segunda-feira, 26 de novembro de 2012

As mudanças climaticas: Nº de desastres climaticos triplicou desde 1980

 
 
 
Para realizar a análise, a Oxfam considerou a definição de desastre como um evento em que 10 pessoas são mortas e 100 são afetadas ou ainda um evento que faz com que um governo declare estado de emergência ou solicite ajuda humanitária emergencial.
Segundo o estudo, nos últimos 30 anos, a população de países propensos a sofrerem desastres cresceu, o que significa que mais pessoas estão vulneráveis a estes acontecimentos.

 
 
O número de desastres naturais registrados por ano nos países mais pobres do mundo mais que triplicou desde 1980, de acordo com um estudo da organização humanitária britânica Oxfam.
 

 
As enchentes no Paquistão devastaram o país.
 
Segundo a organização, a média de desastres anuais passou de 133 há três décadas para 350 nos últimos anos, tendo em vista dados coletados em 140 países.
A análise concluiu que enquanto a ocorrência de desastres relacionados a eventos geofísicos – como terremotos, furacões e erupções vulcânicas – permaneceu praticamente constante, as catástrofes provocadas por enchentes e tempestades cresceram significativamente.
O resultado se deve principalmente ao aumento dramático do número de enchentes em todas as regiões do planeta e, em menor grau, à ocorrência de mais tempestades na África e nas Américas do Sul e Central.
 
 
A Austrália foi um dos países mais castigados com catástrofes durante todo o ano de 2011, afetando grandes regiões produtoras de alimentos, e que esta se repetindo em 2012, novamente com vastas áreas agricultáveis sendo inundadas.
Steve Jennings, autor do estudo, acredita que uma das razões desse crescimento seja o impacto das mudanças climáticas.
“Desastres ligados ao clima estão se tornando cada vez mais comuns e a situação deve se agravar no futuro, à medida que as mudanças climáticas intensificam ainda mais as catástrofes naturais”, afirmou.
 
 
O Terremoto de 9 graus seguido de Tsunami devastou uma parte do Japão em março de 2011.
 
“Mas é preciso deixar claro que não há nada de natural no fato de as pessoas pobres estarem na linha de frente das mudanças climáticas.
Pobreza, má administração, investimentos precários em prevenção de desastres – tudo isso as deixa mais vulneráveis”.
 
Ajuda humanitária:
Para realizar a análise, a Oxfam considerou a definição de desastre como um evento em que 10 pessoas são mortas e 100 são afetadas ou ainda um evento que faz com que um governo declare estado de emergência ou solicite ajuda humanitária emergencial.
Segundo o estudo, nos últimos 30 anos, a população de países propensos a sofrerem desastres cresceu, o que significa que mais pessoas estão vulneráveis a estes acontecimentos.
 
Foto de satélite do devastador furacão IRENE atinguindo a costa da FLÓRIDA e chegando ao Canadá em agosto de 2011.
 
No entanto, a organização deixa claro que o aumento populacional interfere na tendência de crescimento dos desastres, mas não o explica completamente.
Da mesma maneira, o estudo leva em conta que a melhoria dos métodos de registro destas catástrofes climáticas também influenciam os resultados.
Um estudo da Oxfam feito em 2009 concluiu que em um ano típico, 250 milhões de pessoas eram afetadas por desastres naturais.
A ONG estima que esse número deve subir para 375 milhões em 2015.
“O futuro será trágico para milhões de pessoas em países pobres, se não houver uma mudança drástica na maneira de se responder a esses desastres e se não houver progresso na redução da pobreza e na maneira de se lidar com as mudanças climáticas”, diz Jennings.
© 2012
 
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