quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Passe Fluídico



Definição


Indiscutivelmente não prescindimos do coração nobre e da mente pura no exercício do amor, da humildade e da fé
viva, para que os raios do poder divino encontrem acesso e passagem por nós, em benefício dos outros.

Para a sustentação de um serviço metódico de cura, isso é indispensável (Áulus).
O passe é uma transfusão de energias psíquicas e espirituais; isto é, a passagem de um para outro indivíduo de uma certa quantidade de energias fluídicas vitais (psíquicas) ou espirituais, propriamente ditas.
Há pessoas que têm capacidade de maior absorção e armazenamento dessas energias que emanam do Fluido Cósmico Universal e da própria intimidade do Espírito.

Tal requisito as coloca em condições de transmitirem esse potencial de energias a outras criaturas, que eventualmente estejam necessitando.
 
 
A aglutinação dessa força se faz automaticamente e, também, atendendo aos apelos do passista pela prece que, municiado essa carga, a transmite através da imposição das mãos sobre a cabeça do paciente com discretos movimentos, sem a necessidade de tocar-lhe o corpo, porque a força se projeta de uma para outra aura, estabelecendo uma verdadeira ponte de ligação.

O fluxo energético se mantém e se projeta às custas da vontade do passista, como também de entidades espirituais desencarnadas que o auxiliam na composição dos fluidos, não havendo, portanto, necessidade de incorporação mediúnica.
 
O médium age somente sob a influência da entidade e, por isso, não precisa falar, aconselhar ou transmitir mensagens simultaneamente ao passe.

As forças fluídicas vitais (psíquicas) dependem do estado de saúde do médium e as espirituais do seu grau de desenvolvimento moral.
Assim é que o médium passista deverá estar, o mais possível, em perfeito equilíbrio orgânico e moral.

2. Concentração

“Os fluidos salutares decorrentes da oração e do amor fraterno de todos nós, anestesiar-lhes-ão os centros psíquicos, de alguma forma atenuando a aflição que a golpeia continuamente.
O Senhor não deseja a punição do
infrator, mas a sua reeducação com vitória sobre a infração”. (Bezerra de Menezes).
É a convergência de pensamentos para um determinado fim.
A convergência pressupõe a eliminação de todos os pensamentos que não sejam convenientes aos fins desejados.
A abstração ou esquecimento dos problemas comuns que perturbam a nossa vida íntima, deve ser exercitada.

 
A reunião depende em muito do ambiente formado por todos os componentes do grupo.
Através do exercício dos bons pensamentos e da elevação dos sentimentos, o ambiente se satura de elementos espirituais (fluídicos) que favorecem o intercâmbio.
Sem o preparo devido que deve começar desde a manhã, evitando-se emoções violentas, atritos, desequilíbrios físicos e espirituais; sem o bom hábito de leituras sadias e o exercício dos bons sentimentos, dificilmente a pessoa, durante a sessão, terá tranqüilidade suficiente para se dedicar tão somente aos fins elevados da sessão.


3. Objetivos do Passe

E insistentemente lhe explica:
Minha filhinha está à morrer; vem, impõe as mãos sobre ela, para que seja salva, e viverá.
Jesus foi com ele.

3.1 Quanto ao Paciente

O passe espírita objetiva o reequilíbrio orgânico (físico), psíquico, perispiritual e espiritual do paciente. Chega-se fácil a esta conclusão pela observação de que:

- Quando um paciente procura o passe, ele busca, com certeza, melhora para o seu comportamento orgânico, psíquico e/ou espiritual, o que já representa uma afirmativa desse objetivo;
- Quando os médiuns sentem-se “doando energias” e, por vezes, se fatigam após as sessões de passes, deixam claros indícios de que houve “transferências fluídicas” em benefício do paciente;
- Na comprovação das melhoras ou curas dos pacientes, novamente se confirma a tese;
- No estudo dos mais variados tratados e obras sobre o assunto, não há quem discorde desse objetivo;
- E tantas outras evidências existem que não sobra margem para questionamentos.


 
Não se deve, porém, confundir o objetivo do passe com o seu alcance.
Erroneamente, é comum se deduzir do fato de alguém não ter sido curado num determinado tratamento fluidoterápico, este deixa de ter sua objetividade definida.

Tal raciocínio equivaleria a se condenar a Medicina, tomando como base os casos que não tiveram solução possível, ou se acusar um médico pelo fato de um paciente não responder a certos medicamentos.

O passe, como os medicamentos, tem seus objetivos bem definidos, ainda que, por circunstâncias a serem vista mais adiante, nem sempre sejam alcançados satisfatoriamente. Isso, entretanto, não os descaracterizam.

Angel Aguarod, em sua obra Grandes e Pequenos Problemas, cap. 9, item III, p. 208 e 209, nos lembra que O Magnetismo em certos estados de origem psíquica e espiritual, basta e, para certos indivíduos, é o melhor agente curativo.

Tanto o magnetismo humano como o espiritual.

É bem verdade que esta citação não contemplou os problemas orgânicos em suas palavras, mas isso não torna menos digna a nota.

Entretanto, quando o autor se refere ao magnetismo humano e espiritual, deixa claro que seu entendimento reconhece a ação do magnetizador comum e daquele que atua com o auxílio dos Espíritos, sem igualmente deixar de lado a ação fluídica apenas por conta dos Espíritos.

Para reforçar que os objetivos alcançam as áreas das influências Espirituais, eis a palavra de Kardec: “Às vezes, o que falta ao obsidiado é força fluídica suficiente; nesse caso, a ação magnética de um bom magnetizador lhe pode ser de grande proveito”.

Fica definido, desta forma, que o primeiro objetivo do passe é, para a pessoa ou para o Espírito que carece e procura esse notável “agente de cura”, o socorro que lhe proporciona o reequilíbrio orgânico, psíquico, perispiritual e espiritual.
 


 Referências Bibliográficas: Angel Aguarod, Grandes e pequenos problemas, Cap. 9
Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, Cap. 23
Francisco Cândido Xavier, Segue-me, p. 100
 
 

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