quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Nossa Senhora Rainha



Nossa Senhora, verdadeira Mãe de Jesus Cristo, Rei do Universo, é invocada hoje com o título de Rainha do Céu e da Terra.

Antigamente a festa da realeza de Nossa Senhora era celebrada no dia 31 de maio. 

A liturgia sagrada já invoca a Mãe de Deus com os títulos de Rainha dos Anjos, dos Patriarcas, dos Profetas, dos Apóstolos, dos Mártires, dos Confessores, das Virgens, de todos os Santos, Rainha Imaculada, Rainha do Santíssimo Rosário, Rainha da Paz e Rainha Assunta ao Céu.

Este título de Rainha exprime então o pensamento de a Santíssima Virgem se avantajar a todas as ordens de santidade e de virtude, Rainha dos meios que levam a Jesus Cristo, e de que, sendo Rainha assunta ao Céu, já era sobre a terra, isto é, Rainha reconhecida pela terra e pelo céu como sendo a criatura mais perfeita e mais avantajada em toda a santidade e semelhança de Deus Criador!

Mas, quando falamos no título da Realeza de Maria Santíssima, trata-se da Realeza que Lhe cabe por direito como Soberana, deduzida das suas relações com Jesus Cristo, Rei por direito de tudo o criado, visível e invisível, no céu e na terra.

Efetivamente as prerrogativas de Jesus Cristo tem todas os seus reflexos na Santíssima Virgem, Sua Mãe admirável:

Assim Jesus Cristo é o Autor da graça, e Sua Mãe é a dispenseira e intercessora de todas as graças; Jesus Cristo está unido à Santíssima Virgem pelas suas relações de Filho e nós, corpo místico de Jesus Cristo, estamos também unidos a Sua Mãe pelas relações que Ela tem conosco como Mãe dos homens.

E assim, pelo reflexo da Realeza de Jesus Cristo, seu filho, Ela é Rainha do céu e da terra, dos Anjos e dos homens, das famílias e dos corações, dos justos e dos pecadores que, na Sua Misericórdia real, encontram perdão e refúgio.

Oh! Se os homens aceitassem, de verdade prática, a Realeza da Santíssima virgem, em todas as nações, em todos os Lares e realmente pelo seu governo maternal regulassem os interesses deste mundo material, buscando primeiro que tudo o Reino de Deus, o Reino de Maria Santíssima, obedecendo aos seus ditames e conselhos Reais, como depressa se mudaria a face da terra!

Todas as heresias foram, em todos os tempos, vencidas pelo cetro da Santíssima Mãe de Deus. Nesses nossos tempos, tão conturbados pelas sumas das heresias, os homens debatem-se numa pavorosa luta em que vemos e apalpamos, da maneira mais trágica, serem insuficientes os meios humanos para restabelecer a paz na sociedade humana!


De resto, demasiado puderam os homens a sua confiança nos sistemas sociais, nos meios do progresso científico, no poder das armas de destruição, no terrorismo, e tudo isso só serviu para o mundo assistir agora desorientado à maldição profetizada aos homens que põem a sua confiança nos homens, afastando-se de Deus e da ordem sobrenatural da graça!

Maria Santíssima, Rainha do Céu e da terra, foi sempre a vencedora de todas as batalhas de Deus: Voltem-se os governantes do mundo para Ela e o Seu cetro fará triunfar a causa do bem, com o triunfo da Igreja e do Reino de Deus!

Mestre Saint Germain : Exercício de Co-Criação

 
Canalizado por Carmen Balhestero
" Amados filhos, que na chama de vossa energia crística, possais ser a expressão viva da bem-aventurança, para que todos os reinos rapidamente possam sustentar as energias máximas de um novo-tempo,onde através do processo da co-criação, todos deverão compartilhar alegria, amor incondicional e misericórdia.
 
Que nesses momentos únicos de mudanças, possais observar vossos organismos biológicos, e possais ingerir o elemento água, e observar vossas alimentações, para que na chama da vossa decisão possais vos aperfeiçoar e estar cada vez mais centrados na força do vosso livre-arbítrio, para que todos os reinos se realinhem através do amor incondicional com a Paz Plena, e possam assim reencontrar a sintonia de um novo-tempo na Glória e Poder Maior de Deus Pai-Mãe Eu Sou em Ação.
 
Visualizeis à vossa frente o Planeta Terra na chama verde da cura, dourada de uma nova-consciência, violeta da transmutação e branca da paz, para que todos os seres em todos os reinos e dimensões vibrem convosco através de um nova-aurora.
 
Que possais através da sintonia com o vosso coração de luz, manifestar a bem-aventurança de um único-tempo, onde todas as consciências deverão reverberar a Unidade da vitória através da Paz plena na maestria individual e coletiva, assim acionando o poder maior da maestria, e de vossa própria ascensão individual e coletiva.
 
Que possais fazer valer os vossos valores internos, e buscar através do amor incondicional a vossa própria Verdade, assim estareis cada vez mais libertos do passado, estareis centrados na chama do vosso presente, o eterno-agora que vos sinaliza tudo aquilo que tendes à vossa disposição, para que possais expressar através da bem- aventurança o chamado máximo da própria consciência, e assim estareis brindando a vitória e a energia maior da harmonia, onde todos os reinos deverão continuar cumprindo suas evoluções através do amor alquímico na transformação de todos os cálices, manifestando assim a beleza, a arte, a ressurreição, a alquimia da vida através da felicidade e da abundância plena.
 
Amados filhos,
 
Que possais através dos vossos Corpos de Luz, continuar enaltecendo o chamado da vossa própria consciência, e na sabedoria de todos os ideais, possais continuar sempre renovando vossas energias através do reequilibro crístico, para que todos com sabedoria preencham seus cálices, e possam brindar através de uma nova-aurora a energia da paz e da vitória , na irradiação crística que é a sintonia de um novo-tempo.
 
Visualizeis em cima de vossos lares, uma grande cruz de malta que se expande, se expande se expande cada vez mais envolvendo toda humanidade.
 
Que à partir da 7ª Esfera de Luz, todos os reinos reverenciem o poder, e possam aprender a atrair a energia máxima do poder individualizado, para que todos possam continuar coadunando com as irradiações máximas de perfeição.
 
Neste momento vos ensinar-vos-ei um exercício para que possais atrair as energias máximas da abundância plena em vossas vidas.
 
Visualizeis acima de vossa cabeças um grande sol dourado que se expande, expande expande cada vez mais envolvendo a vossa mente consciente, à energia do vosso coração físico e a energia do vosso pé.
 
Cabeça, coração e pé, as três energias coadunam com as forças máximas do plano tridimensional, cabeça, coração e pé.
 
Visualizeis em vossa cabeça, vosso coração e vosso pé aquilo que quereis manifestar; à vossa liberdade financeira, a saúde e a plenitude, o poder da vossa auto-cura.
 
Que possais perceber, que o organismo biológico humano está centrado em 3 direções, cabeça, coração e pé.
 
Essa é a simbologia máxima de vossa própria sintonia de uma nova atitude, e que à partir deste dia, possais equilibrar vossas energias, vossos pensamentos, assim manifestando as sintonias máximas de compaixão, para que todos os reinos busquem através de uma nova-consciência a Liberdade Finaceira na chama do eterno-agora.
 
Que possais observar vossa cabeça, vosso coração e vosso pé nos próximos 7 dias, e vereis que tudo aquilo que quereis manifestar estará à vossa disposição, pois aquele que sintoniza o poder através da luz do espírito reencontra a chama da verdade, aquele que enaltece o coração de luz através da força que reverbera na verdade crística quantifica o poder maior da luz maior da própria alma .
 
Este é o momento do único da transição que trará à humanidade a oportunidade de dignidade, amor incondicional e de felicidade plena, para que todos os reinos se reorganizem e possam brindar através de uma nova egrégora, a energia motriz de um novo-tempo na luz maior do amor incondicional e liberdade mental plena.
 
Que possais observar vossa cabeça, coração e pé, e nesses pontos colocar tudo aquilo que quereis manifestar, a vossa abundância, a vossa plenitude a vossa liberdade, o vosso emprego, a vossa casa e vosso lar pleno, através da alegria e da saúde da vossa própria energia de ressurreição.
 
Vereis que aquele que coloca atenção no ponto certo, manifesta o que quer manifestar.
 
Tudo na vida é simbologia que reflete o poder do amor, e a força da concentração única do pensamento que revigora todas energias do Altíssimo Poder de Deus, para que cada ser encarnado possa reassumir o poder de co-criador, manifestando assim, a revelação à vida, na energia que neste momento traz as Camadas Divinas à Terra, através da luz de Deus na Luz maior do puro amor incondicional manifestando assim a vossa vitória e verdade na força da vossa própria plenitude.
 
Que possais ousar, e alimentareis os vossos pensamentos na luz do eterno, e assim sereis cada vez mais livres, para que possais continuar manifestando a vossa própria felicidade individual e coletiva.
 
Em nome de todos os Membros da Fraternidade Branca Universal, derramamos bênçãos de amor, paz e harmonia sobre toda a humanidade, e que possais ser a expressão viva da vossa bem-aventurança da Luz do eterno, no momento sagrado à cada instante de vossas evoluções, agora.
 
 
Amor & Luz,
Eu Sou Saint Germain "
 
 

DIREITOS DA CRIANÇA!





1º Princípio – Todas as crianças são credoras destes direitos, sem distinção de raça, cor, sexo, língua, religião, condição social ou nacionalidade, quer sua ou de sua família.

2º Princípio – A criança tem o direito de ser compreendida e protegida, e devem ter oportunidades para seu desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, de forma sadia e normal e em condições de liberdade e dignidade.
As leis devem levar em conta os melhores interesses da criança.

3º Princípio – Toda criança tem direito a um nome e a uma nacionalidade

4º Princípio – A criança tem direito a crescer e criar-se com saúde, alimentação, habitação, recreação e assistência médica adequadas, e à mãe devem ser proporcionados cuidados e proteção especiais, incluindo cuidados médicos antes e depois do parto.

5º Princípio - A criança incapacitada física ou mentalmente tem direito à educação e cuidados especiais.

6º Princípio – A criança tem direito ao amor e à compreensão, e deve crescer, sempre que possível, sob a proteção dos pais, num ambiente de afeto e de segurança moral e material para desenvolver a sua personalidade.
A sociedade e as autoridades públicas devem propiciar cuidados especiais às crianças sem família e àquelas que carecem de meios adequados de subsistência.
É desejável a prestação de ajuda oficial e de outra natureza em prol da manutenção dos filhos de famílias numerosas.

7º Princípio – A criança tem direito à educação, para desenvolver as suas aptidões, sua capacidade para emitir juízo, seus sentimentos, e seu senso de responsabilidade moral e social. Os melhores interesses da criança serão a diretriz a nortear os responsáveis pela sua educação e orientação; esta responsabilidade cabe, em primeiro lugar, aos pais.
A criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se, visando os propósitos mesmos da sua educação; a sociedade e as autoridades públicas empenhar-se-ão em promover o gozo deste direito.

8º Princípio - A criança, em quaisquer circunstâncias, deve estar entre os primeiros a receber proteção e socorro.


9º Princípio – A criança gozará proteção contra quaisquer formas de negligência, abandono, crueldade e exploração. Não deve trabalhar quando isto atrapalhar a sua educação, o seu desenvolvimento e a sua saúde mental ou moral.


10 º Princípio – A criança deve ser criada num ambiente de compreensão, de tolerância, de amizade entre os povos, de paz e de fraternidade universal e em plena consciência que seu esforço e aptidão devem ser postos a serviço de seus semelhantes.
 
 
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O mágico filme "Casablanca"



Cartaz de Casablanca


A fórmula de Casablanca é absolutamente simples: é magnífico na sua concepção.
Começa com um roteiro perfeito, irretocável, contendo todos os elementos do cinema clássico e ainda traz à tela um variado leque de personagens, em torno dos quais gira uma mistura de assuntos variados.
Neste filme, é possível ver um pouco de cada coisa: abordagens política, música inesquecível, paixão que envolve os dois principais personagens, romance, o ambiente da guerra mundial, heroísmo, mistério e intriga.
Tem de tudo.


O triângulo amoroso mais famoso do cinema


Poucos filmes são tão bem conectados ao tempo em que foram produzidos, como este.
Rodado em pleno ambiente da Segunda Guerra Mundial, numa época em que ninguém tinha a menor ideia de quem seriam os vencedores daquele louco conflito e, principalmente, sem conhecer todos os malefícios de seus resultados para o mundo, o filme é o grande marco da Idade de Ouro do cinema americano.


Cena do surpreendente final do maior romance do cinema


A direção é absolutamente consistente, muito segura e consegue prender a atenção da platéia até o seu final.
Casablanca apresenta, ainda, um ótimo design de produção, uma belíssima fotografia em preto e branco e aindiscutível e fabulosa trilha sonora.
É impossível esquecer a canção As Time Goes By, que foi gravada pela maioria dos grandes cantores e músicos americanos.
O elenco é outro ponto forte do filme.

Humphrey Bogart, uma das lendas de Hollywood, podemos dizer, seguramente, que tem neste filme o maior papel de sua carreira: interpretando o cínico, inescrupuloso, mas também nobre e generoso Rick. Mais do que ele, temos neste filme a belíssima e talentosa Ingrid Bergman, que consegue manter uma química inesquecível com o astro.
Os atores coadjuvantes também oferecem uma magnífica contribuição para o sucesso do filme, com as ótimas atuações de Claude Rains, Conrad Veidt, Paul Henreid, Peter Lorre, Sydney Greenstreet, S. Z. Sakall, além da marcante participação de Dooley Wilson como Sam.


Casablanca


Impossível não se lembrar do olhar expressivo de Ingrid Bergman cantarolando As Time Goes By, ao lado do piano, com seu broche reluzente e aura apaixonada no personagem de Ilsa.
Não deixem de assistir o vídeo abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=7vThuwa5RZU


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Les Choristes"


Les Choristes, 2004.

Esse é um daqueles filmes que a gente não tem muito como descrevê-lo, pois para compreender a beleza desta obra, é necessário assisti-lo.

A história do filme é muito simples.
Para impor a sua autoridade a crianças muito turbulentas, sempre sujeitas ao autoritarismo de uma escola e do diretor do estabelecimento, um professor, o senhor Clément Mathieu, tentará despertá-las para a música e para o canto, criando um coral fabuloso de crianças.

Filme francês de 2004, dirigido por Christophe Barratier, com a magnífica e esplendorosa trilha sonora de Bruno Coulais.
Imperdível mesmo.
No elenco, é possível ver, na época, o garoto Jean-Baptiste Maunier com sua maravilhosa e angelical voz. Irretocável, emocionante.
O filme, o CD, o vídeo, o DVD, o concerto... é tudo tão imperdível.

Você vai se emocionar vendo este filme.
Tudo é feito com tanta singeleza e sensibilidade.
Várias situações e passagens do filme são inteligentíssimas, outras vezes pitorescas.
A ternura da música é mesmo maravilhosa, os coros, os solos, os versos das canções, as vozes lindas de todo o coral fazem qualquer um se emocionar mesmo.

A cena, por exemplo, do professor saindo da escola com os garotos jogando bilhetes pela janela, ao som de uma linda música ao fundo é de excepcional sensibilidade, simplesmente inesquecível.

"Les Choristes" tornou-se um verdadeiro sucesso de bilheteria, sendo um dos filmes mais vistos nos últimos anos.
Um filme que encantou o mundo.
Foi ainda nomeado para o Oscar de melhor filme estrangeiro e de melhor canção original.
O filme fez tanto sucesso que o elenco saiu em turnê e gravou um concerto em DVD.

Ouça e fique encantado ouvindo “La nuit”:

http://www.youtube.com/watch?v=dQg-3wkzJ3s


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Doutor Jivago, o grande filme de David Lean


 
Cartaz de divulgação de "Doutor Zhivago", de 1965.


Filme norte americano, do gênero drama épico, guerra e romance, dirigido por David Lean em 1965, magistralmente.
O filme é baseado no romance de Boris Pasternak, de mesmo título.

A Revolução Russa de 1917 serve de cenário para esta história de amor entre Jivago, um jovem médico aristocrata, e Lara, uma enfermeira plebeia.
Lara é filha de uma costureira russa que, viúva, apenas consegue sustentar a casa em que ambas moram graças ao dinheiro que lhe é dado periodicamente por Victor Komarovsky, um importante e inescrupuloso expoente da sociedade local.
Apesar de Victor e a viúva manterem um relacionamento "secreto", o homem se encanta pela beleza da doce Lara, que contava com apenas 17 anos quando ambos se beijaram pela primeira vez na volta de uma festa.

Apesar da relação vexatória mantida entre Lara e Victor, Pascha Strelnikoff, jovem romântico e revolucionário, apaixona-se pela menina e começa a namorá-la.
Enquanto a relação de Lara e Victor mostra-se destrutiva (a mãe de Lara, ao descobrir o relacionamento, tenta se matar), o namoro de Pascha e a moça se mostra uma saída sensata para ela no meio dessa confusão, pois o moço a pede em casamento e ela aceita.

Ao saber do pedido, Victor discute com Lara e a violenta, chamando-a em seguida de "vagabunda". Lara descontrola-se e invade uma festa de Natal na alta sociedade russa para tentar matar, sem sucesso, o ex-amante.
Jivago, que já havia visto Lara ao salvar sua mãe do suicídio, estava presente na festa com sua noiva, Tonya, e fica surpreso com a atitude e coragem da jovem.

Apesar da impressão deixada, eles só se encontram anos mais tarde, ao serem voluntários (médico e enfermeira, respectivamente) na Primeira Guerra Mundial.
A esta altura, Jivago está casado e tem um filho com Tonya, enquanto Lara procura seu marido Pascha, que sumiu durante uma missão na Guerra.

Por passarem seis meses juntos em uma situação tão adversa, a aproximação dos dois é inevitável.


Jivago (Omar Sharif), Tonya (Geraldine Chaplin) e Lara (Julie Christie), em cena.

Com o fim da Guerra, Jivago e Lara voltam para suas famílias e perdem o contato.
Ao voltar para casa, Jivago se depara com a decadência da alta sociedade russa e decide fugir para o interior com sua esposa, filho e sogro.
E ai desenrola-se a história de encontros e desencontros.

Um lindíssimo filme, verdadeira obra-prima, com uma trilha sonora belíssima.
Um clássico que não pode deixar de ser visto por quem aprecia a sétima arte.



Elenco de "Doutor Jivago" no set de filmagem, nas belíssimas paisagens russas.
Filme que não foi exibido na própria Rússia até 1994 e que teve as paisagens russas recriadas na Espanha.
Feito para ser um filme colossal, seu orçamento para a época foi nunca antes visto: US$ 15 milhões.


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A mulher faz o homem



Cartaz original do filme, em 1939


Baseado numa história de Lewis R. Foster, este é, sem dúvida, mais um dos autênticos filmes do genial Capra.
A Mulher Faz o Homem é um dos melhores filmes de todos os tempos, um daqueles que a gente assiste e nunca mais consegue esquecer, sobretudo pela estupenda atuação de James Stewart.

A produção e direção do grande cineasta Frank Capra é impressionantemente irretocável.

O filme é uma gostosa comédia dramática que trata da corrupção, do mau uso da vida pública na política por parte de alguns senadores e da grandeza daqueles que a ela resistem.

Em certos trechos do filme, parece que a gente está assistindo ao próprio cenário atual na política brasileira e, neste aspecto, é curioso como este filme parece ser tão atual, mesmo sendo de 1939.

A MULHER FAZ O HOMEM



SINOPSE:


Jefferson Smith é um inocente homem do interior que é levado a Washington por um grupo de políticos para se tornar senador dos Estados Unidos da América.
Eles o querem transformar em uma marionete a serviço de seus interesses.
Aos poucos, o homem vai percebendo o ambiente corrupto em que agora convive.
Um ambiente capaz de destruir todos os valores pelo que sempre acreditou em relação à bondade e ao caráter dos gestores de seu país.
A trama mostra uma clássica luta entre o bem e o mal, entre a correção e a honestidade e os confrontos com os que se utilizam de um cargo público para usufruir de interesses escusos.


Cena em Mr.Smith goes to Washington

Capra é um gênio nesta abordagem.
Traz-nos neste belo filme a mensagem que é possível ser correto e honesto e defender tais princípios. Embora se trate de uma produção de 1939, A Mulher Faz o Homem é um daqueles filmes que seguramente nunca vão envelhecer.
Ele continua carregando uma mensagem bem atual, porque é assim que vivemos todos os dias: assistindo em palcos políticos a deturpação dos homens públicos.

O trabalho de Capra é perfeito.
Aliás, o filme é magnífico em quase todos os aspectos, o que justifica as onze indicações ao Oscar por ele recebidas na ocasião. Indicado ao Oscar de Melhor Ator, James Stewart foi muito injustiçado, de certa forma, pela Academia, ao perder a estatueta para Robert Donat e sua boa atuação em Adeus, Mr.Chips.
É verdade que Donat esteve impecável neste filme, reproduzindo um professor que dedica toda a sua vida ao ensino, mas não poderia ter vencido Stewart.

Não se pode esquecer ainda os papéis maravilhosos dos atores Claude Rains, Thomas Mitchell, Jean Arthur e Harry Carey.


James Stewart e Jean Arthur em A Mulher Faz o Homem



Filmagem de A Mulher Faz o Homem


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"Yentl"



Cartaz do filme: "Nada é impossível"


Um pouco sobre o filme: “Yentl” é, na sua origem, uma peça de teatro de 1975, escrita por Leah Napolin e o grande escritor judeu Isaac Bashevis Singer, sendo o filme gravado em 1983.

Na Polônia, Yentl Mendel é a única filha do viúvo Rebbe Mendel, que ensina o Talmude das leis judaicas para os garotos de sua vila e secretamente para Yentl.

O maior sonho de Yentl sempre fora estudar as escrituras sagradas, mas nessa época, as mulheres não tinham permissão de adquirir esse conhecimento.

Quando seu pai morre repentinamente, Yentl fica completamente só.

Ela então toma a decisão de sair da vila e disfarçada de um garoto e passa num curso Yeshiva para estudar os textos, tradições e complexidades do Talmude.

Yentl, como um homem, começa uma amizade com Avigdor, que é noivo de Hadass, porém os pais de Hadass terminam com o noivado e Yentl fica na estranha posição de 'noivo-substituto' para Hadass.


Yentl se transformando em Anshel

Naturalmente, não temos como contar o final do filme, somente que vale a pena assisti-lo.
Yentl foi a grande estreia de Barbra Streisand na direção de um filme, assumindo pela primeira vez também o papel de atriz, produtora e roteirista da adaptação.
Yentl recebeu quatro indicações ao Oscar e levou o de melhor roteiro adaptado e melhor canção original.


Barbra Streisand durante as gravações

O filme foi duramente criticado pelo escritor Isaac Singer, que teve seu roteiro rejeitado por Streisand para o filme.

Em um artigo para o The New York Times ele disse que quando leu o novo script e viu o filme entendeu que ela não poderia ter aceitado a sua versão, já que Yentl não ficava em cena do começo ao fim: “Devo dizer que a Srta. Streisand foi muito indulgente consigo mesma.

O resultado é que a Srta. Streisand esteve sempre presente, enquanto a pobre Yentl esteve ausente.” No filme, Streisand está presente em quase todas as cenas.

Outra crítica apontada por muitos especialistas foi a fraca caracterização de Yentl como homem. Eu, no entanto, acho o filme irretocável.

A obra também contou uma produção primorosa, recriando o leste Europeu do início do século XX e com uma imensa riqueza de detalhes.

Barbra contou em uma entrevista a Larry King que usou objetos originais de época para compor os cenários, emprestados pelos moradores.

Perfeccionista ao extremo, ela conseguiu criar uma obra que chama a atenção pela história, interpretação, música e visual.

Um filme emocionante.

A produção trata também sobre o amor, a amizade e o feminismo, movimento crescente na década de 80, tornando notório seu público alvo: mais um filme para inspirar as mulheres na busca por direitos iguais.

Além de tudo isso, temos as maravilhosas músicas de Michel Legrand, Alan Bergman e Marilyn Bergman e a voz de Barbra Streisand para interpretá-las.

“Papa Can You Hear Me?”, a inesquecível música de Yentl, é considerada a melhor interpretação na carreira de Streisand, quando ela conversa com o seu falecido pai.

É uma música linda e muito forte.


Flor do Deserto" e o forte relato da vida de Waris Dirie




Waris Dirie atuando como modelo


Flor do Deserto, filme baseado no livro bestseller de Waris Dirie de mesmo nome.

Na língua nativa da modelo da Somália Waris Dirie, que ficou em seguida conhecida no mundo todo como modelo, o seu próprio nome significa flor de deserto, que é também o nome deste filme.

O filme retrata a história verídica da supermodelo Waris Dirie.

Nascida na Somália em 1965, no seio de uma tribo em péssimas condições de vida, foi aos 13 anos de idade vendida pela família para casar com um homem de 60 anos.

Alegava sua mãe, mesmo sob a indignação da garota, que o tal homem havia oferecido um bom dinheiro por ela. Inconformada com este destino, ela foge da tribo e dos pais, mesmo deixando suas memórias e tradições.

Essa corajosa mulher atravessa inacreditavelmente todo o deserto somali durante vários dias, submetida a todos os sacrifícios de uma viagem desesperada, conseguindo chegar a cidade de Mogadíscio, onde sua avó a acolhe.

Ela, então, é enviada para Londres. Já na Inglaterra, foi faxineira na Embaixada da Somália.

Quando quase é deportada com passaporte vencido, casa com um zelador inglês para ter visto de permanência.

A linda modelo foi descoberta pelo famoso fotógrafo Terry Donaldson, enquanto trabalhava em uma lanchonete, que começa a produzi-la junto às agências de modelos.

A partir daí, sua vida muda radicalmente: ela se transforma numa modelo internacional, mudando totalmente a sua condição de vida pessoal.

No auge de sua carreira, ela revela ao mundo que fora vítima de excisão feminina aos três anos de idade, iniciando, então, uma luta contra esta tradição, tornando-se embaixadora da ONU.



Cena do filme "Flor do Deserto", 2009.


Livro que deu origem ao filme

O filme é uma autobiografia, que em 1998, se tornou um bestseller em todo o mundo.
Waris escreveu alguns livros sobre suas vivências.

Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas, a cada 11 segundos, uma criança sofre mutilação genital feminina em alguma parte do mundo.
São cerca de 3 milhões de mulheres em um ano.

Práticas efetuadas com facas, navalhas, vidros afiados, tesouras, um absurdo. Waristornou-se, com sua Fundação Waris Dirie, um nome na luta contra FGM (Female Genital Mutilation).

Olhado apenas como filme, ele tem limitações importantes na construção de alguns personagens, que parecem mal ambientados no enredo e que não agregam nada importante no contexto da narrativa.

No entanto, vale apenas conferir este filme, pelo relato forte daquela que se tornou uma das modelos mais conhecidas do universo da moda e, sobretudo, pelas cenas finais.

"A mutilação feminina não possui aspectos culturais, religiosos ou de tradição.
É um crime que precisa de justiça".

(Waris Dirie)

Para quem quiser conhecer mais sobre o trabalho da Fundação:
http://www.desertflowerfoundation.org/en/


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Advinhe quem vem para jantar", 1967

Spencer Tracy eKatherine Hepburn, que foi premiada com o Oscar por mais uma de suas atuações, estão inesquecíveis como os atônitos pais, num filme que se converteu num marco importante no cinema sobre as polêmicas de miscigenação racial no casamento na sociedade americana.

Joanna (Katherine Houghton), a bela filha de um editor liberal, Matthew Drayton (Tracy) e sua esposa aristocrata Cristina (Hepburn), retorna para casa com seu novo namorado John Prentice (Sidney Poitier), um ilustre médico negro.


A família da noiva reunida ao conhecer o namorado da filha.
Cena de "Advinhe quem vem para jantar".


Cristina aceita a decisão da filha de se casar com John, mas seu pai está chocado com essa união inter-racial; bem como os pais do médico.

Para acertar as coisas, ambas as famílias devem sentar-se frente a frente e examinar os seus níveis de intolerância.

Neste filme, o diretor Stanley Kramer criou um estudo dos preconceitos sociais.

Podia ser um filme comum como qualquer outro que tratou destas questões, mas, apesar disto, o filme chega numa época em que o tema era a pauta de discussão da sociedade estadunidense, extremamente dividida de opiniões em diferentes partes do país.


A família de Prentice também demonstra resistência a idéia do casamento inter-racial.
Cena de "Advinhe quem vem para jantar".

As grandes surpresas que este filme iria provocar foram diversas.

Logo no final das filmagens uma enorme comoção aconteceu pela morte de Spencer Tracy.

Na mesma época, o filme ganhou outro empurrão: Margaret Rusk, de 18 anos, se casa com Guy Smith, de 22 anos.

Rusk era branca, já Smith era negro e o pai dela nada mais era do que o Secretário dos Estados Unidos da América.

Ao tomar conhecimento disto, Dean Rusk vai ao Presidente Lyndon Johnson e diz preferir renunciar ao cargo para não expor o governo a uma vergonha desta, mas dizendo que acompanharia sua filha no altar.


Presidente John F. Kennedy com Dean Rusk, que era conhecido como o "Homem de Kennedy".

O casamento de Margaret Rusk e Smith aconteceu mesmo com esta surpresa da sociedade americana, e teve ampla repercussão, saindo na capa da revista Time.

O casamento levou a questão do matrimônio inter-racial ao centro da discussão da questão racial nos Estados Unidos, com os artigos e editoriais se concentrando na reflexão como e onde esses casais poderiam viver e o que as crianças mestiças seriam submetidas e obrigadas a suportar.


Capa da Revista Time com o casamento de Rusk e Smith, em 1967.


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My Fair Lady e os encantos de Audrey Hepburn

My Fair Lady, uma produção de 1964 que conta a história de Eliza Doolitle (interpretada por Audrey Hepburn), uma simples florista de rua que não sabe falar muito bem.
O intelectual professor de fonética Henry Higgins promete (e aposta com seu amigo Pickering), então, transformar a jovem moça em uma verdadeira dama da alta sociedade.


Cartaz de divulgação de My Fair Lady, 1964



Rex Harrisson (Higgins) e Wilfrid Hyde-White (Pickering) em cena em My Fair Lady.


A maravilhosa química entre Rex Harisson e Audrey Hepburn foi, inegavelmente, a responsável pelo sucesso do filme.
Este filme é de uma delicadeza e beleza ímpar.
Tudo é simplesmente perfeito e harmonioso.
Impossível não ser cativado pelos encantos da inocente Eliza Doolitle.


Audrey Hepburn como Eliza Doolitlle.


O papel, inicialmente, iria para Julie Andrews, que interpretava a florista no teatro em Londres.
No entanto, Andrews não tinha experiência no cinema.

Tecnicamente, My Fair Lady inovou pela cartela de cores que utilizou em absolutamente todas as cenas.
O filme tem uma combinação de cor impecável, como uma belíssima pintura contínua, sendo uma verdadeira obra de arte.

Além disso, o filme é maravilhoso em todas as suas músicas.

Ganhador de oito Oscars, incluindo melhor filme e direção.
My Fair Lady é um conto de fadas, um filme absolutamente leve, agradável e engraçado.

O filme, infelizmente, só tem um único defeito: três horas de duração são muito pouco!

Abaixo, vocês podem ver a encantadora cena que comentei (“I Could’ve Danced All Night”)

http://www.youtube.com/watch?v=7Ezy50aY6Bg


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Entre o céu e a terra", a incrível história de Le Ly Hayslip


 
Cartaz do Filme "Entre o Céu e a Terra", de 1993.


Têm filmes que são preciosos pela sua força e pelo valor de mensagens que transmitem.
Vale a pena você assistir este filme e conhecer a vida da escritora Phung Thi Lely Hayslip.
Filme precioso de conteúdo.
Várias passagens e diálogos neste filme são inesquecíveis.

A sinopse do filme é incrível.

Durante a guerra do Vietnã uma jovem vietnamita é torturada de todas as formas.
Ao fugir do seu vilarejo, emprega-se como babá em uma casa de família e acaba ficando grávida do dono da casa.
A patroa a expulsa.
Torna-se em seguida uma vendedora ambulante, chegando a se prostituir para criar seu primeiro filho.
Na sequência ela casa, mas fica viúva ainda muito nova.
Conhece, então, um sargento americano, com quem também se casa e vai morar na América, onde tudo lhe é estranho: cultura e, principalmente, religião.
É um mundo totalmente novo e perseguido pelas suas memórias antigas.
Na América, novos acontecimentos vão marcar sua vida, até converter-se numa escritora, que originou este filme.

Um primeiro diálogo marcante é quando ela se reaproxima ainda do seu pai, voltando para a sua aldeia onde fora criada, para confessar seus pecados: o fato de ser mãe solteira e redimir-se por ter sido sempre acusada de ser traidora de sua aldeia.

Ela diz ao pai:
“Eu sou somente uma vadia que pede pelas ruas e estou tão envergonhada”.

O pai responde:
“Não filha.
Você fez o melhor que podia.
Escute bem: Você nasceu para ser uma boa mãe e ser uma mulher maravilhosa e não uma assassina. Não pergunte o que é certo ou o que é errado, são perguntas sempre muito perigosas.
Só a bondade do seu coração é que é certa, o amor pelos seus antepassados e pela sua família.
Errado é o que se intrometer entre você e esse amor.
Volte para seu filho.
Eduque-o o melhor que você puder.
É essa a guerra que deve travar.
É essa a vitória que se ganha”.

Com um enredo muito bem estruturado e forte, esse filme do diretor Oliver Stone completava, na época, a trilogia sobre a Guerra do Vietnã: "Platoon" (1986); "Nascido em 4 de Julho" (1989) e "Entre o Céu e a Terra" (1993).
O filme é exatamente uma reprodução das duas obras autobiográficas de Phung Hayslip.


Le Ly Hayslip, que começou a escrever sobre a sua vida no Vietnã.
Através da escrita, ela encontrou uma fonte de desabafo e consolo.

Seu filho Jason a ajudava na digitação e na tradução de suas palavras para o inglês.

O final do filme ainda reserva a beleza da mensagem dessa forte mulher Phung, hoje uma empresária e escritora, e que ajudou a construir várias clínicas no Vietnã através da Fundação East Meets West:

“Eu estaria no sul, norte, leste, oeste, paz, guerra, Vietnã e América.
É o meu destino estar entre o Céu e a Terra.
Quando resistimos ao destino, nós sofremos.
Quando o aceitamos, somos felizes.
Temos tempo em abundância; a eternidade para repetir nossos erros.
E precisamos corrigir os erros, só uma vez, para ouvirmos a música da iluminação, com a qual podemos destruir a cadeia da vingança.
No coração se pode ouvi-la.
É a canção do espírito que canta desde o nascimento.
Se os monges estavam certos e tudo tem um motivo, então o valor e o dom do sofrimento é aproximar-nos de Deus, ensinando-nos a ser fortes quando somos fracos; corajosos quando temos medo; sábios em meio ao tumulto; sensatos no meio da confusão, e deixar o que não podemos mais reter.
Vitórias duradouras são ganhas no coração, não numa terra ou em outra.”

Esta frase grifada é mensagem e inspiração definitiva para qualquer pessoa.
Lindo ensinamento.


"Agora, porém, há milhões de outras pessoas pobres em todo o mundo - meninas, meninos, homens e mulheres - que vivem suas vidas da maneira que eu fiz, a fim de sobreviver.
Como eu, eles não pediram para as guerras que eles engoliram, eles pedem apenas para a paz, a liberdade de amar e viver uma vida plena e nada mais."

Le Ly Hayslip, sobre a abertura da Fundação East Meets West, que busca fornecer serviços para melhorar a qualidade de vida e saúde de populações atingidas por guerras.

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O filme Noir





Cena de "Ministry of Fear", 1944.


O film noir, embora alguns resistam a esta definição, é na verdade um estilo de cinema, muito associado a enredos policiais, sempre com personagens, no mínimo complicados, derivado dos romances de suspense da época da Grande Depressão (muitos filmes noir foram adaptados de romances policiais do período) e com um visual dos filmes de terror da década de 1930.

O aparecimento deste tipo de filmes deu-se principalmente na década de 40,tradicionalmente sempre filmados em preto e branco, ambientado com o efeito de grandes fotografias, de alto contraste, jogo de luzes, com raízes na cinematografia do expressionismo alemão.

São exatamente as décadas de 1940 e 1950 que representam, segundo os especialistas, o período clássico do film noir, com muitos indicando que esta temática é iniciada com o filme Stranger on the Trird Floor (1940) e encerrando-se em Touch of Evil (1958), de Orson Welles, tido como o último filme deste gênero.

Não são poucos os que entendem que o film noirnunca de fato acabou, apenas declinou a sua popularidade, para mais tarde ser vivido mesmo que fora do centro do seu período clássico.

Um traço muito comum do film noir sempre foi o fato de serem produções de baixíssimo orçamento, tradicionalmente sem contar com atores de grande porte, ou das grandes estrelas, com roteiristas e diretores bem mais livres da submissão das regras das grandes produções.

Contrariamente, os filmes dos grandes estúdios demandavam mensagens mais positivas.

O film noir ficou conhecido por estas características muito particulares, criando dramas inteligentes e austeros, sempre permeados por comportamentos de desconfiança, paranoia e cinismo, em ambientes realistas urbanos e utilizando-se de técnicas como narração confessional.

Os elementos temáticos são bem definidos deste tipo de cinema: o senso de fatalismo, a obsessão sexual/romântica, a corrupção social ou humanitária inerente, emboscadas, o niilismo.

Os filmes noirgeralmente são sempre enredados nestas histórias policias envolvendo gente muito desesperada disposta a fazer os fins justificarem os meios.

O herói ou o anti-herói destes filmes, de um modo geral, sempre tem um comportamento duvidoso.
Eles sempre acham que vão encontrar uma solução para situações extremas.

Os personagens dos filmes noir são sempre a Femme Fatale,os protagonistas moralmente ambíguos, alienados, personagens violentos ou corruptos.



Barbara Stanwyck em "Double Indemnity" de 1944, a loira fatal de um dos primeiros e mais famosos filmes noir.


Rita Hayworth em Gilda, de 1946

São os filmes na linha do grande Alfred Hitchcock, como Sombra de uma Dúvida, em que o personagem central é um criminoso que seduz e mata viúvas, ou Pacto Sinistro, valorizando sempre esses temas e tons sombrios.

Na sequência da própria história do cinema, alguns filmes até tentaram resgatar este ciclo e estilo de cinema, como no caso do filme Chinatown, produção estadunidense de 1974, do gênero policial, dirigido por Roman Polanski e estralado por Jack Nicholson e Faye Dunaway.



Livro "Film Noir", vale a pena a leitura.

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O ARTISTA




Cartaz de divulgação de "O Artista"


Grande ganhador do Oscar em 2012, o filme é perfeito, retratando uma época incrivelmente romântica do cinema.

Uma oportunidade de reviver o tempo de um cinema simples e grandioso, na sua melhor retratação. O filme reproduz a autêntica magia do cinema, revivendo cenas onde tudo aconteceu mesmo.

Imperdível para quem gosta de cinema.

O Artista é uma história singela de amor entre um ator decadente do cinema mudo e uma atriz iniciando seu sucesso, dois extremos exatamente na transição do cinema mudo para o som.

O personagem George é uma grande estrela: atua, dança, tem um simpático cachorro artista e era a maior estrela do seu estúdio.

É bonito, carismático, boa pinta, sucesso de bilheteria e cortejado por todos.

Por sua vez, Peppy Miler é uma atriz desconhecida, cheia de vida, extrovertida e que esbarra com George num evento da estreia de um dos seus filmes de sucesso, tudo por acaso.

No filme, estamos no início da sonoridade do cinema, mas George acredita pouco nestas novas tecnologias.

Ele se recusa acreditar que o cinema mudo vai ser superado, pois segundo ele as pessoas querem vê-lo e isto seria o suficiente para ir às telas.

Rejeitando estas mudanças, George vai decaindo e, contrariamente, Peppy vai subindo no novo ambiente.


Cena de "O Artista"

O filme vai demonstrar toda a obsolescência dos anos 30; são evidentes os efeitos da depressão de 1929, mas George é orgulhoso demais e prefere rejeitar essa nova linguagem.

Peppy se apaixona por ele; é uma história de amor.

O filme talvez tenha muitas metáforas, sobretudo a de que o mundo não pára, tudo se transforma mesmo.

No sentido mais íntimo do filme, talvez seja mesmo a própria Hollywood a principal personagem do filme.

A obra nos mostra essa magia da vida do cinema, sobretudo para quem cresceu vendo filmes.


Cena de "O Artista"

O cinema evoluiu muito rapidamente naquele ciclo.

As técnicas de filmagem foram se transformando, evoluindo dos comediantes do cinema mudo (como Buster Keaton, Charles Chaplin e Harold Loyd) para estágios inimagináveis.

No entanto, foi lá naquele tempo em que os grandes pioneiros construíram uma época que se chamou da "verdadeira gramática do cinema".

O compromisso daqueles gênios foi o de construir uma linguagem que pudesse emocionar a plateia: com muita imagem, mas tudo sem palavras.

Enfim, eles queriam contar uma história, criar entretenimento com todos os ingredientes possíveis: chorar, rir, emocionar, estimular o sonho nas pessoas. Tudo entre silêncios mágicos e emocionantes.

Foi em 1929, em “O Cantor de Jazz”, com Al Jolson, que se inaugurou essa revolução da era do cinema falado, puxando um vento de mudanças que transformou o cinema.

Abriram-se as portas para que todos pudessem dançar, falar, cantar e expressar todas as formas de linguagem e de imagem.

O microfone transformou a atuação de tudo.

Assim, aparece uma transformação curiosa: os grandes astros não mostravam suas vozes e, de repente, estas suas vozes nem sempre combinavam com sua aparência.

Muitos artistas tinham boa expressão visual na tela do cinema mudo, no entanto, o som de suas vozes não eram bons ou ajustados ao tipo da pessoa na tela que todo mundo acostumou-se a ver.

Muitos foram rejeitados.

O filme é genial por conter este clima mágico.

Michel Hazanavicius dirigiu um grande filme, recuperando a linguagem característica do cinema mudo, tendo feito um filme irretocável.

Tudo parece original no filme: o ritmo, os gestos, o movimento de câmera, a expressão e o vestuário. As locações estão perfeitas no filme, os artistas são ótimos e é tudo muito bem ambientado.

O personagem George, de alguma maneira, talvez seja uma homenagem (mesmo que não confessada) de Errol Flynn, Gene Kelley e Douglas Fairbanks.

Já a personagem de Peppy Miller lembra a expressão antiga de uma Carol Lombard, Joan Crawford, Mary Pickford ou mesmo de uma Clara Bow.

A piscadela do olho dela é típica do olhar antigo, com seu chapeuzinho lindo.

Quando vocês assistirem este filme, observem a cena em que ela entra no camarim dele, o então ídolo, e coloca a mão numa das mangas e finge que ele a abraça.

É para não esquecer nunca mais.

Qualquer palavra ali simplesmente poluiria a cena.

Além de toda essa delicadeza, música, muita música, tocando o tempo todo no fundo preto e branco mágico.


Inesquecível cena de "O Artista"


The Artist - Official Trailer [HD]
http://www.youtube.com/watch?v=OK7pfLlsUQM

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Carta de uma Desconhecida




Cartaz de Carta de uma Desconhecida.


Viena, início do século XX.

O famoso pianista Stephan Brand (interpretado por Louis Jourdan, galã que fez muito sucesso nos anos 40 e 50) se hospeda num hotel, onde recebe uma carta de uma mulher que lhe é desconhecida, aparentemente.

Ao lê-la, ele então relembra de Lisa, uma mulher com quem viveu, há alguns anos, uma linda e tumultuada história de amor.

Este filme tem considerável fama, de autoria do cultuadíssimo alemão Max Ophüls, durante sua passagem por Hollywood em 1948.

E, de fato, é tremendamente elegante o estilo da câmara de Ophüls.

Reconhecidamente, no entanto, a história é muito boba.

Mesmo assim, é um filme que vale a pena ser assistido para vermos a grande Joan Fontaine e principalmente prestar sempre atenção aos movimentos de câmara de Ophüls, que são fantásticos.


Cena de Joan Fontaine e Louis Jourdan.

Ele usa muito a grua (aquele guindaste que ergue e baixa a câmara) em belos planos gerais e de conjunto.

Neste aspecto, o filme é muito bom, mesmo que a história seja absurdamente tola.

Este filme tem ainda uma grande curiosidade: a história é de Stefan Zweig (1881-1942), escritor respeitadíssimo, quase tão cultuado nas letras quanto Max Ophüls (1902-1857) no cinema.

Zweig, um judeu austríaco de família rica, fugiu de seu país em 1934, logo após a ascensão de Hitler ao poder e morou junto com sua mulher em Petrópolis, na região serrana do Rio, horrorizado com a tragédia que acontecia na Europa.

A novela Carta de uma Desconhecida foi publicada em 1922.

Zweig ficou profundamente deprimido com o crescimento da intolerância e do autoritarismo na Europa e sem esperanças no futuro da humanidade, escreveu uma carta de despedida e suicidou-se com a mulher, Lotte, com uma dose fatal de barbitúricos.






Carta de despedida de Zweig.

"Antes de deixar a vida, de livre vontade e juízo perfeito, uma última obrigação me é imposta: agradecer profundamente a este maravilhoso país, o Brasil, que propiciou a mim e à minha obra tão boa e hospitaleira guarida.
A cada dia fui aprendendo a amar mais e mais este país, e em nenhum outro lugar eu poderia ter reconstruído por completo a minha vida, justo quando o mundo de minha própria língua acabou-se para mim e meu lar espiritual, a Europa, se auto-aniquila.
Mas depois dos sessenta anos precisa-se de forças descomunais para começar tudo de novo.
E as minhas se exauriram nestes longos anos de errância sem pátria.
Assim, achei melhor encerrar, no devido tempo e de cabeça erguida, uma vida que sempre teve no trabalho intelectual a mais pura alegria, e na liberdade pessoal, o bem mais precioso sobre a terra.

Saúdo a todos os meus amigos!
Que ainda possam ver a aurora após a longa noite!
Eu, demasiado impaciente, vou-me embora antes".

Stefan Zweig
Petrópolis, 22.11.1942


Outra curiosidade é que a expressão de que o Brasil é o país do futuro, é dele.

O seu livro “Brasil, País do Futuro”,de 1941, tornou-o conhecido no país, no qual o livro teve oito edições quase consecutivas.

A alcunha de País do Futuro, criada por Zweig, tornou-se uma marca para vários slogans no Brasil.


Capa do livro de Stefan Zweig.


 Fotografia de Zweig com Getúlio Vargas.



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Tempero da Vida",



Capa do DVD

Este filme é inesperadamente lindo, delicado nos mínimos detalhes, cheio de símbolos ligando a própria vida aos planetas, às estrelas, à comida bem preparada, aos temperos, aos aromas, à canela, às almôndegas e todo o enredo da sua temática está também regada por uma trilha musical de bom gosto ao fundo.

É uma história aparentemente simples:
Um menino cresce na cidade de Istambul conduzido pelas mãos de uma linda relação com seu avô, um filósofo carismático, sensível e ótimo cozinheiro, que transmite ao neto várias mensagens aplicáveis à vida e cultiva nele o gosto para a arte de cozinhar.


Cena do filme, quando o avô vai compartilhando seu amor pela cozinha para o neto.

O avô diz ao garoto que assim como uma boa comida precisa do sal e dos exatos condimentos, a vida reclama também por temperos e bons cuidados.

No filme, por causa da guerra, a família do garoto é deportada da Grécia e vai para a Turquia.

Assim, o garoto Fanis cresce longe de suas origens, guardando toda a memória carinhosa e mágica do avô, das lembranças de sua casa e da garotinha que amou durante toda a infância e com a qual, durante anos, continuou escrevendo cartões, perfumados com os condimentos da culinária.

Os anos se passam e Fanis Iakovidis agora é um conhecido professor de astrofísica na Grécia.

Com 40 anos de idade ele chega a um momento decisivo de sua vida e resolve voltar à Turquia.

Vai ver o avô morrendo, numa linda cena no hospital em que o velho já quase sem consciência apenas move os dedos para mostrar-lhe de novo como se temperava delicadamente a comida e a vida.

Ele ainda visita a sua casa da infância, o sótão onde foi criado com o avô e reencontra-se com seu grande e maior amor.

É um filme com todos os ingredientes e temperos.

Fala de todos os gostos da vida, doce ou ardente, da pimenta picante, do sal e, enfim, de idas e partidas.

Temos de tudo neste filme, tão cheio de símbolos: rupturas, promessas, separação, perda, reconfiguração familiar, lugares e comidas, presenças e ausências, família e amor.

O Tempero da Vida traz ainda alguns informes sobre a cultura turca e relaciona assim todos os temperos com o nosso dia-a-dia.

Há, acima de tudo, o conflito de identidade da família Iakovidis, no meio do caminho entre a cultura grega (na qual nasceram) e a cultura turca (que adotaram).

O choque - e uma possível coexistência de valores - aparece inclusive em termos religiosos: o pai de Fanis, a certa altura, tem a chance de permanecer na Turquia, desde que abandone a Igreja Ortodoxa e se converta ao Islamismo.

A direção de Tassos Boulmetis é perfeita, de extremo bom gosto na composição de todos os detalhes do filme. Fora da lista de filmes renomados, o filme é imperdível para quem gosta do bom cinema.

De alguma forma, o filme, em suas paisagens de mesas recobertas de pratos de comidas de dar água na boca, lembra-nos “A Festa de Babete”, com um íntimo jantar com sofisticados pratos preparados com prazer e saboreados como um brinde à amizade ou então à fábula “Chocolate”, onde a forasteira Juliette Binoche acrescenta condimentos afrodisíacos aos bombons de chocolate, estimulando a liberação do comportamento das pessoas.

Há também “Como Água para Chocolate”, onde emoções fortes e profundas emergem como erupções do coração.

Mesmo assim, o filme parece carregado de originalidade por estar num contexto de reflexões ainda mais aprofundadas sobre a própria vida.

Preste atenção desde o início ainda na delicada beleza da cena de abertura do filme.


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Os históricos desentendimentos de duas irmãs



Joan Fontaine e Olivia de Haviland, 1942


Curiosamente, Joan Fontaine e Olivia de Haviland são uma das poucas atrizes de Hollywood da década de 30 que ainda estão vivas.
Já perto dos 100 anos de idade, ainda lúcidas, e podemos dizer que passaram a vida toda como inimigas.

A fama de Olivia de Haviland veio principalmente pelas suas atuações em clássicos como As Aventuras de Robin Hood (1938) e o épico E o Vento Levou (1939), neste último tendo interpretado o papel da doce e maravilhosa Melanie Hamilton Wilkes, considerado o papel mais marcante de sua carreira.

A atriz interpretou a sensível personagem de forma magistral, nela tendo recebido a primeira de suas cinco nomeações para o Oscar.

Posteriormente, ainda foi indicada na categoria de melhor atriz principal pelos filmes A Porta de Ouro (1941), Só Resta Uma Lágrima (1946), Na Cova das Serpentes (1948) e Tarde Demais (1949), tendo vencido em 1947 e 1950, por Só resta uma lágrima e Tarde demais, respectivamente.



As irmãs durante a adolescência.

Segundo o biógrafo Charles Higham, as irmãs sempre tiveram uma relação muito difícil, começando ainda na infância, quando Olivia teria rasgado uma roupa de Joan, que a teria forçado a costurá-la novamente.

A rivalidade e o ressentimento entre as irmãs também, alegadamente, resultaria da percepção de Joanque Olivia seria a filha favorita de sua mãe.

Numa destas passagens curiosas da vida, as duas irmãs foram nomeadas para o Oscar de melhor atriz em 1942.

Fontaine foi indicada pela atuação no filmeSuspeita e De Havilland foi indicada pela atuação em A Porta de Ouro.

Fontaine foi quem acabou levando a estatueta.

O biógrafo Charles Higham descreveu os eventos da cerimônia de premiação, afirmando que Joan avançou empolgada para receber seu prêmio e claramente rejeitou as tentativas de Olivia cumprimentá-la.

Naturalmente, Olivia acabou se ofendendo com essa atitude.

Higham também afirmou que depois, Joan sentiu-se culpada pelo que ocorreu na cerimônia de entrega do prêmio.

Anos mais tarde, seria a vez de Olivia de Havilland ganhar o prêmio de melhor atriz, em 1947, por sua atuação no filme Só Resta Uma Lágrima.

Segundo o biógrafo, na cerimônia de premiação Joan fez um comentário sobre o então marido de Olivia, que ficou mais uma vez ofendida e não quis receber os cumprimentos de sua irmã.

A relação entre as irmãs continuou a deteriorar-se após outro incidente.

Em 1975 aconteceria algo que faria com que elas deixassem de se falar definitivamente.

Segundo Joan, Olivianão a teria convidado para um serviço memorial em homenagem a sua mãe, que havia morrido recentemente.

Mais tarde, Olivia afirmou que tentou comunicar a Joan, mas que ela se encontrava muito ocupada para atendê-la.

Quando Joan decidiu entrar na carreira de atriz, sua mãe Lilian teria dito para ela escolher outro sobrenome, pois sua irmã Olivia já estava usando o nome de família e que não poderiam existir duas De Haviland.

Charles Higham também diz queJoan tem um relacionamento distante com suas próprias filhas, talvez porque tenha descoberto que elas estavam mantendo um relacionamento secreto com a Tia Olivia.
Atribui-se a ela a seguinte frase:

“Minha irmã Olivia é uma mulher muito peculiar.
Quando éramos jovens, eu não tinha permissão para conversar com seus amigos.
Agora, eu não estou autorizada a falar com seus filhos e eles nem são permitidos para me ver.
Essa é a natureza da mulher.
Não me incomoda em nada”.


Joan Fontaine em sua casa com as filhas, em 1954.

Ainda hoje as irmãs se recusam a comentar publicamente sobre a sua rivalidade e relacionamento familiar, apesar de Fontaine ter comentado em uma entrevista que muitos boatos a respeito das irmãs surgiram dos "cães de publicidade" dos estúdios.

O que fica claro é que a causa dessa rivalidade vai muito além da profissional.

Conta-se que as verdadeiras raízes encontram-se mesmo nesse ciúme e na batalha das duas mulheres pelo amor de sua mãe, Lilian.

Olivia, a primogênita; Joan e a mãe Lilian Fontaine.


A família De Haviland em sua casa em Tóquio, onde as irmãs nasceram, antes de se mudarem para os Estados Unidos.
Na foto, a primogênita Olivia.


Olivia De Haviland na produção de Alice no País das Maravilhas, em 1933.

O resultado disso é que as duas praticamente não trocam uma palavra há mais de 35 anos e parece pouco provável que um dia irão se encontrar ou falar-se novamente.

A rivalidade se tornou a mais amarga e mais longa de Hollywood, uma fonte de perigo para ambas as famílias, de vergonha e decepção para amigos e colegas.


Olivia de Haviland e Joan Fontaine

Joan, quatro vezes casada e divorciada, mora atualmente com seus cachorros em sua casa na Califórnia.

Olivia, duas vezes divorciada, vive em uma casa em Paris.

Entrevistada em certa ocasião recente, respondeu à uma pergunta sobre uma possível reconciliação com a irmã.

Com um sorriso simples, soltou a frase: "Melhor não".


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