domingo, 4 de dezembro de 2011

CABALA, CASAMENTO E AMOR



O amor, segundo a Cabalá, é medido pelo que queremos fazer por outra pessoa – quão disponíveis somos, quanto de nós estamos dispostos a dar e a sacrificar.

O casamento significa abrir espaço dentro de si próprio para deixar o outro entrar.

Mas quando a pessoa ama a si mesmo em demasia – quando ela deseja estar apenas consigo mesma – ela não pode esperar que seu casamento dê certo.

É o amor o que abre espaço para o outro ser parte de nossa vida.

O verdadeiro amor não é egoísta; pelo contrário, ele se manifesta quando a pessoa se esquece de si – esquece aquilo que quer ou que a incomoda – e pensa no outro.

Mas isso também significa que o amor pode ser perigoso e destrutivo.

Em um casamento feliz, não pode haver uma situação onde um difere do outro.

Há que haver reciprocidade, e mais, é preciso amar o outro no mínimo tanto quanto a pessoa ama a si própria.

Os sábios ensinavam que o amor significa não poder viver sem o seu amado.
É uma alma completando a outra.

Na verdade, é a mesma alma em dois corpos diferentes que se unem sob uma única cobertura.

De acordo com a mística judaica o primeiro ser humano foi inicialmente criado metade homem e metade mulher.

Isto significa que um homem não é completo sem uma mulher, nem ela é completa sem o homem.

Os seres humanos procuram o amor e o casamento não nos sentimos inteiros quando sozinhos.

É nosso cônjuge quem completa a imagem Divina que reside dentro de nós.

Casar-se significa unir-se à nossa metade que reside em um corpo diferente.

O casamento é a reconexão de duas partes em um todo, e, assim sendo, é a cura para muitas feridas.

Em hebraico, a palavra para homem é “Ish”, que contém a letra Yud; e a palavra mulher, “Ishá”, contém a letraHei.

Ambas formam um dos Nomes de D’us.

Isto nos ensina que quando um homem e uma mulher vivem juntos com amor e harmonia e respeito, D’us habita junto a eles.



Fraternalmente,
Rafael Chiconeli

http://eternooriente.blogspot.com

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