quarta-feira, 9 de junho de 2010

Como descobrir e resolver problemas de visão dos cães

Os peludos precisam de atenção quanto a problemas visuais que possam apresentar; sejam incômodos passageiros, como pequenas sujeiras, doenças como catarata e glaucoma, além da diminuição normal da acuidade visual com a idade, bem como de prevenção e remédio para tudo isso.

Como sabemos, os sentidos da audição e do olfato dos caninos são proverbialmente muito mais desenvolvidos que nos humanos.
Mas na visão eles perdem – em termos.
Para começar, eles só abrem os olhos com dez dias a duas semanas de vida, tempo necessário para seus olhos se formarem totalmente.


No primeiro ano de vida enxergam mal, e por toda a vida veem apenas algumas cores (neste espaço já demolimos o mito de eles verem somente em preto-e-branco).

Mas, para compensar, eles têm visão noturna melhor que os humanos, pois sua retina é dividida em duas partes, uma escura e uma colorida, que refletem a luz – herança de quando os caninos surgiram no planeta, bem antes dos humanos, quando não existia iluminação artificial e os peludos precisavam ter boa visão à noite ou através de vegetação espessa.

Os cães dispõem também de uma terceira pálpebra interna, que encobre o olho e ajuda a recolher luminosidade do ambiente.
Além disso, têm campo de visão (200 a 270 graus) mais amplo que os humanos (160 graus), podendo inclusive detectar movimentação por trás deles.
E percebem melhor o movimento.
Mamãe Natureza sempre trabalha bem; afinal, em ambientes pouco iluminados, nem faz muita falta distinguir cores – do mesmo modo que formas de vida residentes em grandes profundidades marinhas nem têm olhos; não havendo luz, nem precisam deles.



As semelhanças com os humanos incluem a possiblidade de miopia e riscos de conjuntivite, glaucoma e catarata, esta podendo ser causada por diabetes.

O cão com problemas visuais merece ser tratado não só pelo incômodo dele próprio, mas também pelo perigo que pode representar para pessoas ou outros animais; ao sentir que não consegue ver tão bem como antes, o canino tende a ficar medroso e, portanto, demonstrar a famosa “coragem nascida do medo”, atacando a primeira sombra “estranha” que perceber.


Prevenção

O ideal é levar o peludo ao veterinário para check-up uma vez por ano e também ao oftalmologista veterinário, e examinar-lhe os olhos todo dia: ao perceber sujeira, limpe-lhe os olhos com soro fisiológico, não se esquecendo de lavar as mãos antes e depois – se o bicho tiver conjuntivite, ela pode contagiar os humanos também!

Se o veterinário receitar algum colírio ou outro medicamento para os olhos do canino, use uma de suas mãos para segurar o queixo do peludo, para evitar que ele fuja.
Ao dar banho nele, cuidado para o xampu ou remédio antipulgas não cair nos olhos do animal.




Evite dar ao cão carne crua ou mal cozida.
O que isso, além da boa saúde do peludo, tem a ver com sua visão?
Ora, muito simples: um dos perigos da toxoplasmose é a cegueira.
Tal como os humanos, o corpo dos caninos é todo interligado, e problema num órgão pode afetar outros, mesmo que lá na outra ponta.

E, justamente por ser tão óbvio, é sempre bom lembrar: ao atirar objetos para o bicho ir buscar, cuidado para não lhe acertar a cabeça ou os olhos!




Caninos usam óculos

Se existe oftalmologista veterinário, não surpreende muito que haja cada vez mais cães usando óculos – e não só para divertir tutores que adoram tentar humanizar bichos ou para suprir aquela carência do tipo “vai vestir casaco que eu estou com frio!”.

Óculos para cães, tal como os dos humanos, são de três tipos: de grau, para melhorar a visão; escuros, para proteger do vento (inclusive em bancos de carros), nevoeiro, poeira e sol; e aquáticos, para mergulho.
Existe até uma firma estadunidense especializada em óculos de sol para peludos, a Doggles.

Enfim, com uma armação de cor e formato adequado, seu peludo não só vai poder ver melhor, como também ser melhor visto.

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