segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Meteorito atinge Rússia e deixa mais de 1000 feridos

  

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O meteorito explodiu sobre Chelyabinsk, na Rússia, uma cidade industrial 1.500 km a leste de Moscou, ferindo mais de 500 pessoas.
 
Atualização: Segundo autoridades russas o número de feridos é de mil pessoas, 200 delas crianças.

O meteorito cruzou o céu e explodiu sobre o centro do país na manhã de hoje, sexta-feira, 15, enviando bolas de fogo para a Terra, estilhaçando janelas e danificando prédios.

As pessoas de Chelyabinsk relataram ouvir o que soou como uma detonação, ver uma luz brilhante e sentir uma onda de choque.

A bola de fogo ardeu no horizonte deixando um longo rastro branco que pode ser visto até 200 km de distância, em Yekaterinburg.

Alarmes de carro dispararam e redes de telefonia móvel foram interrompidas.

Um muro foi danificado na Usina de Zinco de Chelyabinsk, mas uma porta-voz disse que não há ameaça ambiental.

“Eu estava dirigindo para o trabalho, estava bastante escuro, e, de repente, tornou-se tão brilhante como se fosse dia”, contou Viktor Prokofiev, 36 anos, residente de Yekaterinburg.

“Houve literalmente três ou quatro segundos de luz brilhante, então voltou ao normal.
Enquanto eu podia ver do carro, esta trilha apareceu.

Então, quando eu estava dirigindo, a explosão ocorreu”, disse outro morador de Chelyabinsk, Vasily Rozhko.

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Nenhuma fatalidade foi relatada por enquanto, mas o presidente Vladimir Putin e o primeiro-ministro Dmitry Medvedev já foram informados.

Aulas foram canceladas e estabelecimentos fechados, especialmente porque a onda de choque explodiu janelas em meio a temperaturas tão baixas quanto menos 18 graus Celsius.

O Ministério de Emergências da Rússia disse que 514 pessoas haviam procurado ajuda médica, principalmente para ferimentos leves causados pelo vidro estilhaçado, e que 112 delas foram mantidas no hospital.

O jornal Russia Today publicou há pouco tempo que 725 ficaram feridos, 159 das quais crianças.

Além disso, 297 edifícios foram danificados, e outros 450 edifícios ficaram sem gás porque as instalações na cidade também foram danificadas.

20.000 ajudantes foram convocados para atender os necessitados de cuidados médicos.
Grupos de pesquisa foram criados para procurar os restos do meteorito.

Especulações

Uma autoridade do ministério local disse que tais incidentes eram extremamente raros e esse evento pode estar ligado a um asteroide do tamanho de uma piscina olímpica que deverá passar pela Terra a uma distância de 27.520 km, mas isso não foi confirmado.

Segundo a agência espacial russa Roscosmos, o meteorito estava viajando a uma velocidade de 30 km por segundo, e tais eventos são difíceis de prever.

O Ministério do Interior russo disse que a explosão do meteorito causou um boom sônico.

“Nunca houve nenhum caso de meteoritos quebrando em um nível tão baixo sobre a Rússia”, disse Yuri Burenko, chefe do Ministério de Emergências em Chelyabinsk.

Parece que a explosão ocorreu a cerca de 10 km de altitude.

O meteoro “era muito um objeto grande, com uma massa de várias dezenas de toneladas”, estimou Sergei Smirnov, astrônomo russo do observatório de Pulkovo.

Embora tais eventos sejam raros, um meteorito é pensado para ter devastado uma área de mais de 2.000 km² na Sibéria em 1908, quebrando janelas tão longe quanto 200 km a partir do ponto de impacto.

O Ministério de Emergências descreveu os eventos de sexta-feira como uma “chuva de meteoros em forma de bolas de fogo” e disse que os níveis de radiação de fundo eram normais, pedindo que os moradores não entrassem em pânico.

As autoridades da cidade de Chelyabinsk pediram que as pessoas ficassem em casa, a menos que precisassem pegar seus filhos em escolas e creches.

A agência espacial dos EUA, NASA, disse que um asteroide conhecido como 2012 DA14, de cerca de 46 metros de diâmetro, teria um encontro com a Terra mais próximo do que qualquer asteroide no dia de hoje, de acordo com os dados que cientistas começaram a monitorar rotineiramente, cerca de 15 anos atrás.
Ele voa próximo a Terra cada 40 anos, mas só atinge o nosso planeta uma vez a cada 1.200 anos. Satélites meteorológicos, televisão e comunicações voam cerca de 800 quilômetros mais alto.
A lua está 14 vezes mais longe.
[Reuters, SpaceDaily, RussiaToday]






Natasha Romanzoti

http://hypescience.com

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