quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Ame e Manifeste esse Amor





Monja Coen


Pense em alguém que você gosta muito.

Do passado, do presente ou do futuro.

Pode ser um bichinho, um brinquedo, uma pessoa, uma criança, uma situação agradável.

Pense e sinta.

Sinta esse amor, agora, aqui, em você.

Conecte-se com esse amor que habita em você.

Comece a incluir nessa amorosidade todas as pessoas que estão próximas a você.

Vá expandindo sua capacidade de amar.

Inclua todas as pessoas que você conhece.

Agora inclua as que você não conhece.

Inclua pessoas próximas e distantes.

Inclua pessoas que você jamais viu.

Os povos africanos, asiáticos, australianos...

Os povos e tribos de toda a terra.

Inclua em seu amor todo o planeta, com árvores e insetos, flores e pássaros.

Mares, rios e oceanos.

Inclua a vegetação da Amazônia e da Patagônia.

Inclua o Mar Morto e o Deserto do Saara...

Não deixe o Pequeno Príncipe de fora.

Inclua os Lusíadas, a Odisséia, Kojiki...

Inclua toda a literatura mundial, um pouco de Machado de Assis, Eça de Queiroz, Shakespeare, um tanto de Saragosa , uma gota de Jorge Amado, banhado por Herman Hesse e Amon Oz...

Inclua todas as religiões.

Como se não houvesse dentro nem fora.

Imagine como John Lennon, que o mundo é um só.

O mundo é único.

O mundo, o universo, o pluriverso é um só.

Nós somos unas e unos com o Uno.

Perceba.

Isto que digo é a verdade.

E só há esse caminho.

Inúmeras analogias, linguagens éticas, expressões regionais e temporais para tentar atingir o atemporal, o fluir incessante, incandescente, brilhante, da vida em movimento, o transformador.

Somos a vida da Terra.

Somos a vida do Universo.

Somos a vida do Multiverso.

E quando nossos pequeninos corações humanos se tornam capazes de ir além deste saquinho de pele que chamamos o eu, então contatamos com a essência da vida.

Que é a nossa própria essência

E de tudo que é, assim como é.

Algum nome?

Nenhum nome?

Caminhemos.

Tornemo-nos o caminho a cada passo.

Que cada passo seja um passo de paz.

Que todo ano se abra com a abertura dos corações-mentes de todos nós seres humanos.

Abertura para o infinito.

Abertura para a imensidão.

Abertura para a ternura.

Abertura para a sabedoria.

Abertura para compaixão.

Que todos os seres em todas as esferas e todos os tempos se beneficiem com esse amor imenso que, aqui e agora, juntas e juntos, nos tornamos.

E ao nos tornarmos Amor tudo se torna vida e vida em abundância.

Ame e manifeste esse amor agora.
Serviço: Nem preciso dizer quem é a Monja Coen, não é?

Talvez vocês não saibam que ela foi jornalista.

E, curiosamente, quando ela trabalhava no Jornal da Tarde, muitos anos atrás, eu trabalhava no Estado de S. Paulo (redações eram uma ao lado da outra).

Só que vim a conhecê-la muitos anos depois, já como Monja.

Vejam o seu site www.monjacoen.com.br, que tem muita coisa interessante.

E, podendo, participe de suas palestras, cursos e da Meditação Andando, que acontece no 3º domingo do mês no Parque da Água Branca.





Ser Zen
Por Monja Cohen

Ser Zen não é ficar numa boa o tempo todo,
de papo para o ar, achando tudo lindo sem fazer nada.
Ser zen é ser ativo.
É estar forte e decidido.
E caminhar com leveza, mas com certeza.
É auxiliar a quem precisa, no que precisa e não no que se idealiza.

Ser zen é ser simples.
Da simplicidade dos santos e dos sábios.
Que não precisam de nada.
Nada mais que o necessário.
Para o encontro, a comida, a cama, a diversão, o trabalho.

Ser zen é fluir com o fluir da vida.
Sem drama, sem complicação.
Na hora de comer come comendo, sem ver televisão, sem falar desnecessário.
Sente o sabor do alimento, a textura, o condimento
Sente a ternura (ou não) da mão que plantou e colheu, da terra que recebeu e alimentou, do sol que deu energia, da água que molhou, de todos os elementos que tornam possível um pequeno prato de comida à nossa frente.

Sente gratidão, não desperdiça.
Comer com alegria.
Para satisfazer a fome de todos os famintos.
Beber para satisfazer a sede de todos os sedentos.
Agradecendo e se lembrando de onde vem e para onde vai.

A chuva, o sol, o vento, o guarda, o policial, o bandido, o açougueiro, o juiz, a feiticeira, o padre, a arrumadeira, o bancário e o banqueiro, o servente e o garçom, a médica e o doutor, o enfermeiro e o doente, a doença e a saúde, a vida e a morte, a imensidão e o nada, o vazio e o cheio, o tudo e cada parte.

Ser zen é ser livre e saber os seus limites.
Ser zen é servir, é cuidar, é respeitar, compartilhar.
Ser zen é hospitalidade, é ternura, é acolhida.

Ser zen é o kyosaku - bastão de madeira sábia, que acorda sem ferir, que lembra deste momento, dos pés no chão como indígenas, sentindo a Terra-Mãe sustentando nossos sonhos, nossas fantasias, nossas dores, nossas alegrias.

Ser zen é morrer.
Morrer para a dualidade, para o falso, a mentira, a iniqüidade.

Ser zen é renascer a cada instante.
Na flor, na semente, na barata, no bicho do livro na estante.
Ser zen é jamais esquecer de um gesto, de um olhar, de um
carinho trocado no presente-futuro-­passado.

Ser zen é não carregar rancores, ódios, cismas nem terrores.
Ser zen é trocar pneu, as mãos sujas de graxa.
Ser zen é ser pedreiro, fazendo e refazendo casas.
Ser zen é ser simplesmente quem somos e nada mais.

É ser a respiração que respira em cada ação.
É fazer meditação, sentar-se para uma parede, olhar para si mesmo.
Encontrar suas várias faces, seus sorrisos, suas dores.
É entregar-se ao desconhecido aspecto do vazio.

Não ter medo do medo.
Não se fazer ou, se o fizer, assim o perceber e voltar.
Ser zen é voltar para o não-saber, pois não sabemos quase nada.
Não sabemos o começo, nem o meio, muito menos o fim.
E tudo tem começo, meio e fim.

Ser zen é estar envolvido nos problemas da cidade, da rua, da comunidade.
É oferecer soluções, ter criatividade, sorrir dos erros, se desculpar e sempre procurar melhorar.

Ser zen é estar presente.
Aqui, neste mesmo lugar.
Respirando simplesmente, observando os pensamentos, memórias, aborrecimentos, alegrias e esperanças.

Quando?
Agora, neste instante.
É estar bem aqui onde quando se fala já se foi.
Tempo girando, correndo, passando, e nós passando com ele.

Sem separação.
Ser zen é Ser Tempo.
Ser zen é Ser Existência.

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