sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A CALMA TRAZ PAZ E SAÚDE


 
PHOTO By Bill McMullen

Cabe a nós praticar a paz e a harmonia, a individualidade e a firmeza de propósito, e desenvolver progressivamente no conhecimento de que, em essência, somos de origem divina, filhos do Criador, e, portanto, temos dentro de nós o poder de alcançar a perfeição se apenas o desenvolvermos, como o faremos, seguramente, mais cedo ou mais tarde.
 
E essa realidade deve crescer em nós até que se torne o traço mais marcante de nossa existência.
 
Devemos praticar firmemente a paz, imaginando nossa mente como um lago sempre calmo, sem agitações, sem mesmo ondulações pra perturbar sua tranqüilidade e, aos poucos, desenvolver esse estado de paz até que nenhum acontecimento da vida, nenhuma circunstância, nenhuma outra personalidade seja capaz, sob qualquer condição, de encrespar a superfície do lago ou de despertar em nós sentimentos de irritabilidade, depressão ou dúvida.
 
Ajudar-nos-á efetivamente preservar poucos momentos diários para pensar serenamente na beleza da paz e nos benefícios da calma, e compreender que não é através de preocupação ou de ansiedade que poderemos realizar mais; mas sim, que nos tornamos mais eficientes em tudo o que empreendemos, através de pensamentos e ações calmos e serenos.
 
Harmonizar nossa conduta nesta vida de acordo com  os desejos de nossa própria alma, e, permanecer num estado de paz tal que as atribulações e preocupações do mundo nos deixem impassíveis, é, na verdade, uma grande conquista e nos dá aquela paz que transcende a compreensão; e embora isso possa parecer um ideal inatingível, ele está, na realidade, com paciência e perseverança, ao alcance de todos nós.
 
Não nos pedem que sejamos todos santos, mártires ou pessoas de renome; à maioria de nós estão reservados trabalhos menos notáveis; mas se espera que entendamos o quinhão de trabalho que a divindade reservou para nós.
Àqueles que estão enfermos, a tranqüilidade, a serenidade da mente e a  harmonia com a alma são os maiores recursos para se atingir a recuperação.
 
A medicina e a enfermagem do futuro prestarão muito maior atenção ao desenvolvimento disso ao paciente do que fazemos hoje quando, incapazes de julgar o progresso de um caso exceto por meios científicos materialistas, pensamos as mais das vezes em tomar a temperatura e em prestar certo número de serviços que interrompem, mais do que proporcionam, aquele descanso tranqüilo e relaxamento do corpo e da mente que são tão essenciais à recuperação.
 
Não há dúvida de que ao aparecer o menor sintoma do mal, se pudermos passar poucas horas completamente relaxados e em harmonia com nosso Eu Superior, a doença será repelida.
 
Em tais momentos, necessitamos criar em nós mesmos uma fração dessa calma, simbolizada pela entrada de Cristo na barca durante a tempestade no lago da Galiléia, quando ordenou: “Paz, aquieta-te.”
 
 
Edward Bach, in
Os remédios florais do Dr. Bach

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