A Aromaterapia no decurso da história
O uso da Aromaterapia pelos seres humanos data de há pelo menos 7000 anos.
E já os antigos chineses, gregos, romanos e egípcios faziam uso de óleos aromáticos no seu quotidiano, para fins terapêuticos, estéticos e religiosos.
O Egipto
O físico egípcio Imhotep (no ano 6000 A.C), prescrevia o uso de óleos aromatizados para as massagens corporais, na preparação de cosméticos, para os banhos e para o processo de embalsamamento das múmias.
E Imhotep foi sem dúvida alguma, um aromaterapista e curandeiro de renome no mundo antigo, tendo consagrado parte da sua vida ao estudo das plantas medicinais e dos óleos essenciais.
Dai que se diga, que a Aromaterapia nasceu no Egito.
Os egípcios importavam igualmente óleos essenciais exóticos do Oriente e da Ásia Menor ex: óleo de mirra, incenso (para o processo da mumificação), cipreste e de madeira de cedro (que seriam posteriormente queimados nos templos e cerimônias religiosas).
E segundo reza a historia, também o túmulo do faraó Tutankhamon continha diversos potes de argila com vestígios de incenso, de mirra e de madeira de cedro.
Estes vestígios levam-nos ainda a concluir, que os óleos aromáticos eram muito importantes para os egípcios, tanto no seu quotidiano, como no processo de mumificação e no processo de "reencarnação dos faraós".
Dai que, o interesse dos antigos egípcios pela Aromaterapia e óleos essenciais no geral, conduziram-nos ao desenvolvimento deste comércio lucrativo, em conjugação com o comércio das especiarias e das plantas medicinais (esta informação encontra-se descrita em diversas placas de argila Egípcias, no atual Museu do Cairo).
E a Rainha Cleópatra terá também feito grande uso de óleos aromáticos raros, para fins de estética e nas suas tácticas de sedução ex. o óleo de rosas, de jasmim, etc.
A China
No ano 2000 A.C, surge na China o primeiro livro dedicado ao estudo das plantas medicinais e seu uso terapêutico (contendo cerca de 8000 fórmulas ou remédios feitos á base de plantas).
Este livro é conhecido pelo seu nome original de “Livro da Medicina Interna do Imperador Amarelo”.
A Bíblia
A Bíblia como livro sagrado, faz de igual modo diversas referências ao uso de óleos aromáticos e plantas medicinais para fins religiosos.
A Pérsia
Na Pérsia, o famoso físico e alquimista de nome Avicenna tornou-se conhecido no mundo antigo por ter aperfeiçoado o processo da destilação a vapor, que veio posteriormente a gerar os primeiros óleos essenciais.
A Grécia
No ano 469 A.C. na Grécia antiga, Hipócrates (ou o pai da medicina moderna) fez grande uso dos óleos aromáticos, de forma a "erradicar" a peste negra da cidade de Atenas.
Hipócrates para além de ter sido um aromaterapista de renome no seu tempo, era de igual modo conhecido por prescrever o uso e aplicação de óleos aromáticos em banhos e massagens, para fins terapêuticos.
Culpeper
Durante o século XVII, Nicholas Culpeper distinguiu-se dos seus contemporâneos por ter escrito diversas obras a respeito das propriedades medicinais de centenas de plantas, sendo encarado por muitos como o pioneiro da botânica moderna.
Gatefosse
No século XX (1928), o químico francês de nome René Maurice Gatefosse (pai da Aromaterapia moderna), redescobriu o potencial dos óleos essenciais e da Aromaterapia na perfumaria.
O fascínio do Gatefosse pela Aromaterapia e pelos óleos essenciais, surgiu no decurso dum acidente de trabalho no seu laboratório de perfumaria em França.
Tendo queimado uma das mãos com gravidade, encontrou alivio imediato num frasco que continha óleo de alfazema.
Desconhecendo na altura as propriedades cicatrizantes deste óleo, Gatefosse pode verificar com algum assombro, que passados alguns dias não só a sua mão estava praticamente curada, como lhe havia deixado de doer, não existindo para o efeito vestígios de cicatrização.
Este episodio algo insólito, levou Gatefosse a dedicar-se com afinco ao estudo deste e de outros óleos essenciais, tendo em conta tanto as suas características aromáticas, as suas propriedades químicas como as suas qualidades medicinais.
Velnet
Durante o período da II Guerra Mundial, o uso dos óleos essenciais foi retomado pelo Dr. Jean Velnet (cirurgião do exercito francês), que se distinguiu na época por ter feito uso destes óleos no tratamento de feridas de guerra (utilizando-os como anti sépticos naturais).
As plantas medicinais e óleos essenciais puderam comprovar uma vez mais, a sua eficácia e importância em tempo de escassez de medicamentos, e em tempo de guerra.
E isto veio a originar nos anos seguintes, um interesse crescente por parte da indústria farmacêutica francesa e mundial,pelo uso de óleos naturais para fins terapêuticos.
Madame Maury
Contudo, foi graças á Madame Marguerite Maury (Bioquímica francesa), que a Aromaterapia foi elevada aos pícaros da holística e do esoterismo.
A Madame Maury foi conhecida em toda a França, por ter prescrito o uso dos óleos para uso externo, sendo uma das aromaterapistas mais conceituadas no período da II Guerra Mundial.
Esta deu ainda inicio á combinação do uso dos óleos essenciais com produtos de beleza, para massagens e no tratamento da pele.
A Aromaterapia no século XXI
A Aromaterapia moderna faz parte integrante da medicina alternativa ou complementar.
Apesar da Aromaterapia moderna ter sido redescoberta pelos franceses no século XX, o seu uso e aplicação remontam aos primórdios da existência humana.
Atualmente, o uso da Aromaterapia tem-se vindo a popularizar e a generalizar um pouco por todo o mundo, estando por vezes sujeito a modas.
E países ricos como a Inglaterra, a Holanda, a Alemanha, a França e a Itália são pioneiros a nível mundial, no que diz respeito á produção, comercialização e utilização de óleos essenciais.
A Aromaterapia é fácil de utilizar
A Aromaterapia moderna é uma disciplina antiga e versátil, não sendo o seu uso exclusivo a determinados países, segmentos populacionais ou religiões.
Esta é ainda de uso fácil, tanto nas nossas habitações, em empresas, nas fábricas, nas escolas, nos hospitais, nas clínicas, nos hospícios, nos aeroportos, nos meios de transporte publico, etc.
A Aromaterapia moderna é de igual modo acessível ou fácil de adquirir, auxiliando grandemente ao combate de problemas quotidianos relacionados com o stress, com a tensão nervosa, com a agressividade, no alivio de dores de parto, nos tratamentos de quimioterapia (de cancros e tumores), nas intervenções cirúrgicas ao coração, nos caso de queimaduras graves e na limpeza do ar dos hospitais.
A Aromaterapia no nosso local de trabalho
A titulo de curiosidade, a Aromaterapia moderna encontra-se ainda bastante difundida nos lares e nas empresas nipônicas.
E no local de trabalho, esta tem por fim conduzir á motivação dos empregados tanto no que diz respeito àqueles que trabalham em escritório como nas fábricas, mantendo-os mais vigilantes, alerta, ativos e produtivos por longos períodos de tempo.
Ainda neste âmbito, a Aromaterapia moderna auxilia grandemente a combater as chamadas bactérias do ar condicionado, ou bactérias que sobrevivem no ar dos hospitais ( que causam anualmente muitas mortes e surtos epidêmicos).
Ainda no que se refere ao seu uso e aplicação no Japão, a Aromaterapia é utilizada nas empresas nipônicas de venda direta ao publico (que lidam diariamente com as queixas dos consumidores) e nos organismos governamentais (que lidam com os problemas e duvidas dos cidadãos).
Os aromas dos óleos são assim difundidos nas empresas e instituições governamentais através dos sistemas de ar condicionado, energizando e acalmando tanto visitantes como empregados.
A titulo de curiosidade, os óleos mais utilizados de modo a se acalmarem os clientes e se motivarem os empregados são o óleo de pinho e de alfazema.
A Aromaterapia nos transportes públicos
A Aromaterapia é conhecida desde a antiguidade pelo seu efeito sedativo e calmante, especialmente no que diz respeito a pessoas com tendência para a agressão ou ira.
Deste modo, não é de estranhar que a Aromaterapia seja largamente utilizada nos transportes públicos franceses.
Esta foi testada com sucesso no Metro de Paris, estando agora a ser posta em pratica noutro tipo de meios de transporte comerciais franceses.
E o recurso ao uso da Aromaterapia pela companhia responsável pelo metro de Paris prende-se com o fato, de as estações de metro serem locais onde normalmente os passageiros extravasam as suas frustrações diárias e até a sua agressividade.
Para além disso, o metro de Paris é igualmente conhecido pelos seus altos índices de criminalidade e de agressões violentas aos passageiros.
O outro motivo que levou esta companhia a adotar os aromas naturais no metro de Paris, relaciona-se com o fato das estações de metro serem normalmente sítios com odores desagradáveis e pouco acolhedoras.
E os óleos essenciais são ótimos aromas para camuflar cheiros e odores nauseabundos.
Esta experiência em Paris foi bem sucedida e bem recebida pelos usuários do Metro francês, tendo sido já adotada noutros países europeus e aeroportos internacionais.
A Aromaterapia nos hospitais
Atualmente, o uso de óleos essenciais não se limita á ação dos profissionais de Aromaterapia ou dos particulares.
No entanto a grande maioria das pessoas que fazem uso dos óleos tem unicamente em vista banhos de relaxamento ou a aromatização de espaços e de objetos pessoais.
Contudo, o uso dos óleos pode ser aplicado tanto nos nossos lares como nas empresas, fabricas ou aeroportos.
Dai que se diga, que os eu uso não se encontra confinado aos nossos lares e objetos pessoais.
E países como os E.U.A, o Japão e a Inglaterra são pioneiros no uso e aplicação dos óleos essenciais nos hospitais, nas clínicas, nas creches e nos hospícios.
De igual forma, o uso de óleos tem vindo a ter uma aceitação generalizada a nível mundial, nomeadamente no que diz respeito ao tratamento de diversos tipos de cancro, de tumores, no caso de lesões cerebrais graves, de queimaduras do segundo e terceiro grau, de traumas variados, etc.
E os óleos para além de terem um efeito calmante nos pacientes com doenças terminais, também auxiliam grandemente á cicatrização e relaxamento do corpo, reforçando o sistema imunológico e estimulando o rejuvenescimento da pele.
Em termos de cicatrizações, estas tendem a desaparecer ou a suavizarem-se caso a pessoa faça uso regular da Aromaterapia.
Finalmente, os óleos essenciais fazem parte do nosso quotidiano e podem ser facilmente encontrados em produtos de uso diário como no caso dos cosméticos, dos produtos de higiene doméstica, nos medicamentos, nas velas, no pot-pourri, nos sabonetes, etc.
Conclusão
A titulo de conclusão, a Aromaterapia do século XXI tem diversas aplicações terapêuticas, auxiliando grandemente ao tratamento de problemas relacionados com as insônias, dores de cabeça, enxaquecas, dores de costas, problemas de estômago, irritação nervosa, comportamentos violentos, etc.
Esta tem ainda uma grande aplicação a nível espiritual, nos tratamentos energéticos de Reiki, nas curas prânicas ou na terapia dos anjos.
Contudo, a Aromaterapia deve ser manejada por mãos experientes e conhecedoras.
E todas as pessoas que a utilizem devem sempre fazê-lo com moderação, cuidado e respeito.
Como usar a Aromaterapia de forma original e inspiradora
Aromatize as suas roupas durante a lavagem;
Aromatize a sua máquina de lavar a louça;
Aromatize o seu quarto de dormir, o seu escritório e o seu automóvel;
Aromatize as velas;
Adicione sabor ao mel;
Adicione sabor ao vinho;
Adicione sabor aos seus bolos e bolachas;
Aromatize a sua mobília;
Limpe os vidros e as janelas com os óleos;
Faça os seus próprios vaporizadores;
Faça os seus próprios óleos de banho, cremes, loções e tônicos;
Aromatize o seu banho e ducha;
Aromatize as suas toalhas de banho e as esponjas;
Aromatize as suas carpetes, tapetes e passadeiras;
Aromatize os seus presentes e papel de embrulho;
Aromatize o seu frigorífico;
Aromatize os seus sapatos e chinelos;
Aromatize a casinha do seu animal de estimação;
Refresque o seu pot-pourri;
Aromatize as suas cartas, os envelopes e a tinta...
...Aromatize a sua vida!!!
Caminho de Luz
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