domingo, 6 de junho de 2010

Carpenters



Carpenters

Karen e Richard Carpenter
Origem Los Angeles, Califórnia
País Estados Unidos
Gêneros música pop
soft rock
Período em atividade 1969 - 1983
Gravadoras A&M Records
Página oficial Website oficial
Ex-integrantes
Richard Carpenter
Karen Carpenter
Bob Messenger
Tony Peluso
Doug Strawn
Cubby O'Brian


Os Carpenters foram uma dupla musical da década de 1970, composta pelos irmãos Karen (1950-1983) e Richard Carpenter (1946).
Com seu estilo melódico, eles levaram à parada de sucessos muitas canções no Top 40 da música americana, tornando-se representantes do soft rock e se incluindo entre os artistas mais representativos da década.


Embora fossem referidos como "The Carpenters", sendo "the" o artigo definido em inglês, o nome oficial do duo era simplesmente "Carpenters"


Durante a década de 1970, quando bandas de rock pesado faziam muito sucesso, Richard e Karen produziram uma música suave e bem distinta daquilo, o que os colocou entre os artistas que mais venderam discos em todos os tempos .
Durante sua carreira de aproximadamente 14 anos, os Carpenters gravaram 11 álbuns, cinco dos quais continham músicas que atingiram o Top 10 das paradas.
Fizeram turnês nos Estados Unidos, no Reino Unido, no Japão, na Austrália, nos Países Baixos e na Bélgica.
A carreira da dupla chegou ao fim com a morte de Karen em 1983 de parada cardíaca em função de complicações da anorexia nervosa.


A cobertura jornalística dada ao fato na época aumentou a consciência da opinião pública sobre as consequências das disfunções alimentares.

Biografia
Antes dos Carpenters
Nascidos em New Haven, Connecticut, Estados Unidos, (Richard Lynn Carpenter em 15 de outubro de 1946, e Karen Anne Carpenter em 2 de março de 1950[6]), os irmãos Carpenter mudaram-se com seus pais - Harold (1908-1988) e Agnes (1915-1996) - para a Califórnia no verão de 1963 e se estabeleceram em Los Angeles, no subúrbio de Downey.
Richard desenvolveu seu interesse pela música desde criança, tornando-se um prodígio do piano (ele próprio declararia mais tarde que gostava muito de ouvir a coleção de discos de 78rpm de seu pai.


A mudança para o Sul da Califórnia foi feita com vistas ao favorecimento de sua carreira.
Karen, enquanto isso, não manifestou seus talentos musicais até a escola secundária seus interesses estavam nos esportes, tais como o softball, embora passasse muito tempo ouvindo música.
A partir de uma fase posterior da adolescência, Karen juntou-se à banda e logo assumiu a bateria, após ter tentado infrutiferamente tocar outros instrumentos musicais.

Década de 1960
Durante a metade dos anos 1960, Richard e Karen tentaram lançar uma carreira musical, mas não obtiveram sucesso até o final dessa década.
Em maio de 1966 Karen se juntou a Richard em uma sessão musical noturna no estúdio de garagem do baixista Joe Osborn, onde Richard estava para acompanhar o teste de uma vocalista.
Quando lhe pediram que cantasse, Karen o fez e ganhou um contrato de curta duração como artista-solo no selo de Osborn, o Magic Lamp.


O single produzido incluiu duas das composições de Richard, "Looking for Love" e "I'll Be Yours", mas o selo logo acabou.
Durante este período a dupla, com o baixista Wes Jacobs, formou o Richard Carpenter Trio em trio de jazz instrumental, que ganhou a Batalha das Bandas no Hollywood Bowl em 1966, mas foi recusado pela RCA, que duvidou do potencial comercial da banda.

Os irmãos logo se juntaram a quatro estudantes de Música da Universidade do Estado da Califórnia em Long Beach e formaram o sexteto Spectrum.
Embora fizessem apresentações, não fecharam contrato com nenhuma gravadora.
Mas a experiência se mostrou produtiva: Richard encontrou em seu colega John Bettis um letrista para suas composições.

Após o fim do Spectrum, os Carpenters decidiram continuar como dupla com Richard no piano, Karen na bateria e ambos como vocalistas.
Contratados para tocar em uma festa no lançamento de um filme em 1969, a estrela desse filme, Petula Clark, apresentou-os ao músico e dono da A&M Records Herb Alpert, com quem a dupla assinou um contrato pela gravadora em 22 de abril de 1969.

À época Karen ainda não tinha idade legal (estava com 19 anos) para assinar o contrato: os pais tiveram de assinar conjuntamente com ela.
Seu primeiro disco, Offering, tinha várias composições de Richard no tempo Spectrum e uma canção de muito sucesso dos Beatles, Ticket to Ride, que se transformou em um sucesso dos Carpenters a ponto de se tornar o título do álbum outrora denominado Offering, o que aumentou as vendas.


Década de 1970
Os Carpenters estouraram nas paradas de sucesso em 1970 com a canção de Burt Bacharach e Hal David, (They Long to Be) Close to You (do disco de mesmo nome), que atingiu o topo e nele ficou por quatro semanas.
A gravação seguinte, "We've Only Just Begun", atingiu o segundo lugar e se tornou o maior sucesso da dupla no final de 1970.

Vários sucessos mantiveram a dupla nas paradas no início da década, como "For All We Know", "Rainy Days and Mondays", "Superstar", Hurting Each Other", "It's Going to take some time" e "Goodbye to Love", "Sing" Yesterday Once More", dos álbuns Carpenters (1971), A Song for You (1972) e Now and Then (1973).

"Top of the World" atingiu o topo das paradas em 1973.
O álbum com os melhores sucessos entre 1969 e 1973 se tornou um dos mais vendidos da década, com mais de 7 milhões de cópias apenas nos Estados Unidos.

Durante a primeira metade dos anos 1970, a música dos Carpenters foi um elemento principal das paradas Top 40.
O duo produzia um som diferente com a voz de contralto de Karen no vocal principal, e ambos os irmãos nos vocais de fundo com harmonias densas.
Ao seu papel como vocalista, pianista, tecladista e arranjador, Richard adicionou o de compositor em várias canções.



Para promover suas canções, a dupla manteve uma inacreditável agenda de apresentações e aparições na televisão.
Em 1973, aceitaram um convite para se apresentar na Casa Branca para o presidente Richard Nixon e o chanceler da Alemanha Ocidental Willy Brandt.

A popularidade dos Carpenters frequentemente confundia os críticos.
Com suas baladas doces e suaves, muitos diziam que era o som do duo era meigo, piegas e meloso, enquanto a indústria fonográfica os premiava com Grammys (foram três).

Entre 1973 e 1974 não houve muito tempo para lançar material novo.
Como resultado, os Carpenters não lançaram disco novo em 1974.
No início de 1975 fizeram uma versão de um sucesso das Marvelettes, "Please Mr. Postman", que atingiu o primeiro lugar das paradas mas foi último a tingir esse posição.
No mesmo ano "Only Yesterday" foi lançada, e entre 1975 e 1976 foram lançados os discos Horizon e A Kind of Hush.
Mas a essa altura as canções não faziam mais o sucesso de antes, tanto que "Goofus" nem chegou ao Top 40.

O álbum mais experimental Passage, lançado em 1977, representou uma tentativa de se aventurar por outros gêneros musicais com canções como "Don't Cry for me Argentina" da "ópera rock" Evita, "All You Get Form love is a Love Song", uma mistura de rock latino, com calipso e pop, além da intergaláctica "Calling Occupants of Interplanetary Craft", com acompanhamento de coral e orquestra.

Mesmo com os insucessos na parada americana, a dupla continuou a ser popular. Em 1978, foi lançado o álbum natalino A Christmas Portrait se tornou um clássico de Natal (houve um outro disco natalino, denominado An Old-Fashioned Christmas, lançado em 1984, após a morte de Karen).

Os Carpenters também fizeram três especiais de televisão, dos quais participaram outros artistas como Ella Fitzgerald e John Denver.
No meio da década de 1970, o excesso de turnês e as longas sessões de gravação começaram a cobrar caro da dupla o esforço e contribuíram para as dificuldades profissionais enfrentadas no final dessa década.


Karen fazia dietas obsessivamente e desenvolveu anorexia nervosa, a qual se manifestou pela primeira vez em 1975, quando uma exausta e enfraquecida Karen foi forçada a cancelar apresentações no Reino Unido e no Japão.

Richard, enquanto isso, desenvolveu dependência de soníferos, que começaram a afetar seu desempenho no final dos anos 1970 e levaram ao fim das apresentações ao vivo da dupla em 1978 e à sua internação em uma clínica.

No início de 1979, Karen, não desejando permanecer parada enquanto seu irmão se recuperava na clínica, decidiu gravar e lançar um álbum solo com o produtor Phil Ramone em Nova York.
Seu disco (Karen Carpenter) tinha um estilo mais adulto e disco, em um esforço para mudar sua imagem.
O resultado do projeto teve uma recepção morna de Richard e os executivos da A&M Records e no início de 1980 Karen primeiramente hesitou, abandonando por fim seu disco solo, que seria lançado apenas em 1996, 16 anos depois, 13 após sua morte.
Karen preferiu lançar outro disco com Richard (já recuperado da dependência de soníferos), que se transformou no álbum Made in America, lançado em 1981.

Os problemas pessoais, entretanto, diminuíram as possibilidades de um retorno às paradas e Karen teve um casamento que não deu certo com Thomas Burris, a separação ocorreu um ano depois.


Em 1982, Karen foi a Nova York procurar tratamento com o psicoterapeuta Steven Levenkrom para suas desordens alimentares decorrentes da anorexia nervosa, voltando naquele mesmo ano disposta a refazer sua carreira.

Ela rapidamente ganhou 5 quilos em uma semana, o que aumentou os danos a seu coração, resultado de anos de dieta e abusos (especialmente - conforme se diz - com o uso do Xarope de Ipecac, um forte emético - para induzir vômito).

Em 4 de fevereiro de 1983, Karen sofreu uma parada cardíaca na casa de seus pais em Downey e teve sua morte declarada no Hospital Memorial de Downey aos 32 anos.

Karen, vestida de rosa, foi posta em um caixão aberto.
Entre os que foram ao seu funeral estavam suas melhores amigas, Olivia Newton-John e Dionne Warwick.



Morte
Em 4 de fevereiro de 1983, pouco antes de seu 33° aniversário, Karen Carpenter teve uma parada cardíaca na casa de seus pais em Downey e foi levada a um hospital próximo, falecendo 20 minutos depois.
Naquele dia, Karen iria terminar seu divórcio.

A autópsia declarou que sua morte foi resultado de uma cardiotoxicidade (em função dos eméticos, como o xarope de ipecac) por causa da anorexia nervosa.
No sumário anatômico, o primeiro item foi parada cardíaca, com anorexia em segundo.
O terceiro foi a caquexia, em função de seu baixo peso e fraqueza corporal associadas a uma doença crônica.
Richard e a mãe de Karen discordam do uso de eméticos, mas não dos laxantes.

Seu funeral foi realizado em 8 de fevereiro de 1983, na igreja metodista de Downey.
Karen, colocada com uma roupa rosa, foi levada em caixão aberto.
Mais de mil pessoas foram às exéquias, suas amigas inclusas.
Seu ex-marido esteve no funeral, retirou sua aliança e lançou-a sobre o caixão.


Após a morte
A morte de Karen Carpenter trouxe à mídia a questão da anorexia nervosa e também da bulimia.
Também encorajou outras celebridades a tornarem públicas suas desordens alimentares, dentre elas Diana, Princesa de Gales.
Centros médicos e hospitais começaram a receber cada vez mais casos de pessoas com essas desordens.
O público antes da morte de Karen tinha pouquíssimo conhecimento dessas doenças, tornando-as difíceis de identificar e tratar.

A família deu início a uma fundação com o nome da cantora, para levantar dinheiro em auxílio às pesquisas sobre desordens alimentares.
Hoje, a fundação tem o nome da família, e além de seu objetivo inicial, também fundeia artes, entretenimento e educação.

Em 12 de outubro de 1983, os Carpenters receberam uma estrela na Calçada da Fama (Hollywood Walk of Fame), localizada, na 6931 Hollywood Blvd, a poucos metros do Kodak Theater.
Richard, o pai e a mãe foram à inauguração, assim como muitos fãs.


Em 11 de dezembro de 2003, os caixões de Karen, Agnes (falecida em 1996) e Harold (falecido em 1988) foram exumados e realocados para outro cemitério, em Pierce Brothers Valley Oaks Memorial Park em Westlake Village, Califórnia.

"A Star on Earth - A Star in Heaven" (Uma estrela na Terra - uma estrela no Céu) é o epitáfio de Karen.



Depois dos Carpenters
A estrela da dupla na Calçada da FamaApós a morte de Karen, Richard continuou a produzir canções da dupla, inclusive muito material inédito e várias coletâneas, tendo lançado o disco Voice of the Heart no final de 1983.

Sua dedicação em proteger a imagem dos Carpenters e o legado de gravações gerou muitas críticas, principalmente quando ele impediu em 1987 o lançamento do curta-metragem Superstar: a História de Karen Carpenter, de Todd Haynes, que se utilizou de bonecas Barbie para mostrar a morte precoce de Karen.

Embora a crítica tenha dito que tudo foi mostrado de forma um tanto compassiva, a história mostrada não é nada favorável à família, retratada de forma desagradável.
Richard obteve sucesso em proibir a execução do curta com base na violação dos direitos autorais das canções, usadas sem permissão.

Um telefilme de 1989, A História de Karen Carpenter, produzida com a ajuda de Richard teve audiência na época de seu lançamento.
Nesse ano, foi lançado o disco Lovelines, com canções que não entraram nos discos anteriores e do disco-solo de Karen, que como já foi dito, seria lançado em 1996, sob o título Karen Carpenter.


Muitas das canções dos Carpenters são populares ainda hoje, tais como: "Close to You", que é cantada em bares de karaokê e "We've only just begun" continua popular em casamentos.
A dupla ainda marcaria presença em duas trilhas sonoras de novelas brasileiras: "I Need To Be In Love" foi tema da personagem Lina (Renata Sorrah) na novela O Casarão, em 1976;[14] e "Make Believe It's Your First Time" embalava a história de Liliane, personagem de Cristina Mullins na novela Voltei Pra Você, em 1983.

Hoje, Richard Carpenter vive com sua esposa, Mary Rudolph-Carpenter (com quem se casou em 19 de maio de 1984), e suas quatro filhas em Thousand Oaks, Califórnia e o casal se tornou grande fomentador da produção artística na cidade. Richard é também colecionador de carros antigos que são ganhadores de concursos.



Discografia
Álbuns originais

1969 - Ticket to Ride (originalmente lançado como Offering)
1970 - Close to You
1971 - Carpenters
1972 - A Song For You
1973 - Now & Then
1975 - Horizon
1976 - A Kind of Hush
1977 - Passage
1978 - Christmas Portrait
1981 - Made in America
1983 - Voice of the Heart

Coletâneas e lançamentos de material inédito
1984 - An Old-Fashioned Christmas
1989 - Lovelines
2004 - As Time Goes By



VÍDEOS

Please Mr Postman- The Carpenters (1975)



The Carpenters - Ticket To Ride


Carpenters - Goodbye To Love


Carpenters - Sing (Japan 74)


The Carpenters : SING (with Lyrics and pics of young Karen)


Carpenters - Only yesterday




The Carpenters - Rainy Days And Mondays



carpenters -We've Only Just Begun


Carpenters Close To You




The Carpenters - Hurting each other.





Carpenters - Can't Smile Without You





Carpenters - It's Christmas Time/Sleep Well, Little Children



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