sábado, 1 de setembro de 2012

Carentes

 

 
Que a minha carência não me cegue.

Que os meus desejos não turvem a mente.

Que eu seja capaz de pensar e pesar; prós e contras, oque me favorece, e aquilo que só me atrapalha.

Muitos andam por ai com o coração exposto.

Parecem pedintes de amor e misericórdia.

Fugitivos da solidão, carentes de emoção.

Querem pouco, querem atenção.

Almas aflitas em busca de amparo.

Vivemos um tempo de muitos amigos virtuais, mas poucos ombros para encostar e desabafar.

Muitos lêem o que twittamos.

Muitos "curtem" no facebook.

Seguem curiosos no Orkut.

Mas poucos são aqueles que batem em nossa porta, entram, sentam no sofá da sala e nos ouvem com atenção.

Raros aqueles que podemos abrir a alma, soltar esse grito que anda preso na garganta, essa ausência que tanto maltrata.

Felizes os que não tem tempo nem para twittar, namorando no parque sem conexão.

Conectados com a Natureza, com o amor real.

Não se iluda com o que te apresentam pelo teclado.

Não caia na cilada do coração carente.

Visite, converse, saia, seja coerente.

A vida pede envolvimento.

O amor pede conhecimento.

Que a carência não te cegue!

Que os seus desejos não turvem a sua mente.

Que você possa sair, encontrar o amor e vive-lo intensamente.

Para dizer depois, ainda que tenha terminado de forma besta:

- Eu me dediquei ao amor que brotou em mim.

Eu sei amar!

Paulo Roberto Gaefke

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