quinta-feira, 22 de agosto de 2013

A LISTA DE SCHINDLER




Cartaz do filme A Lista de Schindler, 1993.


Simplesmente imperdível.

Este é um dos filmes que, seguramente, ficou na história do cinema e na mémoria de toda pessoa que o viu.

Em 2007, o American Film Institute elegeu A Lista de Schindler como o oitavo melhor filme americano da história.

É também considerado pela crítica especializada como um dos melhores filmes já produzidos e diga-se de passagem que o filme é verdadeiramente perfeito, irretocável em toda a sua concepção, mesmo que em seu conteúdo tenham cenas tão doloridas do holocausto.

Merecidamente, este filme foi um verdadeiro sucesso de bilheteria; recebendo sete Oscars, incluindo melhor filme e diretor, sete BAFTAs e três Golden Globes.

O filme tem ainda uma singularidade que nao dá para esquecer: foi filmado todo em preto e branco, para criar um efeito sombrio e ambientar-se à história retratada.


SINOPSE:

Ele nos conta a história de Oskar Schindler, um empresário alemão que salvou a vida de mais de mil e duzentos judeus durante o Holocausto ao empregá-los em sua fábrica.

O filme foi dirigido por Steven Spielberg e escrito por Steven Zaillian, baseado no romance Schindler's Ark, escrito por Thomas Keneally.

É estrelado por Liam Neeson como Schindler, Ben Kingsley como o contador judeu de Schindler Itzhak Stern e Ralph Fiennes como o oficial da SS.


Cena do filme com Liam Neeson e Ben Kingsley, quando Schindler e seu contador redigem uma das listas.


Cena do filme com Liam Neeson e Ben Kingsley, quando Schindler, sua esposa e seu contador judeu caminham pela fábrica.


Schindler tornou-se membro do Partido Nazista em 1938. No início da Segunda Guerra Mundial, mudou-se para a Polônia com um único objetivo: ganhar dinheiro aproveitando-se da situação da guerra.

No entanto, ao enxergar a dor dos judeus ele jogou a sua fortuna fora para salvar judeus.

Em Cracóvia, ele abre uma fábrica de armas esmaltadas, onde passa a empregar trabalhadores judeus. A origem destes trabalhadores era do Gueto de Cracóvia, local onde as pessoas começaram a ser divididas.

Em março de 1943, o gueto foi ativado e os moradores que não foram para o local, foram enviados para o campo de concentração de Plaszow.

Os operários de Schindler trabalhavam o dia todo em sua fábrica e à noite voltavam para Plaszow.

Quando, em 1944, os administradores de Plaszow receberam ordens de desativar o campo, devido ao avanço das tropas russas (o que significava mandar os seus habitantes para outros campos de concentração onde seriam mortos), Oskar Schindler convenceu-os através de suborno que necessitava desses operários "especializados" e é assim que se cria a famosa Lista de Schindler.

Os judeus integrantes desta lista foram transferidos para a sua cidade natal de Zwittau-Brinnlitz, onde Schindler colocou-os em uma nova fábrica adquirida por ele.


Treze páginas da lista de Schindler, encontradas em meio às anotações de pesquisa de Thomas Keneally em uma biblioteca na Austrália.

A lista, datada de 18.04.1945, salvou 801 judeus nos dias finais da Segunda Guerra Mundial.

Ao término da guerra, 1.200 judeus entre homens, mulheres e crianças foram salvos.

Nos últimos dias da guerra, antes da entrada do exército russo na Morávia, Schindler conseguiu ir para a Alemanha, em território controlado pelos Aliados.

Ele livrou-se de ser preso devido aos depoimentos dos judeus a quem ajudara.

Passada a guerra, ele e a esposa Emilie foram agraciados com uma pensão vitalícia do governo de Israel em agradecimento aos seus atos humanitários.

O seu nome foi inscrito, junto a uma árvore plantada no centro da cidade por ele, na Avenida dos Justos entre as Nações do Museu do Holocausto em Jerusalém, ao lado do nome de outras cem personalidades não-judias que ajudaram os judeus durante o Holocausto.

Durante a guerra, Schindler tornou-se próspero, mas gastou o seu dinheiro com a ajuda prestada aos judeus que salvou e com empreendimentos que não deram certo após o término da guerra.

Viveu na Alemanha e morreu pobre num hospital com 66 anos de idade.
Católico, mas não praticante, foi enterrado no cemitério cristão no Monte Sião, em Jerusalém, com honras de herói.


Memorial de Oskar Schindler em sua cidade natal de Svitavy, na República Tcheca.


Schindler (com chapéu na mão) e um grupo de judias salvas por suas listas, em 1946.


"Ele que salva uma única alma, salva todo o mundo"
A inscrição judia em um anel presenteado a Schindler pelos judeus de Brunnlitz.

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