o Todo compreende o Todo!
Eles amam, amam, amam...
E felizes são aqueles que sabem disso.
Eles são irmãos maiores dos homens, na Luz...
Eles, os Rishis.
(Dedicado a Ramana Maharishi).
P.S.:
"Há almas boas, tranquilas e magnânimas,que, como a primavera, fazem bem a todos;
E que, depois de haverem cruzado esse espantoso oceano do nascimento e da morte, ajudam outros a cruzá-lo também.
Tudo isso sem nenhum motivo particular,mas, somente, por sua própria natureza bondosa."
- In Shankara -
Paz e Luz.
Wagner Borges
Nenhum comentário:
Postar um comentário